O que Resta da Ditadura

O que Resta da Ditadura Vladimir Safatle




Resenhas - O que Resta da Ditadura


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Biblioteca Álvaro Guerra 16/04/2024

Ensaios de renomados intelectuais que desvelam a presença insidiosa da ditadura militar na estrutura jurídica, práticas políticas e traumas sociais. Desafia a negação e a minimização do legado autoritário, destacando as formas pelas quais a violência permanece entranhada na sociedade brasileira

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788575591550
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the_sheeper 28/12/2020

Leitura obrigatória.
Esse livro foi produzido há 10 anos em um contexto de reconhecimento do Estado por algumas violações aos direitos humanos ocorridas durante a ditadura militar e também em um ambiente que se preparava para a consolidação da comissão nacional da verdade...

Quanta coisa mudou nesse intervalo de tempo.

O que faz com que essa obra, infelizmente, ainda seja extremamente atual. Cada capítulo se relaciona com os demais mesmo analisando a partir de diferentes óticas o problema da transição, ou como o Maurice Politi chama a transação para a Democracia.

Teles e Safatle organizam essa obra que eu considero de leitura obrigatória para entendermos como o passado foi constituído e como e por que é tão difícil fazer com que ele passe para uma consolidação democrática de fato.
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LETRAS e VEREDAS 09/06/2020

A EXCEÇÃO BRASILEIRA
É impossível entender o solo que sustenta o nosso viver diário sem apreender a opressão e a exploração decorrentes do regime colonial português e norte-americano, das consequências nascidas dos horrores e do genocídio da escravidão indígena e negra e do holocausto autoritário promovido pela ditadura civil-militar que perdurou entre 1964-1985.

A presença dessas expressões brutais de violência revelam que a nossa realidade brasileira é fundada no sangue, na repressão e na bárbarie que transfigura a exceção em rotina ordinária e quotidiana.

"O que resta da ditadura: a exceção brasileira", coletânea de 15 artigos organizada por Edson Teles e Vladimir Safatle,  desvela que a violência da ditadura e do autoritarismo constituem  partes fundante da nossa atual "democracia".

O verbo "restar" manifesto no título da obra não designa resquícios que desaparecerão calmamente e espontaneamente com as maresias do tempo, mas algo que funda e organiza a nossa existência social, política, cultural e econômica.

Nos nossos dias, a manutenção da ditadura se desnuda em múltiplas faces: na militarização da vida; nas práticas de tortura e de assassinatos cometidos pela polícia (especialmente, nas favelas e áreas de disputa pela terra e moradia); na tentativa de apagar a memória e o luto dos mortos, torturados e desaparecidos políticos; e na ausência de punição dos crimes perpetrados por civis e militares; dentre outras fisionomias perversas e bárbaras.

"O que resta da ditadura: a exceção brasileira", com seus duros e amargos ensinamentos, é uma obra essencial porque lança luz sobre a ditadura que ainda perdura em suas novas e mutiladas expressões.
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Toni 29/04/2019

Nas palavras do psicanalista Tales Ab’Sáber “o que restou da ditadura militar foi simplesmente tudo. Tudo, menos a própria ditadura”. Os quinze ensaios que compõem este livro organizado por Edson Teles e Vladimir Safatle respondem, de uma maneira ou de outra, a pergunta do título, apresentando as diferentes maneiras com que a ditadura brasileira logrou manter-se insidiosamente presente em nossa democracia. Vale lembrar, por ex., que trinta e três anos após a transição, o Brasil continua sendo o ÚNICO país (dentre os que viveram ditaduras na América Latina) que não puniu ou disponibilizou informações a respeito de crimes hediondos imprescritíveis perpetrados pelo Estado.
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Resultado de um seminário realizado em 2008, o livro contempla aspectos da “semidemocracia brasileira”, como nossa Constituição com fortes traços autoritários (forjada sob a guarda de generais), nossa política de transição precária, a presença da tortura como método de ação policial contra as classes populares, a Lei dos Desaparecidos, que impôs aos familiares e vítimas o ônus da prova contra as Forças Armadas (que se recusam a abrir seus arquivos), a luta por verdade e justiça empreendida ao longo de décadas por esses mesmos familiares e vítimas da violência de estado e do “poder desaparecedor” da ditadura.
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O amplo escopo científico, que inclui historiadores, filósofos, cientistas políticos, críticos literários, psicanalistas, juristas (ou seja, gente que estuda a ditadura brasileira dentro das especificidades de seus campos), garante a todos nós, leitores leigos, um painel bastante complexo do quanto ainda respiramos as consequências de um silenciamento institucional — uma Anistia da Impunidade que engendra monstros, como pôde ser comprovado nas últimas eleições.
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Se alguém aí se interessou, o e-book de 'O que resta da ditadura' estava em promoção por 8,90 Golden $howers na Amazon até o momento desta publicação.
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@moniquebonomini 18/03/2016

Muitos pontos de vista
Este livro é uma coletânea de artigos produzidos a partir de um seminário realizado em 2008 pela USP. Na apresentação de 2009 os organizadores refletem sobre o que impede nossa experiência democrática de avançar... vale buscar saber mais sobre este turvo período da história brasileira, pois só assim se enxergam as evidências de quanto deste assombroso passado contamina nosso presente...
Ludmila Aguiar 26/10/2018minha estante
dois anos atrás e este comentário e livro e tão atuais.




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