Urupês

Urupês Monteiro Lobato




Resenhas - Urupês


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Gina 10/04/2024

Real e inesperado
Urupês foi uma leitura muito interessante. O livro é um amontoado de contos de Monteiro Lobato, então não me entediou em nada, mas por vezes a leitura foi arrastada e difícil, isso se deve a escrita carregada de gírias do interior e linguajar antiquado, mas justificável pela época em que foi escrito.

Monteiro Lobato nos apresenta uma série de contos que fazem pontes com problemas sociais comuns, temas ambientalistas, sentimentos cotidianos como o ódio, a raiva, e o ciúmes, além de nos trazer histórias inusitadas e trágicas.

Acho que um ponto interessante e que me cativou bastante sobre este livro foi a escrita, é como ler uma fofoca, uma prosa de amigos, um jornal de uma cidadezinha do interior. Eu esperava algo mais fantasioso por só conhece o sítio do pica-pau amarelo, mas me deparei com muita maturidade e realidade. Vários contos me deixaram de boca aberta e abismada, a criatividade de Lobato foi muito explorada no enredo dos contos.

Por fim devo dizer que ler a criação do personagem ?jeca-tatu? e como hoje em dia ele pode ser relacionado com milhares de pessoas foi incrível, Lobato criou um conceito mister de identificar pessoas ausentes em progredir e viver de verdade.

Contos realistas, prosa interessante e histórias inusitadas, vale a pena dar uma chance a urupês.
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Isabella1803 18/02/2024

Um dos principais livros da literatura brasileira, Urupês é uma coletânea de histórias que retratam, em sua maioria, o embotamento do homem do campo, marcado pela miséria e abandono.
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Liz 02/02/2024

São contos complexos, mas no final de cada um sempre há uma surpresa (normalmente envolvendo uma morte macabra). Impossível não notar o preconceito do autor com o sertanejo, um homem do campo e sem estudo, e o quanto ele desprezava pessoas assim. Achei a escrita muito rebuscada, até mais que do Machado de Assis, e precisa ler diversas vezes para absorver um pouco só do que o conto quer passar.
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Bárbara 06/10/2023

Mais um por conta do colégio! Queria me mat@ a cada palavra que eu lia, não entendia porcaria nenhuma nos inícios dos contos, mais pro meio/final.
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mari 21/09/2023

Se eu tiver que ler mais alguma coisa envolvendo o Monteiro Lobato eu cometo crim*s de ódio
muito obrigada, agradeço a todos
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Dudinha 14/05/2023

Meh
Fiz a leitura de Urupês porque um dos contos foi escolhido para ser lido no clube de leitura da Biblioteca Municipal.
Poderia ter lido só o conto escolhido? Sim. No caso, ?Bocatorta?.
Mas decidi ler a obra completa e infelizmente não gostei da experiência.
Nunca tinha lido nada desse estilo de Monteiro Lobato, só conhecia as obras infantis.
Alguns dos contos são legais e até me interessaram. Tive a impressão que todos seguem a mesma linha. Outros não achei graça alguma.
Em quase todos a escritura do autor me assustou, principalmente pelo uso de palavras que não conheço (foram muitas). Talvez isso tenha me afastado do texto e influenciado na minha experiência, não sei.
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Diane 30/03/2023

Bem legal, mas com linguagem extremamente rebuscada
Composto por 13 contos e 1 artigo, a segunda obra publicada por Monteiro Lobato apresenta histórias de final trágico com elementos cômicos, situados no interior de São Paulo. As crenças, costumes e tradições de um povo caboclo que vive na pequena cidade de Itaoca, pessoas que contam suas venturas e desventuras, incluindo um dos personagens mais famosos do autor: Jeca Tatu.

" (...) o caboclo é o sombrio urupê de pau podre a modorrar silencioso no recesso das grotas.
Só ele não fala, não canta, não ri, não ama.
Só ele, no meio de tanta vida, não vive..."

