Asterios Polyp

Asterios Polyp David Mazzucchelli
David Mazzucchelli




Resenhas - Asterios Polyp


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ultravioletmarkey 05/04/2024

GENIAL!!!
Meu primeiro contato com hq e não poderia ter escolhido melhor pra começar do que asterios polyp. amei a forma como as cores mudam pra diferenciar quando é um sonho e quando é uma realidade? como cada personagem tem um formato único de balão de fala; a maneira como as formas dos personagens asterios e hana vai mudando quando eles estão brigando.
nossa, simplesmente INCRÍVEL, é uma hq que eu com certeza vou querer ler de novo.

me trouxe várias reflexões sobre arte e tempo, sobre a vida num modo geral. LINDO
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Same 04/04/2024

No começo foi bem difícil para eu realmente engatar nessa leitura não tava entendendo a proposta e por isso demorei um tempão para terminar de ler mas um dia eu peguei determinada a terminar e no final das contas eu gostei, não é a melhor história em quadrinhos em questão de enredo mas de como tudo é contado graficamente e o trabalho na arte é muito interessante, acho que vale a pena ler .
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Laís 03/03/2024

Uma aula em casa
Meu professor comentou sobre esse quadrinho em aula e fez a bondade (e coragem) de emprestar para uma lista de alunos o seu próprio. Eu fui a quarta pessoa a pegar nesse livro da lista, e eu não sei como agradecer esse professor ainda.
TUDO nesse livro te faz pensar, tudo contribui para a narrativa, até mesmo os formatos dos balões e a tipografia deles carrega a personalidade e a forma de pensar do personagem.
A ideia de que quem esta narrando a história é o irmão natimorto, mas que virou uma companhia ao longo da vida do Asterios, até a sua redenção que não poderia ser de outra forma se não através de uma vida simples, mas que não deixa de ter sabedoria e conversas profundas com pessoas que o Asterios antigo julgaria facilmente.
Esse livro é uma genialidade do qual não cabe em uma resenha. É arte, filosofia, aula, profundidade, historia tudo junto!!
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Paulo 26/12/2023

Falar de Asterios Polyp é bem complicado. É uma HQ tão cheia de camadas que não vou conseguir raspar a superfície do que Mazzucchelli fez aqui. A história é simplesmente emocionante, onde acompanhamos um personagem que busca encontrar uma nova razão de viver depois de passar por uma terrível perda. O autor nos entrega uma narrativa poderosa que transborda sentimentos e sensibilidade à medida em que desenvolvemos alguma empatia ou antipatia por Asterios. O protagonista é uma pessoa muito real mesmo no mundo insano de racionalismos e dicotomias que ele cria para si mesmo. Isso sem falar na arte que é magnífica e mostra toda a habilidade no traço, na composição de quadros e no preenchimento de cores pelo cenário. Tenho certeza de que ao final os leitores ficarão tocados ou incomodados com a jornada percorrida pelo personagem.


Tendo sido criado em uma família que não lhe deu a atenção que ele tanto ansiava, Asterios se tornou uma personalidade difícil de se conviver. Sua mãe teve gêmeos, sendo o outro Ignazio, que faleceu e é o narrador dessa história. Asterios cresce e se torna um arquiteto de relativo sucesso, possuindo ideias arrojadas sobre a implementação de novas técnicas de construção. Embora seja respeitado pelos seus pares, Asterios nunca construiu uma única casa. No início de sua vida adulta, ele se envolveu com inúmeras mulheres, se aproveitando de sua posição para exercer um fascínio sobre elas até conhecer Hana, com quem se casa. O início da história vê Asterios sozinho e com o apartamento completamente bagunçado e um incêndio toma conta do local. Precisando escapar do prédio, ele vê toda a sua vida sendo lambida pelas chamas. Diante de um cenário de abandono, desolação e perda, Asterios sai com a roupa do corpo e parte em uma jornada para reencontrar a si mesmo e pensar no que fazer de hoje em diante.


