marypaixao 03/09/2010O primeiro conto é da Adriana Araújo e conta como Carolina conheceu Pedro van Allen no sebo do seu pai. Achei de uma singeleza incrível, adorei!
Adriana Araújo mora em Belo Horizonte e faz faculdade de química. Ela tem um conto do Paradigmas 4 disponível (leia aqui!) e escreve uma fanfic de Drácula no Bram & Vlad (site de tirinhas muito legal!). Eu perguntei a ela como foi escrever o conto do livro, olha o que ela respondeu: Eu tinha escrito "A primeira noite de neblina" para fazer minha postagem semanal em um fórum – eu estava apresentando os dez irmãos da família Van Allen, cada um em um conto (não, não terminei os dez contos, por uma série de motivos). Quando veio o convite para o projeto, vi que o texto estava muito pequeno para o tamanho que pediram. Sendo assim, dei uma aumentada nele (viajando na maionese, como não podia deixar de ser), até para ficar mais romântico. Deixei o mel escorrer e daí nasceu essa segunda versão.
O segundo conto é da Valéria Hadel e conta a história de um presente muito estranho. Gostei do fato da autora ter juntado vampiros, lobisomens, bruxas e outros seres, mesmo que mal apareçam no conto.
Valéria Hadel é bióloga e escreve ficção (totalmente diferente dos textos científicos e reais do trabalho) nas horas vagas. Ela já escreveu para duas coletâneas. Eu perguntei a ela como foi escrever o conto do livro e ela disse: Fui convidada a escrever um conto para um público de jovens apaixonados pelo universo dos vampiros. Teria de ser uma estória de amor entre um vampiro e um mortal. Não deu. Quando eu percebi a minha vampirinha já estava perdidamente apaixonada por um mago e eu não consegui convencê-la a mudar de opinião. Mas a idéia era criar uma relação de empatia com os jovens leitores que muitas vezes se desesperam em frente ao espelho na dúvida cruel de estarem perfeitos para enfrentar o mundo lá fora. Principalmente as meninas, que como eu, não enxergam muito bem sem óculos. Já pensou como é se maquiar sem ver bem o que você está fazendo? Pois é.
O terceiro conto é da Rosana Rios e conta a história de um vampiro genérico. Genérico por ele ser normal, como qualquer ser humano. Ele não tem nada dos vampiros normalmente apresentados. Mas então, o que faz dele um vampiro? Achei genial, sério mesmo!
Rosana Rios mora em São Paulo e é escritora de literatura infantil e juvenil, com mais de 100 livros publicados. Lançou na Bienal do Livro de SP o livro Sangue de Lobo, com a autora Helena Gomes. (Infelizmente, ela está muito ocupada e não pode responder meu e-mail =~)
O quarto conto é da Nazarethe Fonseca! Um dos meus favoritos, sobre uma garota que se sente rejeitada, não encontra ninguém pra ela, e de repente (pelo menos pra ela) conhece alguém bem… especial. Confesso que não tem nada de fabuloso, mas essas histórias totalmente românticas me ganham na hora. E só de ler algo da Nazarethe fiquei MORRENDO pra ler Alma e Sangue!!!
Nazarethe Fonseca é maranhense mas mora em Natal, e atualmente só escreve – está trabalhando no quarto livro da série Alma e Sangue e num livro que começou a escrever em 1999 sobre demônios e magia. Perguntei sobre como foi escrever o conto do livro e ela respondeu: O conto “O Rosa e o Negro” foi criado exclusivamente para a coletânea, “Meu Amor é Um Vampiro”. É algo que gosto de fazer, pegar uma ideia e desenvolvê-la a partir do convite. Quando Eric Novello, um dos organizadores da coletânea, me convidou, aceitei de imediato, sabendo que estaria me colocando num projeto de qualidade. O livro ficou muito bonito, colorido com aquele ar teen que as meninas adoram e eu também.
O quinto conto é da Ana C. Silveira e conta a história de um homem que deixa a mulher amada pra conseguir um emprego que o faça ser um bom partido, mas que quando ele volta pra buscá-la ela parece estar um pouco… diferente. Muito bom, principalmente pelo final!