Acho sempre importante valorizar a literatura nacional e principalmente autores como Monteiro Lobato, que fez história com suas publicações infantis. Urupês é um livro curtinho, com boas histórias, mas de leitura difícil, devido a escrita rebuscada da época. Não consegui me conectar com todas as histórias, mas senti em todas elas a essência cômica do autor e destaco sempre as críticas sociais que ele procura sempre frisar em suas histórias. "O engraçado arrependido", "A colcha de retalhos", "Bocatorta", "O estigma" e "O Urupês" foram os contos que prenderam um pouco mais da minha atenção.
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MilocaCS 16/03/2023

Primeiro, eu não sabia que eram contos.
Segundo, eu gostei. Achei a leitura fluida e atrativa.
Terceiro, ninguém presta nesse livro e eu adorei isso kkkkkkkkk
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Luiza.Gameiro 12/03/2023

Famoso livro que a gnt lê obrigada
Li para aula de literatura. Entendi para variar...quase nada.
Monteiro Lobato foi um escritor excelente e importante para a literatura brasileira. No entanto, que escrita difícil de ser lida, mas até que gostei kkkkk
Eu consegui entender e me senti 5% menos burra. Foi bem diferente do que eu leio, saí do romance para um conto sobre o Cabloco que não faz nada, não gosta de nada e não vive. É um baita salto.
Enfimmmmm, ainda prefiro o sítio do pica-pau amarelo tá Monteiro?
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Madu 19/02/2023

Livro com contos muito bons, mas os meus favoritos são "O engraçado arrependido", "A colcha de retalhos", "A vingança da Peroba" e "O comprador de fazendas.
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Joao 07/12/2022

Tétrico
Linguagem extremamente rebuscada -- nada que um dicionário não resolva --, mas deixa a leitura menos agradável; terei de ler de novo Urupês, tanto para ver minha evolução vocabular, quanto para ver minha evolução interpretativa -- o conto que dá nome ao livreto é bem rebuscado --. Leitura que deve ser feita pra se desafiar.
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Lucas1429 18/07/2022

Parasita intelectual
Monteiro Lobato configura patente na prosa pré-modernista, quando articula seus textos em prol do intelecto pessoal afoito ao ambiente ruralista do início do século XX. Datado da década de 10, colabora com os principais jornais de São Paulo para a impressão e divulgação de seus artigos e contos que culminariam em 1918 neste celebrado “Urupês”. Merece a alcunha célebre, pois, indaga os estertores do viés socioeconômico que assolava o país à época (a relação ao Brasil de hoje não é mera coincidência), denunciando os fatores principais para a derrocada das minorias observadas: a política governamental e estatal, a burguesia.

Nesse período é presença dominante o coronelismo, que impingia os votos de cabresto à população rural vulnerável, beneficiando a liderança de imponentes coronéis das regiões respectivas. Essa obrigatoriedade foi mal vista pelo escritor que, herdeiro de uma fazenda no Vale do Paraíba, desmonta os aforismos de abstenção e caneta suas impressões argutas. Para isso, usa figuras recorrentes do período das proximidades como modelo às historietas.

Dos 13 contos, mais 1 artigo, embarca a pena de Lobato aos excessos da morbidez, às denúncias políticas, aos esfarelo ecológico, e ainda sobram linhas para o desvelo racista, já de conhecimento público. De lado, por ora, do cunho preconceituoso, suas narrativas curtas são bem escritas, magnificamente, e cativantes no intuito honorável dos temas. Em “Os faroleiros”, tem-se um espaçamento que dá lugar aos temas de Lovecraft, em proximidade ao conto “Erich Zann” e ao “O farol”, filme de Robert Eggers, quando emula um depoimento macabro de dois trabalhadores do mar; há uma pegada noir diferente do que será visto no restante do livro. “O Engraçado Arrependido” arremata a eterna discussão do comodismo.

No “A colcha de retalhos”, discute ele o ageísmo dos velhos componentes vivos do campo perante às gerações mais novas de uma família vinda de outra localidade tempos antes. “A vingança da peroba” marca o típico duelo entre duas casas que demarcam território, com um desfecho de justiça à natureza ofendida; quase uma carta de amor do autor ao ecossistema fruto de disputa terrena. “Um suplício moderno” é a deixa para a denúncia partidária da politicagem que assolava os pequenos espaços agrícolas, envolvendo parentelas importantes aos cargos suntuosos e acarretando em cargos excruciantes os vassalos, num contexto proletário cíclico, atemporal.

