O tempo em Marte

O tempo em Marte Philip K. Dick




Resenhas - O Tempo em Marte


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Fabi 11/02/2023minha estante
Gosto do autor! Eu li O Homem do Castelo Alto.


Geovana 11/02/2023minha estante
Só olhei um pouco o início da sua resenha pra não pegar spoiler, pois pretendo ler esse livro futuramente ?


Brujo 11/02/2023minha estante
Ainda não li esse, Fabi, mas acho que vai ser o próximo!


Brujo 11/02/2023minha estante
Boa Geovana!!!


Juliana-- 12/02/2023minha estante
Show de TS!


Brujo 12/02/2023minha estante
Juliana, meu sonho é ver um show deles ao vivo !


Juliana-- 12/02/2023minha estante
Eu gostaria de ver também. Acho que não tem previsão para virem ao Brasil.


Brujo 12/02/2023minha estante
Infelizmente não ?




Thiago Araujo 19/10/2021

É extraordinário ser diferente
K. Dick, me explica quem é você? É a pergunta que faço todo vez que termino um livro desse cara? como ele consegue ser tantos em um só?

Em O Tempo em Marte ele aborda os problemas mentais, mas especificamente o autismo e a esquizofrenia, usando uma teoria de comunicação e função social para com essas pessoas.

Sua premissa funciona bem no livro e transforma a colônia humana em Marte em um território fértil para a discussão.

Muito mais que portadores de um problema, K. Dick retrata esses personagens como seres extraordinários, capazes de proezas impensáveis aos ditos ?saudáveis?.

Sua visão diferenciada agrega um experiência única. Nunca enfadonho, o autor consegue sempre surpreender. Quanto mais conheço K. Dick, menos sei pra onde vai ou por onde já passou.
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Dudu 31/12/2021

Leitura que não me empolgou.

Considero que as possibilidades da história foram mal exploradas pelo autor, optando por seguir um curso mais paranormal do que científico (mesmo que fictício).

O enredo pareceu-me confuso e a trama não foi muito bem costurada.

Primeiro contato com a obra do autor!
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Mariana 12/03/2021

Não se aproveita nada dessa leitura
Vai ser difícil falar sobre esse livro porque eu acho que não tem nada nele que eu gostei de verdade.

Acho que o PKD é mais contista do que romancista porque esse livro é todo errado em construção, estabelece muitas situações, mas nunca dá uma resolução para essas situações. Os personagens mudam de ideia de uma hora para a outra sem motivos aparentes, e tem muito personagem para pouca história.

Acho que essa história poderia ser contada inteira com metade dos personagens porque alguns deles não acrescentam nada e não servem para nada - muitos, inclusive poderiam ser mesclados com outros personagens e o efeito seria o mesmo.

Além disso, as coisas acontecem na trama em momentos aleatórios.

Até 25% do livro não tinha acontecido nada de interessante para deixar a gente curioso para o que viria em seguida e o que acontece aqui foi o Jack ganhar um amuleto, um amuleto que não serviu para nada no fim das coisas, que não é um objeto interessante (vale o conceito da Arma de Chekhov aqui, hein).

A trama de verdade mesmo, a introdução da importância do Manfred e a ideia de saber o futuro, só veio na metade do livro. Esperar mais de 100 páginas para descobrir como as coisas vão começar a acontecer? Como se não bastasse, em 81% do livro, o autor tem a cara de pau de introduzir uma caverna que faz as pessoas viajarem no tempo numa resolução totalmente deus ex-machina.

É uma bagunça completa.

A impressão que eu fiquei foi que o autor não conseguiu organizar as ideias e que esse livro é a primeira versão da história, aquele manuscrito que deveria ter sido revisado por alguém que precisava dizer o que poderia mudar e o que precisava organizar.

Eu não sei a opinião de especialistas sobre isso, mas me incomodou muito a questão de o "poder" do Manfred ser uma doença real e não uma habilidade que ninguém conhecia. Talvez fosse melhor que esse estado fosse único desse universo, algo que se parecesse com o autismo e com a esquizofrenia, mas sem usar esse rótulo. Não acompanho os estudos dessas duas condições, mas eu tenho a impressão de que o livro não tem uma boa representação.

Outra coisa: o famigerado tratamento com as personagens femininas. Definitivamente, autores precisam parar de enxergar o corpo feminino como sendo a única coisa sobre uma mulher que valha descrição.