Vou tentar comentar um pouco sobre a arte de Mazzucchelli, mas ela é tão fora do meu alcance que já peço desculpas de cara se não conseguir transmitir adequadamente as minhas sensações. Primeiramente é preciso comentar o quando Asterios Polyp bebe da influência de Will Eisner. A habilidade com a qual o autor preenche as páginas é sensacional. A quadrinização faz parte do pensar a página. É esse tipo de raciocínio que falta bastante nos dias de hoje. É pensar em o quanto uma cena pode integrar um quadro, como algum elemento de dentro do cenário pode ser entendido como parte do todo. Seja a fumaça do cigarro de Asterios, a silhueta de Hana, as letras do cenário, os sólidos geométricos ou as figuras sem forma. Mazzucchelli teve o cuidado até de criar fontes de letras específicas para personagens que são importantes para a história. E elas, de certa forma, definem parte de sua personalidade. Seja a fonte mais empolada de Ursula, ou a letra escrita à mão de Hana, ou a letra em negrito do produtor teatral. Os detalhes fazem com que a obra ganhe muito mais detalhes se pararmos para prestar atenção. Em determinados momentos, vemos o corpo de Asterios sendo representado como uma formação de sólidos geométricos, mostrando o jeito racionalista de seu pensamento. Já Hana é representada como hachurada, sem uma forma definida já que sua personalidade é fluida.



O emprego de cores é sensacional e ajuda a contar a história. Sua distribuição pelo cenário nos conta seja o passado representado pelo azul e pelo lilás, seja pelo presente com o roxo e o amarelo. Para dar mais riqueza às cenas, Mazzucchelli preenche com tons de claro ou escuro dessas cores. Dois outros pontos que é preciso destacar é o preenchimento de silhuetas pelo cenário e o uso inteligente do branco. As sombras fornecem uma perspectiva maior para as imagens, dando profundidade às cenas. O autor ora as estica como uma forma de dar um tom dramático à cena, ora as limita para preencher o quadro com um número maior de personagens. Em determinados momentos, as silhuetas servem para apresentar alguma cena acontecendo em segundo plano. Já o branco ajuda a compor os quadros. Lembrando que Eisner coloca em seus livros sobre arte sequencial o quanto saber usar a ausência pode ser uma boa ferramenta. Em vários momentos, Mazzucchelli não emprega sarjetas, o que poderia gerar uma cena confusa, mas não é isso o que acontece. A forma como ele emprega oferece dinamismo para o que está acontecendo em cena. Às vezes mesclar quadros gera efeitos incríveis como a representação de como Asterios pensa em que vários itens são colocados em um quadro grande com pequenas janelas nas páginas laterais.


Artisticamente falando, Asterios Polyp é um trabalho extremamente maduro. Tendo sido o autor e o artista por trás da composição da HQ, Mazzucchelli conseguiu combinar arte e roteiro em uma coisa só. Há uma relação clara entre ambos e isso é percebido quando colocamos balões, quadros, sarjetas, escolha de cores, montagem de páginas e enredo todos juntos. Percebam que mesmo os flashbacks, mostrando o que levou Asterios a chegar até aquele momento, possuem uma intencionalidade. A montagem dos capítulos que se passam no presente possuem páginas iniciais abstratas mostrando algum tipo de interação entre Asterios e Ignazio. Isso é proposital porque o protagonista encara o seu gêmeo e tenta enxergar nele o que este teria feito em seu lugar; que escolhas seriam diferentes. Os cenários desenhados representam essa jornada: seja uma longa galeria de arte, seja a representação do monumento a Abraham Lincoln, ele se enxergando em um espelho d'água ou Asterios entrar em um escritório com uma arquitetura complexa. Esses elementos artísticos dizem algo e cabe ao leitor entender estes momentos oníricos dentro do escopo da história.


O protagonista não é um personagem simples de se sentir empatia. No começo é um homem bastante tóxico que impõe a sua vontade às das outras pessoas. Sua opinião está sempre correta e as dos outros deve ser descartada. O seu grande conhecimento é usado como uma forma de agredir a inteligência alheia. Ele se enxerga literalmente como o protagonista de seu próprio universo. E é nessa batida que vemos o personagem apequenando todos os personagens com os quais tem contato. Sejam alunos, companheiros de trabalho, pessoas comuns e até sua própria esposa. Esse ar pomposo serve para esconder suas próprias inseguranças, vindas de uma família que não o enxergava. Esse ar de soberba começa a se quebrar quando ele passa a interagir com Hana, que é o seu exato oposto. Hana enxerga o melhor nas pessoas e busca ajudá-las e guiá-las a se tornarem pessoas melhores. À medida em que Asterios é colocado em situações de stress, ele mostra a sua impaciência e baixa tolerância a ser contrariado, o que o faz estar no meio de situações bem complicadas.



