Gone

Gone Michael Grant




Resenhas - Gone: O Mundo Termina Aqui


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CooltureNews 27/11/2010

Por: Junior Nascimento (CooltureNews)
www.coolturenews.com.br

Ao ler a sinopse do livro esperava uma história boa, mas achava que seria algo totalmente para adolescentes, visto a faixa etária dos personagens (máximo 15 anos, ou melhor, nem isso), mas não foi isso que o aconteceu, essa história me surpreendeu muito e acabei me viciando, tanto que já sai em busca de informações sobre os próximos livros da série, e olha que boa noticia, o 2º livro “Famintos” (nome perfeito, porque já da para entender o ponto principal do livro) será lançado em Abril, o que não está muito longe. O 3º livro deve chegar aqui somente em novembro/11.

Imagine você na escola em um dia comum até o momento em que seu professor e alguns colegas desaparecem, certamente você procuraria saber o que está acontecendo, mas ai você descobre que todos os professores desapareceram, seria um ótimo motivo para festa (hehehe), mas calma ai… só sobraram os adolescentes, pré-adolescentes e crianças, todos acima de 15 anos sumiram misteriosamente. Então, seus pais também podem (e provavelmente tenham) sumido, o que resta fazer?

Esse é o drama das crianças de Praia Perdida que em um piscar de olhos ficaram sem nenhum adulto responsavel. Sam Temple era considerado um herói nato, afinal a algum tempo atrás, após o motorista do ônibus escolar sofrer um infarto enquanto estava dirigindo, ele foi o único que percebeu a gravidade da situação e salvou todos. O que torna claro o porque dele ser o centro de referencia de todos, um líder, mas Sam tinha seus segredos, e não queria essa responsabilidade para si.

E agora a vida tem que continuar, sem nenhum adulto para tomar decisões responsáveis, e assim Praia Perdida ganha um novo nome “LGAR – Lugar da Galera da Área Radioativa”, tudo a ver, já que a cidade possui uma usina nuclear, e a algum tempo atrás sofreu um acidente, um asteróide atingiu a usina. O que pode justificar o fato de algumas pessoas terem adquiridos algumas habilidades especiais, e de animais sofrerem mutações. Nada muito grave, comparado a outro fator, os sobreviventes.

Apesar de um começo onde todos se ajudam, logo começa a haver brigas pelo “controle” do LGAR, o que se intensifica com a chegada de Caine e seu bando e a revelação de um grande segredo.

Uma história envolvente para fãs de ficção cientifica, romance e aventura. Confesso estar totalmente viciado no livro, e aguardando ansiosamente o próximo. Se você, assim como eu, tem algum pré-conceito do livro ao ler as sinopse, deixe ele de lado, o livro é muito melhor, a sinopse, ou até mesmo as resenhas disponíveis (essa inclusive) não consegue descrever o quanto esse livro e bom. O Autor consegue através da história nos transportar para o LGAR e nós passamos a vivenciar essa experiência, junto a personagens tão fascinantes, que vou deixar para comentar sobre eles nas próximas resenhas da série. Conselho, leiam o livro, vocês irão se surpreender.
Jhonatan 06/12/2010minha estante
Logo quando o Junior comentou comigo no msn a respeito desse livro já me chamou a atenção.
O fato dos personagens serem crianças devem contribuir para um aumento no choque causado pela situação. Visto que crianças são mais suscetíveis a novas experiências.
Mais um livro que vai para a lista dos ?livros que tenho que ler antes de morrer?.
Obrigado pela resenha coolturenews, ficou perfeita!
Seguidor: Jhonatan Carneiro


Zi 06/12/2010minha estante
A maioria das resenhas que li deste livro, falam que o livro surpreendeu. Difícil ver alguém que leu e não vicou na história rsrs


Maedchen 06/12/2010minha estante
Adoro ler livros , onde as pessoas, nesse caso adolescentes né? Tem que se por a prova e passar por situações difíceis!:B
Tem que tomar decisões que vão influenciar tudo e todos, muito bom!


Dessa 06/12/2010minha estante
Esse é um livro que to LOUCA pra ler. Adorei a historia, serio. *-*
Sinto que irei viciar tambem, haha.
Adoro essas historias bizarras, e fico sempre imaginando se acontecesse mesmo. ;P
D e s s a


ida 06/12/2010minha estante
Sem nenhum adulto no mundo talvez as coisas melhorassem ou piorassem de vez, pois os adolescentes teriam que começar a pensar de outra maneira e isso talvez trouxesse novos rumos para a salvação do planeta.
Ida


Paula Miranda 06/12/2010minha estante
Eu quero muito esse livro! Mas só no natal, né?!
Paula Roberta


Vilmar Júnior 06/12/2010minha estante
Esse é um livro que desejo desesperadamente ler. Fiquei fascinado por ele assim que o conheci.
Vilmar Junior


Thiago de Andrade 06/12/2010minha estante
Esse é um dos livros que eu mais quero ler, só que eu to sem dinheiro pra poder comprar(e tambem não dou sorte de ganhar em promoção). Dai eu vejo as resenhas e fico aqui aflito querendo ele logo.

Seguidor: Thiago de Andrade Alonso




Fernando Lafaiete 18/07/2017

GONE: Um bom livro de fantasia juvenil. Com problemas, mas que vale a pena!
*******************Esta resenha NÃO possui spoiler********************

Um mundo sem adultos, com jovens desenvolvendo super poderes, vivendo aprisionados em uma redoma que surge do nada ao redor da cidade. Animais sofrendo mutações e ficando cada vez mais ferozes e novas regras surgindo. O que aconteceu que todos a partir dos 15 anos sumiram? O que fazer no meio deste caos? Quem são seus amigos e quem são seus inimigos? Quem deve liderar esta nova comunidade? É neste ambiente hostil e desesperador que irá se passar a estória de Gone: O MUNDO TERMINA AQUI.

