Gilberto Alves 12/01/2021
O exorcismo como última opção
Comecei a ler o livro esperando aquele terror de sair correndo, de ter pesadelos, de dormir de luz acesa, sabem? Mas o que encontrei foi muito mais que isso. Encontrei um livro muito bem escrito e estruturado.
Qualquer um que assistiu o filme (que não seja recentemente), deve ter apenas lembranças do exorcismo em si. As capas em geral são para por medo, e o nome “O Exorcista” então, com certeza afugentam muitos leitores haha...
Mas aí, vc começa a ler o livro e encontra um livro em que vc chega aos 90%, e eles ainda estão buscando alternativas mais “plausíveis” que um exorcismo. E acho que essa foi a chave do sucesso: deu um ar de ser mais “real”.
Gostei muito mesmo. A forma que tudo foi conduzido como uma doença, mudando gradualmente para o exorcismo em si, deu muito mais credibilidade ao livro, não sendo apenas um livro sem muito sentido.
O que não me agradou muito foram os diálogos excessivos entre muitas vezes, 3, 4 personagens, criando uma certa confusão da mente do leitor. Por vezes tinha que reler frases para entender quem estava falando.
Achei também que alguns elementos beiraram quase o desnecessário. Ex: aquele detetive chato pra cacete, que no fim, quase não fez sentido em estar lá. Ou então **SPOILER** as profanações na igreja, missa negra, etc., que não fizeram sentido algum na história. ** fim SPOILER**.
Claro que ainda assim, ler sozinho na madrugada, dá aquela chacoalhada nos ossos haha.
Merece todo o reconhecimento que tem e o título de “clássico”. Pelo menos, entre os livros de terror raiz, esse com certeza é um dos melhores!