As verdadeiras riquezas

As verdadeiras riquezas Kaouther Adimi




Resenhas - As verdadeiras riquezas


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Vinicius Lima 06/12/2019

Fraquíssimo!
Eu curto demais livros que falam sobre livros. Este, em particular, havia chamado muito a minha atenção, principalmente por causa da premissa e da bela capa. No entanto, confesso que foi um sofrimento terminá-lo. A estrutura do livro, que alterna passado, presente e trechos de diários da personagem, poderia até ter dado certo, caso o autora não tivesse feito uma bagunça total. São tantos nomes, datas e fatos históricos jogados de forma rasa na cara do leitor, que deixa tudo extremamente confuso e cansativo. Me perdi em vários momentos da leitura e quase desisti, pois já não estava suportando mais. Enfim, é um livro com uma ideia bacana, mas totalmente mal executada. Se esse livro tinha alguma pretensão de emocionar ou chocar, conseguiu, no máximo, me irritar. Não indico!
Sami 13/12/2019minha estante
Fiquei mais tranquila com teu comentário, fiquei bastante perdida na leitura. Não sei dizer se o livro é ruim ou mal executado ou se meu desconhecimento dos livros e dos escritores ( da maioria deles, pelo menos) atrapalhou a leitura, mas não rolou. Gostei de algumas passagens : todas tiradas dos livros dos amigos do Charlot. Realmente a escrita não me envolveu.


Vinicius Lima 13/12/2019minha estante
Pra mim também não rolou. Eu achei que iria gostar bastante, mas...


Lorrine 07/03/2020minha estante
Também não gostei. Achei as partes do diário muito chatas, mal executadas. E a história em si pobre, pouco explorada.


Vinicius Lima 08/03/2020minha estante
Exato!


Tati 21/09/2020minha estante
Estou no mesmo time que vocês.. faltam 30 pág e está difícil terminar...




regifreitas 31/01/2021

AS VERDADEIRAS RIQUEZAS (Nos richesses, 2017), de Kaother Adimi; tradução Sandra M. Stroparo.

A obra da autora argelina Kaother Adimi traz tantos elementos interessantes: passagens da história do seu país, no contexto da Segunda Guerra Mundial, bem como da sua guerra de independência; a presença de nomes importantes da literatura: Camus, Saint-Exupéry, Gide; também fala sobre a paixão de um homem (Edmond Charlot) pelos livros, e por todo o processo envolvendo a edição e publicação de obras literárias. Entretanto, o que muitas resenhas alardeavam como o ponto forte da obra - a concisão e a ausência de excessos narrativos por parte da autora -, aqui me decepcionou um pouco. Saber cortar o que é supérfluo, geralmente é um ponto positivo (é com você mesmo, Stephen King!). Mas aqui foi até demais. A história era tão boa, alguns dos personagens tão fascinantes, que eu queria saber mais sobre eles.

O romance abrange um período que vai de 1936 até 2017. São vários eixos narrativos que se tocam em alguns momentos. Há uma mistura de fatos reais com criação ficcional. Embora tivesse acesso aos diários originais de Charlot (editor das primeiras obras de Camus), Adimi utilizou-os apenas como inspiração, romanceando muitos dos acontecimentos relatados. Já uma das partes inventivas, que trata de Ryad, um jovem estudante parisiense de arquitetura, cujo trabalho de desmontar a livraria As Verdadeiras Riquezas faz parte do seu estágio de curso, já deixa um pouco a desejar. Sua história pessoal é apenas aventada, e tudo é muito insosso. O que realmente tem valor é a interação do rapaz com os moradores do entorno da livraria, e a forma como isso o modifica.

Foi a primeira decepção do ano. Não que seja ruim, até está acima da média de muitas leituras. Mas livros que tratam de livros sempre me causam uma expectativa muito grande. E quase sempre, expectativa é meio caminho para a frustração.
Marta Skoober 31/01/2021minha estante
Livro sobre livros é sempre sinônimo de expectativas nas alturas!


regifreitas 01/02/2021minha estante
sim!!




Bárbara 28/01/2020

A obra mescla diários, fatos históricos e uma história paralela contemporânea, todos ligados a uma pequena livraria na Argélia onde Gide, Camus e outros autores circulavam. Como pano de fundo, a conturbada relação entre o país e a França, de quem eram colônia.

