Instrumentos nas mãos do Redentor

Instrumentos nas mãos do Redentor Paul Tripp
Paul David Tripp




Resenhas - Instrumentos nas mãos do Redentor


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Léo_Martins 11/03/2024

Instrumentos nas mãos do Redentor
Paul Tripp afirma que a tese central deste livro é falar sobre como Deus usa as pessoas que precisam ser transformadas, como instrumentos do mesmo tipo de transformação que outras pessoas necessitam. O alvo deste livro não é só que as vidas sejam transformadas enquanto ajudam e recebem ajuda. O alvo é ajudar a mudar a cultura da própria igreja.
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Rafael Della 25/09/2023

Simplesmente Paul Tripp
Esse livro é uma aula de aconselhamento bíblico, dicas de ministério e formas diferentes de auto avaliação cristã. Leia o quanto antes
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J.v 15/02/2023

Um livro interessante
Bom, foi a primeira leitura que iniciei e concluí este ano. Pois bem, é um senhor livro quando se trata de aconselhamentos, porém, é um pouco mal escrito em algumas partes, algo que é um pouco incômodo mas não tira o mérito de ser um bom livro.
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Alberto 28/10/2022

Profundo, didático e prático
Uma leitura extremamente proveitosa. A cada ponto fica claro que a proposta do livro não é apresentar um sistema, ? nós as levamos ao Redentor. Ele é a esperança.?

Aprendi muito sobre o aconselhamento e sua proposta baseada em Cristo e Sua obra, contrapondo sistemas que buscam resolver os problemas do homem desconsiderando o pecado e a obra do Redentor.

Todo àquele que deseja conhecer mais do aconselhamento, deve ler esta obra!
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Hilma.Santos 09/03/2022

gostei muito desse livro, super recomendo, um livro que me tocou, rasgou-me por dentro, mudou minha forma de aconselhar as pessoas, não é pela suas experiências e sim a luz da palavra.

se vc quer ser um conselheiro, esse livro é direcionado para esse quesito.
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Valbilandia 09/12/2021

Todo cristão deveria ler.
Esse livro foi um dos melhores que li esse ano de 2021. Sem sombra de dúvidas o lerei novamente. É uma leitura marcante e profunda. Concluí o livro entendendo que o aconselhamento cristão é um processo que Deus usa para produzir mudança, transformação, cura, santificação, tanto em quem está sendo aconselhado, quanto em quem aconselha.
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mateus.biazin 23/02/2021

Ótimo livro, recomendo!
Livro bem complexo, muito bom. Mostra a necessidade do cristão em ter bons auxiliadores ao seu lado e ao mesmo tempo como quxiliar nossos irmãos e amigos.
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André 09/02/2019

Um dos melhores livros cristãos que já li. Contém orientações importantes para várias áreas da nossa vida e mostra o caminho do discípulo de crescimento em Cristo. Indico a leitura, vale muito à pena.
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Milena 06/02/2017

Excelente!
Recomendado a todos os cristãos. Escrito não apenas para nos transformar em instrumentos mas para ser um instrumento do Redentor em nossas vidas. Narra de forma clara, sempre com fundamento bíblico, qual deve ser o verdadeiro comportamento do cristão.
Lia 28/07/2017minha estante
De fato, o autor nos faz olharmos para nós mesmos a luz das Escrituras, para depois ajudarmos aos outros.




