Meu Amor é um Vampiro

Meu Amor é um Vampiro Giulia Moon...




Resenhas - Meu Amor é um Vampiro


15 encontrados | exibindo 1 a 15


Camila 22/09/2022

nostalgia vampírica
Há muitos anos eu queria ler este livro, e já havia até me esquecido quando o encontrei no Kindle Unlimited. Eu tive o meu período de amor por vampiros, não podia ver nada sobre os vampiros que logo já queria comprar. Ao ler esses contos, lembrei de quem eu era a uns 10 anos atrás (ou mais), quanta coisa mudou. Mas o meu amor por vampiros e pela Giulia Moon e pela Nazarethe Fonseca sempre esteve aqui. Mulheres que eu admiro demais, são autoras que aqueceram o mercado dos vampiros no Brasil. Continuo sendo eterna fã!
comentários(0)comente



HoN Br Site 29/06/2012

Resenha HoN Br SIte: Meu amor é um vampiro
Resenha disponível em: http://www.houseofnight.com.br/resenha-literaria-hon-br-meu-amor-e-um-vampiro/

Meu Amor é um vampiro é uma seleção de 9 histórias que tem como tema central o amor vampiresco. Os locais escolhidos pelas autoras para a criação das histórias são bastante diferenciados, eles vão desde uma loja de livros, passam pelas ruas de São Paulo, e terminam em solos londrinos. Com escrita fácil e fluida, as narrativas são bastante diversificadas, agradando tanto as leitoras mais doces e românticas quanto àquelas mais sérias e não tão sentimentais.

O suspense e o romance estão presentes em todos os contos, mas em dosagens diferentes e muitas vezes misturados ao mistério e ao terror. O universo envolvente criado por Adriana Araújo, Anna C. Silveira, Cristina Rodriguez, Giulia Moon, Helena Gomes, Nazarethe Fonseca, Regina Drummond, Rosana Rios e Valéria Hadel, deixa-nos cada vez mais ansiosos pela próxima história, tornando impossível não se perguntar o que virá a seguir.

Não posso deixar mencionar meus contos favoritos e citar algumas peculiaridades que encontrei neles e nos demais. A Primeira Noite de Neblina de Adriana Araújo, O Rosa e o Negro de Nazarethe Fonseca me encantaram pela doçura, romance e leveza e mostrando vampiros adolescentes, cultos e modernos. Já O presente de Valéria Hadel me deixou tensa e ansiosa para saber a tanto a identidade dos personagens quanto o que havia naquela misteriosa caixa. O conto do Vampiro Genérico de Rosana Rios tira um pouco da magia e da aura sedutora que envolve os seres da noite, trazendo um ponto de vista mais cético e realista. Os contos Meu Amor Eterno de Ana C. Silveira e O Vermelho do Teu Sangue de Cristina Rodriguez são os únicos que não envolvem situações da atualidade nem personagens modernos, ao contrário, no primeiro o terror e suspense característicos da caçada são predominantes, enquanto que no segundo, a compreensão dos verdadeiros sentimentos e a busca pela verdade são os focos centrais. Em Feio Como a Fome escrito por Regina Drummond o leitor se depara com uma situação inusitada dentro da escola, e todos os seus instintos investigativos serão estimulados para entender o que realmente está acontecendo. A história revelada em Sede de Helena Gomes envolve outros seres além dos vampiros, e brinda o leitor com um final deliciosamente inesperado. Finalmente, Giulia Moon encerra esta coletânea com chave de ouro brindando-nos com o seu conto Nix, uma história repleta de ação, suspense e romance passada nas ruas de São Paulo.

Como vocês puderam observar, para mim foi impossível escolher apenas uma entre todas estas historias. Então, o máximo que conseguirei é dizer para vocês que tenho 4 histórias favoritas: A Primeira Noite de Neblina, O Presente, O Rosa e o Negro, e Nix.

Outro detalhe que eu gostaria de comentar, é sobre o formato e a idéia que a ilustração da capa, juntamente com a configuração interna das páginas transmitem. A imagem da capa, mostrando diversas colagens e uma espiral do lado esquerdo, passa a idéia de um caderno secreto, ou quem sabe um diário. Nas páginas onde aparecem os títulos de cada conto, estas linhas padronizadas se repetem acrescidas de um detalhe, “uma gota de sangue em formato de coração”. Esta última ainda surge, em miniatura, para separar parágrafos e enfatizar momentos, em alguns contos. Todos estes detalhes tornam esta obra ainda mais “única e encantadora”. Recomendadíssimo!
comentários(0)comente



Bárbara 29/03/2012

E não espere apenas histórias de amor.
Começo dizendo que, quando soube que havia sido uma das blogueiras sorteadas entre os parceiros da Draco para receber um livro, já me senti uma menina de sorte. E adorei saber que o livro que eu receberia seria este, já que há muito queria conhecer essas histórias de vampiro.

Mas, ah, vampiros de novo? Sim! Vampiros novamente. Eu gosto deste tipo de história e, claro, quis continuar a ler sobre eles, os famosos sanguessugas, malvados, amorosos, eternos, antigos e novos: vampiros.

