A vagabunda

A vagabunda Gabrielle Sidonie Colette




Resenhas - A vagabunda


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Mariana Dal Chico 08/04/2020

“A Vagabunda” de Colette foi recentemente publicada no Brasil pela Editora Imã que me enviou um exemplar de cortesia.

Ano passado, li da mesma autora “A Ingênua Libertina” — tem post no feed — foi uma leitura “ok” principalmente por eu não ter simpatizado com a protagonista. Em A Vagabunda minha experiência foi completamente diferente, já que a protagonista me cativou logo nas primeiras páginas.

A protagonista se divorciou depois de um relacionamento conturbado no qual ela era frequentemente traída e seu marido tomava para si a autoria de seus livros, julgada pela classe social da qual fazia parte, Renée vai trabalhar no music hall em busca de independência financeira e sentimental.

Quando estava na metade do livro, assisti o filme “Colette”, baseado em um período da vida da autora. A experiência foi muito enriquecedora, a partir dele, pesquisei mais sua biografia e pude identificar melhor os traços autobiográficos de “A Vagabunda”.

As protagonistas de Colette são mulheres que questionam o papel feminino na sociedade, sem soar como um discurso militante panfletário. Elas desafiam os padrões, fazem o que querem sem sofrer castigo ou punição.

Uma característica da escrita da autora que me incomoda, é o excesso de uso de reticências que acaba por quebrar meu ritmo de leitura, ainda assim, finalizei a leitura em poucos dias.

Literatura francesa mais que recomendada. Com certeza, lerei mais livros da autora.

site: https://www.instagram.com/p/B-uVDcwjN6s/
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Mi 19/09/2020

O que aprendi com a obra "A vagabunda", de Colette
Há algumas semanas, assisti ao filme Colette (2018), que retrata parte da vida dessa escritora francesa, em especial o relacionamento abusivo com o marido que ficava com os créditos de sua escrita. Gostei do filme e decidi comprar um dos livros da autora. Acabei optando por "A vagabunda", o qual, pelo que li, trata-se de uma versão romanceada de sua própria vida depois da separação.
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A leitura da obra em si não me chamou muito a atenção e me arrastei pra concluir (e talvez seja mais culpa do meu momento do que do próprio livro, visto que, dia desses, desisti da releitura de Madame Bovary).
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O interessante de tudo isso é: o que eu esperava do livro a partir desse título? Qual foi minha primeira interpretação? Que ela teria se tornado uma vagabunda depois da separação? Qual minha imagem de vagabunda? Qual significado cristalizado para essa palavra?
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V A G A B U N D A...
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Não está em pauta aqui o meu julgamento (cada dia mais inexistente) a respeito da Colette, da personagem Renée, ou de qualquer outra mulher, e sim a auto-observação de uma professora de língua portuguesa sobre seu interesse por etimologia.
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O grande presente que a edição trouxe foram as leituras complementares ao final do livro. Com elas, eu pude entender por que usar esse título num livro que NÃO apresenta uma “mulher de comportamento devasso ou imoral”, como o dicionário classifica o termo, diferentemente do que faz com o adjetivo correspondente masculino (desocupado, nômade, etc.).
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A vagabunda da obra, seja a personagem ou a autora, é uma mulher propensa a andar sem destino. O termo em português equivale a “vagabonde” que, em francês, mantém somente o sentido original, de quem vagueia por aí. Talvez a tradução não tenha sido feliz, ou infeliz fui eu ao me ater ao termo pejorativo com o qual cresci, mas eu cresci e estou reaprendendo a falar/ler/interpretar.
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“Renée é um alento, ainda hoje, mais de um século depois: uma vagabunda redentora que não reproduz padrões tóxicos de relacionamentos amorosos e mostra que nenhuma mulher precisa estar acompanhada por um homem para ter seu lugar no mundo" (Débora Thomé).


site: https://www.instagram.com/p/CDzl1mEjs9k/?utm_source=ig_web_copy_link
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Danielle 02/02/2022

ouvi o audiobook enquanto fazia colagens. Estava com ressaca e passando pela fase de mania. Penso que isso atrapalhou minha experiência. Por isso, espero algum dia nos próximos anos reler esse livro. Com traços autobiográficos, Colete era uma escritora a frente do seu tempo tratando de temas como divórcio, o preço de ser um artista, machismo, homofobia e ate mesmo como os animais são explorados p ter filhotes e o dono ganhar dinheiro. Ela não é escritora, é poeta. Agora sobre a história em si. nao sei se gostei, nao sei se me perdi um pouco mas achei um instalove meio meh. A personagem me lembrou a Evelyn Hugo kkkkk
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Júlia 25/07/2021

Livro necessário!!
Apesar de ter sido publicado em 1910, esse livro continua atual. Prova disso é a maneira como Colette aborda, com propriedade (uma vez que este livro apresenta traços autobiográficos), as questões relativas ao papel social da mulher.

