M, o Filho do Século

M, o Filho do Século Antonio Scurati




Resenhas - M, o Filho do Século


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Rafael 16/03/2020

Uma biografia romanceada do Fascismo Italiano
Embora na contra-capa do livro diga "primeiro romance narrado por Mussolini", M o filho do século é uma biografia romanceada do Fascismo italiano. De Mussolini só conhecia o nome e quase mais nada. A obra tem texto muito fluido, mas a quantidade grandes de personagens e a alteração de pontos de vistas deixam a imagem num todo um pouco nebulosa. Muitas vezes me perguntei se não era melhor ter lido logo de uma vez uma biografia do Mussolini. Me faltou mais profundidade para tentar entender as motivações que levaram Mussolini a fazer o que fez. Talvez esse seja o ponto mais incrível do livro, o quanto cada dia é um dia e tudo parece ser uma soma de fatores incontroláveis e impossível de ser parado.
Há trechos de cartas e recortes de jornais que enriquecem muito a obra. A foto dentro do livro é assustadora.
M, o filho do século, tem muito em comum com o momento atual brasileiro. É muito interessante como os cenários e acontecimentos da Itália fascista parecem se repetir no Brasil. Há muito em comum entre Bolsonaro e Mussolini. E quando você se depara com tantas coincidências você se pergunta se não somos realmente apenas frutos do século.
Seja Bolsonaro ou Mussolini, prometendo um mundo novo forjado na fúria, e seus seguidores alienados preparados para viver se contradizendo e propagando mentiras e absurdos, o livro é de alto valor ao momento. E por mais que tentamos entender porquê aconteceu, talvez a resposta não esteja na racionalidade e por isso vivamos sempre sentindo que falta algo, que existe alguma lacuna a ser preenchida, algum livro a ser lido que possa explicar tudo.
Livro Incrível. Para quem gosta do assunto indico A origem do totalitarisno.
Marcos.Azeredo 30/04/2020minha estante
Vou querer ler este livro.




Rafael 29/02/2020

M, o Filho do Século não se trata de uma biografia de Mussolini, mas sim da criação do Fascismo de Benito Mussolini numa Itália fragmentada em meio ao pós-guerra indo até a ascensão do Duce ao poder (é previsto o lançamento de outros dois volumes, completando essa história).

O livro é escrito quase que em formato epistolar, respeitando a cronologia dos fatos, mas não de forma inteiramente linear como um romance histórico convencional. Scurati faz um ótimo trabalho de pesquisa, trazendo, inclusive, recortes de jornais da época e sendo fiel aos discursos e falas documentadas.

Aos brasileiros, impossível não ler M, o Filho do Século sem o contraste dos tempos atuais, onde para o governo basta “um soldado e um cabo para fechar” instituições democráticas.
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Mario Miranda 30/04/2020

M, o filho do século, é uma obra multiliterária: é literatura, é jornalismo, é história. Tudo em uma única obra. Narra a história de Benito Mussolini de 1918 - época em que era um jornalismo recém-expulso dos grupos Socialistas - até 1924, 2 anos após tornar-se deputado e já como Primeiro-ministro da Itália.

A obra utiliza-se de uma próximidade com a realidade, utilizando relatos histórico-jornalísticos, que temos a sensação de não se tratar de uma "biografia romanceada", mas sim que estamos passando por aquele período com uma lente focal sobre a pessoa-Mussolini.

A longa narrativa, rica em detalhes, passa por todos os fatos desde a intimidade do Ditador, aos bastidores políticos que levaram à ascensão de Mussolini. Seu viés violento-totalitário, a insatisfação popular com as greves, a violência como via de atingimento aos projetos políticos, o desenvolvimento de um projeto contrário à expansão socialista que ocorria na época, tudo isto se materializa na personalidade rígida, explosiva, de Benito Mussolini.

O Fascismo, o anti-partido, a união política anti-política, a centralização em uma única figura como a capaz de corrigir os rumos do país, a necessidade de expurgar opiniões contrárias ao da liderança, são todas características construídas por um projeto de poder que culminava na congregação de todos estes valores em uma figura única, explosiva, dinâmica: Mussolini.
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Macacchini 09/04/2020