Thiago.Martinello 15/04/2016

Resenha crítica: Instrumentos nas Mãos do Redentor
O autor, Paul David Tripp, é pastor na Igreja Tenth Presbyterian Church, em Piladelphia, PA. Recebeu seu M.Div. pelo Reformed Episcopal Theological Seminary, PA, e seu D.Min. pelo Westminster Theological Seminary, PA. Também é presidente do Paul Tripp Ministries, professor no Redeemer Seminary, em Dallas, diretor do Center for Pastoral Life and Care, em Fort Worth, e ex-membro do corpo docente do CCEF (Cristian Counseling and Educational Foundation).
A obra, que é dividida em quatorze capítulos, discute os fundamentos e características do ministério pastoral, mostrando sua importância, como um dever de todo o cristão, e sua maneira prática de realização que glorifica a Deus. Revela também onde está a raiz do pecado, como abordar e tratar tais assuntos, e alguns instrumentos para serem utilizados durante o aconselhamento.
Paul Tripp começa o livro lembrando o leitor de que o Evangelho é a melhor notícia que existe, e é essa mensagem que traz esperança e mudança de coração. O autor lembra que o problema central do homem é o pecado, e isso o faz reagir de forma pecaminosa diante das situações, tornando-o rebelde, insensato e incapaz de fazer aquilo que Deus ordenou. Por isso, ressalta Tripp, a melhor notícia do reino não é a isenção de problemas, mas é aquela que mostra que o Redentor veio resgatar os perdidos e produzir mudança em seus comportamentos.
O segundo capítulo mostra como Deus transforma vidas à medida que as pessoas levam Sua Palavra aos outros, mostrando a importância do ministério informal e pessoal e do manuseio das Escrituras dentro deles. De acordo com o autor, um ministério da Palavra tem que confrontar o individualismo e egoísmo, buscando refletir uma vida centrada e definida por Deus, e visualizar a história de uma forma mais ampla, dentro da perspectiva da redenção, contendo três temas básicos: soberania, graça e glória.
No capítulo 03, Paul Tripp expõe, a luz de Gn 1 e 3, a dependência que todo homem tem do seu Criador, e sua natureza original de ser um adorador. Para ele, todos os seres humanos adoram, a questão é o que e quem eles servem. O autor ressalta a importância que o aconselhamento tem no dia a dia do homem, mostrando suas raízes em três princípios: o homem necessita da Verdade; ouve-se conselhos ruins todo o tempo, e o poder do pecado foi quebrado, mas a presença enganosa dele permanece. Tripp ressalta que, como as pessoas precisam de ajuda, o ministério pessoal dever ser centrado em Deus, mostrando que a sabedoria é fruto da adoração e recebida de joelhos (p. 82).
Paul Tripp vai explanar no quarto capítulo o fator central que esta por trás das atitudes de cada indivíduo: o coração. Mostrando que as ocasiões e circunstâncias apenas revelam aquilo que está dentro do coração, o autor afirma que a transformação permanente começa no interior do indivíduo, e não nos fatores externos, por isso, o coração é o alvo do ministério pessoal. É exposto que, como o pecado é um roubo da adoração que pertence a Deus, aquilo que os homens adoram determina suas reações diante das circunstâncias (tanto boas quanto ruins), diante disso, mudanças meramente comportamentais não resolvem o problema.
O capítulo 05 traz a luta que contorna o coração, expondo, através de Tg 4.1-10, que os conflitos e contendas partem dos desejos do coração. Tais desejos lutam pelo controle do coração, e aquilo que o controla é o que influenciará a vida e comportamento do homem. Para Tripp, a batalha mais profunda está entre o desejo por qualquer coisa na criação e o desejo por Deus. Lembra que, por Deus ser zeloso, sua graça é a arma mais poderosa na guerra pelo coração. O autor revela como o problema dos pecadores é transformar um desejo em exigência (eu preciso), que logo vira uma necessidade (eu quero) e, fatalmente, produz expectativa (você deveria), levando ao desapontamento (você não fez!). O desapontamento, portanto, conduz a certo tipo de castigo (Porque você não fez, eu vou...). Diante disso, a limpeza do coração deve começar verticalmente (com Deus), através de um reverente arrependimento humilde diante do Senhor, e só depois vem à reconciliação com as pessoas, pois quando se ignora a causalidade vertical, a mudança é temporária e superficial.
O autor trata, no sexto capítulo, como refletir a Cristo nas atitudes. Mostrando como a encarnação não constitui apenas em um evento, mas um plano e chamado, Tripp afirma que o ministério pessoal deve focar no Redentor e na sua graça e verdade, oferecendo uma visão de mundo onde Deus é o centro. Como embaixadores, os cristãos devem zelar pela mensagem, métodos e caráter do Rei, onde quatro aspectos devem estar sempre presentes: amar, conhecer, falar e fazer (tratados no restante do livro).
Nos capítulos sete e oito, Paul Tripp dispõe acerca de um dos aspectos citados no capítulo anterior: amar. Explicando nosso chamado para refletir o amor de Cristo, afirma-se que os relacionamentos são projetados para glorificar a Deus, e que o alvo mais profundo de Deus não é mudança emocional, e sim transformação pessoal. Para o autor, amar alguém de forma que promova a obra transformadora de Deus nos corações envolve entrar no mundo da pessoa (focalizando o indivíduo no meio do problema), encarnar o amor de Cristo (testificando o poder da Sua Graça transformadora), identificar-se com o sofrimento (direcionando as pessoas para Cristo) e alinhar-se ao plano (focando a Graça de Deus que conduz a mudança).