Eu gostei muito deste livro, mas muitas coisas me incomodaram. Como eu acho que a vida é muito curta para perder tempo com livros que podem vir a ter características incomodas para muitos leitores, eu destrincharei este livro o melhor que eu puder, expondo os pontos positivos e os pontos negativos. Espero que a minha resenha possa ajudá-los a se decidirem se desejam ou não embarcarem nesta leitura. Afinal de contas, o fato de eu ter tido uma experiência positiva, não é garantia de que vocês também terão.

********************NARRATIVA, ESCRITA E CONSTRUÇÃO DE MUNDO********************

Michael Grant tem uma narrativa muito boa e fluida; que me envolveu e me instigou de maneira extremamente agradável. Eu não sentia vontade de parar de ler, devido a minha curiosidade infinita de saber o que iria acontecer. O mundo é muito bem construído, e os elementos que o compõe são muito bem inseridos. As situações são bem elaboradas e os parágrafos e capítulos são lineares, de maneira que a narrativa não fica confusa. Aliás, a narrativa é bem frenética e dinâmica.

Os capítulos são divididos entre os personagens e com isso temos uma visão bem ampla do que está acontecendo em todo o território em que a estória se passa. Os personagens possuem vozes próprias e nenhum soa como o outro.

Porém, o autor peca levemente na escrita. Ele faz em alguns momentos umas escolhas de vocabulários na minha opinião infelizes. Os protagonistas são adolescentes, mas muitas vezes os diálogos soam muito infantis. A narrativa intercala entre o juvenil e o infantil. Eu acredito que se o autor tivesse se focado mais em deixar tudo juvenil, a escrita teria me convencido mais. Algumas falas soam estranhas e deslocadas. Se sua bagagem de leitura é composta muito mais por livros de fantasia adulta, você provavelmente também irá se incomodar. Senão, leiam sem medo e sejam felizes.

Devido ao que o autor mostrou neste primeiro volume, acredito que o mundo tem muito ainda para ser expandido e explorado a fundo. Espero não me decepcionar.

********************PERSONAGENS********************

Em relação aos personagens que levam esta estória, devo dizer que me incomodei bastante com o comportamento de alguns. Mas devo frisar antes de tudo, que eles são bem construídos.

Os vilões realmente são vilões, e fica bem difícil não odiá-los muito, ao ponto de ficar imaginando várias maneiras que o autor poderia assassiná-los. Eles são inescrupulosos, mal -caracteres, assassinos, invejosos, mentirosos e inteligentes. Eles planejam, agem, torturam e sempre estão um passo a frente. Isso me agradou e me irritou na mesma proporção. Me agradou, porque eu adoro odiar vilões e acho que vilões precisam ser assim mesmo; sanguinários. Pra ficarem chorando e se lamentando feito um bando de idiotas, já temos os mocinhos. E me irritou porque na minha opinião, os supostos heróis do livro (destaque máximo para o pamonha do protagonista), passam 90% da estória, se acovardando, fugindo e exitando.

O ambiente o qual eles se encontram é extremamente perigoso, onde só sobrevivem os mais fortes. Ou seja; ou você vira o caçador ou se torna a caça. Na minha opinião, é muito melhor ser o caçador e agir com o intuito de sobreviver; do que ficar fugindo das minhas responsabilidades, se tornando consequentemente a caça. Se for pra alguém morrer, que seja o meu inimigo e não eu. Não existe espaço para covardia ou para comportamentos morais. É como um jogo, só um sairá vencedor.

Sam (o protagonista) me tirou muito do sério e eu o considerei boa parte da narrativa um personagem chato, inativo, chorão, bunda mole e um péssimo líder. O Quinn (o suposto melhor amigo do protagonista) é um personagem insuportável, invejoso, fraco, que eu desejei muito que morresse o quanto antes. O Edilio (amigo do protagonista) é um dos melhores personagens do livro. Bom caráter, corajoso, amigo verdadeiro e proativo. A Astrid (a namoradinha de Sam) é uma personagem interessante, inteligente e que espero que seja mais desenvolvida nos próximos livros. A Lana e seu cachorro são muito legais, bem aproveitados e suas partes do livro são bem exploradas e essenciais para todo o desenrolar da trama.

O Caine (o grande vilão deste primeiro livro) é muito bom e funcional. Seus capangas, Diana, Drake e Jack são excelentes e muito bem desenvolvidos por Michael Grant. Eles realmente são muito bons como vilões e são os destaques deste livro. Foi bem difícil não torcer para que Caine e Drake tivessem a pior morte possível. Que personagens desgraçados!!

E sempre fica a curiosidade... Qual deles possui poderes? e que poderes são esses?

********************CENAS DE AÇÃO********************

As cenas de lutas são muito boas e bem descritivas. É tudo muito visual, de maneira que parecia que eu estava no campo de batalha junto com os personagens. Mas elas não são excelentes como as cenas de ação de "As crônicas de gelo e fogo" por exemplo. Embarque na leitura com calma. Elas são muito boas para um livro de fantasia juvenil.

E não se engane; o autor peca sim as vezes na escolha de palavras, deixando alguns momentos infantilizados. Mas a estória não é infantil. O livro é protagonizado por adolescentes e crianças, mas a carga da narrativa é muito mais juvenil e isso fica evidente nas cenas de tortura e ação.

********************ANÁLISE COMPARATIVA********************

Se formos comparar este livro com outros livros que possuem características semelhantes (como adolescentes que possuem super-poderes) eu acredito que ele fica um pouco acima da média. Como primeiro livro de uma série ele é muito bom e cumpre seu papel. Ele é bem melhor do que "O Orfanato da senhorita Peregrine para crianças peculiares" por exemplo. Mas não acho que ele seja tão superior assim se comparado com os outros dois livros da série de Rason Riggs.

Acredito que se você leu e não gostou da série de Riggs, não sei se te indico este livro. Na minha opinião, eles possuem estilos narrativos bem parecidos. Mas também tem coisas bem diferentes. Fico na dúvida se indico pra você que detestou a série supra citada.

Agora se você leu e detestou (como eu) outro livro meramente parecido como Mentes Sombrias da Alexandra Bracken, eu só digo uma coisa: leia Gone, ele é muito melhor e bem mais dinâmico.