É engraçado imaginar que a ausência do irmão pode ser o que causou a criação dessa mentalidade maniqueísta e dicotômica que cerceia a personalidade de Asterios. Ele separa todas as coisas em branco e preto, positivo e negativo, certo e errado. Na sua visão, o mundo pode ser separado sempre em duas tendências. A sua linha de pensamento gira nessa direção e mesmo para os assuntos mais absurdos, ele sempre vai conseguir um jeito de classificar em duas categorias. O numeral 2 é tudo para ele e isso pode ter a ver com essa ausência. Essa visão dicotômica sobre a vida faz com que ele torne tudo bidimensional, inclusive sua relação com o resto do mundo. O que me parece é que Asterios sente uma ausência o tempo inteiro. E ele não se conforma com isso, pensando de forma associada nas escolhas que fez. Essa relação implícita com um indivíduo que nasceu natimorto guia a sua viagem pelo seu subconsciente. É possível interpretar isso de inúmeras formas. Ignazio poderia representar algum aspecto do seu ego, poderia representar possibilidades nunca alcançadas, ou até mesmo como o próprio Asterios gostaria de ser. Ignazio poderia representar o indivíduo ideal na mente do protagonista.


Mazzucchelli entrega muitas sutilezas no roteiro. Isso vem de uma narrativa pensada onde ele não entende o leitor como um tolo. Algumas informações não são ditas abertamente deixando para a nossa interpretação. O que falamos sobre a infância de Asterios é revelada em uma série de quadros que não falam muita coisa, mas entregam uma sequência de cenas que, somadas, nos permitem fazer deduções. Outra situação que acontece mais à frente é quando Hana se envolve com um produtor de teatro. Em um determinado momento, Hana acusa Asterios de não prestar atenção em um certo tom nas interações com ele. Quando me dei conta do que era, juro que retornei a todas as partes em que Hana e ele conversavam e percebi na hora o que ela quis dizer. Mas, assim como Asterios, não percebi o que estava acontecendo nas entrelinhas e me senti culpado. O curioso é que essas interações vão ficando progressivamente grosseiras e a gente só se dá conta depois da explosão de Hana.


Não é à toa que o quadrinho é reverenciado por muitos leitores e está na lista daqueles quadrinhos clássicos que estão em outro patamar. Um roteiro soberbo montado com cuidado, atenção e inteligência. Todas as pontas são amarradas no final, que é lindíssimo e emocionante. Mazzucchelli entrega uma obra de arte que pode e deve ser lida muitas vezes ao longo da vida. Certamente vai provocar reações e interpretações diferentes a cada nova leitura. A arte é estelar e dispensa comentários. É uma aula de arte sequencial, digna de um trabalho de mestres como Will Eisner. Os quadros, os personagens, o balonamento, tudo é levado a outro nível pelo autor.

site: https://www.ficcoeshumanas.com.br/post/resenha-asterios-polyp-de-david-mazzucchelli
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Diogo Costa 22/11/2023

Com soluções gráficas fantásticas pra narrativa a HQ é quase indaptável pra qualquer outra mídia. Quadrinhos no máximo do seu potencial com uma boa dose de experimentação, existencialismo, filosofia e sarcasmo em um tema universal. Um clássico absoluto!
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Mr.Sandman 09/11/2023

Descanse em paz...
Pra começo de conversa, que gibi maravilhoso. Possui uma sensibilidade tão cativante, guiada não apenas pelos diálogos inteligentes e pela maestria em guiar as temporalidades, mas pela forma que tudo isso se alia aos desenhos, às cores e à forma como tudo está disposto em página. Dito isso, além de um gibi marcante, é uma aula viva sobre como contar histórias em quadrinhos e em como se utilizar das potencialidades de sua linguagem para atingir emoções das mais diversas.

Mazzuchelli é genial. Consegue atravessar muitos temas de forma substancial e ainda assim estudar seus próprios personagens de formas distintas ao longo das coloridas e vislubrantes páginas dessa obra. É uma obra bastante metalinguística também, visto que tanto Asterios quanto Hana (principalmente Hana) vivem de fazer arte e refletir sobre ela. A perspectiva de cada um é revelada em diálogos belíssimos, em cores e em alegorias que se misturam e que se sobressaem, e a vivacidade da arte começa a amar e começa a filosofar e no fim das contas acreditamos em tudo aquilo. Somos íntimos do complicado Asterios e da vibrante Hana. Sentimos o tato das cores que os representam. Queremos entrar na página. Dar um abraço em Hana quando ela está sendo posta de lado. Dar um tapa em Asterios quando ele está sendo um babaca. Mostra para ambos o que cada um tem de melhor. Filosofar junto com a Ursula sobre teorias da conspiração. E chamar o Asterios de Sterio, igual o Stiffly faz. É cativante ao ponto de imaginarmos nossas memórias como se fossem desenhadas e pensadas por Mazzuchelli.

