Posso pedir perdão, só não posso deixar de pecar

Posso pedir perdão, só não posso deixar de pecar Fernanda Young




Resenhas -


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Silvana137 26/09/2022

Pesado em alguns aspectos
Gostei da leitura,a escrita foi fácil, Fernanda Young, tem jeito peculiar em sua narrativa, pensar que este foi escrito quando ela tinha apenas 17 anos, é um Livro com uns temas pesados ..não indicaria essa leitura pois não é todo mundo que está preparado pra ler..
Foi uma leitora rápida e fácil..mas muitas coisas me repugnaram,. Mas o livro se perdeu e ficou como se tivesse. Incompleto .
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caspaeletrica 13/02/2022

5/10
Os primeiros capítulos são promissores e extremamente bem desenvolvidos, incríveis, arrebatadores. Entretanto, conforme a história se passa, a trama se torna confusa e maçante. Parece que o roteiro não foi planejado antes, o que às vezes não é necessariamente um problema, dependendo dos casos, mas no caso desse livro, foi o grande problema. Personagens inéditos surgindo do nada que não somavam em nada na história e a mesma sem rumo algum.
fernandaararuna 13/02/2022minha estante
concordo com tudo, mas foi explicado que ela não havia terminado o livro direito por conta que partiu antes de ajeitá-lo


caspaeletrica 13/02/2022minha estante
@Fernanda aaah não sabia disso, faz sentido. mas ainda acho que mesmo não tendo um desfecho bacana (provavelmente por causa disso), ainda acho que deu uma perdidinha no meio do livro. mas os primeiros são ótimos


fernandaararuna 13/02/2022minha estante
te entendo completamente!! eu fiquei confusa também, tinha momentos que eu nem sabia o que tava rolando e isso me fazia ficar em dúvida se eu continuava ou não. acredito que teria ficado ótimo se ela tivesse tido tempo. mas por outro lado, os outros livros dela são incríveis mesmo ?


caspaeletrica 13/02/2022minha estante
@Fernanda ainda não li outros dela, mas queria muuuito, minha mãe é fã dela também. Você tem algum que você possa me indicar??


fernandaararuna 13/02/2022minha estante
essa mulher foi/é maravilhosa!!!

bom, até agora contando com esse eu só li três livros dela. então, dos outros dois eu posso te indicar Tudo que você não soube e A mão esquerda de vênus.

o meu amigo me indicou As pessoas dos livros, não posso te dizer com certeza se vai gostar, mas pode ser que sim (me perdoa se não gostar dkkddk).

enfim, espero que goste das indicações ?




Alyne 31/12/2020

Viagem sem roteiro prévio
O livro começa promissor, é até interessante pensar que, aos 17 anos, a autora já tinha todo aquele questionamento à religião instituída e mesmo soubesse de autores internacionais famosos dos quais muitos adultos sequer ouviram falar. Contudo, talvez até pela idade, ela parece não ter planejado o roteiro. Então, pouco após a metade do livro, a história se perde. É uma pena.
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Marcelo 29/01/2024

Resenha publicada no Booksgram @cellobooks ?
Esse foi o primeiro livro escrito por Fernanda Young aos 17 anos, mas coincidentemente foi o último livro publicado pela autora, após a sua morte em 2019. Fernanda já estava trabalhando nele para publicação mas não teve tempo de fazer os ajustes necessários e a editora começa o livro ressaltando isso pois de fato o texto parece um tanto cru ou mesmo inacabado.

Narra a jornada de liberdade de uma jovem criada em uma família tradicional e religiosa. Crescendo em um ambiente autoritário, a protagonista descobre sua sexualidade e questiona a construção da Sagrada Família. Como a autora sempre foi conhecida, esse texto também reflete um toque provocativo e indigesto para alguns: A narrativa revela os laços abusivos e autoritários dentro de casa, levando a personagem a buscar sua própria liberdade, enfrentando a rejeição da sociedade que a vê como louca e perigosa.

A trama se desenrola em torno da personagem, prometida a um casamento santo, enquanto ela explora outros caminhos, desafiando os tabus religiosos sobre o corpo feminino. O enredo aborda experiências comuns a jovens e mulheres adultas que enfrentam a influência dos dogmas religiosos em suas vidas.