No nono e décimo capítulo é explicado o aspecto conhecer, que envolve o aprofundamento do relacionamento dentro do ministério pessoal. Tripp mostra a importância de serem feitas boas perguntas, principalmente as abertas, de não tirar conclusões precipitadas e de esclarecer os termos e as dúvidas. Com a finalidade de entender tudo o que se passa e encontrar um sentido bíblico, o autor fornece ferramentas para organizar as informações colhidas (situação, respostas, pensamentos e motivações) e os sentimentos envolvidos.
Os capítulos 11 e 12 abordam o tema falar, onde o alvo é falar a verdade em amor. Paul Tripp orienta, a partir de diversos textos bíblicos, como é o modelo bíblico de repreensão. Mostrando a importância que tem a confrontação, e como ela está relacionada aos dois Grandes Mandamentos, ele revela a responsabilidade de cada cristão diante do pecado, mostrando que todos, tanto o conselheiro como o aconselhado, devem estar dispostos a confrontar seus próprios corações. Para o autor, o Evangelho é a base da confrontação, com a perspectiva da justificação e santificação em vista. É apresentado um modelo de 4 passos: consideração (o que a pessoa precisa enxergar); confissão (aquilo que precisa admitir e confessar); compromisso (é a fase do revestir-se do arrependimento), e a mudança (aplicação do discernimento e compromisso à sua vida).
Nos dois últimos capítulos o autor explica no que consiste o fazer, colocando a mudança como um aspecto essencial na vida de cada cristão, que a cada dia deve almejar a santidade, vivendo o agora com o então em vista. O fazer consiste em aplicar na vida diária os conhecimentos e compromissos adquiridos. Tripp ressalta quatro importantes objetivos no ministério pessoal: ¹ estabelecer um plano (as mudanças que precisam ser feitas e como fazer); ² esclarecer as responsabilidades (entre obedecer e confiar em Deus); ³ infundir a identidade em Cristo (refletindo como pessoas adotadas na família de Deus), e proporcionar a prestação de contas, que envolve em dar direção, auxílio e encorajamento.
No final do último capítulo (14), Paul Tripp faz uma breve conclusão e resumo da obra, que tem o objetivo de instruir cristãos a viverem suas vidas direcionadas pela Palavra de Deus e a serem os embaixadores do Rei nos seus relacionamentos. Para o autor, o livro trata sobre 8 princípios que envolvem tais embaixadores: 1) Necessidade e dependência de Deus; 2) O chamado para serem instrumentos; 3) A raiz do comportamento está no coração; 4) Devem ser representantes do Senhor; 5) Encarnarem o amor de Cristo; 6) Conhecer intimamente as pessoas; 7) Falar a verdade em amor, e 8) Ajudar as pessoas a fazerem o Cristo chamou para fazer. Tripp afirma que, basicamente, é um simples chamado para uma amizade bíblica, Ame as pessoas. Conheça-as. Fale a verdade para elas. Ajude-as a fazer o que Deus chamou para fazer. (p. 361).
Com exposições bíblicas profundas, gráficos e métodos para serem usados no aconselhamento, casos reais e uma larga experiência no ministério pessoal, Paul Tripp ensina sobre a difícil realidade do pecado e da passividade de vários cristãos. Ele mostra como desenvolver uma verdadeira amizade bíblica, como dizer a verdade e confrontar com amor, como fazer boas perguntas, fugindo das suposições, e investir nos relacionamentos encarnando o amor e a graça de Deus. Afirma que todo relacionamento, primariamente, não deve ter interesses pessoais, mas sim um objetivo maior, que é refletir o Redentor.
O autor mostra como a Bíblia, suficiente e eficaz no aconselhamento, trata os problemas e a realidade do pecado. Não sendo um livro de auto-ajuda, Tripp mostra como o cristão deve olhar para a Palavra de Deus enxergando toda a História da Redenção, desejando ser parte dela e, a cada dia, um instrumento nas mãos dAquele que está comandando tudo, mostrando que vale a pena fazer parte da obra mais importante, duradoura e bonita que já foi feita a redenção (p. 361). Também lembra que prazer será, quando a voz de Deus penetrar os sons da nossa adoração com estas maravilhosas e misteriosas palavras: Muito bem, servos bons e fieis! (p. 361).
Conforme foi abordado, a obra é altamente indicada para todos os cristãos que desejam servir mais fielmente ao seu Senhor e serem instrumentos nas mãos dEle, e não somente para aqueles que almejam o pastorado (para estes, entretanto, ela é obrigatória). Isto é evidente porque, conforme exposto por Tripp, o ministério pessoal é desenvolvido diariamente por todos os cristãos, seja com a família, no ambiente de trabalho, na igreja, com amigos e etc. O autor mostra como todas as pessoas são adoradoras, e como o cristão deve, primeiramente olhando para si próprio, ajudar o próximo a adorar somente Aquele que é digno de todo a honra, toda glória e todo louvor: Jesus, o Redentor!