Não dei 5 estrelas porque em alguns pontos a leitura se torna um pouco arrastada devido às descrições.
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Ray 24/01/2022

Uma leitura de altos e baixos
É um bom livro, só não é sensacional como parecia que iria ser com a primeira parte. A história é dividida em três partes, e o início me fez criar muitas expectativas que, infelizmente, não foram supridas.
A narrativa toma um rumo o qual a protagonista perde a sua personalidade e fica refém a um homem, sei que foi intencional, mas, mesmo assim, não gostei. Isto tornou a leitura chata para mim, não funcionou.
Rafael Kerr 24/01/2022minha estante
Oi. Tudo bem? Talvez você já tenha me visto por aqui. Desculpe o incomodo. Me chamo Rafael Kerr e sou escritor. Se puder me ajudar a divulgar meu primeiro Livro. Ficção Medieval A Lenda de Sáuria - O oráculo. Ja está aqui Skoob. No Instagram @lenda.de.sauria. se gostar do tema e puder me ajudar obrigado.




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blacktonks 15/07/2021

É um bom livro
É um livro super interessante que nos mostra a mimica/dançarina Renée e todos os traumas que uma mulher carrega junto com a solidão. É interesante também notar que o livro narra como eram as classes mais baixas de Paris ni início do século XX mostrando também a discrepância com as classes mais altas.
No entando o livro não e tocou e achei extremamente arrastado.
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Ludmila 19/09/2021

Simplesmente maravilhoso! Mas talvez emocione apenas mulheres com alguma vivência em enfrentar preconceitos simplesmente por ser mulher!
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Rafael1906 16/04/2024

E saiu vagando e sendo feliz.
Uma famosa atriz francesa sai em turnê com seu grupo de teatro, deixando para trás um romance que ela mesma luta para resistir. Dotada de uma inteligência singular, ela escreve em seu diário tudo o que acontece nesses dias que ela conhece o rapaz, seus amigos e colegas de trabalho, sua família e sua cachorra. Com um humor ácido e reflexões pertinentes, ela vai nos apresentar o que aconteceu no seu casamento anterior, as paixões, os amores, as grandes decepções e as armaduras da vida.
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Paula Santos 27/11/2022

Uma mulher a frente do seu tempo!
Em A 🤬 #$%!& conhecemos Renée, uma mulher independente e profundamente machucada pelas coisas do coração.
Nossa personagem principal deu um basta em um casamento recheado de traições e humilhações e ousou trabalhar em busca do seu próprio sustento em uma época em que era inadmissível uma mulher viver sozinha. No meio da narrativa vemos surgir um personagem masculino e instintivamente eu quis que ela ficasse com ele, que superasse o trauma e amasse novamente. Mas ao passar do tempo percebi que ela não precisava de um homem que acabasse novamente com toda a liberdade que ela já havia conseguido.
Quanto ao estilo de escrita, me surpreendi por ter gostado. Geralmente tenho dificuldade com histórias que ficamos páginas e mais páginas presos na mente da personagem (vide Clarice Lispector que não consegui concluir a leitura), mas aqui apesar de alguns momentos de achar a leitura um pouco arrastada, não foi difícil pegar o fio da meada logo depois.
Recomendo.
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Tamires 25/11/2019

A vagabunda, de Colette
O amor nunca vem sozinho. Amar requer mais que apenas o sentimento que nos deixa de pernas bambas, coração disparado e cérebro ligeiramente ineficiente. Para as mulheres, especialmente as das primeiras décadas do século XX, essa “carga extra” do amor vinha na forma de obrigações quase sempre limitadoras: uma espécie de maternidade ampliada (a criação dos filhos e o “cuidar do marido”) além é claro, dos afazeres domésticos.

Em muitos lares do século XXI essa realidade ainda persiste. A vagabunda (Ímã Editorial, 2019), de Colette, é então um livro muito atual quando pensamos em nossas mães, tias, avós e, porque não, em nós mesmas. Em um primeiro momento, pode parecer que o grande mote do livro é “o medo de amar”. Mas logo fica claro que, quando uma mulher experimenta um relacionamento ruim, ela passa a temer não só pelo “seu coração”, mas também por sua liberdade.