Como ressaltei anteriormente o texto parece cru e inacabado. Os primeiros capítulos são interessantes e promissores mas ao final do livro o texto vai ficando confuso, vão entrando novos personagens que parecem deslocados no texto e parece que tudo fica jogado sem uma linha clara de raciocínio ou do porque de estarem ali.

Mas para quem, assim como eu, que é fã da autora, vale conhecer o caminho por onde a autora começou seus primeiros passos na literatura. Trata-se de um livro que apresentava um potencial e já apontava para uma autora que tinha tudo para ser um sucesso pela frente (assim como foi).
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Larissagris 22/05/2020

POSSO PEDIR PERDÃO, SÓ NÃO POSSO DEIXAR DE PECAR - FERNANDA YOUNG

🖤 "Eu acho que era ódio, pavor, era essa maldita submissão, era essa igreja de tolos, esse torpor indecente por Deus, esse estar enamorado eterno, era a pregação do não prazer que matou a professora." (Pág. 32)

🖤 "São naqueles rápidos segundos que realmente vamos até Deus sem querer doces, mas apenas para agradecermos o método de proliferação." (Pág. 34)

🖤 "Nina, você já é moça, pura e prendada, que está confundida pela idade e corpo. Só que deve se lembrar sempre de que a mulher foi criada para gerar e não para ter esses prazeres promíscuos ou necessidades impuras. Para que assim possa honrar o nome de seu pai, seu marido e, futuramente, seus filhos. Sem se deixar levar pelo corpo, o corpo deve permanecer lacrado até que Deus dê a sua benção e seja aberto." (Pág. 42)

🖤 "O meu digníssimo noivo não poupou esforços gramaticais no discurso feito ao pedir minha mão. Mamãe chorou. Al se mostrou aliviada e Gregor demonstrou sua indiferença por não entender bem o que se passava. Eu me sentia como Gregor, sem entender absolutamente nada. Por que aquela criatura falante tanto discursava para pedir o que lhe foi entregue antes mesmo de eu aceitar?" (Pág. 43)

🖤 "Nessa época, descobri que o mundo era quadrado e que pertencia aos que dormem tarde. Na noite se vive, de resto somente se respira." (Pág. 45)

🖤 "No amor dos contos, tudo é lindo e belo. Desconfio da beleza e dos finais felizes convincentes, desconfio dos príncipes encantados e da validade das bruxas, sempre tão burras e derrotáveis. O amor que quero descobrir não está no canto dos pássaros, nem no brilho enjoado da lua, muito menos nos sermões para Deus. Não se encontra amor em uma borboleta, como nas poesias que Rodrigo Mendes me traz. Amor se encontra no sexo que desconheço e penso em breve conhecer." (Pág. 47)

🖤 "Por essas e por outras, a vontade da morte muito me vinha à cabeça. Eu comecei a sentir súbitas melancolias, súbitas tristezas e uma angústia permanente. A morte, ou pelo menos pensar nela, era a única possibilidade de esquecer por algum tempo os cupins e suas asas por cima das camas." (Pág. 59)

🖤 "[...] é fácil demais viver pelas ordens de um pastor, viver com as opiniões dele, com as crenças dele. O pastor tem a função de pensar pelo seu rebanho." (Pág. 60)

🖤 "Todas essas pessoas tão necessitadas de um pastor. Incapazes de chegar a uma conclusão sozinhas, incapazes de viver sem alguém que lhes diga o que fazer, como pensar ou olhar o sol. São exatamente essas pessoas com quem sou obrigada a conviver, essas pessoas que precisam de um pastor Ortiz como guia de suas ânsias e desejos. São dessas pessoas que deveria me orgulhar, uma mãe que crê na pureza e submissão eterna da mulher, um pai que entrega de bandeja e luvas os seus filhos a um pastor ou a um marido, o que é o meu caso." (Pág. 60)

🖤 "Pois que vão todos para o céu brincar de roda e sortear o que é certo ou errado, enquanto descubro o mundo por poesia e sensações, andando de navalha no escuro, navalha afiada em sentimentos." (Pág. 61)