Soli Deo Gloria!
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Ritinha 05/11/2013

Pecadores aconselhando Pecadores
Com certeza um livro que todo cristão precisa ler e todo obreiro precisa ter em casa.Pois, voltado para o aconselhamento pessoal, demonstra o quão simples, piedoso e magnífico é este ministério.
Nos leva a refletir sobre o nosso coração, nossas amizades e demais relacionamentos, no lembrando o verdadeiro sentido de estamos neste mundo, que consiste em fazer a vontade do pai o representá-lo como embaixadores reais.
Com muitas ilustrações, capítulos super bem divididos e uma linguagem leve, este livro, como o próprio autor sugere, consiste em um excelente e rápido curso de como pecadores que precisam de santificação podem ajudar(pela graça de Deus)outros pecadores que precisam de santificação.
Que todos que lerem este livro possam se colocar nas mão do Maravilhoso Redentor para serem usados por Ele.
Lia 28/07/2017minha estante
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Michele 03/09/2013

desafiador!!!
Lia 28/07/2017minha estante
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Luiz Rodrigo de 08/02/2013

Instrumentos nas mãos do Redentor
Este livro foi me veio em um momento muito propício, eu passei por diversas situações no final do ano, e eu precisava muito dessa leitura. A obra é divida em três partes.
A Paul David Tripp na primeira parte nos confronta diante da condição humana , pecadora e necessitada da misericórdia de Deus. Na parte a seguir o escritor construiu a relação dentro da prática de aconselhamento bíblico, e o livro acaba com grandes apêndices que serve de guia prático para prática dos aconselhamentos na igreja..
A primeira parte foi a que mais me chamou atenção. Pois me serviu de renovo na minha vida. E a forme como ele coloca, não que seja totalmente novo. Mas é muito eficiente quando ele fala que a verdadeira mudança quando acontece de coração. E o coração deve estar totalmente entrega a Cristo.

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Aefe! 05/12/2012

TRIPP, Paul David. Instrumentos nas mãos do Redentor. São Paulo: Nutra Publicações, 2012.