O livro possui problemas, como os citados acima. Mocinhos menos interessantes do que os vilões e boa parte da estória inativos. Além da narrativa muitas vezes infantil. Mas discordo de quem diz que o autor insere elementos preconceituosos e machistas. Não me deparei com nenhum elemento desse tipo e olha que sou um leitor bem atento. E é sempre bom reforçar que apesar dos problemas, a leitura valeu a pena e com certeza darei continuidade com a série.

Eu espero que a minha resenha não seja vista como sendo descartável. Espero que ela seja útil e possa ajudá-los a se decidirem se darão ou não uma chance para Michael Grant e sua série.

De qualquer maneira, se você teve paciência e leu até aqui, deixo os meus mais sinceros agradecimentos e te desejo uma excelente leitura, estando você lendo ou não este livro! :)
Dani 18/07/2017minha estante
Adorei a resenha!


Esdras 18/07/2017minha estante
Ótima resenha, Fernando. Mas então se for colocar na balança, pesaram mais os incômodos. Ó, céus! RS.


Rafa Ferrante 18/07/2017minha estante
Depois de ler a resenha não fiquei muito animado a ler não, mas enfim cada leitura uma experiência.


Fernando Lafaiete 18/07/2017minha estante
Obrigado pelos comentários. Apesar dos problemas; o livro é bem legal. Acredito que se vocês darem uma chance, irão gostar! Eu acabei me irritando muitas vezes, mas a narrativa me envolveu tanto e eu gostei tanto do universo, que os mesmos pesaram mais Esdras e conseguiram superar os pontos negativos, Graças a Deus! Estou bem empolgado para começar a ler o segundo. :)


@bardoriano 20/07/2017minha estante
Adorei a resenha, parabéns. Tenho vontade de ler a série. Vou dar uma chance com certeza.


Fernando Lafaiete 20/07/2017minha estante
Que bom que gostou e que bom que dará uma chance Miro. Acho que você vai gostar!




F. Pierantoni 15/04/2011

Gone: O Mundo Termina Aqui
Descontados alguns percalços pelo caminho, não há como negar que essa nova onda literária de temática survivor está com a corda toda. Passando pela saga Jogos Vorazes (Editora Rocco), pelo thriller Maze Runner (V&R Editora) e por outros títulos semelhantes, encontramos impressionante regularidade e alta qualidade. Com entusiasmo, acrescento agora a essa lista mais um integrante: Gone – O Mundo Termina Aqui (Editora Galera Record), de Michael Grant.

E se todas as pessoas com mais de quinze anos simplesmente desaparecessem? Pois é isso que acontece na pequena Praia Perdida, uma cidadezinha litorânea da Califórnia. De um instante para o outro, os adultos se foram e as crianças encontram-se no puro caos. Há acidentes por toda parte, batidas de carro, fogões deixados ligados, bebês largados sozinhos... E essas não são as únicas preocupações da garotada.

Outras coisas estranhas estão acontecendo. Uma barreira translúcida transforma a cidade numa bolha isolada do mundo. Animais apresentam mutações perigosas. E há algo de errado nas próprias crianças, que começam a demonstrar determinadas capacidades extra-humanas.

Gone – O Mundo Termina Aqui traz uma bem-feita mistura de peso e leveza, tensão e diversão. Porque o livro trata de uma situação terrível, de uma sociedade destruída, de situações extremas. Todavia, seus protagonistas são crianças e, como tal, agem como crianças, pensam como crianças, falam como crianças. Isso alivia a abordagem das cenas de violência e sofrimento – que não são poucas –, além de enriquecer a história ao retratar de maneira interessante como um bando de garotos organizaria uma nova comunidade – por curiosidade, eles fazem questão de manter o McDonalds funcionando.

O livro poderia já ter se saído muito bem tratando apenas da faceta pós-apocalíptica do enredo. Ainda assim, o autor arriscou ainda mais, introduzindo poderes mutantes aos personagens. Uma má gestão dessa decisão teria arruinado a obra, porém Grant soube utilizá-la com eficiência e habilidade, fugindo ou mascarando os tantos clichês do gênero.

Achei o trio principal de personagens parecidos demais com nossos queridos Harry/Rony/Hermione e desanimei-me um pouco ao descobrir que a série Gone prevê ainda mais cinco livros para concluir sua história e seus mistérios. Não obstante, a experiência com esse primeiro volume foi ótima e, se o autor souber manter o mesmo padrão de inovação e competência, é certo que teremos em mãos uma saga memorável.

--

Gostou da resenha? Quem sabe você também goste do meu livro.
Descubra novos mundos em O Diário Rubro.

http://odiariorubro.com

site: Conheça o livro e leia os primeiros capítulos
Matheus Caixeta 03/08/2011minha estante
Resenha muito bem feita, mas ainda fico com um pé atrás quanto a esse livro. Isso por causa dessas mutações e capacidades extra-humanas e também por causa do trecho do livro que li (as primeiras 10 páginas, mais ou menos). A linguagem parece meio infantil, não sei se vou gostar do livro se a narrativa for assim o livro todo. Mas confesso que sua resenha me deixou curioso quanto ao livro.


Brayan 15/01/2012minha estante
Parabéns pela resenha, você escreve muito bem. Não sei se ainda vou ler esse livro, mas sua resenha ajudou muito.


@livrodegaia 28/03/2012minha estante
Sua resenha é bem persuasiva, aliás, comprei o livro por causa dela. Parabéns!


Leonardo 30/12/2012minha estante
Gostei bastante de sua resenha, só não concordei na parte que compara com Harry/Ron/Hermione, o Quinn é um idiota, o Ron jamais teria aquele tipo de atitude e não seria covarde. Quantos aos outros dois são realmente parecidos.




spoiler visualizar
Helô 14/01/2012minha estante
Adorei a resenha, concordo contigo...


Barbarah 13/10/2012minha estante
Respondendo sua pergunta. Por ele tava morto. Só as pessoas vivas sumiram, pq seria querer muito q a luz verde tirasse até os corpos dos mortos de dentro do LGAR... Bem eu imagino q seja isso, pq faz um bom tempo q eu li o livro..