🖤 "Posso pedir perdão, só não posso deixar de pecar. Tudo o que eu gosto me parece sempre um pré-pecado. Por que teremos sempre que nos punir pelo que gostamos? Por que devo ser considerada uma alma ruim pela balbúrdia do prazer? O prazer será sempre motivação egoísta? E a palavra, será que sempre me mostrará a verdade do que escuto? Será sempre pregada como palavra de cura e de salvação?" (Pág. 89)

🖤 "Hoje é terça-feira e mesmo neste colégio medíocre e com a insistente presença de Alice a querer me chamar atenção, estou feliz e tal sentimento me alerta que posso ficar triste a qualquer instante, um círculo vicioso, para estar feliz obviamente é necessário que estivesse infeliz e tal e tal..." (Pág 103)

🖤 "Rimos um pouco mais, não tanto, e dançamos ao som de tango, numa vitrolinha pequena que havia tempos era distribuída para os soldados, 'crepúsculo interior', dançamos enlouquecidamente, desmedidamente, direcionando e exorcizando, éramos dois loucos sintomáticos, talvez patológicos." (Pág. 107)

🖤 " - Tu sofres por aprendizado, minha tristeza não é por profissão, nem opção, é por desgraça. Deve ser mais belo sofrer por opção. Eu te acho linda, pois podes sonhar que cais em precipício e, antes de alcançares o chão, podes falar: "Pronto!" Devo acordar, eu não preciso cair." (Pág. 113)

🖤 "De você terei saudades, mesmo com antagonismo de nossas tristezas e prantos. Somos poetas e algo temos em comum: elegância e bom senso, apesar de nossos porres em tardes de piano ou dos rumos desconexos que vivemos, lembremo-nos dos dias de chuva que passamos juntos e reconheçamos que não há poema mais lindo do que a cumplicidade que temos e por mais besta que pareça, sempre teremos, enfim..." (Pág. 116)

🖤 "Despedi-me de Bastian quando o apresentei a meu marido, não sei, mas sempre tive a tendência de apreciar partidas, para quem não tem muito a fazer, se torna uma boa coisa para ocupar o tempo, lembrar." (Pág. 119)

🖤 "Quando cito meu pai, falo simplesmente Jofre Tiengo. Pode parecer frio e até mesmo vil, enfim, dessa forma não me canso nem me cobro perante a posição familiar de ter que conviver com um homem como ele. Não que ele seja mau, não tenho a intenção de passar uma imagem ruim de meu pai nem de ridicularizar sua posição, mas nunca concordei com suas opiniões e ações, ões, ões, não gostei nunca." (Pág. 119)

🖤 "Mamãe olhou-me insegura, pedindo para que eu não o ignorasse. Pelos seus olhos visualizei o desprezo de anos que dei ao meu pai, a frieza sarcástica que correspondi à sua opinião, esquecendo do Papo que, quando pequena, mesmo ignorante, me pegava ao colo com a força de um herói. Eu não sabia que os heróis não deveriam necessariamente ser inteligentes, geniais." (Pág. 147)
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Brina 13/06/2023

O livro falou sobre a construção da feminilidade e os impactos da sociedade e da religião na formação da mulher. O que me chamou atenção nesse livro foi, como a protagonista investia seus pensamentos e como ela executava cada pecado rsrs
Gostei da Leitura apesar dela ter focado bastante na sexualidade, aparentemente É só isso que nós mulheres deveriamos pensar. Mas eu entendo o contexto e que essa era a repressão que ela sofria. Livro curto e fácil leitura
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Renato 09/09/2022

Tesão X Religião
Primeiro livro escrito pela Fernanda Young, "Posso pedir perdão, só não posso deixar de pecar traz a história de uma garota que ao ter a sua primeira menstruação se vê na impossibilidade de caber numa religião e na moral social de uma cidade pequena do interior, em contraponto à liberdade que o prazer sexual lhe possibilita.
Um livro bastante válido para levar as pessoas a refletir sobre ultrapassado tabu da sexualidade, sobretudo a da mulher, frente a um fanatismo religioso; embora as linguagem herética e escatológica não permita a reflexão de um cristão fervoroso. Por fim, a leitura do livro se faz valer mais pela temática que aborda, já que o enredo é bem fraco.
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luisaannaa 29/02/2024