É inspirador. Além de cativante é inspirador. Para quem tem um sonho de um dia escrever e desenhar uma HQ, isso aqui é um prato cheio. Bom pra te inspirar como falei e uma boa fonte de estudo. Por isso tenho a certeza de que vou revisitar essa obra algumas vezes mais. Umas para me emocionar e refletir. Outras pra aprender e indagar. Mas todas com a certeza de que esse é um gibizasso e de que ele, com certeza, não pode descansar em paz.

"Por que a vida precisa ser tão estressante?
É por isso que se diz...Desvanse em paz".
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Katia Rodrigues 21/10/2023

Obra-prima dos quadrinhos
Neste quadrinho, do premiadíssimo David Mazzucchelli, acompanhamos trechos da vida do arquiteto Asterios Polyp narrados pelo seu irmão gêmeo natimorto Ignazio.

Asterios é um homem arrogante, mulherengo e misógino que se vê obrigado a repensar seu passado ao ver sua casa ser consumida por um incêndio. Tendo salvado apenas três objetos pessoais, Asterios embarca em uma viagem de ônibus sem rumo que o levará ao encontro de uma família simpática e receptiva, enquanto reflete sobre os acontecimentos de sua vida que o levaram até ali.

É incrível o modo como Mazzucchelli explora a linguagem visual do quadrinho mesclando-a perfeitamente tanto ao personagem, complexo e multifacetado, quanto à trama em si, convidando o leitor a refletir sobre: o sentido dos relacionamentos, da arte, da vida...

Segunda vez que leio essa Hq e com certeza irei reler diversas vezes ainda, pois ela ocupa um lugarzinho especial no meu coração.

Ig: @_katia__rodrigues_
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Guilherme.Monteiro 06/08/2023

O complexo de uma vida ordinária
O que falam tanto sobre a narrativa gráfica desse quadrinho ser genial é chover no molhado de reafirmar que sim, é incrivelmente bem feita. Mas para além disso, a experiência de jornada emocional que o personagem passa é uma das coisas mais fantásticas que já li em uma HQ.

A forma como Mazzucchelli utiliza os recursos gráficos dos mais diferentes traços, que vai do abstrato até um traço mais sóbrio, para explorar estágios sentimentais e temporais da história do personagem, conciliando em uma viagem altamente experimental.

E isso demonstra a complexidade da narrativa sendo espelhada pela complexidade do ser humano, em como nós dificultamos certas coisas das nossas vidas que poderiam ser mais simples. Como vivemos e passamos por momentos que nos retiramos e tentamos reinventar a nossa própria realidade.

Além de ser um estudo de narrativa gráfica esplendorosa, é também um olhar de redenção aos nossos próprios erros e em como lidamos com isso.

Se tornou, sem dúvidas, uma das melhores HQs que já li na vida. E com certeza irei reler diversas vezes, pois tem muito a que absorver em cada uma das páginas.
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renat.of.ábriga 09/07/2023

Um quadrinho incrível
A princípio, o que parecia ser uma verborragia pedante se mostrou uma ótima história a respeito de crescimento emocional e sobre as vicissitudes da vida. Mas, mais do que isso, a HQ de David Mazzucchelli é uma grande experiência narrativa, principalmente de narrativa gráfica, que explora elementos de forma , preenchimento, sequencialidade, pontos de vista etc de maneira muito inteligente e orgânica, e diferente, que provocam mesmo uma experiência de sentidos. Cores incríveis tbm do autor e edição primorosa da Companhia das Letras, com capa mole, que facilita muito o manuseio de um livro de mais de 300 páginas.
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Lucas1659 04/07/2023