mais importante do que nunca
Como entender uma das personalidades mais impactantes do século XX? Somente com o auxílio da compreensão do contexto em que este viveu. Mussolini é de fato um filho de seu século, da sua conjuntura e dos acontecimentos que os rodeou. Sua personalidade é sintomática de um período crucial para refletirmos sobre as mudanças que produziram a sociedade ocidental da forma com que ela se encontra até hoje.
Benito Mussolini, filho de ferreiro, inicia sua vida política ao lado do Partido Socialista Italiano e logo se torna diretor de um renomado jornal de mesmo cunho (o Avanti!). No entanto, ao se deflagrar a Primeira Grande Guerra, o diretor defende a intervenção da Itália, fato que o irá expulsar do Jornal e, consequentemente, do partido. O maior conflito bélico de até então terá consequência para uma Europa arrasada e marcada definitivamente pela violência que impossibilitará que a situação volte ao fluxo normal das coisas. A violência muda as pessoas e as pessoas mudam a forma de se enxergar o mundo. Nada será como antes e a sociedade secular que se formará a partir disso sera inédita. As massas estão descontentes, a fome é cotidiana, os italianos ajudaram o seu Estado na guerra e agora exigem nada menos do que uma mínima correspondência do aparelho estatal com o fim do conflito. Isso, influenciado pelo sucesso bolchevique na Rússia, permitirá uma ascensão esmagadora dos socialistas. Nos anos 1919 e 1920 estes conquistaram a maioria em todos os níveis e regiões eleitorais no país romano. No entanto, a tão prometida Revolução é constantemente adiada.
Nesse ínterim, as forças contrárias ao Governo das Massas se articulam e se manifestam cada vez mais descontentes e um movimento unificará essa aversão: o Fascismo. O Fascio de Combatimento nasce de uma junção entre Mussolini, grandes empresários italianos e de militares que se sentem abandonados e perdidos após a sua grande guerra. Estes serão a maior oposição ao socialismo, o qual, por sua vez, constantemente crítica a tão valorizada (pelos fascistas) guerra mundial. A correlação de forças se altera. A revolução não chegou e os grupos opositores, através do Fascio - cujo líder sempre fora Mussolini (Diretor do Jornal de mesmo nome)-, se fortalece cada vez mais. O mundo nascido da violência tolera um abuso nunca antes visto naquele pequeno país e os fascistas utilizam do medo de uma sociedade parida da guerra, para instaurar uma guerra civil caótica cuja a solução vai se encaminhando para a tomada do poder pelos sanguinários. A sociedade cansada do abuso, da inconstância, da anomia e do medo apela para o mais rápido, embora mais prejudicial e, assim, a ditadura sanguinária chega ao poder para tentar se instaurar de forma definitiva.
É essencial a leitura do livro para entender a figura de Benito e como um homem, filho de ferreiro, de uma pequena região italiana, plebe da plebe, socialista, se transforma aos poucos no senhor da guerra, no sanguinário ditador que cativou a maior parte do país. Por vários momentos do livro você irá se identificar com a persona, irá até compreender alguns de seus atos e, quem sabe, até admirá-lo por sua inteligência. E aí reside uma das maiores genialidades do livro e o que o faz tão atual, principalmente numa época mundial onde a intolerância e violência se banalizaram: são pessoas cotidianas, mundanas e que tiveram vidas até então corriqueiras que se transformam nos monstros da história. Não são nascidas assim, se constroem como vítimas (passivas ou ativas) da história e de seus contextos e as entender nos auxilia a identificar por onde as atrocidades do mundo se introjetam no ser humano. Imperdível!
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Gisele Gusmão 10/06/2020

M, o filho do século, Antonio Scurati
O livro é um relato, quase diário, de fatos históricos que vão de 23 de março de 1919, com a criação dos Fasci di Combattimento em Milão, até 03 de janeiro de 1925 , quando Benito Mussolini discursa como Primeiro Ministro Italiano no parlamento em Roma. Nesse discurso Mussolini buscava recuperar credibilidade de seu Governo que estava desacreditado após o assassinato do principal opositor socialista - Giacomo Matteotti.
Matteotti, que estava fazendo uma série de denúncias sobre a violência fascista, fraudes nas últimas eleições e irregularidades em acordos internacionais do Governo, foi assassinado em junho de 1924 sendo seu corpo achado, acidentalmente, em agosto de 1924.
O Fascismo nasce desse grupo, Fasci di Combattimento, formado por ex combatentes da Grande Guerra rejeitados pela sociedade italiana, são homens violentos que sob a direção de Benito Mussolini conseguiram destruir vários sindicatos socialistas e destituir prefeitos por toda na Itália. Os relatos de violência sofridos pelos opositores e ex fascistas são chocantes.
O Fascismo não respeita a liberdade, oposição ou a democracia:
1. "... O Fascismo não conhece ídolos, não adora fetiches: já passou e, se necessário, voltará tranquilamente a passar por cima do corpo decomposto da Deusa Liberdade [...].? Benito Mussolini, "Força e consenso", Gerarchia, março de 1923, pág. 626

