Box Ursula K. Le Guin: A mão esquerda da escuridão e Os despossuídos

Box Ursula K. Le Guin: A mão esquerda da escuridão e Os despossuídos Ursula K. Le Guin




Resenhas - Box Ursula K. Le Guin: A mão esquerda da escuridão e Os despossuídos


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Yago Grassini Prevot 12/06/2020

Sci-fi social
As duas obras apontam questões sociais importantes para serem discutidas hoje.
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Rafael_Santiago 07/07/2021

Duas modorrentas decepções
A MÃO ESQUERDA DA ESCURIDÃO

É até bem escrito mas meio chato

O livro é uma ficção científica que se passa num mundo onde as pessoas não possuem um gênero definido. Isso talvez seja um ponto que faça as pessoas falarem muito desse livro hoje em dia. Contudo, quem realmente o leu sabe que isso é apenas um pano de cena para compor um mundo bem avesso ao nosso e dar uma sensação no leitor de estar realmente imerso em uma outra realidade. A autora não levanta nenhuma bandeira ou empacota um diálogo que discuta política de gênero em seu texto. Ela mesmo já disse isso e até no texto introdutório escrito por ela, sugere.

Os excessivos usos de termos "malucos" fazem a narrativa ganhar momentos de conversa de bêbado. Às vezes é muito blá-blá-blá. Fora os textos soltos baseados na cultura do planeta alienígena que "interrompem a transmissão" para te desnortear ainda mais. Imagina você andando na rua quando aparece uma pessoa que você nunca viu na vida, te pega pela mão e te arrasta até o jardim dela para falar sobre a plantação de cogumelos do amigo imaginário dela em sociedade com o anão dono daquele jardim (que no momento não se encontra) e toda a técnica milenar de cultivo desenvolvida por eles. Nesses momentos eu lembrava daquele sample na música do Planet Hemp: "- Eu acho que a galera tá fumando demais". Tudo exagerado é ruim. Citando nosso famoso e fatalista filósofo Aurelius: "- Tudo que é demais é demasia" (sic).

A história é bem parada. Investe em tramas políticas e complôs muito mal amarrados. Imagina uma pessoa que pede para você sentar numa cadeira que agora ela vai brincar de te amarrar. Te amarra com os mais variados laços, nós de marinheiro e horas depois, se afasta, apaga a luz e bate a porta... Em certos momentos a narrativa é tão desinteressante que você esquece que o protagonista está em outro mundo e com algo a fazer, ele divaga muito. É bem boca aberta. Um devagar que vive a divagar. Se o livro fosse duas pessoas perdidas no gelo ia dar no mesmo... A sensação que fica é que você leu o livro para nada. A autora parece que está fazendo apenas um exercício literário de inventar um mundo. Faltou algo para desempenhar em cima desse universo criado.

Se você não liga muito para história, curte textos com overdoses de divagações ou coisas que se desenrolam em cima de acontecimentos ordinários, talvez goste mais do livro ou pode comprar um jornal ali na esquina que pode ter o mesmo efeito, porém te informar por umas poucas horas.

Eu esperava mais, foi meio ruim, decepcionante.

Hype bloody hype...

PS.: Evite ler o prefácio do Neil Gaiman. Em uma página e meia ele fala tudo que acontece no livro!!!

OS DESPOSSUÍDOS

Mais um livro parado e muito chato

A autora escrevia muito bem. Era ótima ao criar mundos, muito imagética. Com esse livro já li dois dela e notei traços muito parecidos: falta uma trama, uma história que prenda o leitor. Ela geralmente usa da história como uma alegoria para algo bem alcançável para nós o que não foge muito do que quase todo autor de ficção científica faz. O problema é que parte de situações muito bobas. Acaba com histórias com motes super provincianos. Ela não usa de nenhum elemento para prender o leitor até o final do livro. Não o deixa à espera de nenhum desfecho, nada. É só divagação, diálogos, falatórios, fluxos de pensamentos regados à dilemas pessoais/sociais e críticas a certas questões sociais e políticas mais gerais.

Esse livro em especial tem ares de novelinha das 6 científica/engajadona.

O livro passa o tempo todo desenrolando temas forçados para serem grandiosos, dentro de um ambiente essencialmente acadêmico. Sabe aquela coisa de se pensar que vai mudar o mundo quando se está numa faculdade? Zzzz.

A ficção científica passa longe aqui, você até esquece que a história se desenrola num mundo futurístico. É basicamente um meio da autora discutir diferenças sobre capitalismo, comunismo, socialismo etc. Prós, contras, além de semelhanças ao se extremarem.

É muito exagerado às vezes e o tema se esvazia muito cedo, pois é algo já bem batido e depois você vai se ver lendo sobre o cotidiano de um pesquidador que não pesquisa porcaria nenhuma e só enrola em ideologias vagas de moinhos de vento.

A narrativa é toda fragmentada para justificar o tema "científico": o tempo ou a perda dele...

Valeu a leitura? Sinceridade? Talvez preferiria ter ido ver o filme do Pelé...
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