Resenhas - Espártaco

William LGZ 19/05/2022

Carregado de belas mensagens
Não estava esperando grandes coisas desse livro por conta de algumas resenhas que li mas fui completamente pego de surpresa por uma ótima história que me encantou demais, explorando de forma magistral temas tão dolorosos como a escravidão de vidas humanas e o combate contra este sistema.

Repleta de profundos personagens e de instigantes tramas paralelas além daquela que é seu fio condutor, a narrativa não se move de maneira linear e se inicia praticamente ao seu final, o que do jeito que foi feito acabou deixando seus acontecimentos com um maior peso e deu mais liberdade para trazer outros tipos de indagações ao leitor.

Para mim apenas não atingiu a perfeição por conta de determinados trechos maçantes que achei bem desnecessários, além da falta de conclusões e destaques à núcleos que elaborou inicialmente. Porém não deixa de ser uma grandíssima obra que indico com veemência!

Gui Mendes 11/10/2021

Esperava mais
Um romance histórico bom, mas nada de mais. Honestamente, entendo o jeito que queria contar a história, mas a maior parte do livro que não estava falando diretamente do Espártaco era meio chata, talvez porque não focaram muito nos personagens e sim na narrativa, não senti muita ligação com nenhum.

O tempo todo estava torcendo pro Espártaco, e quando não era sobre o Espártaco, estava torcendo pra ele aparecer. A história desse cara é completamente fascinante e é uma pena que tenha sido praticamente apagado da história, nem aprendemos sobre ele nas aulas.

Enfim, os dois últimos capítulos deram uma salvada, mas mesmo assim, não passa de um bom livro, pra mim.

alt 21/10/2022

Leitura obrigatória
Morte à Roma. Os ensinamentos de Espártaco são simples, afinal era um homem simples, mas necessários. O quanto vale a liberdade? O quão importa a vida? Espártaco.

Franco 10/10/2018

Livro político, histórico e empolgante.
É uma história típica de rebeldia, do fraco contra o forte, e talvez justamente por isso seja uma história que cativa tanto.

O autor, por outro lado, consegue pontuar bem os argumentos de insatisfação e revolta: descreve muito bem toda a exploração humana que significava a escravidão romana. Mais ainda, ilustra bem a incoerência de uma sociedade que constrói imenso poder e riqueza baseado na opressão, violência e desigualdade. Num trecho ou outro, nessa tentativa de argumentar pela injustiça dessa sociedade, dá até para sentir que o autor meio que força o traço, talvez até sacrificando um pouco a História de Roma em prol da ficção que constrói; mas perdoado isso, é preciso elogiar a competência do autor em angariar a simpatia do leitor para a causa dos rebeldes.

Quanto às personagens, é bem bacana o modo como se amarram na estrutura da narrativa. A opção por fazer com que o protagonista (Espártaco) já estivesse fora da narrativa desde o início, obrigou a construir todos os personagens em torno desse fantasma, e deu muito certo. Aliás, conforme a narrativa chega ao fim, a gente percebe que não é só o livro que é construído em torno do personagem, mas que os próprios personagens em seus dramas internos são irresistivelmente atraídos por Espártaco - e com direito a todas as crises possíveis a partir disso.

Aliás, vale ressaltar a inserção de elementos psicológicos numa trama que poderia ser mera e friamente histórica. Os breves fluxos de consciência, assim como os diálogos emotivos, dão vida aos personagens e ainda reforçam a trama geral, que é aquela incoerência de uma sociedade tão poderosa construída sobre em base tão injusta.

Enfim, uma leitura interessante, e quase obrigatória para quem assistiu ao clássico filme do Kubrick.

O único ponto negativo, e que se repetiu em outras obras dessa editora e coleção (Abril - Grandes Sucessos), é uma incidência alta de erros um tanto bizarros, como umas vírgulas postas fora de lugar que forçam reler a frase uma ou duas vezes.

Marcilio 22/12/2018

Livro excelente.
Nunca tinha lido um livro tão bom, ótimo diálogo, me fez viver no tempo em que tudo se passou. Vale muito a pena ler.

Domino 19/01/2023

#lido

Livro incrível que fala sobre a luta do pobre contra rico, mas com analogias. Em nenhum momento o protagonista narra a história o que dá a ela uma linguagem de real.

As cenas de batalhas são bem descritas, fluídas, apesar de o autor se usar de muitos termos em latim e usar a forma latina de conversar, não foi uma leitura difícil.

Gostei muito e super recomendo para quem desenha conhecer outro tipo de ficção histórica (talvez mais clássica).

Nota 5 estrelas

#howardfast #espartaco #romancehistorico #livro #classico

Digão Livros 14/08/2010

Quando comprei esse livro, em um sebo do Centro de São Paulo, foi mais por curiosidade do que por vontade de ler o livro.



A edição que tenho, de 1981, é conservada, digamos nova. Mas a sua capa verde escuro nos leva à uma época antiga, tal qual à época retratada no livro.



