GeekGirly 30/01/2022
Tudo por um macho
Então... Vou começar aqui, com umas observações antes de reclamar desses pontos: a sexualização e objetificação da mulher ainda era comum na década de 70 (e infelizmente, hoje ainda é) e devido isso, essa abordagem das personagens femininas nos livros desse autor é muito forte, além do mais de que, a história se passa em um período que o machismo e a desvalorização da mulher era enorme.
Narrativa passada no período de 1940, quando a Segunda Guerra Mundial se inicia, junto da invasão dos alemães na França e enfim, temos duas protagonistas mulheres para guiar a história: Noelle Page e Catherine Alexander.
Vidas diferentes, porém destinos cruzados. Enquanto Noelle usa o poder de sua beleza em prol de si mesma, Catherine é centrada e quer conquistar com o uso de sua inteligência e capacidade.
Um ponto elas têm em comum: são apaixonadas loucamente pelo mesmo rapaz. A narrativa é voltada à amor, vingança, ódio e guerra. Mas um ponto liga a outro e parece que a paixão por alguém torna uma coisa fútil e exacerbada a ponto de ignorar atitudes horríveis, o que consequentemente gera um desejo: vingança.
Atitudes detestáveis e dissimuladas me levam a ver que as protagonistas tinha muito potencial sozinhas, mas acabaram sendo ridicularizadas por causa do desejo e amor a um homem bem mais ou menos, infiel e repulsivo.
Mas por um lado surpreende, a trama ganha outro caminho, um que eu não esperava.
O livro expõe as mulheres ao ridículo, tornando-as fúteis, ingênuas ao extremo e frágeis emocionalmente, coisa que me incomoda muito. Mas dá para relevar, pela época em que foi escrito.