Logo de cara, sem nem mesmo começar a ler, já conseguimos nos apaixonar pelo projeto gráfico da Editora. A lombada mostra a vontade de eles fazerem do livro, um caderno. Há aquelas imagens que parecem os espirais que realmente me encantaram. Dentro, nos apaixonamos pelo carinho que a Editora teve com a diagramação. A única coisa que pode atrapalhar alguns ceguetas como eu é o fato de o espaçamento ser mínimo, mas nada que te deixe com vontade de largar o livro.

Meu Amor é um Vampiro é uma coletânea de 9 contos de diferentes autoras e organizada por Eric Novello e Janaína Chervezan.

E não se deixe enganar pelo título escolhido. O nome pode até ter amor no meio. Mas não é bem só disso que vive este livro.

Quando terminamos de ler um conto e vamos para o seguinte, conseguimos perceber as mudanças de autora para autora. Este foi um ponto que eu achei super interessante: conhecer o que é um vampiro na opinião de cada uma delas.

Não consigo escolher um conto preferido exatamente por esse motivo: a individualidade e o estilo de cada autora é bem marcado em cada um dos contos, mas posso e vou dar destaque ao conto Vampiro Genérico, de Rosana Rios, contado em primeira pessoa por uma personagem super assustada com os últimos acontecimentos em sua vida. Uma pessoa que de apaixonada por histórias de terror, fica com medo até de falar o medo do diab... do dito cujo. Também dou destaque especial ao conto Sede, de Helena Gomes, uma história que se passa em São Paulo e que inicia em uma rodoviária. O vampirinho estava no local para tentar matar a sede e é aí que tudo começa a se desenrolar.

O livro é uma leitura bem rápida. Como sempre, contos podem ser mesmo lidos em um dia. E se você gosta de sempre ter um livrinho na bolsa, ele seria um ótimo companheiro por nove dias, fazendo você ler e conhecer um diferente conto em cada um deles.

Eu recomendo a leitura para quem, como eu, ainda não está saturado de vampiros. Mas também recomendo a você, leitor, que já se cansou. Conheça os outros tipos de vampiros. Não é só de um vampirinho brilhante que vive a nossa literatura e este livro está aqui para provar isso.
comentários(0)comente



Julindgri 07/03/2012

Não fede, nem cheira.
Meu Amor é um Vampiro é aquele livro bem aguinha com açúcar, é um passatempo legal para um fds, ou para preencher o tempo quando não tem nada para fazer.
As únicas histórias legais e que salvam o livro da monotonia total são a da Nazarethe Fonseca, Ana C. Silveira e Rosana Rios.
Não me impressionou e já nem me lembro das histórias, como disse, só pra matar o tempo.
comentários(0)comente



gabriela 11/08/2011

O tipo de amor que pode morder
Sinopse: Um sujeito misterioso que busca histórias, um rapaz obcecado, uma vampira com um pequeno problema na hora de exercer sua vaidade, um tipo diferente vampiro que nada tem de bonito ou sedutor, um caçador enfrentando seu maior dilema… São alguns dos personagens nesta reunião de contos – uns mais românticos, outros mais carregados de suspense – que juntam o tema “vampiro” a alguma forma de paixão.

Se você não aguenta histórias narradas em primeira pessoa por personagens adolescentes – como se estivesse em uma conversa ou lendo um diário –, não suporta nem um pouco o água-com-açúcar, mulheres se empetecando e garotas sonhadoras… bom, este livro não vai mudar seus conceitos quanto a isso.

Ao ler a maioria das histórias, a avaliação que me veio à mente foi algo perto de “bobo, mas simpático”. O que não chega a ser uma qualidade depreciativa, se considerar que a proposta não é a de se levar muito a sério, mesmo. Para balancear, alguns dos contos apresentam uma aura mais soturna, ou têm mais cenas de violência, expandindo o leque de variedade de estilos.

No geral, é um livro divertido, mas a quantidade de contos que me agradaram foi menor do que a daqueles que, de certa forma, me desapontaram.

Eu ignorei e deixei de citar nas resenhas quando eventuais deslizes de revisão passaram nos outros títulos da mesma editora, mas, neste caso, o número de erros saltou aos olhos, talvez por ocorrerem muito próximos entre si. O que foi meio triste, porque chegou a me incomodar bastante no meio da leitura…

http://medodespoiler.wordpress.com/2011/03/24/meu-amor-e-um-vampiro-varias-autoras/
comentários(0)comente



sentilivros 26/06/2011

resenha de Meu amor é um vampiro
Um livro de contos sobre vampiros. Todo o tipo, dos bonzinhos aos do "mal". Do delicado ao grosseiro, do angustiado ao "confortável", enfim de como qualquer criatura pode ser....

O primeiro conto "A Primeira Noite de Neblina" - Adriana Araújo, eu simplesmente amei...

A personagem, uma inocente adolescente de 16 anos que está em busca de seu princípe encantado o encontra, mas vive poucos momentos, maravilhosos, mas poucos, ao seu lado e além disso não se lembra. Porém ao receber um presente, tem um vislumbre de seu príncípe.

O conto "O Presente" - Valéria Hadel, te faz pensar em como confiar em alguém é perigoso. Eu gostei da história da Vampira que se apaixona pelo mago, mas é triste.

"O Vampiro Genérico" - Rosana Rios, nos mostra que sempre esperamos algo das pessoas que por nós são queridas, mas nunca dos que consideramos "normais".