Tudo sobre a Doreen eram os seios dela, os mamilos embaixo da blusa, o não sei o que do corpo… E a cena do Arnie transando com a personagem enquanto ela dormia, mesmo que tenha sido com a permissão (coagida, né, vamos ser realistas) dela, me deixou muito enojada.

Outra coisa sobre esse tópico: me irrita que autores de ficção especulativa consigam imaginar o diabo a quatro, imaginam um Marte que já é habitado há milhares de anos e autismo como poder de prever o futuro, mas não conseguem imaginar uma mulher fora do papel de dona de casa ou de amante.

A mulher que saiu um pouco dessa dualidade foi a Anne, que tinha uma loja, mas ainda assim ela era mãe acima de todo o resto, e a mulher que era responsável pelos professores na escola. E mesmo assim, ela precisou ouvir um comentário de dúvida do Jack no meio do caminho por ter aquela responsabilidade. Achei tudo de muito mau gosto.

Para fechar com chave de ouro: é racista, né, gente.

Os bleeks são uma mistura de indígenas com negros escravizados e o pior disso tudo não é nem a ideia de termos uma espécie sendo exterminada por colonizadores. Inclusive, essa seria uma abordagem incrível de o autor tratar. Mas não, ele escolheu colocar a culpa de os bleeks estarem morrendo nos próprios bleeks, porque eles eram fracos enquanto civilização.

O pior disso tudo é o jeito com que os bleeks são tratados no livro inteiro pelo narrador. Não existe uma condenação desse comportamento, o autor nunca faz o narrador comentar que isso é errado, que os bleeks são só diferentes, que eles é que são as vítimas porque esse era o mundo deles. Não, o narrador concorda com as opiniões dos personagens.

E isso tudo é muito errado.

Em resumo: detestei muito esse livro. Uma das poucas notas 1 que eu dei na minha vida, mas é a única nota que a história merece.

site: http://marianabortoletti.com.br/blog
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@bibliotecagrimoria 25/04/2020

Excelente
O livro relata sobre o cotidiano humano em uma colônia de terráqueos estabelecida em Marte. Mesmo sob o domínio fiscalização da ONU, é possível ver que toda a nojeira da humanidade extrapolar os limites do planeta Terra e se estabelecer em um outro planeta, ainda um tanto hostil, e onde, em tese, mais do que em qualquer outra experiência humana na Terra, seria necessário a cooperação mútua para a sobrevivência. Temas como eugenia, racismo, conflito de classes e antissemitismo estão presentes nessa obra que, antes de tudo, traz uma abordagem diferente sobre nossa percepção do tempo e realidade. Seria possível que a consciência, intangível, pudesse transcender a temporalidade na qual estamos? Acima de tudo, a obra traz profundos questionamentos de cunho psico-filosóficos.
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Lucas Rey 02/06/2021

Sensibilidade.
Quando descobri que esse autor escrevia seus livros sob efeito de alucinógenos, fiquei me questionando o quanto isso era verdade e o quanto era só jogada de marketing. Ao iniciar a leitura, não foi muito difícil avaliar que, sim, era verdade.

O autor Philip K. Dick faz aqui questionamentos bem filosóficos, etéreos e subjetivos. Divagações. Nada muito aprofundado ou que vá chegar a uma resposta, mas que com certeza convida o leitor a pensar.

Fazendo uma análise do livro "O Tempo em Marte", há três aspectos a serem ressaltados: a ficção científica, o gênero da história e a escrita.

Sobre a ficção científica, posso dizer que ela tem função apenas estética; ou seja, aquela história poderia ter acontecido em qualquer outro lugar: numa cidade pequena do interior, num mundo steampunk, num passado distante... A ficção científica, em momento algum, é decisiva para o desenrolar da história, apenas torna o enredo "mais legal", mais bonito e interessante de se imaginar.

Quanto ao gênero da história, temos aqui um drama carregado de temas como preconceito, racismo, insanidade, ignorância e aceitação. Os personagens desenrolam a história muito bem; não são poucos, mas em sua maioria são bem interessantes. O drama é pesado e cada personagem vive um drama específico, seja uma batalha contra o mundo, seja uma batalha contra ele mesmo. Uma história que exige boa sensibilidade por parte do leitor. E a palavra que rege esse enredo é: tempo, principalmente no como cada um de nós o enxergamos e lidamos com ele.

Na escrita, o autor busca ser o mais sucinto e simples possível. Pela simplicidade, o livro se torna muito gostoso de ser lido; é fluido. Porém, por ser sucinto demais, muitas coisas da narrativa ficam a cargo da imaginação do leitor, sem muita explicação, e isso acontece o tempo todo; vejo, inclusive, que boa parte das críticas se deve a isso (embora eu creia que a nota aqui no Skoob seja exageradamente abaixo do que deveria ser). E é justamente por essa exigência de imaginação do leitor que não recomendo o livro para iniciantes em ficção científica.

Cheguei a ler aqui no Skoob uma resenha de uma pessoa que dizia que "não se aproveitava nada do livro". Já digo de antemão que discordo veementemente, uma pessoa pra dizer algo assim, desculpe-me, mas não tem sensibilidade alguma.

Recomendo para quem já é um leitor ávido de ficção científica.
Iriei ler outras obras do autor, com certeza.

"O futuro, é cedo demais para o vermos".
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Rodrigo 29/03/2021

Acredito que esse livro seja o PIOR livro do PKD que já li e tem tudo que existe de ruim no mundo.
Primeiro, gostaria de falar que amo os livros do PKD e sou um leitor assíduo dele, porém ao terminar esse livro me deu vontade de mandar para a Aleph "por que diabos vocês decidiram publicar essa bost#?".

O livro é cheio de antissemitismo, racismo, machismo e capacitismo.
A aversão à tudo do Arnie, deixa de ser uma característica inerente ao personagem, se tornando uma característica do próprio livro. Parece que todos os personagens odeiam os bleeks (os nativos de marte), enfatizando em todos os momentos que eles são pretos, como eles são inferiores, que eles são totalmente responsáveis por serem um povo nômade e "sem inteligência" nenhuma e isso me assusta, pois parece um suco que qualquer supremacistas tomariam.
Não só isso, mas o ESTUPRO de Doreen que é o clássico "ah o marido tem direito de forçar sexo em sua esposa quando ela não quer" que ocorre no capítulo 8. Além de como sempre os papéis das mulheres serem nulos e resumidos a mulher da casa ou para mostrar que mulheres são promíscuas (o único enredo da esposa do Jack foi se sentir sozinha e trair ele), é mole?
E também o tanto que o autismo e a esquizofrenia são menosprezadas. Chegando a ter personagens enfatizando que seria melhor para a sociedade que essas pessoas fossem mortas pelo estado.... Sim....

Esse livro me fez questionar o quanto eu gosto dos livros do PKD, por conta dessas coisas. Pois são detalhes do livro que nem são questionados pelo livro e pelo narrador, são questões NORMAIS para uma sociedade do futuro e, pra mim, não é uma coisa "ah é o mundo no seu aspecto mais repulsivo", todo mundo nesse livro é ou racista ou misógino ou capacitista, ou tudo isso junto.

O pior de tudo é que a história do livro nem se sustenta, é uma coisa sem pé nem cabeça que vai de colonização de marte, mundinho apocalíptico dentro da cabeça da criança esquizofrênica, viagem pro passado, consertos no futuro, robôs, misticismos dos bleeks. Uma bagunça que só. A história não faz sentido nenhum sabe? E nada no livro dá certo.

Enfim, não entendo quando vejo resenhas endeusando esse livro, porque parece um manuscrito de um monte de coisa aleatória. Acredito que "envelheceu igual leite no deserto" combina muito com o livro.
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Wania Cris 16/04/2022

Levantem os pés pro pano que eu vou passar...
Sempre que leio PKD me pego pensando que gênio à frente do tempo foi Mozão. Colonização de Marte, avanços tecnológicos (alguns já defasados pra nós, mas absurdos pra época) trazidos pra escrita em 1964!!! Genial!

O Tempo em Marte usa do sci-fi para tecer críticas à ganância e corruptividade do ser humano. Do farinha pouca meu pirão primeiro à se ninguém tá vendo não é errado, PKD usa de simbolismos e até de verbo rasgado para dizer o que acha desse comportamento. Jack é um personagem fantástico, Arnie tão humano e atual como se tivesse nascido hoje.

Como sempre digo, o mundo não esteve, não está e jamais estará à altura de Philip Mozão K. Dick.
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Gabriel Dummer 26/02/2023

Percepção
Philip K. Dick consegue uma façanha neste livro: através da sua narrativa envolve nossa percepção para sentirmos toda a extensão psicológica que envolve seus personagens. Provavelmente os termos usados estão errados, como esquizofrenia e autismo. No entanto, não se trata dessas condições, mas de um choque de realidade sobre o poder da percepção, da comunicação e da empatia em meio aos assustadores temas da saúde mental. Personagens falhos, repletos de preconceitos, avareza e luxúria, vivendo em um mundo hostil e misterioso. Ainda assim, ficamos assombrados com a realidade que transmitem. PKD traz muitas reflexões sobre nós, os outros e a própria realidade que compartilhamos. E tudo isso em uma escrita envolvente. Por fim, um livro simplesmente nhaca nhaca nhaca nhaca...
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Alexandre 30/04/2021

Leia esse livro
Uma das obras mais fabulosas do autor. Um prato cheio de ensinamentos e reflexões a respeito da vida humana.
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Rafael 02/04/2022

Terminei essa leitura sem entender muita coisa, logo, li direito, pois PKD sempre me deixa assim.
O Tempo em Marte é uma mistura de críticas e metáforas que trazem à tona características do ser humano (tanto positivas quanto negativas) e como elas influenciam o rumo da história. Discussões sobre poder, capitalismo, tecnologia, exclusão de grupos sociais, escassez de água (dentre outras) estão presentes aqui.
Jack Bohlen é o personagem responsável por guiar o leitor nessas temáticas. Ele é um eletricista que vem a ser contratado por Arnie Kott para tentar descobrir mais sobre as visões de um menino esquizofrênico (Manfred Steiner). Ocorre que Jack também já teve esquizofrenia e se vê em um dilema para ajudar Manfred.
As alucinações de Jack e as visões do Manfred podem te deixar bem perdidos durante a leitura. Em vários momentos tive que voltar para tentar entender onde eu estava na viagem (não que tenha me achado, lógico). E os bleeks (povo nativo e excluído socialmente) acreditam que há em Manfred um poder além do natural.
Quanto a eventuais temáticas para quem está pensando em ler, há trechos sobre tendências ao suicídio, racismo, estupro e esquizofrenia. A visão do PKD sobre a esquizofrenia merece destaque. Certamente é um livro que não agradará todo mundo por conta desses aspectos. Eu mesmo me incomodei em certos pontos, mas entendo que essas visões são necessárias para compreender como evoluímos desde a época em que a obra foi escrita e como são importantes para a construção do nosso pensamento crítico.
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Butakun 16/07/2020

PKD é atemporal, e infinito
É incrível como os livros do PKD, embora sejam ficção científica escrita há décadas, ou seja, corram o risco de se tornarem datados, não se perdem nisso. Não há nada neles, por mais tecnológico que seja, que sofra disso. Eles soam atemporais, e infinitos mesmo, porque são, acima de tudo, dramas humanos. É algo surreal um autor como ele não ser mais valorizado por aqui. PKD é vida.
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Airton 05/08/2020

Dick e a realidade
Mais um delicioso, no sentido de trazer prazer e felicidade, livro do Dick que termino. É uma alegria imensa poder desfrutar de suas histórias. Adorei o tema esquizofrenia e realidade se misturarem. Otimas reflexões, o livro gera discussões para varios temas. Não quero estragar a experiência de ninguém por isso nao vou me adentrar na história .. Apenas recomendar muito Dick... Um dos meus mestres de vida.
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davidelira 27/02/2023

Sobre a natureza da "loucura"
Uma das marcas fundamentais da obra do PKD com certeza é o questionamento sobre a realidade, e mais detidamente sobre o que é real. Tanto é que Ursula K. Leguin, a também escritora de ficcao científica, deu a ele a alcunha de "nosso Borges" pra falar de como ele, no campo da ficção cientitica, construiu uma obra que retorce a realidade.

E pra falar dessa natureza da realidade, nesse livro PKD explora mais uma vez a temática da loucura. Esse que é um dos temas que ele mais utilizou nos seus livros é central nessa obra. Pra isso ele traz muitas especulações sobre quadros como o autismo e a esquizofrenia principalmente. Essas várias teorias que ele traz dialogam muito mais com a ficção científica do que com a psicologia real. Mas a preocupação aqui não é tratar realmente da dita doença mental, mas explorar esse recurso na narrativa nas suas conexões com o que está além da realidade tangível.

Achei empolgante alguns recursos do autor, mas ainda assim acho que falta pra esse livro um tipo de amarração melhor. Pela metade dele a gente começa a questionar qual o propósito dessa história. Muitas ideias são interessantes, mas talvez pudessem ser exploradas de forma melhor.
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