Sô 02/07/2020Gostei muito do Extremamente Alto & Incrivelmente Perto, então estava bem empolgada para começar esse, ainda mais por envolver um tema que eu gosto muito - Segunda Guerra Mundial - mesmo que de forma indireta. Mas achei o resultado bem decepcionante.
A história é intercalada por basicamente dois períodos temporais, um que se passa atualmente e outro há mais de duzentos anos.
No período atual, acompanharemos um judeu americano - também chamado de Jonathan Safran Foer - que foi para a Ucrânia procurar uma mulher chamada Augustine que salvou a vida do seu avô durante a Segunda Guerra Mundial. Para isso ele contratará o serviço de uma agência que poderá levá-lo a cidadezinha em que seu avô morava antes de imigrar para os EUA. Ele será acompanhado por Alex, que servirá de tradutor - bem meia boca, por sinal -, seu avô e a cadela deles. Eles passam por situações que vão de cômicas a trágicas, numa narrativa tão gostosa de ler que é um baque quando ele retrocede no tempo para contar a história da tatatataravó dele, da cidadezinha de Trachimbrod e seus habitantes. Essas partes se arrastam e parecem intermináveis. Rola uma tentativa de realismo mágico que achei super forçado. Isso me tirou da leitura e me fez pensar que estava lendo um trabalho de escrita criativa. Para quem não sabe, o autor escreveu esse livro ainda quando estudava em Princeton, sob a tutela da maravilhosa Joyce Carol Oates.
Considerando que foi seu primeiro livro, publicado quando ele tinha menos de 25 anos de idade, é algo impressionante, ainda mais considerando o que viria a seguir. Mas no geral, achei uma obra desconexa.