"O Rosa e o Negro" - Nazarethe Fonseca é uma linda história em que o amor vence, apesar dos percalços existentes.

"Meu Amor Eterno" - Ana C. Silveira é outro conto de um amor deturpado que tem um final feliz.

"Feio como a Fome" - Regina Drumond nos apresenta um enredo onde nem tudo é o que parece ser. Nos mostra que aparências e preconceitos pregam-nos peças.

"Sede" - Helena gomes, retrata o amor sublime, onde não se pede nada em troca.è um doar-se por inteiro e amar sem poder ser amado...Amei também.

"O Vermelho do teu Sangue" - Cristina Rodriguez, um conto que novamente nos mostra que as aparências enganam e que independente de ser mortal ou imortal, os sentimentos às vezes nos confundem, mas eles são eternos.

"Nix" - Giulia Moon, como nós nos enganamos procurando ver somente o lado que nos interessa, ou que queremos ver e aceitar, até que a ficha caía e resolvemos respeitar e entender o outro.



site: http://sentimentonoslivros.blogspot.com.br/2010/09/meu-amor-e-um-vampiro.html
comentários(0)comente



ArenaFantástica 14/06/2011

ARENA FANTÁSTICA - resenha: Meu amor é um Vampiro
Venho trazer aqui pra vocês a resenha do primeiro volume da Coleção Amores Proibidos da Editora Draco.
Meu Amor é um Vampiro trata de ver estes seres noturnos de uma maneira diferente, ou da maneira que poucos sempre os viram (que é meu caso).

Com a organização de Eric Novello e Janaína Chervezan e com o prefacio e um conto de Giulia Moon o livro trás histórias onde os instintos vampirescos são mais românticos mesmo às vezes sendo assustadores.

Vampiros que não ligam no dia seguinte ou lhe pedem em casamento, você pode conhecê-los no colégio ou no shopping e eles sempre terão uma frase romântica pra dizer, tem pra todos os gostos.

Para o que a antologia se propôs (e eu acho que isso é o mais importante a se avaliar quando se trata de uma antologia) todos os contos estão perfeitamente bem encaixados, pois eles nos mostram as diferentes faces de um romance, cada um a sua maneira.

Nos contos de Adriana Araújo (A Primeira Noite de Neblina), Nazarethe Fonseca (O Rosa e o Negro), Helena Gomes (Sede) e Cristina ...

LEIA MAIS DA RESENHA EM:
http://arenafantastica.com/2011/06/11/resenha-meu-amor-e-um-vampiro/

Ou

arenafantastica.com
comentários(0)comente



Raquel 18/01/2011

Não valeu a espectiva
Dos 9 contos achei que 2 fugiram ao tema, além de não me agradarem.

Giulia Moon, como sempre, é a melhor!!

Também gostei muito dos contos Sede, de Helena Gomes, e Meu amor eterno, de Ana C. Silveira.

Esperava mais de Nazarethe Fonseca, achei o conto dela bem previsivel e até meio infantil. Sei lá, não me agradou.

Tinha visto alguns comentários e esperava um livro melhor. Não valeu a expectativa que criei pois gostei de 3 em 9 contos, menos da metade. De qualquer forma, ler Giulia Moon é sempre bom!
comentários(0)comente



Luciana Fátima 15/10/2010

Proteja seu pescoço!!!
No último dia 12 de junho – data propícia para a ocasião! –, foi lançado em São Paulo MEU AMOR É UM VAMPIRO. O livro é uma coletânea de contos escritos apenas por mulheres; mas está enganado quem pensa que vai encontrar aqui um punhado de historinhas românticas-água-com-açúcar! Alguns dos nomes mais significativos da literatura fantástica nacional garantem, além de romance, muita ação e amores proibidos!

Giulia Moon pega o leitor pela mão e inicia a aventura, abrindo com um prefácio bem divertido – Meu amor é um vampiro. Ou como beijar um cara com caninos afiados – e que explica um pouco a proposta do livro. Ao final, a Dama Morcega fecha o portal, com um rangido ao sabor de 'quero mais', esta deliciosa coletânea com um conto pra lá de atual. Nix, a deusa da noite, além de dar título à narrativa, é o nome de uma vampirinha rebelde que vive dando trabalho ao seu criador, até encontrar um mortal que pode mudar sua forma de ver o mundo e também o relacionamento com seu pai das trevas.

Como recheio, os oito contos imaginados por férteis mentes femininas divertem e entretêm. A primeira noite de neblina se passa em um sebo, onde uma adolescente sonha com seu príncipe encantado, até que ele aparece e transforma seu tédio em um verdadeiro conto de fadas. O presente é uma viagem por um universo fantástico cheio de magia e que fala de vaidade; da triste sina de uma vaidosa vampira que nunca consegue ver sua própria imagem refletida. Vampiro genérico trata da geração Crepúsculo, com garotas sonhando em encontrar o vampiro mais gentleman e gato do mundo! Até que ele aparece e... bem, talvez vampiros de verdade não sejam exatamente como o Edward Cullen!