Gustavo RAS 27/10/2012minha estante
Concordo.
Lana all the way! A menina é a mais interessante e cativante da estória.
Sobre o corpo do mineiro a Barbarah já respondeu. Também acho que só se foram os acima de 14 que estavam vivos.
Agora, outra coisa que estraga a estória é o Quinn. Cara chato da peste.


Leonardo 30/12/2012minha estante
Tem muita coisa a ser respondida, tipo o Petey parando a explosão(???) la da usina usando o poder de teletransporte dele e criando o lugar, isso não fez sentido algum! E aquela dedução de que o Sam é irmão do Caine foi ridícula e forçada, do nada eles são rimão só porque nasceram no mesmo dia com poucos minutos de diferença, antes disso nem saber que era adotado o Caine sabia. E aquela coisa na caverna é realmente nada a ver, o autor vai ter que lutar muito pra deixar isso plausível nos próximos livros.




Lucas 13/10/2013

Muitos livros, filmes e séries já mostraram pessoas se organizando para sobreviver diante de alguma situação complicada, mas eu nunca tinha visto algo sobre crianças e adolescentes assumindo esse papel. Além disso, algumas crianças desenvolveram poderes especiais, e isso contribui para a formação de uma hierarquia nessa sociedade.

Achei muito interessante ver o comportamento desses personagens diante de uma situação desse tipo, tendo que assumir responsabilidades e ditando as próprias regras. O fator sobrenatural do livro também foi bem legal, com todo o desenvolvimento dos poderes e de como cada um passou a usá-los: uns para ajudar as pessoas, e outros para intimidá-las. Eu fiquei bem surpreso com certos acontecimentos brutais no decorrer da história, pois não esperava por isso nessa leitura. Principalmente pelo fato de que todos os personagens têm menos de quinze anos.

A narrativa do livro é bem leve e tranquila, o que faz com que a leitura flua bem. O livro é narrado em terceira pessoa e mostra o ponto de vista de vários personagens, o que torna a leitura ainda mais interessante.

A divisão dessa sociedade encaminha a história para um combate inevitável entre dois grupos: o de Sam, constituído pelos “mocinhos”, e o de Caine, um psicopata que intimida todos usando o seu poder. Durante toda a história, foi criada uma expectativa sobre esse combate, e talvez esse tenha sido o problema. O que me decepcionou não foi a batalha em si, mas sim o desfecho da história. Acho que tudo aconteceu de forma previsível, com a finalidade de deixar a abertura necessária para que o autor continuasse a história.

Apesar de ter me decepcionado um pouco com o final, gostei bastante do livro e estou bem curioso pra saber o que irá acontecer no segundo livro da série.


site: Para mais resenhas, acesse: www.estantenerd.com
Junior 15/10/2013minha estante
Muito boa a sua resenha, fiquei com vontade de ler o livro kkkkkkk.


Dani Fuller 19/10/2013minha estante
caramba exatamente o que senti no final, mas não sabia usar essa palavra que usou.


Mário 04/12/2013minha estante
Muito boa sua resenha, Lucas. Quero muito, muito, muito comprar, mas não sei onde vende. Alguém sabe?


Lucas 07/12/2013minha estante
Mário, obrigado pelo elogio! :)
E tem no site da Saraiva, apesar de estar meio caro...




Blog MVL - Nina 18/03/2011

Minha Vida por um Livro | minhavidaporumlivro.blogspot.com
Em Gone - O Mundo Termina Aqui,do autor Michael Grant,temos uma situação um tanto inusitada. Todas as pessoas com mais de 14 anos de idade simplismente desapareceram. É isso mesmo que você leu. Apenas bebês,crianças e adolescentes continuam existindo. O que aconteceu com os adultos? Ninguém sabe.

Fazer uma resenha para esse livro é extremamente difícil. Primeiro porque a história em si é bem complexa e chocante. A cada capítulo você se surpreende não só com os acontecimentos mas também com as ações dos personagens centrais. Crianças e adolescentes que parecem estar perdendo sua humanidade.

Algumas cenas são,para dizer no mínimo,chocantes. O desespero de alguns para cuidar dos menores e tentarem implantar algum tipo de sistema e a violência de outros.

Durante a história conhecemos Sam Temple,um herói tão relutante quanto determinado. Ele possui seus próprios segredos. Principalmente o fato de que as coisas já não eram normais em sua vida muito antes do acontecimento que deu fim a todos os adultos. Sam possui poderes especiais que vão se desenvolvendo durante o livro.

Conhecemos também a inteligente Astrid Ellison,personagem que me lembrou muito a Hermione Granger da série Harry Potter. Ela é a consciência de Sam e obviamente seu interesse amoroso na história.

E por fim temos Caine Soren,o vilão. Caine é articulado,bonito e demonstra claramente um comportamento sociopata,na minha opinião. Ele e seu grupo de seguidores são os causadores da maior parte dos males em Perdido Beach,cidade onde se passa a história.

Não tem como ler a obra de Michael Grant e não se sentir fascinado pelo enredo que ele construiu. Gone é uma história de horror. Há um pouco de romance,bastante ação e muitas coisas de virar o estômago acontecendo. É recomendável um coração e estômago fortes para ler o livro pois não é uma leitura para covardes.

A primeira reviravolta significativa do livro me deixou esperando que a relação entre Sam e Caine se suavizasse,porém só piorou a situação. Em muitas ocasiões me peguei pensando "Como puderam fazer isso? Falar aquilo? Eles são crianças!". Mas a verdade é que não há como racionalizar uma situação totalmente irracional. Como pessoas tão jovens e crianças fariam para se virar em uma situação como a que os personagens estão expostos no livro.

Gostei muito de Gone. Desde a primeira frase do livro você está capturado. Vivendo no meio da situação,se sentindo tão claustrofóbico e sem saída quanto as crianças da história.

5 estrelas para Gone. E que venha a continuação!

Marina Moura

Blog: Minha vida por um Livro
http://minha-vida-por-um-livro.blogspot.com/
Mateus 10/09/2010minha estante
Quando li a sinopse de Gone, não fiquei muito animado, pois pensei se tratar de um livro infantil... mas está bem, vc me convenceu :D


Querol 23/04/2013minha estante
Não é um livro infantil, apesar de os personagens principais serem pessoas com menos de 15 anos, mas apenas se tudo as situações em que elas passam são bem adultas. Na minha opinião, o livro é um dos melhores que estão no mercado, a história é simplesmente FANTÁSTICA, a única coisa que eu mudaria são as cenas de violência... às vezes são pesadas demais. Vale a pena ler.


Juan 11/02/2014minha estante
Fiquei muito curioso com esse, a capa já é bem chamativa e a sinopse parece agradar a quem é fã do novo ritmo literal do momento, me preocupa um pouco quanto ao perfil dos personagens por serem crianças, não sei se o livro vai ser algo forçado ou não, mas mesmo assim me sinto atraído em ler Gone.




Maria Carolina 13/01/2012

Poxa que Decepção!
Meu Pai Eterno que livro foi esse.... que Decepção! O livro tem uma escrita e a leitura flui mais ele já começa muito embolado e rápido demais ai depois ele paga o jeito e fica mais suave! Vou ser sincera me perdi no começo tive que voltar para tentar entender e fiquei na mesma! A história tem uma mistura de X-Mem com Lost com Heroes e tudo misturado! Os personagens não são cativantes, o "Heróis" do Livro não tem pinta de ser o bam-bam-bam da coisa! Eu fiquei com aquele sentimento sei-lá se gosto ou Odeio! Vou ler a continuação só por curiosidade realmente porque gostar eu não gostei não!
Obs¹: - Vamos Respeitar as Opiniões Ok!
GPSLopes 15/02/2012minha estante
Em termos de opinião a resenha ta ok, mas "MEU PAI ETERNO" digo eu. 'X-Mem' não. X-MEM NÃO.


GPSLopes 15/02/2012minha estante
É meio revoltante uma pessoa que lê como você não saber como se escreve uma saga cinematográfica tão foda como X-Man (sim, com 'a' e 'n')


Maria Carolina 16/08/2012minha estante
Sabe isso foi um erro de digitação, e EU SEI COMO SE ESCREVE X-MEN .. mais obrigada pela dica!




Igra 06/01/2011

Gone
O livro é resumido em uma palavra::: violência. Sério, nao estou brincando. Da primera vez q eu ouvi falar, até pensei que seria um livro um pouco infantil, mas o grau de violência nao é baixo. Temos carnificina, mortes, torturas, e até mutilação. Fiquei indignada, pq, por Deus, todos os personagens sao crianças!!! houve partes onde eu meio q gritei: ele nao pode dizer isso, tem 14 anos!

Nao indicaria esse livro para pessoas com estômago fraco, ou alguma coisa do tipo. Pessoas q choram, entao... No mínimo, recomendaria a maiores de 15 anos, pq pode causar algum impressionismo.

Fora tdo isso, o livro é mto bom. O q se fazer qdo todos os adultos a sua volta, desde professores até seus próprios pais, somem???? E q tipo de coisa é aquela que limita a cidade?? Nem todas as perguntas sao respondidas, mas entendemos muitas coisas mesmo assim. Pelo q ouvi, serao 6 livros, entao dá tempo de entendermos tdo com calma. XD

Em relaçao ao desenrolar da história, achei que o início pecou um pouco, pq as coisas realmente so ficam boas depois q um certo alguem chega na cidade. Caine. Nem preciso dizer que ele é meu personagem favorito, justamente por ser o garoto complexado, e ter um ego do tamanho do mundo. Adoro garotos complexados, e até o protagonista, na minha opinião, nao chega aos pés do Caine. Combinemos que Caine nao é exatamente um exemplo de pessoa, mas eu curto os vilões, principalmente os bem construídos. A coisa que rola entre ele e a Diana é... misteriosa. Espero que os próximos livros explorem isso, pq apesar de haver romanceS (sim, plural), nao achei que isso recebeu a atenção completa.

Sam é o nosso protagonista, e gostei dele, porque ele se nega a lutar pelo poder de comando. Aliás, o livro todo é sobre disputa por poder, ego e afins, assuntos que eu inclusive amo. Isso me prendeu totalmente, e ainda mais depois da descoberta de um passado envolvendo Sam e Caine, que também se desdobrou em outro assunto q eu amo igualmente.

Astrid me lembrou a Hermione, e o Quinn podia ser um babaca no início, mas as falas dele eram as melhores, disparado. As partes narradas com o foco em Lana me entediaram no começo, mas depois eu curti. Drake Merwin é definitivamente o ser mais psicótico e lunático da face da Terra. Ouvi gente dizendo que o que o autor fez com ele no final, dando-lhe "aquela coisa", foi meio q exagero, mas eu nem achei. Na verdade curti, pq deu um ar ainda pior a ele (se é q podia piorar). Teve momentos q ele me deu calafrios.

Novamente: Nao leia o livro se vc nao tem estômago. Michael Grant nao poupa descrições, desde mortes até as torturas, e acho q teve uma cena em especial (nao direi qual é XD) q me deixou realmente enjoada, de tao pesada. Nao é um livro para crianças. Definitivamente literatura para jovens adultos, pq a coisa é BEM real.

Enfim, recomendo totalmente "Gone" para aqueles com alguma maturidade e posso dizer q o livro realmente prende. Sério.
Quatro estrelas para ele, q só nao foram cinco por causa da lentidão do início. Nao repreendo a violência, na verdade achei q deixou o livro... singular. Pq nao se pode negar q essa seria a realidade se isso tdo acontecesse de fato.

Boa leitura. XD
Gustavo RAS 27/10/2012minha estante
muito boa a resenha, mas sério, o Quinn estraga a leitura... Eu nem ria com as piadas dele pq eu sabia desde o início que ele só tava ali na estória pra fazer besteira. Personagem totalmente descartável, na minha opinião.


Humb 20/12/2012minha estante
Esse livro é mais violento que O Peregrino? Como é que um livro desses é classificado como infato-juvenil?!?
Em O Peregrino, os personagens são adultos, então a violência é até aceitável. Mas crianças?!?
O autor desse livro deve ter problemas...




Danielle Fontes 23/10/2010

Não tem muito o que falar sobre este livro. Qualquer coisa que eu fale aqui pode ser considerado spoiler. E qual o motivo disto?
O livro já começa com um mistério. Todas as pessoas com 15 anos ou mais desapareceram, ou pufaram, como os personagens falam.
Praia Perdida vira um verdadeiro caos. Crianças sem pais, bebês sozinhos em casa sem ninguém para cuidar. Os mais velhos tentam controlar a bagunça. Entre eles temos Sam, Astrid, Quinn e Edílio.

O diferencial deste livro é a quantidade de personagens que aparecem no decorrer do livro. São tantos que eu acho que nem consigo lembrar o nome de todos eles. E todos tem um papel importante no livro, todos fazem alguma coisa, não são só personagens secundários e inúteis que aparecem aqui e somem ali.
É um bombardeio de informação durante o livro inteiro. A cada página você descobre uma coisa nova. Cada página é uma revelação. O livro tem mais de 500 páginas, e se eu não tivesse que dividir minha leitura com a faculdade e o trabalho, eu com certeza teria terminado o livro em um dia. Ele te prende de tal forma que você tem que fechar o livro e falar: CHEGA! Preciso realmente dormir agora!

Recomendo muito, o livro é uma ficção científica. Não esperem romance pois as poucas partes que tem não podem ser consideradas como 'romance'. O livro é um YA então temos cenas pesadas, temos mortes e mutilações.

Não posso entrar em detalhes, pois a mágica do livro está em você ler sem saber nada mais do que a sinopse.
M 22/10/2010minha estante
Adorei sua resenha, estava procurando por livros para comprar e vc me fez ficar muito curiosa, vou fazer o pedido agora mesmo.

Parabéns e Bjoos


Gui 12/11/2010minha estante
Gostei da resenha, mas o que é YA??


Yas 06/12/2014minha estante
Young Adult, Gui.




neli 13/06/2011

Ultimamente, todo livro que quero muito ler, me decepciona. Esse foi mais um. Não estou dizendo que achei ruim, mas, pelos comentários que li, pensei que gostaria mais.

Todos com mais de 14 anos desapareceram de repente de Praia deserta e incriveis mutações começaram a acontecer, com as crianças e também com os animais.
Não gostei muito do Sam, ele não tem pinta de personagem principal, com papel de herói, sei lá.
Achei que poderia ter metade das páginas, achei que o autor estava "enchendo linguiça".
E pensar que é mais uma série, fico cansada só de imaginar os outros.
Famintos já deve estar nas livrarias.
Heidi Gisele Borges 13/06/2011minha estante
Também não gostei desse livro. Achei muita enrolação para chegar a algo, quero passar longe da continuação rs.

Não é o meu estilo de história, apesar da ideia de crianças sozinhas lembrar vagamente O Senhor das Moscas.


neli 13/06/2011minha estante
Achei que era só eu que não tinha gostado.
Mta enrolação para chegar a algo e não chegou,rsrs




Gabi 08/01/2014

Gone
Eu estava bem empolgada para ler Gone, pois havia visto várias resenhas positivas. A sinopse do livro me chamou a atenção, me lembrou muito a série Lost. Comecei a ler o livro e logo no início algo já me deixou incomodada. Os personagens aceitaram muito fácil a "situação", claro, houve o choque inicial, mas a vida deles não pareceu mudar muito depois do "puf".
O final do livro me deixou curiosa pra saber o que vai acontecer, mas provavelmente só vou comprar a continuação quando todos os livros forem lançados no Brasil.
Marih 18/01/2014minha estante
Lost? Nossa nunca tinha pensado nisso, mas acho que não tem nada haver.... Mas ok, os outros 3 livros(que foram lançados no Brasil) são realmente muito bons, espero que voce continue lendo a série ela é surpreendente!


Gabi 20/01/2014minha estante
Explicando a comparação com Lost: ambos os personagens ficam presos em uma ilha/praia; em Gone há a "escuridão", e em Lost o "monstro de fumaça".




Helô 06/01/2012

Gone- Uma decepção
Fiquei pasma com as resenhas que li aqui e com a nota média desse livro (4,4?).
Da primeira vez que tentei ler, abandonei. Peguei novamente na estante e descobri o motivo da minha desistência: se trata de um livro muito chato. Não é o do tipo que me impulsionou a ler do começo ao fim, sem parar, simplesmente porque ele é pura enrolação e pouca ação importante para a história, de fato.
O estilo de Michael Grant não me convence. Simplesmente acho que ele escreve mal. Dá muitas analogias nas descrições (muitas vezes, idiotas e nada haver), e simplesmente não descreve os personagens. Quando muito diz a cor do cabelo e dos olhos u.u Os personagens são mal construídos, pois a maioria deles é do tipo "valentão"e não me pareceu muito diferente um do outro, gerando uma confusão em minha cabeça.
A ideia e a (pouca) explicação para os fatos é muito criativa, mas se me perguntarem o que aconteceu durante o livro eu vou dizer: nada. O que acontece é o que está escrito na aba: De repente, todo mundo com mais de 15 anos desaparece de praia perdida. O resto do livro é o autor embromando e enrolando a história, apenas contando como as crianças se organizaram, e os poderes sobrenaturais que algumas delas adquirem. Na minha opinião, a a saga podia ser resumida em um único livro , se os outros se passarem nessa velocidade, e este primeiro poderia ser dissolvido ou resumido em quatro ou cinco capítulos (os capítulos aliás, são bem curtos).
Gostaria de pelo menos, saber as explicações pra tudo o que aconteceu, e ler os próximos volumes, mas não sei se terei paciência para isso.
Maria Carolina 13/01/2012minha estante
Concordo com vc! Foi o mesmo Sentimento Meu!


GPSLopes 15/02/2012minha estante
Concordo plenamente... Se quiser vê a minha resenha, fiz agora pouco.




Luiz Teodosio 08/07/2011

Seguindo a onda do gênero literário que está na moda (se é que a moda ainda é esta), me aventurei nas páginas do romance juvenil pós-apocalíptico de Michael Grant, Gone. Esse gênero tem como característica colocar personagens jovens como crianças ou adolescentes num patamar adulto, obrigando-os a agirem com a maturidade ainda não alcançada pela idade. Não é uma tarefa fácil representar personagens juvenis transformados em adultos, é necessário parecer que vemos realmente crianças e adolescentes pressionados por um mundo insano, que os impele a largar quase tudo que os faz serem jovens para embarcaram numa precoce transformação psicologicamente adulta. Neste ponto, Gone se sobressaiu muito bem, sendo este, muito mais que os poderes que os personagens eventualmente adquirem, o fator mais atraente da história.

Antes de mais nada, alguns detalhes sobre a edição da Galera Record. É comum a alteração das capas de livros estrangeiros, e no caso de Gone, há um detalhe que pode mexer com algumas pessoas. Pra ser sincero, sou quase indiferente ao fato de aparecerem os personagens dos livros na capa, seja eles desenhados ou em carne e osso. De um lado, isso atrapalha aquela relação íntima que o leitor faz das imagens dos personagens, quase todos gostam de construí-las a seu bel prazer. Por outro lado, para os leitores que não possuem lá tanta criatividade para construir os personagens na mente, a imagem de alguns deles é uma ajuda e tanto. Minha única colocação neste problema é que minha preferência vai depender muito de como os personagens estão descritos no livro: se são descritos vagamente ou se o autor explora os mínimos detalhes do corpo e vestimenta. Em relação a Gone, ocorre o tipo de descrição razoável — bem como o estilo narrativo do livro —, logo eu não me importaria em olhar para os personagens em carne e osso. Ademais, eu até achei a capa americana mais “da hora”, claro, sem querer depreciar a capa da Galera Record que também mandou muito bem na arte.

Apenas salientando mais um detalhe sobre a edição, agradeço pela formatação com as linhas bem espaçadas — não gosto de livros em que você olha para a página e se perde no meio de tantas palavras quase grudadas; demora dias só pra passar uma página. Em contrapartida, o livro ficou com forma de tijolo.

A sinopse do livro é o que com certeza faz muita gente olhá-lo com interesse. Um mundo sem adultos... todas as crianças com mais de quatorze anos desaparecem... animais sofrendo mutação... jovens ganhando poderes..., enfim, um leque de motivos para dar início a uma longa leitura.

A história já começa fazendo jus a sinopse, quando logo na primeira página, Sam Temple, na sala de aula, vê seu professor desaparecer — evento que os personagens eventualmente passaram a chamar de “puf”. Mas não foi apenas o professor da sala de Sam que “pufou”, mas todos os professores da escola, não, todos os adultos da escola, pior ainda, todos os adultos da cidade de Praia Perdida, ou mais especificamente, todas as pessoas com mais de quatorze anos. Tentando descobrir o que ocorria na cidade, Sam sai da escola acompanhado de Quinn, seu melhor amigo, e Astrid, a garota gênio pela qual ele guarda um amor escondido. Devo dizer que eles chegam a lembrar vagamente Harry, Hermione e Rony — um corajoso, uma sabe-tudo e um covarde e invejoso em alguns momentos; felizmente a relação amorosa com a garota, dessa vez, está a favor do protagonista.

A confusão começa a se instaurar entre as crianças. Ninguém sabe o que está realmente acontecendo. Num mundo sem adultos, sem pessoas responsáveis, elas terão de se unirem socialmente e tentar conviver numa cidade, enfrentando muitos problemas que os adultos normalmente enfrentam. Por exemplo, cuidar de bebês e crianças menores é algo que eles terão de resolver.

Já não bastasse todo esse panorama anormal e apocalíptico, eventos ainda mais bizarros começam a acontecer: algumas crianças acabam desenvolvendo poderes especiais. Isso poderia ser um fator negativo no enredo do livro, mas foi o contrário, Michael soube desenvolver esses elementos de modo que a trama não parecesse clichê. E para complicar ainda mais a situação das crianças de Praia Perdida, jovens da Academia Cotes, localizado nos arredores da cidade, assumem a liderança neste novo mundo. O foco da trama gira em torno do embate entre os jovens de Coates e os de Praia perdida, ambos com seus integrantes detentores de poderes especiais.

Os personagens não ficam atrás, sendo eles um dos grandes diferenciais do livro. Não é muito comum na literatura juvenil vermos personagens “estranhos” ao nosso conhecimento. Refiro-me aos indivíduos da sociedade que carregam alguns problemas que poucas pessoas conhecem realmente, e muito menos sabem como lidar com estes indivíduos. Diferente de outras histórias juvenis, com personagens que poderiam se enquadrar perfeitamente no plano “comum” de nosso senso, Gone apresenta dois personagens bastante interessantes. A primeira delas é a personagem Maria, que na trama, cuida das crianças pequenas na creche; uma verdadeira mãe, mas que na verdade, esconde algo que a própria sente vergonha: bulimia. E o segundo personagem, talvez o mais importante de toda a história, é o pequeno Pete, irmão caçula de Astrid. Pete é autista, e é interessante notar um personagem deste porte numa obra juvenil, e sendo que a criança não fica exatamente como um personagem secundário, possuindo grande relevância no enredo. Outros conflitos como o bullying também são explorados a partir de outros personagens.

Embora o desenvolvimento da trama tenha sido instigante, o mesmo não se pode dizer da linguagem rasa utilizada na narração. O livro poderia abusar de uma linguagem mais madura tendo em vista alguns aspectos bem violentos que ocorrem na história, o que acaba elevando um pouco a faixa etária apropriada para leitura. Embora crianças e pré-adolescentes sejam os atores neste palco apocalíptico, a história não possui uma atmosfera amena, ela é tensa e abrupta. Os mistérios acerca de Praia Perdida — embalada numa espécie de bolha — e do temido “puf” ao completar quinze anos são enigmas que não chegam a ser revelados durante o livro, e que o autor poderia ter explorado um pouco mais. O foco principal da história ficou mais sobre o confronto dos pré-adolescentes de Praia Perdida contra a Academia Coates.