Em “Meu conto de Maupassant”, rápida menção a um caso numa paragem que beira ao fantástico irregular, tal qual o escritor francês referência. “Pollice verso” é notadamente um dos melhores, discorrendo sobre os excessos ambiciosos da classe média que atenta ao diploma médico para obtenção própria de louvores e dinheiro, em contraste com a filosofia da profissão humanizada. O “Bucólica” é quase lírico, narra em depoimento o destrato de uma mãe pela sua filha portadora de uma deficiência física aos olhos da cuidadora, uma mulher negra. Lobato quase exalta a personagem na sua candura empática, o que se desconfia, dado o histórico, mas não há outra tangente subjetiva, é como é.

No “O mata-pau", um desvairado causo que buli com a ávida cobiça de um filho casa com o simbólico título de uma árvore que invade outra, e a extermina. “Boca-torta”, concentra no vilão da história, uma espécie de Frankenstein negro que afeta à rotina de uma cidadezinha, descrevendo os atingidos como meros heróis românticos, vítimas do horroroso injustiçado; porém, é possível observar também em seu final a temática de Lobato à solidão humana. Em “O Comprador de Fazendas”, uma anedota divertida do barato que sai caro. “O Estigma” é o ciúme feminil posto em voga e a infelicidade conjugal num clímax brutal.

Às proximidades de encerramento, “Velha Praga” foi composto originalmente como um artigo expiatório sobre as queimadas e desmatamentos concentrados na região do Paraíba, culpabilizados por caboclos moradores das localidades. No mais famoso da coletânea, “Urupês”, Lobato desfecha todo o ressentimento pela comunidade cabocla incitando-os ao pouco caso pessoal, que incluem assepsia, cultura, alimentação, educação e tudo ademais que os envolva. Anos depois reconheceria que a ciência era a expressiva salvadora da pátria e estariam esses párias sendo mártires sociais do descaso do Estado.

A conclusão é que, misto de emoções, e passando por assuntos deveras importantes, sem fugir à discriminação em passagens mais raivosas, tencionadas, não críticas, o paralelo que traça com Jeca Tatu, de igual valia a um urupê, fungo parasita, pensa Lobato fugir ele próprio do quê parasitário; todos esses personagens são crias de modelos exemplares do espaço temporal que quis projetar, em que ele surge como um intelectual aproveitador das suas musas inspiradoras. Talentoso e intolerante, que encruzilhada.

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Jan 01/07/2022

Lobato e a arte de falar sobre as "cidadezinha qualquer"
Urupês é um clássico de Lobato. Ainda que eu não goste do que circula em volta do nome dele (como racismo e machismo) - e sem entrar na discussão de anacronismo - ele é genial na arte de representar as gentes e cidades do interior. Sua linguagem na obra mostra a renovação literária que foi o Pré Modernismo, época literária de denúncia das condições sociais e do balde de água fria na esperança advindo do republicanismo recém instituído. Vale a pena conhecer se você já leu Lima Barreto (ele sim, o mais contundente e crítico literato do início do século XX).
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R.Sanches 01/06/2022

O estafeta.
No conto Um Suplício Moderno, o estafeta Izé Biriba, na fictícia Itaoca, Monteiro Lobato mostra que conhecia tão bem o povo brasileiro e seus rincões.
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Cauan 02/04/2022

Um bom entretenimento e... Acho que só
Para mim um livro ganha estrelas de graça quando tem palco na ambiente e na cultura brasileira; nesse quesito, Urupês tira outras obras de letra. Outro fator é a escrita, que apesar de difícil de entender em certas ocasiões ainda é magnífica e isso todo mundo já sabe! Agora algo que me incomodou na maioria dos contos (um ou outro se salva dessa interpretação) é a falta de profundidade significativa; quero dizer, quando terminava de ler as histórias, falava comigo "Idaí que isso aconteceu? Aconteceu, mas idaí?". Senti falta de algo a mais. Uma história apenas por se contar vale a pena?... As tragédias me entreteram bastante durante a leitura, mas e depois? Já me esqueci de todas. Se o livro é bom, é por causa do que descrevi no início do texto (minha opinião) e um pouco por causa da curiosidade que as histórias passam. Nada muito memorável, nada que não vala a pena por os olhos. Você vai gostar se gostar de suspense e tragédias, como eu gostei. Se quiser algo mais profundo, aconselho ler outro autor. Já li muitos suspenses com significados além do que se mostra em cena, Urupês teve essa oportunidade mas a disperdiçou, infelizmente.
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