O rosa e o negro retorna ao clima do romance perfeito, em que o único 'problema' é que 'meu amor é um vampiro'! Mas, em um livro como este, nem sempre isso pode ser encarado exatamente como um 'problema'. Meu amor eterno, como o próprio título denuncia, dispensa explicações, contudo, a narrativa aqui muda de gênero e de ambiente e vai parar na Inglaterra, nas palavras de um escritor apaixonado. Feio como a fome e a morte conta a história de Androaldo, o pobre feioso do título e suas desventuras. Em Sede, um vampiro mestiço – isto é, filho de mãe humana com um vampiro pra lá de mau – tenta ser um grande chef, mas seu interesse maior não é bem pela gastronomia... O vermelho do teu sangue traz as peripécias de uma cortesã veneziana para casar sua filha com algum nobre, até que aparecem dois vampiros para estragar seus planos.

Como toda antologia, o livro tem seus altos e baixos. Alguns contos são estimulantes, outros nem tanto. O importante é que Meu amor é um vampiro é diversão garantida, especialmente para os fãs dos sugadores de sangue, sejam eles da fase pré ou pós Crepúsculo. As competentes autoras conseguem envolver o leitor até a última gota... ou até a última página! Dividem o mérito os organizadores Eric Novello e Janaína Chervezan que souberam escolher e combinar dois excelentes espécimes: mulheres escritoras e vampiros. O resultado vale a pena conferir, de preferência, com o pescoço bem protegido!
comentários(0)comente



@lecobastos 04/09/2010

Uma coletânea de sangue
Era uma vez, muito tempo atrás quando os leitores imaginavam que só poderiam encontrar boa literatura fantástica fora do país. Muitas águas correram sob a ponte depois disso e editoras como a Draco e Tarja Editorial surgiram no mercado utilizando o trabalho dos escritores nacionais. Com muita qualidade, diferente de outras prestadoras de serviço que se intitulam editoras.
O lançamento da vez foi Meu amor é um vampiro, uma coletânea organizada por Eric Novello e Janaina Chervazan que dá o pontapé inicial em uma coleção de livros chick-lit chamada Amores Proibidos.
Não é fato desconhecido que esse mercado envolve uma boa quantidade de obras dos mais variados estilos, minha mãe lia Júlia e Bianca e agora minhas amigas leem Melancia, um ramo dessas obras é conhecida como romance paranormal.
Romance paranormal são histórias de amor relacionadas com criaturas mágicas ou lendárias bem ao estilo Crepúsculo de ser.
Neste volume foram reunidos nove contos de autoras brasileiras - que não devem nada para as estrangeiras, diga-se de passagem - que conduziram as mais variadas tramas em busca de um amor com sede de sangue.
Adriana Araújo foi a responsável por uma paixão onírica onde livros e um vampiro escritor se entrelaçam na vida da filha de um dono de sebo.
Em O presente, Valéria Hadel expõe uma vampira que sofre por não poder se ver em espelhos e afirma sua própria personalidade através de quadros que a retratam nos mais variados estilos.
O Vampiro Genérico, de Rosana Rios coloca na mesa todas as cartas da vida de um vampiro de energias e seus perigos para mortais como nós.
Nazareth Fonseca, autora da série Alma e Sangue, introduz o leitor na vida do casal Lili e Alex e sua pequena diferenças de raças.
Uma viagem para a Inglaterra nos é ofertada por Ana C. Silveira e nela vivenciamos o retorno de um caçador de vampiros para os braços de sua amada e para a praga que perturba os moradores do vilarejo.
Regina Drummond nos engana em um mistério de ciúmes onde nada é o que parece e as conseqüências são perigosas.
O ajudante de um vampiro é o personagem principal do conto de Helena Gomes, assim como sua vontade de vingança.
Cristina Rodriguez e a futura cortesã Anelisa levam-nos para uma festa em Veneza onde os irmãos Anton e Nikolai demonstram forças nada naturais.
A conhecida Giulia Moon nos apresenta a prostituta Nix que apaixona-se por um humano, mas está presa eternamente pelo amor de um vampiro muito antigo.
Pandora 04/09/2010minha estante
Sua resenha me deixou com vontade de ler =)


@lecobastos 05/09/2010minha estante
Eu indico a leitura!




marypaixao 03/09/2010

O primeiro conto é da Adriana Araújo e conta como Carolina conheceu Pedro van Allen no sebo do seu pai. Achei de uma singeleza incrível, adorei!

Adriana Araújo mora em Belo Horizonte e faz faculdade de química. Ela tem um conto do Paradigmas 4 disponível (leia aqui!) e escreve uma fanfic de Drácula no Bram & Vlad (site de tirinhas muito legal!). Eu perguntei a ela como foi escrever o conto do livro, olha o que ela respondeu: Eu tinha escrito "A primeira noite de neblina" para fazer minha postagem semanal em um fórum – eu estava apresentando os dez irmãos da família Van Allen, cada um em um conto (não, não terminei os dez contos, por uma série de motivos). Quando veio o convite para o projeto, vi que o texto estava muito pequeno para o tamanho que pediram. Sendo assim, dei uma aumentada nele (viajando na maionese, como não podia deixar de ser), até para ficar mais romântico. Deixei o mel escorrer e daí nasceu essa segunda versão.

O segundo conto é da Valéria Hadel e conta a história de um presente muito estranho. Gostei do fato da autora ter juntado vampiros, lobisomens, bruxas e outros seres, mesmo que mal apareçam no conto.