Nesta despretensiosa análise crítica do livro Instrumentos nas mãos do Redentor, pretendemos expor as principais teses do livro, e em seguida, observar os principais pontos tratados pelo autor e levá-los a uma consideração das ideias atuais a respeito do mesmo assunto. Finalmente, colocaremos nossa opinião pessoal a respeito do livro.
Paul David Tripp possui um ministério todo envolvido com Aconselhamento Bíblico. Ele é autor de outros diversos livros nesta área, como “O que você esperava”, “Guerra de Palavras” e “Como as pessoas mudam”. Recebeu sua formação em M.Div pelo Reformed Episcopal Theological Seminary e seu D.Min. pelo Westminster Theological Seminary. Além do mais, está envolvido em diversos outros ambientes de Aconselhamento Bíblico: ele é presidente do Paul Tripp Ministries, que provê recursos para aconselhamento bílblico; é diretor do Center of Pastoral Life and Care, em Fort Worth; é professor de Cuidado Pastoral no Redeemer Seminary, em Dallas e, finalmente, integra a equipe pastoral da Tenth Presbyterian Church, na Filadélfia.
A obra Instrumentos nas mãos do Redentor é volumosa, com 362 páginas do conteúdo do livro e mais de 100 páginas de apêndice. Embora seu tema principal seja aconselhamento bíblico, o livro é dirigido para o ministério leigo, como o autor diz: um livro para pessoas sendo transformadas auxiliando outras a serem transformadas. São 14 capítulos, divididos em diversos tópicos e recheados de exemplos práticos que demonstram uma profunda experiência na área. A obra, no entanto, carece de referências bibliográficas, referências teóricas e mesmo, de confronto com outras áreas que são claramente divergentes, como o integracionismo.
De certa forma, os cinco primeiros capítulos são introdutórios e apresentam aspectos mais teológicos, para a abordagem do ministério pessoal, mas a partir do capítulo 6, o livro se tornará mais prático.
No primeiro capítulo, entitulado A melhor notícia: uma razão para se levantar de manhã, o autor mostra que o evangelho é a melhor notícia pois oferece às pessoas não um sistema, mas um Redentor. Nós, em nosso ministério pessoal, precisamos levar as pessoas até o Redentor.
Vemos também que o pecado é uma condição humana, que acarreta rebeldia, insensatez e incapacidade de fazer o que Deus manda. No Capítulo 2, entitulado Nas mãos do Redentor, o autor demonstra que Deus usa pessoas comuns para fazer coisas extraordinárias na vida de outras pessoas e que Deus transforma as vidas das pessoas à medida que as pessoas levam a sua Palavra a outras pessoas. Demonstra que ser bíblico no aconselhamento é refletir acerca do qual a Bíblia toda diz respeito. Assim os três grandes temas da Bíblia são: soberania de Deus, a graça de Deus e a glória de Deus. No capítulo 3, entitulado “Será que realmente precisamos de ajuda? o autor demonstra que as Escrituras veem os seres humanos de três ângulos: Criação, Queda e Redenção. Assim, como conselheiros da perspectiva da Criação, devemos entender que:
a) Seres humanos foram criados para serem receptores de revelações.
b) Seres humanos foram criados para serem intérpretes.
c) Seres humanos são adoradores.
Por isso, roubar a adoração está na base do que está errado com os seres humanos.
Já como conselheiros da perspectiva da Queda, precisamos entender a entrada de outro conselheiro;
E como conselheiros da perspectiva da redenção precisamos entender a cegueira espiritual em que nos encontramos, que exige de nós duas qualidades de caráter: amorosa coragem para expressar nossa honestidade e humilde gratidão ao sermos abordados;
Deste modo, o ministério pessoal é enraizado em três princípios:
- Fomos criados com a necessidade pela Verdade fora de nós mesmos, para vivermos de maneira adequada;
- Muitas vozes em nossa mente competem com a Palavra de Deus pela atenção de nossos corações;
- o poder do pecado foi quebrado, mas a presença enganosa do pecado permanece.
No Capítulo 4, entitulado O coração é o alvo, aprendemos que o ministério pessoal eficaz leva a promessa de mudança permanente do Reino ao lugar onde ela é necessária - o coração. O coração é o “você” verdadeiro.
Respondendo à pergunta “Por que as pessoas fazem o que fazem”, o autor mostra que o coração é a fonte do pecado, portanto, a mudança deve sempre abranger a totalidade do meu coração.
Aponta, então, três princípios que dirigem nossos esforços de servir como instrumentos de Deus para a mudança nas vidas de outras pessoas:
