Resenhas - Teoria Geral dos Sistemas

Cesinha 18/07/2020

Lendo de mente aberta, ela não será mais a mesma
É uma leitura que precisa ser acompanhada de uma cabeça aberta e com alguma familiaridade com a Filosofia da Ciência (Thomas Kuhn é uma boa pedida porque é o mainstream mas era bom juntar com Karl Popper, aí o bagulho fica louquíssimo!!!). Também são feitas muitas analogias e metáforas matemáticas (além de contas mesmo) que podem espantar os menos afeitos a tal ciência, quase esotérica para grande parte da população.

Particularmente minha experiência com essa leitura foi ótima por ir de encontro aos anseios que criei na graduação em Engenharia Ambiental, onde o problema do reducionismo científico é posto a prova o tempo todo pela vida real de um jeito muitíssimo impactante.
Justamente por isso o li não buscando respostas prontas, mas sim buscando qualificar minhas perguntas com elementos mais sólidos. A complexidade dos fenômenos ambientais é um fato mas nem sempre o reducionismo científico também é na mente dos cientistas e pesquisadores, que entendem que precisa ser assim mesmo, reduzir para entender.

O pessoal que estuda e trabalha com Administração vai encontrar aqui o mesmo problema que encontra na leitura dos "A quinta disciplina" de Peter M. Senge e "Economia do Conhecimento" de Roberto Mangabeira Unger, que se propõem a abrir a mente do administrador à realidade da complexidade e necessidade de imaginação e flexibilidade com macro e micro-objetivos que podem se moldar de acordo com a dura realidade dos fatos. É um passo atrás que pode, caso seja bem assimilado, impulsionar passos mais largos futuramente. Porém ainda é uma utopia essa flexibilidade se adequar aos planejamentos e objetivos financeiros das empresas privadas.

Dando um toque psicologista a essa teoria, eu diria que a sinergia (interação entre todas as "partes" impactando no "todo") é um fato porém sua percepção e identificação nem sempre acontece com todas as "partes". Justamente esse passo atrás serve para que todos os envolvidos adquiram instrumentos teóricos para que sua prática seja mais consciente e possa aos poucos identificar e perceber as sinergias cada vez mais cedo (antes de ser tarde demais).

Acredito que principalmente com a popularização das Terapias Sistêmicas, como as Constelações Familiares, esse assunto ficou ainda mais embolado. O pensamento sistêmico é uma premissa interessante e válida para o início das ações e o desafio tem sido manter esse pensamento vivo e atuante no decorrer da ação, pois acabamos nos percebendo muito mais cartesianos do que imaginamos (para não dizer muito mais inconscientes e apressados). Em nota ao final da Introdução o autor deixa explícito que "aponta tanto os limites do reducionismo quanto as lacunas do conhecimento atual [em teoria geral dos sistemas]". Ou seja, o buraco é bem mais embaixo.

Na página 63 os própositos da teoria geral dos sistema são apresentados tomando como fio condutor a "integração dentro das várias ciências tanto naturais" quanto sociais por meio dessa teoria geral dos sistemas, tomando-a como um meio de alcançar uma "teoria exata para campos não físicos da ciência" por meio de "princípios unificadores", "aproximando-nos da meta da unidade da ciência" também tendo em vista a "integração para a educação científica". O capítulo 9 sobre a aplicação da teoria em psicologia e psiquiatria é interessante porém é totalmente focada em psicopatologia, senti falta de uma ousadia em falar duma psicanálise por exemplo (aí sim o bagulho ia ficar louco).

A edição da Vozes infelizmente apresenta muitos problemas de tradução e revisão técnica (pode me chamar, viu?). Por exemplo, na página 42 a Teoria dos Grafos (Graphs) é chamada de Teoria dos Gráficos !!!!

Barrera 29/09/2016

Edição péssima
com muitos erros. principalmente nas fórmulas matemáticas, parece q n foi revisado por ngm q soubesse o q as formulas queriam dizer.

o texto tb apresenta erros de digitacao