Pedagogia do oprimido

Pedagogia do oprimido Paulo Freire




Resenhas -


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Beatrys 13/04/2024

Os homens se libertam em comunhão
"Enquanto o conhecimento teórico permanecer como privilégio de uns quanto 'acadêmicos' dentro do partido, este se encontrará em grande perigo de ir ao fracasso." R.L.
"Na visão "bancária" da educação, o saber é uma "doação" dos que se julgam sábios aos que julgam nada saber. Doação que se funda numa das manifestações instrumentais da ideologia da opressão - a absolutização da ignorância, que constitui o que chamamos de alienação da ignorância, segundo a qual esta se encontra sempre no outro.

Há por outro lado, em certo momento da experiência existencial dos oprimidos, uma irresistível atração pelo opressor. Pelos seus padrões de vida... Não há outro caminho senão de uma pedagogia humanizadora, em que a liderança revolucionária, em lugar de se sobrepor aos oprimidos e continuar mantendo-os como quase 'coisas', com eles estabelece uma relação dialógica permanente."
É ultrajante o que fizeram com a memória de Paulo Freire no Brasil, um dos filósofos mais importantes do século XX. Patrono da educação, não só nacionalmente, mas um referencial mundialmente prestigiado e aplicado. Um orgulho para sua nação, com toda sua humanidade, integridade e grandiosidade filosófica.
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Leandro253 18/02/2024

Leitura essencial para todos e todas que querem entender a educação e a arte de ensinar como ato de amor por esta educação e, claramente, compreendê-lá como ato político e de libertação.

Transformar a vida de quem aprende e, ao mesmo tempo, transformar-se a si mesmo enquanto ensina.

Não há como definir o que os educandos irão aprender sem tê-los como atores de seu próprio caminho na educação e sem compreender a maneira de tornar o ensino significativo para estas pessoas.
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oMatheusFa 13/02/2024

"O indivíduo necrofilo ama todo o que não cresce, tudo que é mecânico. Ama o controle e no ato de controlar, mata a vida"

Muito interessante, e triste, ver na prática da profissão a educação bancária e necrofila ser a valorizada. Gostam das crianças quietas, sem vida.

O livro traz a teoria daquilo que já me revoltava na prática pedagógica. Me fez ver também que muitos dos professores que eu admiro seguem os ensinamentos desse livro.

Em uma entrevista com a minha irmã, ela disse, sem essas palavras, que o professor que ela mais gostava era o que aplicava os círculos de cultura e ouvia os alunos. E os que ela não gostava era os que aplicavam a educação bancária.

Com certeza vou levar esse livro pra vida e reler sempre que precisar preparar minhas aulas.
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Monge 29/01/2024