- Há uma inegável conexão entre a raiz e o fruto com o nosso coração e comportamento;
- A transformação permanente sempre passa pelo coração;
- o coração é o nosso alvo no crescimento e no ministério pessoal.
Um ídolo do coração é qualquer coisa que me governe que não o próprio Deus: o pecado é fundamentalmente idólatra. Seja o que for que governe os nossos corações, exercerá inevitável influência sobre nossas vidas e comportamento.
No capítulo 5, Entendendo a luta do seu coração, aprendemos que os desejos do coração precedem, determinam e caracterizam tudo o que você faz. Está na base de cada palavra, ação ou sentimento irado. É a batalha entre o desejo por qualquer coisa na criação e o nosso desejo por Deus. Todos os dias a criação luta pelo controle de nossos corações.
O conflito humano está enraizado no adultério espiritual. Os objetos da maioria dos nossos desejos não são maus, o problema é a maneira pela qual eles tendem a crescer, e o controle que vem exercer sobre nossos corações. O problema dos nossos desejos é que em nós, pecadores, muito rapidamente ele se transforma numa exigência (eu preciso). A exigência rapidamente vira uma necessidade (eu quero). A necessidade fatalmente produz expectativa (você deveria), a expectativa muito rapidamente leva ao desapontamento (você não fez), que nos leva a alguma forma de castigo (porque você não fez, eu vou...)
O livro de Tiago aponta duas direções, uma vertical, depois horizontal: Humilha-vos e Limpai o coração. Gálatas 5 mostra duas realidades: guerra entre o reino de Deus “dentro de você” contra o reino da criação; e a realidade da minha identidade como filho de Deus e os recursos que são meus em Cristo: habitação do Espírito Santo e União em Cristo.
No capítulo 6, Seguindo o Maravilhoso Conselheiro, finalmente, ele chegará ao cerne da questão do aconselhamento, primeiro mostrando que a encarnação de Cristo para nós é evento, plano e chamado. A encarnação trata de um problema: não podemos ver a Deus. A encarnação nos revela a Glória de Deus. Portanto, o ministério bíblico não é um conjunto de princípios, mas sermos agentes da graça de Deus. A encarnação estabelece um plano: o plano de Deus para a igreja é que ela seja uma comunidade que represente fielmente a Cristo sobre a terra, para que a nossa presença represente a sua graça e a sua glória repleta da verdade. O plano de Deus é glória recebida e glória dada para que a glória continuasse a ser manifesta na terra.
A encarnação é também um chamado: sermos embaixadores de Cristo, com três: a mensagem do Rei; os métodos do Rei; o caráter do Rei.
Deste modo, a vida como embaixador deve ser baseada em amar, conhecer, falar e fazer, que são os elementos importantes do ministério bíblico.
- Amar: destaca a importância dos relacionamentos no processo de mudança;
- Conhecer: tem a ver com uma real familiarização com a pessoa que Deus nos envia;
- Falar: compreende fazer com que a vontade de Deus repouse sobre uma pessoa numa dada situação.
- Fazer: aplicar os discernimentos que Deus deu para sua vida diária e para seus relacionamentos.
É a partir destes elementos que o restante do livro será estruturado.
AMAR, que envolve os capítulos 7 e 8.
No Capítulo 7, Construindo relacionamentos ao entrar em seus mundos, o alicerce para o ministério que transforma vidas não é apenas uma teologia sadia, mas o amor. A nossa expressão do amor de Cristo é a única esperança de sermos eficientes por Cristo com as outras pessoas. O relacionamento de Deus para conosco é amoroso e redentor e nossos relacionamentos devem espelhar essas qualidades. A obra de Cristo pode ser descrita na justificação, na adoção, e na santificação, mas é na santificação que a transformação pessoal é um processo que se consolida com um relacionamento pessoal com Deus. Como embaixadores de Cristo, nós devemos construir relacionamentos de amor, graça e confiança com os outros.
Há quatro alvos centrais no amar: entrar no mundo da pessoa; encarnar o amor de Cristo; identificar-se com o sofrimento e alinhar-se ao plano.
- Entrar no mundo da pessoa: a porta de entrada é a experiência de uma pessoa acerca de um problema, situação ou relacionamento, que gera confiança horizontal, esperança vertical e compromisso com o processo.
- Encarnar o amor de Cristo: Deus usa quem somos e o que fazemos para encorajar pessoas a mudança.