A nomeação dos capítulos do livro é interessante, um método perfeito para manter o leitor apreensivo até as últimas páginas. Ao invés da habitual separação com nomes, Gone utiliza horas cronometradas, em ordem decrescente, que começam no exato momento do “puf” e terminam no horário exato do décimo quinto aniversário do protagonista. Fica a ansiedade de ver aqueles minutos passarem rápido a cada virada de página e, sentir junto ao personagem, a ansiedade e o temor da hora em que completar quinze anos.

O final do livro deixa um grande sabor de quero mais para a sequencia da série: Famintos. Certamente os leitores que gostaram da história estão famintos para degustar o próximo livro.
Ana Claudia 10/08/2011minha estante
Estava um pouco relutante em ler esse livro. Mas não me arrependi. Gostei muito e recomendo.Realmente no comecinho a linguagem é meio adolescente de mais.Depois muda muito... Afinal, são adolescentes e despreocupados com a vida,e também acho que tem um dedo da tradução nisso. Com a Lia Wyler e Harry Potter foi a mesma coisa... :)




Nath @biscoito.esperto 24/07/2012

Não tenho certeza de Gone pode ser classificado como um livro juvenil. A princípio, pode-se dizer que ele é um livro juvenil comum, com personagens adolescentes e uma trama sobrenatural. Mas, em Gone, o buraco é mais embaixo.

No meio da aula que Sam está fingindo que assiste, o professor desaparece. Não sai correndo ou é abduzido por alienígenas: ele some no ar. Num momento estava lá e, no momento seguinte, não estava mais. O professor pufou, como ficaria mais popular dizer posteriormente.

A partir desse momento, todas as crianças entram em pânico. Afinal, todas as pessoas com mais de 15 anos desapareceram. E agora uma cambada de adolescentes de 14 anos é responsável por tudo. Inclusive por bebês e crianças pequenas.

É claro que todo esse clima catastrófico e de desespero já era o bastante para um bom livro juvenil de ficção científica, mas o autor decidiu incrementar sua história com poderes misteriosos surgindo em algumas pessoas. E, com o poder, surgem grandes responsabilidades. Responsabilidades essas que adolescentes e crianças não conseguem arcar com, instalando uma atmosfera de caos e medo. E violência. E sangue.

Como se não bastasse o grande colapso na pequena cidade de Praia Perdida, os adolescentes descobrem que o problema é só na cidade deles. Mas, é claro, se o problema é só por lá, por que não visitar uma cidade vizinha onde há adultos e pedir ajuda? Eles estão presos. Sim, há uma espécie de bolha envolvendo a cidade em qualquer direção que você tente escapar. E é impossível atravessá-la, é impossível destruí-la. E é impossível viver dentro dela.

Durante todo o livro você fica se perguntando o que diabos aconteceu para que todos os adultos desaparecessem no ar, as crianças desenvolvessem poderes estranhos e ficarem presos numa estranha bolha. No final recebemos uma resposta genérica que, acredito eu, será mais desenvolvida na continuação da história. Mas, desde o início, podemos adivinhar uma coisa: todo esse caos tem alguma relação com a usina nuclear da cidade.

A narrativa do autor me agradou muito. É em terceira pessoa, mas não de um jeito com o qual estou familiarizada. Não só nas falas dos adolescentes, mas na narração há presença de gírias (nada muito exagerado) e de expressões comparativas levemente diferentes das que você está acostumado a ver por aí. Os capítulos são de bom tamanho, nem longos demais e nem demasiado curtos, e contém sempre uma contagem regressiva.

As perguntas durante a leitura são muitas: O que diabos é o LGAR (sigla para Lugar da Galera da Área Radioativa)? De onde vieram esses poderes? O que a usina nuclear tem a ver com tudo isso? E, a mais macabra de todas as perguntas, o que acontece quando completamos 15 anos de vida?

Numa cidade em colapso, onde as crianças tem que aprender a sobreviver sozinhas, conseguir alimento, segurança e se manterem saudáveis até o fatídico dia de completarem quinze anos, a história de Gone tem um bom desenrolar. Sem contar as ótimas personagens que o autor criou.

Sam Temple (conhecido como Sam do Ônibus Escolar) é o herói do livro. Antes mesmo do surgimento do LGAR e do desaparecimento dos adultos, ele já escondia o poder mágico de criar luzes com as mãos. Além do que, no começo da história, ele encontra uma espécie de diário no computador da mãe, com uma linguagem criptografada que Sam não consegue desvendar nem mesmo com a ajuda de Astrid, também conhecida como Atrid Gênio, uma garota de quatorze anos que tem um cérebro avançado demais para a pouca idade. Astrid é a típica garota em apuros, assim como Sam é o típico herói, mas eu gostei de ambos os personagens, mais pelo fato de eles terem coragem e uma forte amizade entre si.

Astrid tem um irmãos mais novo, o Pequeno Pete. Petey é autista e não escuta nem obedece ninguém, mesmo não passando de uma criança. A pesar disso, ele é poderosíssimo, podendo usar teletransporte para grandes distâncias quando quiser. É um dos meus personagens favoritos.

Mas, é claro, há também os vilões. Caine e sua gangue decidiram sair da Academia Coates, uma escola para adolescentes violentos e problemáticos, onde a mãe de Sam trabalhava como enfermeira. Assim como Sam, Caine tem poderes. Mas ele não exitará em usar seus dons para o mal.

O livro trás grandes revelações e tem vários pontos críticos durante a história, te fazendo grudar nas páginas e não largar mais. Ao mesmo tempo que a violência te choca, há elementos que te fascinam. Juro que esse livro daria um ótimo filme.

Recomendo para todos aqueles que adoram histórias sobrenaturais e misteriosas. Mas não venham com sede ao pote, pensando que a história trará respostas rapidamente. A leitura deste livro requer paciência, e não só por que ele tem mais de quinhentas páginas. Gone é uma série para se colecionar.



site: www.nathlambert.blogspot.com
Lorena.Pitanga 16/12/2016minha estante
tô falando que a sr está em todo lugar! rsrs como sempre, perfeita a resenha.




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