Ana Carolina Silveira mora em Belo Horizonte, é advogada e escreve ficção pra dar formas às ideias que povoam sua cabeça. Tem um blog chamado Leitura Escrita. Quando perguntei como foi escrever o conto do livro, ela disse: Foi maravilhoso escrever o Meu amor é um vampiro! As colegas são escritoras maravilhosas, algumas delas são amigas muito queridas, os Erics e a Janaína são pessoas muito especiais. O conto em si foi escrito especialmente para o livro, mas a ideia estava no meu depósito pessoal de ideias esperando uma oportunidade de ser utilizada.
O sexto conto é da Regina Drummond e conta a história de um cara que é muito feio mas que consegue a melhor garota da turma. Achei super interessante, porque é narrado pelo cara com ciúmes do feio. E o final é super legal!
Regina Drummond é de Minas Gerais e mora na Alemanha, mas sempre está pelo Brasil. Seu trabalho mais recente é o Histórias de Arrepiar, coletânea de contos de terror – que por acaso será sorteado aqui no blog! Ela estava numa loucura e também não pode responder minhas perguntas! =~
O sétimo conto é da Helena Gomes e conta a história de Paulo. Ele está morrendo de sede, só tem uma nota de 100 reais (e ninguém tem troco) e mesmo sabendo que essa sede não vai passar com água, quer uma. Então uma garota oferece a ele uma água que ela comprou a mais e a partir desse momento ele vai descobrindo como o mundo é pequeno. Esse é um dos meus favoritos também, só preferia outro final (romântica mode on).
Helena Gomes mora em São Paulo e é escritora, jornalista e professora universitária. Seu primeiro livro foi O Arqueiro e A Feiticeira (da saga A Caverna de Cristais) e lançou o seu 17º livro agora em agosto (Bienal e Fantasticon), o Sangue de Lobo (com a Rosana Rios). Eu perguntei sobre como foi escrever o conto do livro e ela respondeu: Foi ótimo. Não costumo escrever histórias de vampiros, então foi uma experiência praticamente inédita fazer o conto Sede para a antologia. E um desafio também, pois parece que já se escreveu tudo sobre o universo vampírico. Então, optei por uma abordagem mais simples, com personagens que podem muito bem se passar por pessoas comuns, que fazem parte do nosso dia-a-dia.
O penúltimo conto é da Cristina Rodriguez e conta a história de Anelisa, uma garota se preparando para a sua primeira aparição na sociedade de Veneza. Nesse baile ela conhece os irmãos Petrovich, os dois muito misteriosos, e com cada um ela sente várias coisas, menos medo… mas talvez ainda seja cedo. Achei muito bom, porque me deu a sensação de estar dentro do baile com a Anelisa e sentir com ela a atração pelos dois irmãos.
Cristina Rodriguez escreve e tenta criar plantas. Esse é o seu primeiro conto publicado e quase não tem informações sobre ela na internet – e ela também não me respondeu =~.
O livro é fechado com chave de ouro pela Giulia Moon. Esse foi o meu conto preferido, e conta a história de Nix, transformada e preferida do vampiro Argento. E é só isso que posso contar. A história é muito pequena e muito simples, mas eu adorei. Será que a Giulia tem vontade de escrever um livro sobre a Nix? *-*
Giulia Moon é paulistana e já foi diretora de arte, ilustradora, redatora e sócia em agência de publicidade. Hoje em dia trabalha como freelancer em redação e direção de arte. Começou a escrever os primeiros contos num grupo de escritores amadores de histórias de vampiros do Yahoo, chamado Tinta Rubra, em 2000 e de lá pra cá já publicou três coletâneas de contos. Em 2009 publicou seu primeiro romance, Kaori – Pefume de Vampira – e atualmente trabalha no segundo livro sobre a Kaori. Eu perguntei a ela como foi escrever o conto do livro e ela disse: Foi uma experiência muito legal. Dentre as várias ideias que me surgiram, acabei optando por “Nix”, que fazia parte de uma noveleta inacabada que começara a escrever alguns anos atrás. A história girava em torno das peripécias de uma garota de dezessete anos, muito bonita e meio atrapalhada, que é transformada de repente em vampira por um cara muito poderoso, com quem vive uma relação de amor e ódio. Portanto, o conto não estava pronto para ser publicado, mas a ideia já estava crescendo na minha cabeça. Mas tomou forma na hora certa!
Ufa! Espero que gostem! Eu amei a coletânea e adorei o trabalho da Editora Draco – tanto na escolha das autoras quanto na arte gráfica do livro. Muito obrigada ao Erick, que cedeu o livro e me ajudou com os e-mails das autoras.