Infelizmente o livro tem erros de digitação, muitos deles. E os títulos das dezenas de livros citados foram mantidos em francês, o que dificulta a pegar algumas referências.
regifreitas 21/01/2021minha estante
esses problemas de revisão infelizmente são comuns nas publicações da Rádio Londres. já percebi isso em outras obras também. uma editora que vem publicando títulos tão bons deveria ter um cuidado maior nessa área.




Vilamarc 17/07/2021

Livraria Símbolo
Livro-viajante da minha amiga Luize Ribas do @amareliteraria e contrariando o grupo que leu anteriormente, eu gostei.
Narra a missão-estágio de engenharia do jovem Ryad em desocupar a livraria As verdadeiras riquezas, um lugar simbólico para os vizinhos da rua Hamani e para os argelinos, pois a história da livraria se confunde com a Guerra da Argélia em 1961.
Ademais, o local sediara as edições Charlot que revelou ao mundo grandes escritores como Albert Camus, Antoine de Saint-Exupéry, André Gide entre muitos outros.
A história é narrada em 3 tempos e através de fontes diversas, inclusive o diário real de Edmond Charlot, entrevistas e reportagens de épocas, num brilhante exercício de imaginação.
Publicado em 2017 esse livro nos dá conta do discurso de ódio com bases coloniais contra os imigrantes africanos na França contemporânea, mas que pode ser estendido aos países ricos. Um discurso que evidencia o preconceito étnico e religioso hodierno.
Luize Ribas 17/07/2021minha estante
Feliz que tenhas gostado querido amigo!




Toni 20/01/2021

As verdadeiras riquezas [2017]
Kaouther Adimi (Argélia, 1986-)
Rádio Londres, 2019, 160p.
Trad. Sandra Stroparo.

Não é surpresa alguma que a história da literatura tenha se concentrado em autores, obras e movimentos literários. Falar em preparo tipográfico, peripécias de publicação, dificuldades técnicas para encontrar papel ou desafetos entre escritores e editores parece pertencer muito mais ao mundo das picuinhas e anedotas do que à dignificante seriedade de um historiador literário. Não obstante, a função do livreiro/impressor é quase tão antiga quanto o surgimento e a difusão do gênero romance na cultura europeia, e surpreende que estes profissionais imprescindíveis à impressão e distribuição de livros protagonizem tão poucas narrativas.

“As verdadeiras riquezas” é uma bela homenagem a esses invisíveis que tornam possível nosso desejo por mais mundo. Organizado em três núcleos narrativos, o romance conta (um)a história da livraria As verdadeiras riquezas (que realmente existe em Argel), a partir dos diários de seu fundador, o livreiro Edmond Charlot, entre os anos de 1935 e 1961. O segundo núcleo narrativo acompanha um jovem estudante parisiense de engenharia desinteressado por literatura que, em 2017, recebe a tarefa de “esvaziar a livraria e pintar tudo de branco” para dar lugar a uma padaria onde serão vendidos “todos os tipos de sonhos possíveis” (note-se a cruel ironia). Por fim, o terceiro fio desta história apresenta na primeira pessoa do plural (recurso brilhante) a história da independência da Argélia.

Não há excessos neste livro da K. Adimi, e é preciso manter-se atento à sua economia de palavras e cenas. Um breve diálogo entre o estudante Ryad e Abdallah, o último livreiro de As verdadeiras riquezas, revela inúmeros e complexos embates que sinalizam ressentimento, dominação cultural, represálias econômicas, opressão política e resiliência livresca. Um romance que se lê de uma sentada, se assim seus leitores o desejarem, mas também uma narrativa para se visitar sempre e se deixar ficar nela por tardes inteiras, como fazemos com nossas livrarias favoritas, sem hora para voltar pra casa porque sabemos que já estamos lá.
Raquel 08/02/2023minha estante
Resenha maravilhosa que faz jus ao livro! Acabei de relê-lo




Rafaella.Grenfell 18/12/2019

Fascinante
Uma história leve de como uma pequena livraria/editora se tornou um ícone para grandes nomes. Nos fala sobre a dedicação de um homem aos livros e suas mensagens e como o passar do tempo muda a nossa forma de ver e lidar com os livros. Nos traz um pouco da história do povo da Argélia e como lutaram ao lado e contra a França. Nos faz refletir sobre as dificuldades impostas aos pequenos empreendedores, não apenas durante a escassez da 2º Grande Guerra e também das causadas por maledicências e inveja. Nos traz luz sobre a importância das memórias, tanto as apenas ditas e contadas quanto àquelas devidamente registrada.


site: https://rafaellagrenfell.blogspot.com/2020/05/as-verdadeiras-riquezas.html
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Nathalie.Murcia 24/12/2019

Gracioso

Livro enviado no mês de novembro pelo Clube Rádio Londres. Uma bela combinação de título, história e capa graciosa. Poucas páginas que envolvem o leitor com uma narrativa que mescla notas de diário, vai e vêm entre passado e futuro, metaliteratura, colonialismo na Argélia, e política. Excelente escolha!

"Um homem que lê vale por dois. Ficará de frente para a história, a grande, aquela com H maiúsculo que virou este mundo de cabeça para baixo, mas também uma história, aquela de um homem, Edmond Charlot, que, em 1936, com vinte e um anos, abriu a livraria-biblioteca As Verdadeiras Riquezas."

Mais resenhas no meu Instagram.

site: http://.instagram.com/nathaliemurcia/?hl=pt-br
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Peleteiro 05/01/2020

Uma obra quase exclusiva para entusiastas
As verdadeiras riquezas, de Kaouther Adimi, pode ser tida facilmente como uma obra exclusiva para entusiastas da história da Argélia, ou admiradores de escritores como Saint-Exupéry, Albert Camus e tantos outros - o que é o meu caso. A narrativa fragmentada não encanta, de modo que a história principal, do garoto Ryad, acaba sendo a menos importante e mais desinteressante, entretanto, o livro apresenta o seu real valor ao trazer anotações dos diários do editor Edmond Charlot, e proporcionar ao leitor uma imersão no processo de formação de grandes escritores e obras, fazendo-o perceber a semelhança entre as dificuldades editoriais da época, e as atuais, dadas as suas devidas proporções, é claro. Os textos jornalísticos que descrevem a Árgelia, entre 1930-1947 (se não me engano), também dão um quê especial à obra.

Penso que não deve ser uma leitura muito interessante para aqueles que não se interessam pelo assunto, e buscam o livro esperando uma história sobre a transformação que uma livraria pode fazer num sujeito, mas posso dizer que fiquei muito contente em poder ler este trabalho e saber um pouco mais sobre a intimidade de grandes escritores, a partir dos olhos dos que estavam presente durante as suas caminhadas.
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Sandrics 07/01/2020

"Entre todos esses livros, Ryad está angustiado. Ele não ama as palavras que se aglutinam em uma mesma linha, uma mesma página, que se embaralham. Olha esses caracteres pretos impressos sobre o branco e pensa nos ácaros." As verdadeiras riquezas é uma editora/livraria localizada na rue Hamani, antiga rue Charras, na Argélia. O lugar que já teve momentos de glória hoje empresta cerca de três livros por mês e ainda atrai alguns curiosos. Abdahla, senhor de idade desconhecida, trabalha e mora na livraria há muitos anos, até o fatídico dia em que descobre que o local foi vendido e ele precisa sair. Então, curioso, fica observando pra ver quem vai ocupar o espaço. E assim conhecemos Ryad, um jovem que foi incumbido de esvaziar a livraria e se livrar de tudo, o que pretende fazer rapidamente e retornar à França.

Ryad não tem nenhum apego nem pelos livros nem pela história do local, que já recebeu famosos como Albert Camus e Saint-Exupéry. Enquanto isso, os moradores do vilarejo fazem o possível para sabotar o trabalho do jovem.

O livro alterna a história de Ryad enquanto também nos mostra o diário de Edmond Charlot, o fundador da livraria, em todo o processo da sua criação, seu auge e declínio.
Esse é um livro para quem ama o processo por trás da publicação de um livro, mesclando momentos históricos como as guerras mundiais e o domínio da França sobre a Argélia. Foi uma leitura rápida e interessante mas eu com certeza esperava um pouco mais

site: https://www.instagram.com/culturinhas/
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Mariana Dal Chico 14/01/2020

“As verdadeiras riquezas” de Kaouther Adimi foi publicado no Brasil pela Rádio Londres que me enviou um exemplar de cortesia.

Desde que voltei a estudar o idioma francês, meu interesse por literatura francófona aumentou, por isso, fiquei muito empolgada quando recebi o livro e li a sinopse.

A livraria “As verdadeiras riquezas” foi fundada por Edmond Charlot que lutou bravamente para publicar os livros em que acreditava. Amigo de Albert Camus, ele foi sincero ao dizer que “O Estrangeiro” merecia uma editora maior, que desse vazão para sua grandeza.

Eu esperava uma leitura que trouxesse mais vida para a livraria, um ambiente tão querido por leitores, mas ela passou a ser coadjuvante em um enredo promissor que não teve um bom desenvolvimento.

O real e a ficção estão muito separados, é possível ver a linha que os divide e isso, prejudicou a fluidez da leitura.

Os trechos do diários de Charlot são bem interessantes, trazem desde a preocupação com o fornecimento de papel, ao lamento pela morte de um amigo.

A parte que mais me desagradou foi a ficcional, Ryad é um personagem fraco, seu conflito não convence e parece que sua história não é finalizada.

Os trechos que narram momentos históricos da Argélia são interessantes, principalmente pela escolha narrativa da autora que se inclui na fala sobre seu povo.

Essa foi minha última leitura de 2019, não é um livro ruim, mas ele tinha potencial para ser muito melhor.

site: https://www.instagram.com/p/B7JV7vDDK2g/
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Janarybd 31/01/2020

MINUTO LEITURA: As Verdadeiras Riquezas
Era comum ouvir o leve badalar do sino pendurado acima da porta de uma pequena livraria na Argélia, enquanto os jovens entravam e saiam fazendo do local um refúgio sagrado do conhecimento durante as duas guerras que assolaram essa nação da África do Norte, durante o século XXI. Duas narrativas são contadas em paralelo: o passado e o presente da fundação e queda da livraria e editora ocorrem simultaneamente enquanto intercalam o direcionamento dessa história, a partir de 1936. “As Verdadeiras Riquezas” é uma obra delicadamente bem escrita pela argelina Kaother Adimi.

Nascida na Argel de 1986, a autora traz consigo muitos reflexos da situação política da região ao longo dos anos como as ideias sussurradas em rodas de debate entre os adultos na rua, ou da escassez de papel para publicar livros, entre outros detalhes. Kaother consegue passar as emoções que seus personagens exalam durante a história, em situações simples, porém, carregadas de referências ao cenário literário da época entre a França e a Argélia. Desde o lançamento, em 2017, o livro tem colecionado prêmios de literatura por vários países na Europa.

Ao mesmo tempo em que Kaother repassa os pontos da vida de Edmond Charlot ao fundar a Livraria “As Verdadeiras Riquezas”, a autora narra a chegada de um jovem que em nossos dias atuais, está incumbido de desmontar a livraria que vai dar lugar a um estabelecimento de outro tipo, acabando de vez com o espaço cultural. A medida em que as duas histórias vão chegando ao ápice, fica a sensação de que a qualquer instante elas vão se cruzar, mesmo separadas pelo tempo. Um livro sensível, que resgata um momento cultural e político na Argélia se apoiando entre realidade e ficção na tentativa de achar respostas do passado que possam responder aos questionamentos do futuro.


site: https://soundcloud.com/user-567764695
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Jean Bernard 11/02/2020

Uma obra curta que deixa uma sensação de quero mais. Um panorama histórico e literário da Algeria. Devorei.
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Carla 16/02/2020

História dos livros
Esse livro é muito interessante. Trazendo a história das publicações na Argélia no período da Guerra, mostra como o regime nazista censurou as produções e como foram importantes as obras que burlaram essa censura através dos esforços dos livreiros que contrabandearam tinta e papel ao longo dos anos.
Vale a pena a leitura. Aprendi muito também sobre a história da Argélia.
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