2. "Que os inimigos não se iludam: o Estado fascista não os tolera; ele os combate e os destrói....o Estado fascista não pode ficar por muito tempo à mercê do Parlamento. ... Quem está fora do fascismo é um inimigo ou está morto." Benito Mussolini, Roma, janeiro de 1823, pág. 601

3. "Esta é a última vez que serão convocadas eleições. Da próxima vez, eu votarei por todos." Benito Mussolini, abril de 1924, pág. 706

O livro não pode ser lido sem um paralelo com o momento atual que vivemos no Brasil. É inevitável a comparação entre o que era defendido pelo Fascismo italiano à época e o que está ocorrendo no atual governo brasileiro.
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Tati.Tatiana 18/06/2020

Enriquecedor
Livro que conta toda história da ascenção de Mussolini e consequentemente do Fascismo na Itália dos anos 20.
"Os fascistas não dão a mínima para nada e nem pra ninguém, os fascistas se proclamam autênticos representantes da nação sã, máscula, forte..."
"No entanto, o morto já entrou porta adentro, o cadáver da democracia..."
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Conrado 26/10/2023

Scurati coloca o leitor no furacão da história com sua biografia sobre Mussolini e o fascismo italiano
“M, o filho do século” é o primeiro volume de uma trilogia biográfica sobre Mussolini, ditador e fundador do fascismo italiano, escrita pelo italiano Antonio Scurati. Este primeiro livro cobre a vida dele durante os anos 1919 a 1924 (e alguns dias de 1925).

Em 2019, o autor Scurati ganhou o prêmio Strega – o mais importante da literatura italiana – pela publicação desta obra que foi um best-seller no país.

A história começa a partir da expulsão de Mussolini do partido socialista e sua demissão do jornal Avanti, órgão oficial do partido. Seu desligamento do movimento socialista se deu por sua militância em favor da entrada da Itália na Primeira Guerra Mundial, uma posição que grande parte da esquerda da época era contrária.

A obra mostra os bastidores da história sendo escrita e coloca o público em um lugar privilegiado de espectador em primeira mão. Scurati utiliza documentos históricos para reconstruir o que realmente aconteceu e o que foi dito por Mussolini, além de outros membros importantes do fascismo e também da oposição.

Outro fator que chama a atenção é que o livro conta grande parte desta história real a partir da perspectiva de Mussolini. Este é um elemento interessante, você precisa acompanhar essa história sob o ponto de vista dessa pessoa detestável e isso de certa forma coloca o leitor como alguém que precisa de um olhar mais atento crítico sobre o que está lendo. O autor toma certas liberdades artísticas para imaginar o pensamento ou estado de espírito do Duce do fascismo em determinados momentos, mas nada que enfraqueça a experiência, apenas a potencializa e a enriquece com sua sensibilidade contemporânea ao olhar o passado e tecer comentários e diagnósticos incisivos.

O romance é uma boa pedida para quem curte história, mas outro fator que chama atenção nele além do rigor teórico no tratamento da reconstrução histórica do período, é o estilo literário e por vezes até poético do texto que é empregado nesta história trágica.

Este é um livro essencial para pensarmos como o fascismo se tornou possível e como podemos evitar que uma catástrofe como essa possa ser evitada. É inevitável também notarmos as semelhanças do fascismo italiano com movimentos autoritários e extremistas recentes como o próprio bolsonarismo no Brasil, o trumpismo nos EUA, entre outros.

“M, o filho do século” é um prato cheio para conhecermos a história do fascismo, mas também para conhecermos um pouco mais do pensamento e do comportamento humano em condições de crise moral e política como a Itália pós-primeira guerra mundial (o plano de fundo deste livro). A fragilidade da democracia e poder do ressentimento também são colocadas em evidência nas páginas desse grande livro (que é grande em quantidade de páginas e também em qualidade).

[Há uma lista completa com o nome de todos os personagens no fim do livro e só fui descobrir no final da leitura (li pelo Kindle). Recomendo acessá-la sempre que você esquecer quem é cada personagem (são muitos) e não se perder, apesar do autor fazer um bom trabalho em nos lembrar de cada um].
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Jonatas.Pimentel 13/04/2020

O Fascismo em sua forma bruta
Pesquisa e trabalho incrível do Antonio Scurati! Mistura muito bem os fatos reais - fontes de jornais, cartas, e recortes de discursos palanquias de Mussolini e outros membros do Fasci di Combattimento-, com a narrativa fictícia que amarra esse Romance. Um trabalho inovador que consegue, em minha opinião, ilustrar e mastigar bem o que é o Fascismo, em seu horror bruto. Tudo isso, sem um ar ideológico ou de julgamento. Apenas fatos, jogados bem de forma bruta em nossos rostos.