Imaginei que se referiria à Esparta, e como também há um filme com o nome do livro (que ainda não assisti), minha curiosidade aguçou-se.



O livro se inicia apresentando Roma no seu auge, após mais um período de turbulência.



Porém, conforme os atos passam, e o cenário da última guerra vencida vai sendo remontado, essa ganha maior importância. Não foi uma guerra qualquer, essa contra os escravos, mas a mais perigosa e danosa delas.



Outra vez, conforme os personagens vão sendo apresentados, um detalhe interessante nota-se: as cenas principais são ocupadas por diversos personagens, cada um a seu tempo, e você não consegue imaginar (pelo menos eu não consegui), qual será o personagem principal final.



É lógico que há um protagonista da história, mas mesmo esse nem sempre é o personagem principal. Curti muito isso.



O enredo é de guerras, apresentação das características sociais da época, falsidades, traições... e amor.



Mas o modo que o amor entra nesse livro para mim foi espetacular. Sem ser piegas, sem chavões,e, infelizmente não posso dar mais detalhes para não estragar a sua leitura do livro..rs...



O livro tornou-se um do meus favoritos. Recomendo.

HARRY BOSCH 10/06/2011

Ave Cesar
Há muito para se contar sobre "Spartacus" de Howard Fast. A começar que este é o livro que deu origem ao filme homônimo dirigido por Stanley Kubick em 1960 e estrelado por Kirk Douglas e que até hoje é considerado o mais político dos filmes históricos. Então, vamos considerar também que "Spartacus" seja o mais político dos livros históricos de ficção e, por isso mesmo, o livro foi publicado pelo próprio autor com a ajuda de amigos, já que na época nenhuma editora comercial se disponibilizou a fazê-lo.
So achei o autor muito critico em relacao a Cicero e a forma de narrativa um pouco cansativa,mas sem duvida e um bom livro.

Lisa 19/09/2011

O sonho de Espártaco
Espártaco é sobre a luta, entre o escravo e o seu senhor. Espártaco, representando os escravos, filho e neto de escravos, lidera uma revolta contra a poderosa Roma.

A história, romanceada por Howard Fast faz de Espártaco um herói romântico, cheio de honra e justiça e que luta pela igualdade e o bem estar de todos. Não quer subjugar Roma, quer a liberdade para todos os escravos, e que todos os homens sejam iguais e compartilhem suas coisas.

A visão idealista de Espártaco se contrapõe com Roma: poderosa, sofisticada, imoral. Onde homens preferem mendigar e viver de esmolas (aqui vemos a política do pão e circo) porque é mais rentável do que ter um emprego.

Os grandes representantes de Roma, apesar de desejarem (e conseguirem) a morte de Espártaco, lhe invejam sua honra, sua moral e a devoção e o amor de sua mulher, Varínia.

Então, o que tem de diferente de Espártaco comparado com tantas outras obras que mostram a luta da classe sofrida contra a classe opressora? Para mim, a questão cultural. A descrição da vida dos escravos, da vida em Roma, das lutas dos gladiadores, dos banquetes, da imoralidade, dos perfumes e da cultura é o que enriquecem esse romance e fazem com que nos perguntemos como pode o ser humano ter achado normal ter escravos, vendê-los, matá-los ou obrigá-los a se matarem somente para ter uma pequena satisfação luxuriosa que o dinheiro, mas não a alma, compra.

Mônica 20/05/2012

Grandioso
Não tenho outro adjetivo para classificar esse livro.

Howard Fast fez um trabalho magnífico ao pintar as cores de um heroi que jamais é mostrado "ao vivo" mas que, pelo relato daqueles que os conheceram, é aos poucos desenhado como um homem fora da curva, cujo brilho nem a queda conseguiu apagar.

De maneira extremamente acertada, ele nos insere na história logo após o final da guerra, quando os culpados já sendo punidos e a "paz" conseguiu ser restabelecida em Roma.

Ele nos apresenta os "vencedores", cheios de vícios e vazios de significado, que comandam milhares apenas por uma questão social e de controle mental, e começa a nos mostrar Espártaco, o herói que saiu das minas da Núbia e, como gladiador, tomou a cidade e causou uma revolução que abalou as estruturas da cidade que dominava o mundo.

Não há como não se apaixonar pela personalidade do escravo que virou general, de não admirar a sua calma, que consegue casar de forma extremamente harmônica com seu espírito guerreiro e o seu pendor natural para liderança.

Fast criou um herói como poucos os que conheci em minhas tantas leituras e merece crédito maior por tê-lo construí-lo sem que o próprio pudesse se manifestar por si mesmo. Uma narrativa amarradíssima, com força, ritmo e intensidade raras.

Obra obrigatória para quem aprecia literaturas épicas!

Filho Amado 13/05/2014

Espártaco não venceu a guerra mas deu esperança para todos, e isso para quem não tinha nada e muita coisa. esse livro e fascinante.