ritita 16/03/2021DecepcãoEvidente que depois de ler Estrelas fritas com açúcar – Letícia Wierzchowski, quis ler outro livro sobre “poderosas” da indústria da moda brasileira.
Eu não gostei do Estrelas porque, a despeito da combativa e enérgica Adelina, fundadora da camisaria Dudalina, o livro pareceu homenagem póstuma, mas tiro meu chapéu para Adelina, trabalhadora incansável, e apesar de rica com o pé no chão.
A contação de O fio é perfeita, Alessandra e Consuelo* escrevem muitíssimo bem.
A primeira parte, a história de Gabriella Pascolato – matriarca da família me irritou profundamente. Então, eis que nos primórdios e durante a 2ª guerra os burgueses italianos, no caso os Pascolato, alinhados com Mussolini não estavam nada preocupados com o desenrolar de conflito que arrasou meio mundo, inclusive a Itália. Não, sementes, principalmente Gabriella preocupava-se com cabeleireiros, modistas, grandes festas....
Nunca, jamais, em tempo algum pensaram e/ou contribuíram com os esforços de guerra**.
Somente quando o calo apertou a família – pela queda de Mussolini, e tiveram que dar um jeito de sair da Itália a moça caiu na realidade, mas a sua realidade – a dos muito ricos.
O que ficou marcado para mim? Que em qualquer situação de perigo os ricos sempre se saem bem.
Consegui ir até a 2ª parte, depois que Constança Pascolato/Blocker já é adulta e.... segue absolutamente o mesmo caminho da mãe, ajudada sempre pelos amigos também muito ricos.
Eu que nunca simpatizei com Constança parei por aí.