No Capítulo 8, Construindo relacionamentos pela identificação com o sofrimento, o autor demonstra que identificar-se com o sofrimento demonstra o caráter humilde do ministério pessoal, reconhecimento humilde de que compartilhamos uma identidade com aqueles a quem servimos; sofrimento com propósito, de sermos aperfeiçoados pelo sofrimento, e nos dá a oportunidade de tornar a verdade concreta para as pessoas. Alinhar-se ao plano quer dizer um chamado para o trabalho de santificação.
CONHECER, que envolve os capítulos 9 e 10.
No Capítulo 9, Conhecendo as pessoas, Tripp mostra que o ministério pessoal depende de uma base de informação abundante. Não se pode ministrar a alguém que não se conhece. Jesus nos entende, pois entrou em nosso mundo, coletando dados a respeito da natureza da nossa experiência. Devemos ter o compromisso de entrar no mundo das pessoas.
Para fazer as pessoas enxergarem verdades novas, temos que fazer boas perguntas Isso ajuda na obra de transformação. Como pecadores, temos a tendência de passar a limpo a nossa história de maneira que sirva a nós, nos escondendo atrás das falhas de outras pessoas. Fazer perguntas é um modo de ajudar a encarar o que somos.
No capítulo 10, Descobrindo onde a mudança é necessária, o ministério pessoal não é apenas uma reunião de informações necessárias, mas encontrar sentido bíblico nelas. Devemos ver a vida das pessoas numa perspectiva bíblica, tem a ver com perspectiva, identidade e chamado. A boa exegese bíblica deve ir de encontro a boa exegese da vida da pessoa. Nosso conselho deve ser filtrado por um fundamento teológico sadio. Devemos organizar as informações em categorias bíblicas.
FALAR, que envolve os capítulos 11 a 12.
No Capítulo 11, O alvo de falar a verdade em amor, a confrontação é a palavra que a Bíblia usa para trazer a verdade para onde a mudança é necessária. A confrontação deve estar arraigada em nosso amor a Deus, em nosso amor ao próximo, em nossa responsabilidade moral em cada relacionamento. Para fazermos isso, precisamos examinar nosso próprio coração, se existem pensamentos, motivações ou atitudes que atrapalham o que Deus tem intenção de fazer com a pessoa. Após isso, temos que considerar o que Deus quer realizar quando confrontamos alguém.
No entanto, não podemos cair no erro de enfatizar a lei mais que o evangelho, devemos confrontar uma pessoa com o Evangelho.
No capítulo 12, O processo de falar a verdade em amor, devemos observar os quatro passos para a confrontação:
1. Consideração: perguntando o que a pessoa precisa enxergar que ela não enxerga e como posso ajudá-la a enxergar.
2. Confissão: o passo lógico após a identificação do pecado. A confissão lembra às pessoas que seus corações e suas vidas pertencem ao Senhor.
3. Compromisso: o primeiro passo do revestir-se do arrependimento.
4. Mudança: é o alvo da confrontação, não apenas o discernimento.
Para o autor, os princípios de confrontação bíblica são comunicação bidirecional, uso de metáforas, afirmações autoconfrontadoras e resumo.
FAZER, que envolve os capítulos 13 a 14.
No Capítulo 13, Estabelecendo o plano e esclarecendo as responsabilidades, mostra os ingredientes necessários para encorajar a mudança:
- Estabelecer seu plano de ministério pessoal: um plano é simplesmente um projeto para atingir o alvo, um mapa que nos mostra o destino. Precisamos saber quais mudanças específicas Deus está chamando a pessoa a fazer nessa situação.
- Esclarecer as responsabilidades: quem é responsável pelo que? O autor propõe o círculo da preocupação, que são das coisas que não estão sobre o meu controle, onde nós devemos ter confiança, e o círculo da responsabilidade, que nós devemos obedecer.
No Capítulo 14, Infundindo a identidade em Cristo e providenciando a prestação de contas, continua mostrando os ingredientes:
- Infundir a identidade de Cristo: o evangelho nos motiva não somente com a presença de Cristo e a certeza de Suas promessas, mas também com a nossa nova identidade.
- Proporcionar a prestação de contas: que requer uma disposição de arregaçar as mangas e estar ao lado das pessoas enquanto elas lutam na guerra entre o pecado e a justiça.
O propósito da prestação de contas é ajudar as pessoas a fazerem o que é certo ao longo do tempo, proporcionando uma presença que as mantém responsáveis, cientes, determinadas e alertas até prosseguirem sozinhas. Ela proporciona estrutura, direção auxílio e advertência.
Conforme já dissemos no início, o autor não buscou escrever uma obra acadêmica. Falta-lhe referências bibliográficas e teóricas e há poucas exposições bíblicas, a julgar pelo tamanho da obra e do tema. Por outro lado, sobra conhecimento prático dos conflitos humanos, demonstrando profundo envolvimento no assunto. A obra, muitas vezes, lembra um ensaio do comportamento humano, tal a profundidade e a sabedoria com que é tratado o tema.