É uma leitura em certos momentos difíceis de dirigir, cansa tanto quanto mental e fisicamente (pois é um calhamaço pesadíssimo).

É essencial para quem quer entender as formas e os jogos políticos contemporâneos. Não posso deixar de dizer que me assusta, ao fazer uma comparação com a Itália do século passado com o Brasil de hoje. É impressionante como a Itália assistiu a ascenção fascista de braços cruzados. Braços cruzados ou seria apenas travados, de medo?

O absurdo vai ganhando forma e vai se transformando em realidade; a mentira já virou verdade, e a razão agora nada mais é do que a invenção dos que ousam sonhar (ou estudar).
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Leonardo 15/04/2020

Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje estou trazendo a resenha aqui pra vocês de um livro que foi um trabalhão pra ler! Não porque o livro seja ruim - longe disso, mas sim pela quantidade de páginas e informações contidas nele. Ficou curioso? Pois bem, o livro referido se chama M - O Filho do Século, lançado pela editora Intrínseca! Vamos dar uma conferida?






Então galera, M - O Filho do Século, trata-se de narrar um dos períodos mais sombrios na humanidade, a acensão do fascismo na Itália do século XX, país dominado pela política e ideias de Mussolini. Pouco conhecia sobre a carreira de Mussolini, apenas o que aprendi na escola mesmo: Um pérfido ditador que exerceu seu poder de dominação durante vinte anos, caindo com o final da Segunda Guerra Mundial, em 1945.


Mas o que vemos aqui em M - O Filho do Século, começa em 1919. Período em que a Itália vivia uma grande pobreza por conta das tantas guerras que se perduraram no território italiano. A população está na miséria, e um sentimento de ódio toma conta dos cidadãos; conhecemos então Mussolini, um membro associado ao jornal Socialista e com ideias revolucionárias. Tais ideias passam a ser considerados por muitos como ideais, assim, Mussolini começa a ganhar um poder político forte através do jornal pelo qual publicava.



A situação mudou quando Mussolini criou o Partido Nacional Fascista, que tinha como principal proposta elevar o orgulho do cidadão italiano, resgatando seus "valores" e territórios perdidos durante a guerra para a Itália voltar a ser "respeitada" pelas outras potências mundiais. Entretanto, os meios de se conseguir este respeito são responsáveis pela classificação de horror que circulou a Itália nestes anos.

Dada a pequena noção das características históricas do livro. vamos a ele propriamente dito: Assim que o livro foi anunciado pela Intrínseca eu fiquei bem curioso, justamente por amar livros com conteúdos históricos e também por conhecer pouco sobre Mussolini. Então eu fui pesquisar sobre o livro e fiquei chocado com o sucesso de público e crítica que ele possui no mercado editorial internacional, então fiz o pedido e conforme eu fui lendo, entendi o porquê de tanta aclamação.

Os relatos dados pelo autor Antonio Scurati são viscerais, e analisam bem todo o momento histórico. Já foi anunciado que este será o primeiro livro de uma trilogia, e, por ser o primeiro, é de se esperar que não vejamos o movimento fascista como um todo. Entretanto, o primeiro livro serve para dar uma boa introdução ao que conhecemos como movimento fascista.

Muito disso se dá pela forma como o livro foi escrito, misturando elementos jornalísticos com uma narrativa ficcional, M - O Filho do Século é conduzido na forma de um diário que vai narrando os eventos mais importantes no período entre 1919 a 1925. Digo narrativo porque esses capítulos vão narrando a história para nós através de personagens e conflitos, entretanto Scurati tem a habilidade de mesclar a narrativa com os acontecimentos reais de uma forma incrível, isso porque no final dos capítulos existem documentos oficiais da época que confirmam os acontecimentos narrados.


Questões muito recorrentes nos temas políticos atuais são tratados neste livro, como o próprio fascismo em si, o socialismo e nazismo. Muita gente atribuí o termo fascista a uma determinada política sem sequer conhecer sua origem, e isso é extremamente perigoso nos dias de hoje.