?Eu sou imortal, pois não vivo em função de nada, na Terra serei imortal e fora dela nada serei, além da lembrança que aqui ficar ou o eco das minha opiniões?
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Bia 03/11/2023

Estranho
Segundo livro da fernanda que leio, sendo que os dois têm escritos de quando ela tinha apenas 16/17 anos de idade. o primeiro que li, estragos, me pegou mais, porém os dois me causam uma mesma sensação: estranheza. fernanda era estranha, sabia disso e assumia sem vergonha nenhuma. ter coragem de assumir quem se é, para mim, é a maior qualidade que alguém pode ter. durante a leitura me senti dentro da mente da protagonista e algumas coisas pontuais sobre a vivência religiosa me soaram bem familiares. sou fã da fernanda e, apesar de não ser dos melhores, acho incrível que uma adolescente tenha pensado e criado esse livro!
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Karina 27/06/2020

Eu nem sei se entendi esse livro, apesar de ter várias notas explicando que ele não tá "completo" já que a autora morreu antes de olharem tudo direito. Eu gostei um pouco do livro, os surtos com a religião, com a família e relacionamentos e como tudo isso molda a pessoa. Por mais que quando se é religiosa muita coisa "pareça errada" o título é bem condizente com a história.
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Naju 16/10/2022

A poesia que tem nesse livro me assusta
Esse foi o primeiro livro que Fernanda Young escreveu e o último que ela publicou antes de morrer em 2019. Fiquei confusa em algumas partes e no final também, mas tem muita poesia nesse livro. A forma como Fernanda consegue encarnar a primeira pessoa de uma forma tão carnal, pessoal, sexual até... Sei lá, de alguma forma me inspira a escrever mais, ainda que a narrativa fique desconfortável em alguns momentos. Não um desconfortável ruim, apenas... desconfortável.
Eu gostei.
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Renata 12/05/2020

Esse foi o primeiro livro que li de Fernanda. Mas posso dizer que curtir a leitura, um livro de uma linguagem libertadora e um tanto erótica. Sensacional como Fernanda!!
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Maju 26/05/2020

Provocador.
O livro provoca e ao mesmo tempo liberta, para quem se identifica com a acidez da personagem e a personalidade anárquica da Fernanda. Sempre foi difícil desassociar as obras dela com a sua vida, isso pode fazer o autor se sentir falho, ainda mais ela que era uma grande autora de ficção, mas para mim, isso sempre foi uma extrema qualidade, pois Fernanda era e continuará sendo (forever young) surreal, ela era a própria ficção, é então em persona a obra que nos desperta e por isso, também nos inspira a simplesmente sermos o que somos, pecarmos, mesmo que por fim, peçamos perdão. E bem, sobre a dificuldade da desassociação: eu quis chorar com essa obra, ela vem com a força de uma saudade gigantesca, uma falta, algo melancólico, imagino como era mesmo a Fernanda de 17 anos e que tomou uma forma artisticamente linda ao decorrer de sua vida. Obrigada por tudo, F.Y.
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luamagnetica 24/11/2023

É realmente impressionante a habilidade de Fernanda em traduzir tantos sentimentos complexos e socialmente reprimidos. Essa obra é genial, nos faz conhecer partes em nós que não sabemos bem como identificar, nomear, compreender.

A vulnerabilidade da autora em assumir toda estranheza que vive em cada ser humano mas que reprimimos é emocionante, original e necessário. Um retrato realista do caos que é a nossa mente e um mergulho no labirinto das nossas emoções, principal na juventude.

Há uma tonelada de homens escrevendo sobre sua sexualidade em diversos tons e formas e estes são quase sempre reverenciados pelo seu público por tamanha poesia.
Quando é uma mulher, sobre uma mulher, sobre si, sobre nós: se torna incômodo. Provocativo. Indigesto. Fútil?
Não. A protagonista pode ser vista assim mas, na realidade, ela só é alguém que não teve medo de assumir seus desejos, pelo menos para si mesma.

O tipo de livro que se relê para se entender de novo e de novo.
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