Valéria Hadel é bióloga e escreve ficção (totalmente diferente dos textos científicos e reais do trabalho) nas horas vagas. Ela já escreveu para duas coletâneas. Eu perguntei a ela como foi escrever o conto do livro e ela disse: Fui convidada a escrever um conto para um público de jovens apaixonados pelo universo dos vampiros. Teria de ser uma estória de amor entre um vampiro e um mortal. Não deu. Quando eu percebi a minha vampirinha já estava perdidamente apaixonada por um mago e eu não consegui convencê-la a mudar de opinião. Mas a idéia era criar uma relação de empatia com os jovens leitores que muitas vezes se desesperam em frente ao espelho na dúvida cruel de estarem perfeitos para enfrentar o mundo lá fora. Principalmente as meninas, que como eu, não enxergam muito bem sem óculos. Já pensou como é se maquiar sem ver bem o que você está fazendo? Pois é.

O terceiro conto é da Rosana Rios e conta a história de um vampiro genérico. Genérico por ele ser normal, como qualquer ser humano. Ele não tem nada dos vampiros normalmente apresentados. Mas então, o que faz dele um vampiro? Achei genial, sério mesmo!

Rosana Rios mora em São Paulo e é escritora de literatura infantil e juvenil, com mais de 100 livros publicados. Lançou na Bienal do Livro de SP o livro Sangue de Lobo, com a autora Helena Gomes. (Infelizmente, ela está muito ocupada e não pode responder meu e-mail =~)

O quarto conto é da Nazarethe Fonseca! Um dos meus favoritos, sobre uma garota que se sente rejeitada, não encontra ninguém pra ela, e de repente (pelo menos pra ela) conhece alguém bem… especial. Confesso que não tem nada de fabuloso, mas essas histórias totalmente românticas me ganham na hora. E só de ler algo da Nazarethe fiquei MORRENDO pra ler Alma e Sangue!!!

Nazarethe Fonseca é maranhense mas mora em Natal, e atualmente só escreve – está trabalhando no quarto livro da série Alma e Sangue e num livro que começou a escrever em 1999 sobre demônios e magia. Perguntei sobre como foi escrever o conto do livro e ela respondeu: O conto “O Rosa e o Negro” foi criado exclusivamente para a coletânea, “Meu Amor é Um Vampiro”. É algo que gosto de fazer, pegar uma ideia e desenvolvê-la a partir do convite. Quando Eric Novello, um dos organizadores da coletânea, me convidou, aceitei de imediato, sabendo que estaria me colocando num projeto de qualidade. O livro ficou muito bonito, colorido com aquele ar teen que as meninas adoram e eu também.

O quinto conto é da Ana C. Silveira e conta a história de um homem que deixa a mulher amada pra conseguir um emprego que o faça ser um bom partido, mas que quando ele volta pra buscá-la ela parece estar um pouco… diferente. Muito bom, principalmente pelo final!

Ana Carolina Silveira mora em Belo Horizonte, é advogada e escreve ficção pra dar formas às ideias que povoam sua cabeça. Tem um blog chamado Leitura Escrita. Quando perguntei como foi escrever o conto do livro, ela disse: Foi maravilhoso escrever o Meu amor é um vampiro! As colegas são escritoras maravilhosas, algumas delas são amigas muito queridas, os Erics e a Janaína são pessoas muito especiais. O conto em si foi escrito especialmente para o livro, mas a ideia estava no meu depósito pessoal de ideias esperando uma oportunidade de ser utilizada.

O sexto conto é da Regina Drummond e conta a história de um cara que é muito feio mas que consegue a melhor garota da turma. Achei super interessante, porque é narrado pelo cara com ciúmes do feio. E o final é super legal!

Regina Drummond é de Minas Gerais e mora na Alemanha, mas sempre está pelo Brasil. Seu trabalho mais recente é o Histórias de Arrepiar, coletânea de contos de terror – que por acaso será sorteado aqui no blog! Ela estava numa loucura e também não pode responder minhas perguntas! =~

O sétimo conto é da Helena Gomes e conta a história de Paulo. Ele está morrendo de sede, só tem uma nota de 100 reais (e ninguém tem troco) e mesmo sabendo que essa sede não vai passar com água, quer uma. Então uma garota oferece a ele uma água que ela comprou a mais e a partir desse momento ele vai descobrindo como o mundo é pequeno. Esse é um dos meus favoritos também, só preferia outro final (romântica mode on).

Helena Gomes mora em São Paulo e é escritora, jornalista e professora universitária. Seu primeiro livro foi O Arqueiro e A Feiticeira (da saga A Caverna de Cristais) e lançou o seu 17º livro agora em agosto (Bienal e Fantasticon), o Sangue de Lobo (com a Rosana Rios). Eu perguntei sobre como foi escrever o conto do livro e ela respondeu: Foi ótimo. Não costumo escrever histórias de vampiros, então foi uma experiência praticamente inédita fazer o conto Sede para a antologia. E um desafio também, pois parece que já se escreveu tudo sobre o universo vampírico. Então, optei por uma abordagem mais simples, com personagens que podem muito bem se passar por pessoas comuns, que fazem parte do nosso dia-a-dia.

O penúltimo conto é da Cristina Rodriguez e conta a história de Anelisa, uma garota se preparando para a sua primeira aparição na sociedade de Veneza. Nesse baile ela conhece os irmãos Petrovich, os dois muito misteriosos, e com cada um ela sente várias coisas, menos medo… mas talvez ainda seja cedo. Achei muito bom, porque me deu a sensação de estar dentro do baile com a Anelisa e sentir com ela a atração pelos dois irmãos.