A vagabunda, — uma atriz de teatro, na verdade —, é Renée, uma mulher que amargou um casamento repleto de traições e roubo de propriedade intelectual. Ela resolve sair deste relacionamento ignorando, corajosamente, a posição social que ocupava e passa a viver do próprio sustento, com uma vida muito mais modesta. No entanto, tinha, enfim, liberdade para ser o que quisesse, onde e quando quisesse. Tudo começa a mudar quando um homem rico, Max, se apaixona por ela e deseja tê-la para si como esposa, como manda o figurino das pessoas respeitáveis.

A vagabunda é quase um relato autobiográfico. Narrado em primeira pessoa, é o primeiro livro escrito por Colette após o divórcio de seu marido, que usurpava e assinava como sendo de autoria dele os famosos livros da coleção Claudine. Para quem já assistiu ao filme Colette (2018) muitas situações retratadas neste livro vão ser familiares, a começar pelas primeiras linhas: uma das últimas cenas do filme mostra Colette, interpretada pela atriz Keira Knightley, escrevendo A vagabunda, enquanto aguardava o seu momento de entrar no palco.

“ ‘Ela morre de tristeza… ela morreu de desgosto…’

Quando ouvir tais clichês, balance a cabeça, mas não por piedade: por ceticismo. Mulher nenhuma pode morrer de desgosto. É um animal tão firme, tão duro de matar! Acha que o sofrimento a consome? Nada. Na maioria das vezes, mesmo que nasça frágil e doentia, ela ganha nervos infatigáveis, um orgulho que não se dobra, uma capacidade de aguardar, de dissimular, que a engrandece, e um desdém por aqueles que são felizes. No sofrimento e na dissimulação ela se exercita e torna-se flexível, como em uma arriscada ginástica diária… Porque ela esbarra constantemente na mais pungente, na mais suave, na mais atraente das tentações: a de vingar-se.

Pode acontecer dela chegar — se fraca demais ou se amar demais — a matar… Ela assim pode oferecer ao assombro do mundo inteiro o exemplo dessa desconcertante resistência feminina. Ela fatigará os juízes, os submeterá à provação de intermináveis audiências, os deixará exangues, como as raposas fazem com os cães de caça inexperientes. Tenham certeza que uma longa paciência, formada por mágoas sofregamente guardadas, afinou e endureceu essa mulher de quem se diz:

— Ela é feita de aço!

Ela é feita de mulher, simplesmente. E é o que basta.” (p. 39)

“América do Sul! Essas três palavras provocaram em mim um deslumbramento de analfabeta, que só imagina o Novo Mundo através de uma cascata de estrelas cadentes, de flores gigantes, de pedras preciosas e de beija-flores… Brasil, Argentina… que nomes refulgentes! Margot me contou que foi levada para lá, ainda bem criança, e meu desejo maravilhado se colocou à pueril pintura que ela me fez de uma aranha com ventre prateado e de uma árvore coberta de vagalumes…

Brasil, Argentina, mas… e Max?” (p. 255)

A vagabunda foi o segundo livro que li de Colette e a sensação de “isso sim faz sentido” foi a mesma de quando li A ingênua libertina. Vou percebendo, a cada leitura de livros escritos por mulheres, o quanto campanhas como #leiamulheres são necessárias. A experiência de ler Colette, tendo lido outros autores (homens) do realismo francês é muito enriquecedora. Esqueça os castigos, divinos ou não, destinados às “mulheres ímpias” daquele tempo. Em Colette, para citar apenas e especificamente esta autora, eu li e senti uma verdade tão grande nas páginas que outros autores (homens falando de mulheres e sentimentos femininos) jamais conseguiram (ou vão conseguir) reproduzir com tanta fidelidade. É questão de vestir a mesma pele, sem idealismo exacerbado.

A vagabunda é um ótimo livro, Colette foi mestre nas descrições floreadas na medida certa e com uma narrativa que surpreende positivamente no final (pelo menos na minha humilde opinião!). A edição da Ímã Editorial, integrante da Coleção Meia Azul, tem posfácio de Débora Thomé e Carla Branco, que enriquecem a leitura, contextualizando-a. Recomendo!

site: https://www.tamiresdecarvalho.com/resenha-a-vagabunda-de-colette/
Juliete Marçal 22/03/2020minha estante
Resenha maravilhosa! Adorei!


Tamires 26/03/2020minha estante
Obrigada, esse livro é maravilhoso!




Thais 14/02/2020

Achei a história lenta, mas gostei, nunca tinha lido nada dessa autora. Indico
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legolas_ 07/11/2023

Século XIX realmente foi babadeiro pra romance viu... Esse livro é uma montanha russa silenciosa e cheia de paisagens bonitas. O final foi inesperado pra mim, mas sinceramente não tinha como ser melhor.
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