Redescobrindo essa maravilha da arte sequencial
Reler essa obra é mergulhar uma uma profunda aventura numa lagoa cheia de significados através de uma superfície tão linda q bela quanto seu conteúdo. Aqui Mazzucchelli transcendeu a forma e o conteúdo em algo único.
Nada ali é atoa, tudo é milimetricamente bem aplicado, como se o próprio Asterios fosse o desenhista de seu mundo ideal.
Nada nessa obra é decorativo, e se for decorativo, tem função e por vezes, me deu a impressão que a função de algumas passagens eram senão decorativas.
A relação dele com Hana é uma coisa linda, ao mesmo tempo triste — acho que na verdade, Hana traz uma beleza para ele, o livro seria muito chato sem esse contraponto — acho que por isso eles casam tão bem (e Asterios concordaria).
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Guto 01/07/2023

Uma releitura saborosa
Li Asterios há uns 10 anos e achei muito bom, mas não me comoveu tanto. fiquei indignado com o final (hahahahahaha)...

mas relendo agora, com mais experiência e prestando atenção aos detalhes de cada quadro, percebi a genialidade e as maravilhas dessa obra.

vale a pena DEMAIS!

fiquei muito feliz em revisitar e aprender mais e melhor com Asterios Polyp ??
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Guilherme.Lefort 19/05/2023

Fantástico!
Eu tinha muita expectativa em relação a essa história, pois vinha ouvindo muito bem dela e fortes recomendações para a leitura e fui começar a ler com altas expectativas (ao qual não deveria), mas mesmo com a expectativa altíssima terminei o quadrinho totalmente arrebatado pela obra e como ela conseguiu superar tudo o que eu esperava.

É uma história que tem uma certa dificuldade no início, mas quando você entende a narrativa do autor e os recursos todos que ele usa para contar aquela história, ou seja, ela não é linear tem avanços e regressos de tempo, todos os elementos gráficos fazem parte da história em si e não são apenas imagens, portanto após entender tudo isso você se vê mergulhado na história de asterios e de o que está acontecendo e vai acontecer na sua vida.

Asterios é no início um personagem detestável, muito pela sua arrogância e vamos acompanhando a sua evolução como ser humano e como um cara extremamente racional e que não via nada além da dualidade da vida, consegue ser confrontado com outra visão de mundo.

A HQ graficamente é uma das coisas mais bonitas inventivas que já vi, a maneira como os recursos gráficos são intrínsecos a narrativa me faz crer ser impossível adaptar essa história para outra mídia como cinema etc.

A história é carregada de referências ao seu desfecho e mitos e muitas outras coisas que têm a ver com a origem do personagem, além de uma dose de filosofia muito grande em que você se pega refletindo diversas vezes.

É uma história que tem um cuidado enorme de seu autor e não a toa impactou o mundo das historias em quadrinhos, sendo uma das melhores histórias feitas no século XXI.

É uma jornada sobre amadurecimento que acompanha desde a fase de ascensão e queda até a redenção do personagem com muita sensibilidade e sutileza.
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Carol749 23/04/2023

Existem quadrinhos que são bons em explorar as possibilidades narrativas que a linguagem apresenta, e nessa história somos nos deparamos com uma vasta possibilidade criativa, em momentos confesso que acaba sendo cansativo e confuso, mas no geral essa vastidão de estilos agrega muito a história.
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Bruno Henrique 17/04/2023

Aula de narrativa grafica e design. Asteryos é genialmente criativo e explora bem a midia quadrinhos. A historia desenrola muito bem também com otima doses de acidez, humor e tentativas de discussões mais profundas.
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Cleber 26/02/2023

Mazzucchelli
Uma verdadeira aula de contar histórias em forma de quadrinhos. David Mazzucchelli traz todos os elementos gráficos possíveis para a hq, as formas de desenhar os balões, a diferenciação entre os tempos diferentes e entre sonhos e realidade, a maneira como cada persongem funciona na história e as pitadas de filosofia e humor. Admito que no começo achei que não gostaria da história do enjoado do Polyp, mas ao longo da hq fiquei admirado com a forma narrativa do Mazzucchelli.
Katia Rodrigues 26/02/2023minha estante
Concordo plenamente, Cleber. E enjoado é pouco kkkkkkkkkkk É incrível o modo como ele explora a linguagem visual do quadrinho (na minha opinião, de forma inovadora e genial) mesclando-a tão perfeitamente às reflexões (o sentido dos relacionamentos, da arte, da vida...) propostas pela história. Genial.
Favoritado ?


Cleber 26/02/2023minha estante
Verdade, Katia! Pela capa eu não esperava nada da hq, mas falaram tão bem e foi uma ótima experiência.




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