Cristina Rodriguez escreve e tenta criar plantas. Esse é o seu primeiro conto publicado e quase não tem informações sobre ela na internet – e ela também não me respondeu =~.

O livro é fechado com chave de ouro pela Giulia Moon. Esse foi o meu conto preferido, e conta a história de Nix, transformada e preferida do vampiro Argento. E é só isso que posso contar. A história é muito pequena e muito simples, mas eu adorei. Será que a Giulia tem vontade de escrever um livro sobre a Nix? *-*

Giulia Moon é paulistana e já foi diretora de arte, ilustradora, redatora e sócia em agência de publicidade. Hoje em dia trabalha como freelancer em redação e direção de arte. Começou a escrever os primeiros contos num grupo de escritores amadores de histórias de vampiros do Yahoo, chamado Tinta Rubra, em 2000 e de lá pra cá já publicou três coletâneas de contos. Em 2009 publicou seu primeiro romance, Kaori – Pefume de Vampira – e atualmente trabalha no segundo livro sobre a Kaori. Eu perguntei a ela como foi escrever o conto do livro e ela disse: Foi uma experiência muito legal. Dentre as várias ideias que me surgiram, acabei optando por “Nix”, que fazia parte de uma noveleta inacabada que começara a escrever alguns anos atrás. A história girava em torno das peripécias de uma garota de dezessete anos, muito bonita e meio atrapalhada, que é transformada de repente em vampira por um cara muito poderoso, com quem vive uma relação de amor e ódio. Portanto, o conto não estava pronto para ser publicado, mas a ideia já estava crescendo na minha cabeça. Mas tomou forma na hora certa!

Ufa! Espero que gostem! Eu amei a coletânea e adorei o trabalho da Editora Draco – tanto na escolha das autoras quanto na arte gráfica do livro. Muito obrigada ao Erick, que cedeu o livro e me ajudou com os e-mails das autoras.
comentários(0)comente



Tielle | @raposaleitora 08/08/2010

Aii os contos...
Meu amor é um vampiro é uma coletânea de vários contos, escritos por várias autoras selecionadas para narrar Amores proibidos, incluindo o nosso adorável persongem de caninos avantajados. O livro, que tem uma capa super jovem e muita qualidade foi publicado pela Editora Draco e contém 160 páginas. Incluindo uma pequena biografia de cada autora participante, e na minha opinião, a editora acertou em cheio na escolha delas pois são todas muito competentes e escreveram contos com enredos maravilhosos... está certo que alguns poderiam ser um pouco melhores do que foram apresentados, mas todos os enredos tem o seu talento.

Os contos vão desde garotas que enfim encontram sua cara-metade vampírica e se entregam na paixão à aqueles em que o vampiro desaponta totalmente as fãs de histórias de vampiros ( Entrevista com o vampiro, Crepusculo...) mostrando-se uma pessoa normal. Alguns são narrados na atualidade e outros são mais antigos. Alguns contos são narrados do ponto de vista feminino (a maioria) e outros na perspectiva masculina (isso foi muito interessante...).

Como podem perceber houve muita variedade nas histórias, as autoras tem pontos de vista bem diferente e o modo de escrever também é diferente, como exemplo, no conto de Rosana Rios a narração é feita em primeira pessoa. Ou seja, vê-mos o que uma garota imatura pode nos mostrar de seu mundo. Enquanto alguns dos outros contos são narrados em terceira pessoa, assim podemos visualisar um pouco mais do que o personagem pode ver... (aff.. vocês entenderam alguma coisa?)

Os que mais me chamaram a atenção foram: Sede (Helena Gomes), O Presente (Valéria Hadel), Nix (Giulia Moon) e O Rosa e o Negro (Nazarethe Fonseca). Como eu disse, todos os contos são ótimos mas esses quatro me cativaram mais que os outros.

É um livro que merece ser lido pela qualidade e criatividade, minha nota é 4/5 o que significa muito bom!! Fica a dica para vocês!!

Informações adicionais no meu blog: http://livromaniaca.blogspot.com/
comentários(0)comente



Mandy Porto 06/08/2010

Muito Bom *-*
http://mylittleworldofbooks.blogspot.com/2010/07/review-meu-amor-e-um-vampiro-by-varias.html
comentários(0)comente



Deb M! 06/08/2010

Resenha - Meu Amor é um Vampiro
Eu realmente gostei do livro,não é um livro que tem só uma historia,são varias historias... E engraçado que é de varias autoras,e todas elas escrevem muito bem.
Tudo bem,amei todas as historias,mas entre todos tem que ter uma preferida,e no caso a minha foi O Vampiro Generico,não lembro qual é a autora ,mas vou dizer porque gostei ,todas as historias(que são muito legais) é sempre assim,a menina se apaixona por um vampiro e vira vampira,ou é assim,a menina namora um vampiro e descobri que é vampiro e depois abandona ele . Já esse não, a menina nunca concortou que vampiro não existia, mas ela conhece ,que parecia uma pessoa normal,nao tipo o Draculo,ele acaba "sugando" a vida de suas amigas,e apartir daí ela fica com medo daquelas pessoas normais ,ela pensava que todos eram um vampiro.
Bom,sem muitos spoilers,ok?
É só isso!
comentários(0)comente



Antonio Luiz 02/07/2010

O Fino do Sangue-com-Açúcar
Claro que os escritores e as editoras nacionais não iam deixar de tentar tirar proveito da mania das adolescentes por amores proibidos com vampiros românticos, desencadeada pela série de Stephenie Meyer. O perigo era o de a ânsia por não perder a oportunidade de um ganho fácil resultar em produtos de baixa qualidade, imitações apressadas e diluídas de um estilo já duvidoso – reciclagens de cenários e personagens conhecidos, mesmo com outros nomes.