Enfim, apesar de ser uma leitura cansativa (o que é de se esperar devido ao tema), M - O Filho do Século foi, para mim, um dos relatos históricos mais apurados e interessantes de ser ler, sem contar sua atualidade. Espero muito o segundo volume para conhecer ainda mais sobre a acensão e queda do ditador.


site: http://oporaoliterario.blogspot.com/2020/03/resenha-m-o-filho-do-seculo.html
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Franciele143 20/03/2021

Os arquivos documentados nesse livro não são apenas material histórico, tem muita crueldade, eu diria que é um estudo obrigatório para todo cidadão, se hoje temos direitos alguém entrou na linha de frente em algum conflito, batalha ou guerra, serve para nos mostrar o quanto somos nutelados e que precisamos ser pessoas mais conscientes. Uma curiosidade é que não se trata de uma biografia do Mussolini e sim do fascismo que deriva do fascio (sim o fascio vem do italiano que significa feixe e na Roma antiga fasce. símbolizando o poder, e nada mais é que um amontoado de varetas e uma machadinha ao meio todas bem apertadas, as varinhas simbolizam o povo a machada o poder juntos a força, um símbolo muito usado em órgãos da justiça) mas vamos voltar ao assunto do livro. Nele contem relatos da guerra, muito sofrimento e crueldade humana, reuniões com pessoas do poder organizando estratégias políticas, o povo que se reúne reivindicando seus direitos, fome, pobreza, pessoas mutiladas, mulheres compondo o senário industrial, abuso sexual, homossexualidade, anarquismo, xenofobia, feminismo, o povo enfrentando a pandemia gripe espanhola. O período pós guerra foi um marco mudando a vida de muita gente os jovens de família já não são os mesmos, de um lado o proletariado vencido pelo poder e do outro a burguesia ganhando prêmio por ter comandado pelotão, a verdade é que a guerra foi uma especulação a vida dos pobres. Entre tantos relatos copiei uma menção que considerei relevante ao escritor Franz Kafika que estava internado faz uma anotação em seu diário que diz " Na luta que contrapõe o indivíduo ao mundo, aposte sempre no mundo."
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Biblioteca Álvaro Guerra 06/07/2023

O livro narra os primeiros anos do fascismo italiano: sua criação como movimento, sua expansão, sua chegada ao poder, sua consequente transformação em regime e os dois primeiros anos em que governou a Itália. Iniciada em 1919, a cronologia se encerra em 1924, ano em que Giacomo Matteotti, deputado socialista e corajoso opositor do fascismo, é brutalmente assassinado. Se Mussolini é personagem central, não está só.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788551006078
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Jansen 11/06/2020

Um bom livro de história e política. A criação do Fascismo por Mussolini, um líder cheio de força e matreiro. Entendia que a força e violência, em doses certas e no momento adequado, faziam a diferença. Soube utilizá-las em benefício próprio. Um animal sexual que o poder excitava e tinha sempre uma mulher por perto para desafogar suas ansiedades e prazeres. Merecia uma biografia para entendermos o que o movia: o poder. Considerado um grande motivador sexual.
O que fez Mussolini serviu de inspiração para muitos ditadores que usam os mesmos instrumentos travestidos na democracia. Ele foi indicado para primeiro ministro pelo Rei italiano e não através de golpe ou revolução. Usou o medo do povo, incluindo as classes dirigentes, empresários, igreja e políticos, para conseguir o que queria. Uma leitura muito interessante que vai desde 1919 até o final de 1924, quando ele está passando por momento difícil no Governo e, num discurso corajoso, recupera seu poder.
Pena não ter continuado até o momento em que se torna realmente um ditador e continuar até sua morte em 1945, enforcado com sua amante. Morte violenta e sem julgamento, pelo povo. Antes endeusado e morto como um cão raivoso.
O livro é escrito como um diário, seguindo a cronologia dos fatos. Muito bom o autor.
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Laís 06/02/2022

Foi uma leitura bastante difícil pq o livro tem muitos detalhes sobre manobras políticas e coisas do tipo.
Mas valeu a pena pq aprendi muita coisa
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Jean Bernard 11/03/2022

Nos mínimos detalhes?
O ressentimento e a raiva colocaram a violência em foco. Essa violência atraiu as massas que santificaram um ditador. Benito Mussolini. Nem a oposição, dividida por divergências internas e rachada pelas pauladas fascistas, conseguiu frear o escalonamento da violência como regime. Um livro contato pelo ponto de vista dos atores em um dos momentos mais sombrios do século XX.
A leitura desse livro é incrível, mas por alguns momentos pode se tornar cansativa. Os mínimos detalhes são demonstrados nesse livro. Detalhes que importam, mesmo que nos cansem.
?Conhecer a história para não repetir os mesmos erros?, frase que parece ter sido esquecida completamente nos dias atuais.
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