A dialeticidade na práxis da pedagogia problematizadora
A obra se desenvolve acerca da pedagogia voltada para o oprimido, que busca a humanização do homem. tendo em vista que este, submetido à classe opressora, é cerceado de sua humanidade. inicialmente, discorre sobre a situação de opressão material presente na sociedade, que mitifica a realidade e, por isto, é alienante. ao passo que a pedagogia do oprimido é libertadora, pois é criticidade e transformação concreta. o autor critica uma visão fatalista e estática da realidade, na qual acredita-se que a opressão é um destino dado, como fica explícito no seguinte trecho: “Esta (a luta pela humanização) somente é possível porque a desumanização, mesmo que um fato concreto na história, não é, porém, destino dado, mas resultado de uma ordem injusta que gera a violência dos opressores e esta, o ser menos.”. é enfatizada, no livro, a ideia de que a classe oprimida deve participar ativamente pela busca de sua libertação, não de maneira individual, mas coletiva.
existe, na obra, a abordagem, também, de conceitos como educação bancária, educação problematizadora, ação dialógica, ação antidialógica, invasão cultural e síntese cultural, entre outros. abordando-os sempre como conceitos em relações antagônicas: um que parte dos opressores e outro que deve partir dos oprimidos. já que o oprimido, para se libertar, necessita agir em diálogo, harmonia, humanização, buscando ser mais, enquanto o opressor, para se manter beneficiado da situação opressora, necessita conquistar, separar, manipular e invadir, tornando o oprimido um ser menos.
além disso, é utilizado o conceito hegeliano de dialética, a partir da caracterização dos oprimidos como “consciência servil” em relação à consciência do opressor, tornando-se “consciência para outro”. ademais, a dialeticidade é usada no decorrer da obra para desenvolver as relações homem-mundo, educadores-educandos, ação-reflexão, etc. Tais relações esclarecem que as coisas não se dão isoladas no mundo, mas em conjunto, como fica claro no trecho: “(a libertação autêntica) é práxis, que implica a ação e a reflexão dos homens sobre o mundo para transformá-lo.”.
a linguagem da obra, bem como o desenvolvimento do pensamento freireano, não é tão complexa, no entanto exige o conhecimento prévio de alguns conceitos para que haja um entendimento mais facilitado e claro por parte do leitor. o autor não se limita somente a abordar, de forma incisiva, a pedagogia como elemento separado da realidade. em vez disso, elabora, em torno da práxis da pedagogia problematizadora, seu pensamento filosófico. o livro se estrutura de forma organizada, em que os tópicos se complementam e facilitam a análise do leitor sobre o pensamento filosófico sintetizado na obra. além dos diversos referenciais teóricos encontrados durante a leitura do livro, paulo freire narra muitas experiências concretas de educadores a fim de exemplificar o que apresenta de forma teórica no ensaio.
embora, no contexto pedagógico, seja reverenciado nacional e internacionalmente, é perceptível que o método proposto por paulo freire nunca entrou em vigor de forma plena no brasil. pelo contrário, o que se verifica na realidade é uma educação tecnicista, criticada veementemente pelo autor, que a nomeia de “educação bancária”, a qual estabelece relações verticais no ato educativo, buscando depositar o conteúdo programático sem que haja verdadeiro diálogo entre educador e educando.
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lorena 12/01/2024

Alguém teve que falar primeiro
O que para alguns nessa leitura pode soar óbvio hoje em dia, foi necessário alguém falar primeiro (pelo menos no Brasil). Definitivamente é a leitura mais difícil de Paulo Freire e carrega sua fama sobre isso, senti falta da variação entre tese e experiências vividas que nem em Pedagogia da Esperança porém não deixa de ser um livro necessário.
A leitura foi muito difícil pra mim e tenho certeza que em muitos trechos deixei passar o que ele realmente quis dizer por essa sensação de as vezes estar repetindo as mesmas coisas afloreando as frases.
Porém sou muito defensora desse estilo de escrita dele que é a marca de sua Pedagogia.
Recomendo para qualquer pedagogo, principalmente para ampliarmos nossa visão de mundo, só não recomendo como primeira leitura do autor.
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Erica 05/04/2023

Interessante
As teorias abordadas no livro são bem interessante
Requer paciência para ler pois precisa de um entendimento detalhado de mundo
Gostei bastante do primeiro e do último capítulo, acho que foram os que mais conseguir compreender
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Luciano Caldas 31/12/2022

Patrono
É impossível ler as obras do Freire e não ser confrontado; Paulo instiga nosso senso crítico acerca da realidade social. Muita gratidão por esse legado que perpetua de geração em geração. Se eu poderia lhe pedir algo é: leia as obras desse grande pedagogo.
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Bruna 10/11/2022

O nada comunista Paulo Freire
Termino esse livro com duas impressões muito claras sobre o pensamento de Paulo Freire. O primeiro deles é uma decepção profunda. Paulo Freire nessa obra faz uma análise tão importante e válida sobre a sociedade de opressores e oprimidos, onde o texto é acessível somente para pouquíssimas pessoas (não me incluo nelas diga-se de passagem). É um texto difícil, rebuscado, intelectualizado. O objetivo de toda a obra é a escuta das massas mais populares, porque então não se fazer compreender por quem de fato precisa escutar? A segunda impressão é que após ler essa obra, nunca mais ninguém me convencerá que Paulo Freire foi um comunista! Muito pelo contrário, foi um humanista, um homem que prezou pelo diálogo acima de qualquer ação revolucionária. Deixo aqui o último parágrafo do livro que ilustra perfeitamente o teor da obra: ?Se nada ficar destas páginas, algo, pelo menos, esperamos que permaneça: nossa confiança no povo. Nossa fé nos homens e na criação de um mundo em que seja menos difícil amar.?
Humberto 03/09/2023minha estante
O problema que o próprio Paulo Freire fala no livro é dessa população que acha que comunismo é ruim por causa da propaganda capitalista. É impossível ler Paulo Freire e se afastar do seu pensamento revolucionário e comunista ??




Carlos.Bonin 29/09/2022

Boa parte do livro trata de revolução
Paulo Freire descreve como a teoria da pedagogia do oprimido conduz naturalmente à teoria da ação antidialógica- que serve ao opressor - e à teoria dialógica da ação - que serve à libertação.
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Dime 16/04/2022

Extremamente Necessário?
?Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo?


Mais uma obra fantástica e extremamente necessária para a formação humana. Nesse livro, Paulo trás a reflexão da práxis, na luta de libertação dos oprimidos e no reconhecimento como tais, assim como os opressores no reconhecimento como tais.

Reflexões interessantes são feitas, como o educador problematizador, o diálogo, a síntese cultural entre diversos outros termos que são explicados na obra.
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Super Faid 18/02/2022

Sobre oprimidos
Fazer uma revolução é algo que requer apoio das grandes massas, porém é necessário liberação que possam guiar a revolução, então os líderes que surgirem do povo não poderão ter oculto dentro de si a sombra de um opressor. Aqui radica o dilema, pois as massas não tendo um libertador que seja por eles, terá um homem que os use como massa de manobra para chegar a uma finalidade, o de ser o novo opressor.
Com esse livro eu percebo o quão difícil é um governo do povo não atuar contra o povo. Parece-me improvável que um dia chegarmos a um acordo em que homem algum fará outro sofrer, pois mesmo esta revolução que Paulo Freire desenha tem suas chagas expostas nos exemplos dados.
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BrunoFontes1975 21/01/2022

Excelente
Perfeito, cabe em muitas situações, sempre que necessário ruptura, transformação, superação e liberdade
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Fabio.Ferreira 04/01/2022

É incrível a lucidez com a qual Paulo Freire expõe a sua teoria. Um livro para ser lido e relido por gerações. Ao enxergar a situação social e política na qual o Brasil está inserido e a qual está atravessando, temos aqui um guia, para iluminar a nossa mente e nos conduzir a ações benéficas pela organização de uma sociedade mais justa, e, por consequência, mais feliz.
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Ronnayse 19/12/2021

Embora atribuam Paulo Freire, em muito, à educação, Pegagogia do Oprimido vai para além da educação.

Impossível conhecer Paulo Freire e não reconhecer a grandeza da obra e do autor.
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Lucas1429 29/07/2021

Leitura obrigatória p/ professores e professoras
Sintetizando, é uma bíblia, um livro sagrado para quem quer seguir carreira como educador (para amar ou odiar, mas pelo menos conhecer). O livro me conquistou de uma forma, que quero lê-lo uma vez ao ano sempre, para nunca me perder desses princípios. Me encontrei pois muitos pensamentos do autor agregaram ao que eu já acreditava, além de descobrir também algumas ideias novas. Esse livro contém muito sobre relação "opressor-oprimido", educação bancária "depósito de conhecimentos prontos", práxis (ação e reflexão sobre o mundo) e finaliza desenvolvendo sobre os meios usados pelos opressores para conquistar as oprimidos. Nota 5!
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