A defesa principal do autor é de que a origem dos conflitos humanos está no coração e nos ídolos que colocamos lá, que roubam a Glória de Deus. Sendo assim, a única solução para os conflitos humanos é o coração redimido pelo Redentor. Desta forma, o autor se afasta, mesmo sem confrontar diretamente, de duas abordagens de aconselhamento bíblico. A primeira abordagem é aquela que busca nas terapias psicológicas instrumentos para a mudança e a transformação do comportamento. A segunda abordagem é aquela que busca em “textos provas” na Bíblia e em versículos de lei e exemplos a transformação do comportamento. Para a primeira abordagem, o autor defende que as Escrituras são suficientes, haja visto que o problema é um problema de pecado. Quanto à segunda abordagem, o autor defende que Cristo é suficiente. O autor não se preocupa com a busca de “textos provas” pois mostra que a única e verdadeira transformação acontece no coração, e não no comportamento, e só quem pode mudar o coração é Cristo. Sendo assim, ao invés de ficar garimpando versículos, o autor se articula pela Teologia Bíblica, e seus temas Criação Queda Redenção. A função do conselheiro não é mudar o comportamento, mas levar a pessoa a um relacionamento com Cristo, e transformar seu coração.
Essa abordagem do conselheiro bíblico é modalizada por quatro verbos, que são Amar, Conhecer, Falar e Fazer. No verbo Amar, o autor ressalta a importância do envolvimento e da identificação do conselheiro com a pessoa que busca transformação. No Conhecer, é onde o aconselhamento se destaca com um trabalho mais técnico e menos “conversa de amigos”, é quando o conselheiro vai investigar e fazer uma exegese das raízes do problema, articulando com a Bíblia e seus temas, buscando entender quais são os ídolos da pessoa. Aqui o conselheiro deve apresentar profundo conhecimento bíblico, mas também profundo conhecimento dos conflitos humanos. É neste ponto que o autor se torna mais pragmático, esboçando perguntas e métodos que possam fazer surgir os problemas. No verbo Falar, é a hora em que o Conselheiro, em amor, deve confrontar, ou seja, o alvo do aconselhamento bíblico é a transformação, e não apenas fazer a pessoa “desabafar”, sair confortável. Ela será confrontada para, enfim, poder Fazer, que acontece dentro do processo de transformação.
Entendo que esta abordagem de aconselhamento bíblico traz luz e confronto com a geração atual de crentes que, primeiro, têm buscado um pragmatismo imediato em livros de auto-ajuda que ensinam passo a passo sem, necessariamente, envolver um relacionamento com Deus. O imediatismo tem feito surgir a busca por mudanças de comportamento sem verdadeira transformação de coração, e por isso mesmo, pessoas cada vez mais cansadas e desiludidas com a vida, pois enfrentam um problema que não podem vencer. Outro fator de confronto com a geração atual de pastores é a do pensamento de que a boa exposição e exegese bíblica só é necessária na pregação, já o aconselhamento bíblico requer “achismo” e conhecimento da psicologia e das linhas da auto-ajuda. Este método leva o pastor a ser totalmente dependente das Escrituras para a transformação de suas ovelhas, e também leva-o a envolver-se com elas. Finalmente, esta abordagem também entra em desacordo com uma geração que não quer ser transformada, mas apenas tranquilizada com seus próprios problemas, quer ser consolada. O autor, no entanto, trata pecado como pecado, e o Conselheiro deve fazer o mesmo, sendo esta uma atitude de amor.
Um fator negativo é que o considerei demasiadamente repetitivo, envolvendo histórias e ilustrações fora de hora. Também, muitos dos seus pontos e passos se sobrepõe uns aos outros, e ultrapassam capítulos, atrapalhando nossa percepção do todo da obra, e fazendo com que a gente se perca. Certamente os discípulos do autor vão tornar o livro mais acessível.
Vou levar para meu ministério a maneira de me aproximar do aconselhando, da pessoa que eu auxiliarei a ser restaurada. Guardei, principalmente, as quatro características do conselheiro, de amar, conhecer, falar, fazer. Além do mais, também achei muito inovador o método de coleta de dados no aconselhamento, tornando-o menos subjetivo e mais técnico.
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