Racismo linguístico

Racismo linguístico Gabriel Nascimento




Resenhas - Racismo linguístico


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Aline.Armond 04/04/2024

Excelente material pra quem estuda as linguagens, o racismo e questões sociais no geral. O autor demonstra como o racismo atuou também na forma de linguicídio e ainda segue sendo renovado pela linguagem.
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Ogaiht 12/02/2024

Completamente Equivocado
Como as pessoas são extremamente emotivas e usam mais o coração que a razão ao emitirem uma opinião é necessário fazer a seguinte observação: criticar negativamente um livro sobre qualquer tipo de racismo não faz dessa pessoa racista e nem significa que essa pessoa negue a existência de tal prática. Dito isso vamos a análise deste livro. O preconceito linguístico é um fato, pois o preconceito é inerente ao ser humano. Sabemos que certas variações linguísticas possuem mais prestígio que outras por várias razões sejam elas políticas, econômicas ou culturais. Também é fato que a escravidão marcou profundamente a sociedade brasileira e seus danos são sentidos até hoje.
Porém este livro, que nada mais é do que uma das várias crias do pós-modernismo que se espalhou nas universidades e agora nas mídias falha em defender sua proposta. Basicamente, o argumento é que norma culta padrão do português brasileiro nada mais é do que uma variante falada exclusivamente pelos brancos e que seria usada como instrumento de opressão às populações não brancas. Ele também acusa essa versão da língua de ser como os brancos veem o mundo e, portanto, é incompatível com a maneira que os não brancos vivem. Mas a verdade é que ele não mostra nenhum argumento concreto que prove isso! Ele chega a citar uma lista de expressões com a palavras negro/preto que seria negativas como humor negro (absurdo!) e o bom é velho denegrir. Parece que o autor ignora que as palavras podem mudar de significado com o tempo, e algumas que possuíam significados depreciativos podem perdê-los com tempo, algo que ocorre em todas as línguas.
O autor também questiona o porquê de formas como ?nós vai? não possui o mesmo status de ?nós vamos?, sendo a primeira forma muito utilizada pelos escravos e hoje usada em contextos mais informais. Uma coisa é respeitar as variantes e não recriminar os falantes que as usam mas toda língua precisa de uma forma culta padrão para que haja comunicabilidade entre todos os seus falantes. O Brasil é um país imenso com mais de 200 milhões de habitantes e inúmeras variações. Como ficaria a comunicação se cada um falasse a língua como bem entender? Claro que isso se refere a um contexto mais profissional e acadêmico. É curioso que autor, que também é negro, ter escrito o livro na forma culta padrão, que segundo ele é a língua do branco opressor.
Ele também questiona o por que as línguas indígenas não tem o mesmo status que o português. Será que o autor não sabe que o Brasil é um raro caso de país onde uma única língua é falada por quase 100% da população? As línguas indígenas são faladas por não mais que 200 mil habitantes. Se usarmos a lógica do autor, teremos que considerar as pequenas comunidades alemãs, polonesas e russas no sul do país. Por causa dessas poucos comunidades também deveríamos defender que o alemão, o polonês e russo se tornem línguas oficiais?
Também é bem hipócrita da parte dele falar que os brancos não entendem a crítica linguística que ele faz, mas seu livro é extremamente influenciado por ideias pós-modernistas de Foucault e Derrida, dois homens, europeus colonizadores e opressões e brancos!
O livro é extremamente contraditório ao ensaiar uma crítica ao pós-modernismo e ao estruturalismo mas é profundamente baseado nas teorias críticas de raça e neocolonialistas, que nada mais são do que crias do pós-modernismo. O livro parece que seguiu todos os dogmas dessa filosofia como quando fazemos uma receita de bolo. E por último, não poderia deixar de citar a boa, velha e desonesta ideia que o livro cita de que quando brancos não veem os não brancos pela cor é resultado de seu privilégio e ainda sim um tipo de racismo. É uma armadilha impossível de se fugir, porque se eles virem a cor do outro também seriam considerados racistas. O que os seguidores dessa seita não entendem é que quanto mais eles defenderem essa visão de mundo, mais eles incentivarão as divisões na sociedade. Mas parece que é exatamente isso que eles querem, cada um em seu quadrado.
Concluindo, acho esse livro um desserviço, e fico muito preocupado pelas faculdades de Letras estarem investindo tempo e recursos nessas linhas de pesquisa. A língua por ser usada sim para expressar preconceitos e atitudes preconceituosas devem ser combatidas, mas problematizar picuinhas mais atrapalha do que ajuda essa causa tão nobre que é a luta contra o racismo.
Carolina 13/02/2024minha estante
A lógica do autor não considera as comunidades alemãs e cia porque são comunidades de brancos, e brancos são todos opressores e racistas.


Carolina 13/02/2024minha estante
Uma vez eu fiz uma piada dizendo que ?black friday? era uma expressão racista. Um ou dois anos depois, várias lojas aboliram o termo usando a mesma justificativa.




Brenno.Soares 19/11/2023

Livro repleto de provocações ao pensamento crítico, provocações estas com embasamento pautado em fatos poucos explorados no cotidiano. O autor apresenta muitos fatos interessantíssimos sobre a formação do nosso idioma, e apresenta as supostas origens de alguns preconceitos infundados que infelizmente alguns insistem em carregá-los até os dias de hoje.
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Robson.Marques 21/09/2023

Observe e absorva
Acho que essas duas palavras definem bem a leitura e as informações que tornam a estrutura do racismo um movimento constante de tentativa de dominação e subordinação.
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R. Gomes 31/03/2023

Booom *mente se expandindo*
"[...] o branco, ao racializar o negro, se desreponsabiliza pela ideia de raça ao se considerar humano"

O livro é fascinante e fácil de ler. Admito que ele se torna um pouco mais denso de acompanhar nos pontos em que há muita citações, mas isso é compensado pela escrita do autor.

As ideias trabalhadas nesse livro são surpreendentes e expandem a mente de um jeito muito legal. Ele decididamente te faz pensar.

Super recomendo.
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Anderson Menezes 27/12/2022

Muito além dos termos e verbetes.
O livro Racismo Linguístico é de suma importância para irmos além dos termos e apalavras soltas que são totalmente racistas, de forma histórica, linguística e aprofundada de como o racismo linguísticos surge e continua eu fico com o resumo de Joel Windle: "Escrito de forma acessível e didática, este livro será de imenso interesse não apenas para estudiosos da linguagem, mas todos os que querem entender melhor a complexidade da desigualdade racial no Brasil. Com sua análise original da relação entre língua e racismo, Gabriel Nascimento aborda um tema quase totalmente ausente da linguística brasileira, se posicionando de forma lúcida e engajada nos debates de intelectuais negros, muitas vezes esquecidos, e mostrando suas contribuições para uma visão mais inclusiva da linguagem dentro da sociedade brasileira. De fato, a grande novidade da obra de Nascimento é de mostrar tanto as ausências da linguística tradicional quanto as pistas para uma renovação dessa área, dando continuidade ao projeto anticolonial de autores clássicos como Franz Fanon e à crítica decolonial contemporânea, que está transformando debates acadêmicos e políticos ao redor do mundo. Assim, este livro se insere numa virada importante na ciência e sociedade brasileira, que somente agora está começando a encarar a força estruturante de categorias raciais." Joel Windle (Monash University, Austrália/Universidade Federal Fluminense).
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Wiulayne.Souza 27/12/2022

Muito importante e essencial para o ensino de línguas no Brasil. Relata do princípio até o governo Bolsonaro.
Muito bom!
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Raoni Pereira 03/12/2022

O poder das palavras
A linguagem marca os corpos e contribuem para a sua discriminação. O autor analisa como o idioma do colonizador produz distorções e preconceitos com aqueles que não se adequam ao padrão linguístico.
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Amanda 12/11/2022

Língua e racismo
Gostei do livro. Um tipo de livro bom é aquele que te faz pensar sobre coisas que vc não tinha pensado antes e esse livro fez isso... Essa nao é exatamente uma resenha, mas sobre o q o livro me causou...

É sobre racismo linguístico, o uso da língua para excluir ou minimizar o valor de parte das pessoas; traz propostas para evitá-lo; traz alguns fatos históricos q tenta mostrar um viés discriminatório ou protecionista (que desemboca em discriminação)...

Nunca tinha pensado a fundo sobre o uso da linguística para prática de racismo e exclusão... E isso é um tanto qto óbvio...

Ainda estou em contradição com algumas partes do livro, mas deve ser pq não tenho mta noção sobre como funciona a evolução de uma língua (ainda não aceitei a última reforma ortográfica rsrs)...

Me questiono sobre a proposta de se aceitar plural com singular (confesso q eu falo assim de vez em qdo, mas o português correto é tao bonito)... Eu entendo que a língua deve servir às pessoas e não o contrário e sei q deve ser acessível a todos... Ahhh mas eu adoro o português certinho... Os tempos verbais, conjugações é tudo tão rico... Mas eu sei q eu gosto é do português do Brasil e esse só existe pq nele já houve uma mistura de idiomas africanos e indígenas... Qto sofrimento esse livro me trouxe... Rsrsrs

Não sei exatamente como uma língua desaparece naturalmente... Fico pensando se isso não seria permitir o desaparecimento do português... Talvez seja um resgate dos outros idiomas que foram outrora apagados e que deveriam fazer parte da gente pq está no nosso dna...

Talvez a evolução das línguas seja ela se tornar uma só no mundo todo... Se permitíssemos a introdução de novas formas de falar aqui e ali, aceitando aquilo que é do outro e fazendo nosso, sem querer proteger o que é local, as línguas sofreriam mutações tão grandes que resultariam em um único idioma... Mas pra isso acontecer precisaria de mto desprendimento e reconhecimento do valor do outro que está mto ligado a ideia de ausência de racismo e preconceito... enfim...

A conclusão tá me levando a viajar na maionese sobre igualdade, filosofia, torre de Babel, evolução da humanidade enqto seres bons... A cabeça explodiu...kkkkk

Ps.: O livro não é sobre isso... Como disse lá no começo, é sobre racismo linguístico, o uso da língua para excluir ou minimizar o valor de parte das pessoas, traz propostas para evitá-lo, traz alguns fatos históricos q tenta mostrar um viés discriminatório ou protecionista (que desemboca em discriminação)...
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Sparr 14/09/2022

A nossa língua conta uma história de opressão
Seja no dia a dia, seja na execução acadêmica, nosso idioma não faz reparação com os povos originários e é retrógrado em aceitar novos caminhos. Nossa língua é também um caminho desfavorável de opressão. É um recurso do apagamento e do embranquecimento. Fico grata por descobrir tamanha consideração sobre a nossa língua e sobre como a linguística trabalhou por tempos em desfavor de igualdade. Espero conseguir contribuir para o inverso dessa realidade.
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Vi 04/04/2022

?quem tem direito a ser reconhecido como legítimo falante de uma língua no brasil?? confesso que achei bem técnico, é um bom livro de ponto de partida. e tem uma bibliografia incrível pra se aprofundar mais no assunto
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Geovana189 16/02/2022

É um ótimo livro para introdução ao tema e recorrer a bibliografia utilizada. Gostei bastante da parte introdutória, mas sinto que acabou se perdendo um pouco nas análises das obras, faltou mais discussões do tema para além dos conceitos apresentados.
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dani 08/02/2022

O lado "calado" do racismo
Foi somente no primeiro semestre do curso de Letras, nas aulas de Linguística, que entrei em contato com o conceito de preconceito linguístico. Ou seja, passei boa parte da vida acadêmica sem enxergar que há muito mais na língua além das caixinhas de "certo" ou "errado". Agora, este livro ampliou ainda mais minha visão sobre o tema ao discursar sobre o racismo pelo viés linguístico.

Gabriel Nascimento explana como o racismo linguístico está arraigado, de forma insidiosa, no sistema educacional e na sociedade em geral. A aclamação de uma "norma padrão" privilegiada visa a manutenção de classes socioeconômicas, conferindo mais prestígio a certos grupos em detrimento de outros, ou seja, essencialmente populações negras e indígenas. Através da apresentação de documentos históricos, denuncia o linguicídio projetado e executado pela política colonial (ainda em vigor).

O livro é curto, mas bastante denso. Também fornece uma ótima bibliografia riquíssima para quem quiser se aprofundar no tema.
B.norte 08/02/2022minha estante
Já está na minha lista de leitura de novembro


dani 08/02/2022minha estante
Que legal, Lorena! Espero que goste também.




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