Sem deixar de mirar esse público-alvo na mosca – a capa não deixa ninguém mentir –, a coletânea "Meu Amor é um Vampiro", da Editora Draco, organizada por Eric Novello e Janaína Chervezan, superou essa tentação e é capaz de resistir ao teste de uma leitura mais adulta. A maioria dos contos visa leitoras adolescentes sem subestimá-las e nenhum se reduz a mera imitação. Todos usam linguagens simples, muitos deles coloquialmente adolescentes, mas também expressam vontade e dedicação da editora e das autoras (todas mulheres) de dar o melhor de seu talento para apresentar histórias criativas e interessantes, com personalidade própria. São assumidamente sangue-com-açúcar, mas o teor de glicose varia. Alguns deveriam vir com advertência aos diabéticos, mas outros se contêm e permitem sentir melhor a presença de outros temperos.

"A primeira noite de neblina", de Adriana Araújo, começa bem. É bem escrito, a linguagem é rica, a protagonista soa inteligente, tem uma voz autêntica e característica. Pena que o encontro vai pouco a pouco se acomodando aos lugares-comuns do romantismo mais desbragado, com direito a um passeio por um reino de contos de fadas ao lado de um príncipe encantado para Bela Adormecida nenhuma botar defeito, um e outro sem os toques originais e pessoais que o início prometia. Um tanto frustrante, também, que a experiência – que culmina na tradicional relação sexual metafórica – não afete em nada a heroína, que retoma seus hábitos como se nada houvesse acontecido.

"O presente", de Valéria Hadel, é também ingênuo e irônico, mas mais divertido e, no fim das contas, mais satisfatório. Desta vez, a protagonista é uma vampira de muitos séculos (ela nos diz ter posado para a "Moça com Brinco de Pérola" que Johannes Vermeer pintou em 1665), que convive com bruxos e lobisomens, mas tem uma cabeça de menina vaidosa – com a agravante de ter sua insegurança de adolescente multiplicada pela impossibilidade de se ver ao espelho, como é de praxe entre os vampiros desde Bram Stocker. O conto e sua inesperada resolução giram em torno desse pormenor.

"Vampiro genérico", de Rosana Rios, é um conto que rema contra a corrente. Uma protagonista relativamente sensata acompanha duas amigas nem tanto, que marcaram um encontro com um suposto vampiro pela internet. São muito convincentes como adolescentes típicas, mas o vampiro é inusual – como vampiro, bem entendido. Parece mais um farsante: um humano comum e sem graça, sem as características tradicionais do vampirismo e sua aura romântica, tentando se divertir à custa das garotas. O resultado traumático dá à história um tom moralista de conto cautelar à "Chapeuzinho Vermelho", mas é eficaz.

"O Rosa e o Negro", de Nazarethe Fonseca é, infelizmente, o mais fraco do livro. Trata-se de uma autora bem-sucedida no gênero – a mais vendida no catálogo de ficção da Editora Aleph, que conta com feras como Isaac Asimov, Ursula K. Le Guin, William Gibson e Philip K. Dick em seu repertório. Não é uma imitadora, pois gotejava seu sangue-com-açúcar, denso como mel de engenho, muito antes de se ouvir falar de Stephenie Meyer. O conto se confina, porém, a batidos clichês telenovelescos de amor adolescente de classe média, entre uma menina bonita por quem, inexplicavelmente, nenhum rapaz havia se interessado e o namorado perfeito que por fim a descobre. Para quem não é viciado em glicose, a sensação é enjoativa. A história se demora demais em explicar como tudo é perfeito, enquanto o leitor se impacienta pelas consequências da óbvia revelação de que o garotão é um vampiro. E corre o risco de concluir que sua paciência não valeu a pena: tudo acaba em dramalhão mexicano, seguido de previsível happy end hollywoodiano.

"Meu Amor Eterno", de Ana C. Silveira, é parcialmente bem-sucedido ao correr o risco de se afastar da comodidade de ambientes modernos ou fantasiosos e de uma linguagem moderna ou coloquial para se aventurar em um ambiente vitoriano. Pode-se reconhecer no conto a atmosfera de "O Morro dos Ventos Uivantes" e dos clássicos da literatura gótica do século XIX, ou pelo menos de suas traduções para o português. A trama é um tanto óbvia, mas não deixa de ser cativante. Por outro lado, o clima e a coerência da narrativa são um pouco prejudicados quando se sabe que o protagonista, filho de um cocheiro do interior inglês, recorre à religião e simbologia de uma suposta ordem católica romana dedicada a combater o vampirismo. Um inglês vitoriano de origem humilde, nascido no campo, ser ou tornar-se católico é algo tão inusitado que exigiria explicação. Parecem ausentes ou mal interpretados, também, os preconceitos de classe típicos da época e do país, relacionados mais ao berço do que ao tamanho da conta bancária.

"Feio como a Fome e a Morte", de Regina Drummond, quer surpreender, mas a habilidade e o engenho ficaram aquém do necessário para a empreitada. O protagonista, estudante bonito e rico, desenvolve um desejo tantalizante por uma bela colega de faculdade e um ciúme igualmente obsessivo por seu namorado sem atrativos aparentes, que acredita ser um vampiro. A ideia é à primeira vista promissora, mas o personagem principal e o desenvolvimento de sua compulsão não são convincentes. A história se passa nesta nossa realidade atual, na qual vampiros são vistos como seres do folclore e da literatura. Então, como o ciumento chega tão facilmente à conclusão que seu rival é literalmente um vampiro e a ela se apega apesar da falta de evidências claras? E por que está tão certo de que vampiros devem ter tais e quais características, quando a concepção do vampirismo varia drasticamente de autor para autor, de lenda para lenda, de filme para filme? Ademais, ele só percebe a verdade bem depois que esta ficou óbvia para o leitor, mesmo sendo o narrador. Por falta de verossimilhança psicológica, o andamento e a resolução da história acabam por parecer muito forçados.

"Sede", de Helena Gomes, vem a ser um dos melhores do livro. Em parte, justamente pelo sucesso em criar um protagonista que sente, pensa e age de maneira verossímil, apesar de se revelar ser uma variedade inusitada de meio-vampiro, com características pouco usuais e uma ingênua atração por uma garota humana. Também é um conto bem ambientado, com descrições vivas e ricas de cenários à primeira vista rotineiros, das estações de metrô de São Paulo às ruas e apartamentos de Santos. Por fim, a trama é inteligente e consegue alimentar um real suspense, que faltou em vários outros casos. A revelação do mistério e o desfecho da história conseguem surpreender, sem que o leitor se decepcione ou se sinta tapeado. O maior deslize da história é um detalhe gastronômico: o herói é um cozinheiro de formação superior com um patrão exigente, mas a refeição que serve, à base de frango com ervas e massa, bem pouco imaginativa, é acompanhada por um vinho tinto inadequado tanto ao prato quanto ao calor que sabemos que faz na ocasião.

"O Vermelho do Teu Sangue", de Cristina “Tziganne” Rodriguez – heterônimo da escritora de ficção científica e fantasia Ana Cristina Rodrigues para textos com alto índice glicêmico – é outro que se arrisca com uma ambientação histórica. O cenário é a Veneza do tempo dos doges e a protagonista, uma jovem cortesã pressionada pela mãe a sair à caça de amantes pela primeira vez. A história não se mostra tão original ou provocante quanto seria de se esperar. É mais previsível que o desejável e a ênfase em sentimentos devastadores e diálogos melodramáticos deixa pouco espaço para aproveitar as peculiaridades do tempo e do lugar, mas ao menos é bem contada, com uma linguagem adequada. Apenas uma inadequação: a cortesã é logo apresentada a dois nobres “da Transilvânia” – como para deixar sua verdadeira natureza imediatamente óbvia ao leitor –, mas seus nomes são eslavos quando a região é habitada, há muito, por romenos, húngaros e alemães.

"Nix", de Giulia Moon, é o mais atípico e surpreendente conto da coletânea. Fugiu da proposta de uma história voltada para adolescentes ingenuamente românticas, com resultados muito bons. Neste conto, a protagonista é uma vampira prostituta, caçadora impiedosa de homens, que tem como superior e amante vampiro ainda mais poderoso, manda-chuva do pedaço. Deixa-se, porém, fascinar misteriosamente por um rapaz aparentemente comum que foi sequestrado por uma de suas colegas “vampiranhas”. A linguagem é vulgar e picante como seria de se esperar, sem ser descuidada ou cair na caricatura. É outra história com uma personagem exótica fantástica, mas verossímil, que é bem ambientada – neste caso nas ruas e motéis da noite paulistana –, introduz ideias heterodoxas em relação a vampiros e se desenvolve de maneira a criar um suspense autêntico, com um desfecho interessante, ainda que não tão surpreendente. Dá um fechamento digno a uma boa coletânea.
Sandy Thaís 09/01/2013minha estante
Detesto a mania que as pessoas têm de querer tirar uma casquinha do sucesso do outro (não estou dizendo que esse é o caso, por favor, não me entendam mal D:). Mas muitas vezes quando uma temática faz sucesso vem uma enxurrada de gente escrever sobre isso, o que faz com que o tema fique batido (como por exemplo vampiros e zumbis, mesmo que eu adore zumbis). Nunca li esse livro, mas gostei bastante da sua resenha. Vejo muitas pessoas aqui não sendo totalmente verdadeiras nas suas, uma hora puxam saco do autor, na outra esculacham um livro (mesmo este sendo excelente) simplesmente pelo fato de talvez não terem ido com a cara de quem escreveu. De qualquer forma, quando meu livo for lançando, espero que as pessoas julguem meu trabalho pela qualidade ou ausência desta, assim como você fez. Ótima crítica/resenha! =)


Tanko 05/04/2014minha estante
Ainda estou na metade do livro, mas até o momento concordo 100% com a avaliação. =)




15 encontrados | exibindo 1 a 15


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR