Asterios Polyp

Asterios Polyp David Mazzucchelli
David Mazzucchelli




Resenhas - Asterios Polyp


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Cleber 26/02/2023

Mazzucchelli
Uma verdadeira aula de contar histórias em forma de quadrinhos. David Mazzucchelli traz todos os elementos gráficos possíveis para a hq, as formas de desenhar os balões, a diferenciação entre os tempos diferentes e entre sonhos e realidade, a maneira como cada persongem funciona na história e as pitadas de filosofia e humor. Admito que no começo achei que não gostaria da história do enjoado do Polyp, mas ao longo da hq fiquei admirado com a forma narrativa do Mazzucchelli.
Katia Rodrigues 26/02/2023minha estante
Concordo plenamente, Cleber. E enjoado é pouco kkkkkkkkkkk É incrível o modo como ele explora a linguagem visual do quadrinho (na minha opinião, de forma inovadora e genial) mesclando-a tão perfeitamente às reflexões (o sentido dos relacionamentos, da arte, da vida...) propostas pela história. Genial.
Favoritado ?


Cleber 26/02/2023minha estante
Verdade, Katia! Pela capa eu não esperava nada da hq, mas falaram tão bem e foi uma ótima experiência.




Katia Rodrigues 21/10/2023

Obra-prima dos quadrinhos
Neste quadrinho, do premiadíssimo David Mazzucchelli, acompanhamos trechos da vida do arquiteto Asterios Polyp narrados pelo seu irmão gêmeo natimorto Ignazio.

Asterios é um homem arrogante, mulherengo e misógino que se vê obrigado a repensar seu passado ao ver sua casa ser consumida por um incêndio. Tendo salvado apenas três objetos pessoais, Asterios embarca em uma viagem de ônibus sem rumo que o levará ao encontro de uma família simpática e receptiva, enquanto reflete sobre os acontecimentos de sua vida que o levaram até ali.

É incrível o modo como Mazzucchelli explora a linguagem visual do quadrinho mesclando-a perfeitamente tanto ao personagem, complexo e multifacetado, quanto à trama em si, convidando o leitor a refletir sobre: o sentido dos relacionamentos, da arte, da vida...

Segunda vez que leio essa Hq e com certeza irei reler diversas vezes ainda, pois ela ocupa um lugarzinho especial no meu coração.

Ig: @_katia__rodrigues_
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Lótus 21/03/2021

Eu já recebi inúmeras recomendações dessa HQ é agora que li tenho que dizer que estavam todas certas! Haha! Não é à toa que esse livro é um clássico dos quadrinhos. Com uma história muito bem escrita sobre arrogância e transformação, o Mazzucchelli usa a linguagem dos quadrinhos de uma forma espetacular. Os personagens são extremamente bem desenvolvidos e é incrível como suas personalidades estão em tudo: desde as formas de seus corpos até as letras nos balões de fala! Leitura longa, mas deliciosa e rápida. Já ganhou um lugar na minha prateleira de favoritos.
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Andriane 23/06/2020

A vida é estressante, por isso dizemos "descanse em paz"
Nunca achei que um quadrinho pudesse me surpreender tanto. Além do visual gráfico, a história aborda de maneira reflexiva a delicadeza dos relacionamentos humanos e a dificuldade que temos, e muitas vezes não percebemos, de olhar sobre quem realmente somos.
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Ale245 01/10/2020

Arrogância e transformação
Com um fim inesperado, esse quadrinho conta a história de um arquiteto que, após ver sua casa pegar fogo, decide se mudar para uma cidadezinha apenas com as roupas do corpo e alguns itens que pegou antes do incêndio. A história fala sobre arrependimento, filosofia, independência estadunidense (índios e negros), hospitalidade, história humana, bêbados conhecidos em ônibus, casamento, desapego material, sonhos, asteróides etc. Quem narra é o irmão gêmeo natimorto do personagem principal. Gostei bastante e li em uma noite (versão em inglês).
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Gabriel Farias Martins 30/01/2023

Impossível de parar
Faz anos que queria ler esse HQ, sempre ouvi falar muito bem sobre, e realmente valeu a pena, as cores são deslumbrantes! A história muito tocante, sobre a vida de um arquiteto, e seu convívio social e mudanças de vida, a obra é narrada em partes pelo seu irmão que nunca existiu.. com certeza vou ler mais vezes e sempre descobrir algo novo.
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Dango Yoshio 22/10/2022

Uma vez a cada cem milhões de anos
Ou "Manual de como não ser um babaca"

Acompanhamos a vida de Asterios Polyp alternando momentos do presente e flashbacks. Fragmentos que vão surgindo e se encaixando pra montar a história.

Um cara bem sucedido que perde tudo e tem de recomeçar. Vemos a evolução do protagonista enquanto ele relembra seu passado e convive em sua nova realidade. É muito legal ver o contraste de quem ele era e quem ele vai se tornando.

Cada personagem tem um tipo de fonte e balão de fala diferente, além das formas que os compõe, ressaltando que cada pessoa tem seu modo de ver o mundo e se relacionar com ele, e as cores completam a orquestra de sentidos. Uma aula de narrativa visual!
O final é uma ironia absurda do universo, que te deixa num misto de emoções.

Tava com medo de ser uma leitura pesada pelo tamanho da edição, mas é tudo muito fluido e instigante, e não dá vontade de parar.
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Mr.Sandman 09/11/2023

Descanse em paz...
Pra começo de conversa, que gibi maravilhoso. Possui uma sensibilidade tão cativante, guiada não apenas pelos diálogos inteligentes e pela maestria em guiar as temporalidades, mas pela forma que tudo isso se alia aos desenhos, às cores e à forma como tudo está disposto em página. Dito isso, além de um gibi marcante, é uma aula viva sobre como contar histórias em quadrinhos e em como se utilizar das potencialidades de sua linguagem para atingir emoções das mais diversas.

Mazzuchelli é genial. Consegue atravessar muitos temas de forma substancial e ainda assim estudar seus próprios personagens de formas distintas ao longo das coloridas e vislubrantes páginas dessa obra. É uma obra bastante metalinguística também, visto que tanto Asterios quanto Hana (principalmente Hana) vivem de fazer arte e refletir sobre ela. A perspectiva de cada um é revelada em diálogos belíssimos, em cores e em alegorias que se misturam e que se sobressaem, e a vivacidade da arte começa a amar e começa a filosofar e no fim das contas acreditamos em tudo aquilo. Somos íntimos do complicado Asterios e da vibrante Hana. Sentimos o tato das cores que os representam. Queremos entrar na página. Dar um abraço em Hana quando ela está sendo posta de lado. Dar um tapa em Asterios quando ele está sendo um babaca. Mostra para ambos o que cada um tem de melhor. Filosofar junto com a Ursula sobre teorias da conspiração. E chamar o Asterios de Sterio, igual o Stiffly faz. É cativante ao ponto de imaginarmos nossas memórias como se fossem desenhadas e pensadas por Mazzuchelli.

É inspirador. Além de cativante é inspirador. Para quem tem um sonho de um dia escrever e desenhar uma HQ, isso aqui é um prato cheio. Bom pra te inspirar como falei e uma boa fonte de estudo. Por isso tenho a certeza de que vou revisitar essa obra algumas vezes mais. Umas para me emocionar e refletir. Outras pra aprender e indagar. Mas todas com a certeza de que esse é um gibizasso e de que ele, com certeza, não pode descansar em paz.

"Por que a vida precisa ser tão estressante?
É por isso que se diz...Desvanse em paz".
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Guilherme.Monteiro 06/08/2023

O complexo de uma vida ordinária
O que falam tanto sobre a narrativa gráfica desse quadrinho ser genial é chover no molhado de reafirmar que sim, é incrivelmente bem feita. Mas para além disso, a experiência de jornada emocional que o personagem passa é uma das coisas mais fantásticas que já li em uma HQ.

A forma como Mazzucchelli utiliza os recursos gráficos dos mais diferentes traços, que vai do abstrato até um traço mais sóbrio, para explorar estágios sentimentais e temporais da história do personagem, conciliando em uma viagem altamente experimental.

E isso demonstra a complexidade da narrativa sendo espelhada pela complexidade do ser humano, em como nós dificultamos certas coisas das nossas vidas que poderiam ser mais simples. Como vivemos e passamos por momentos que nos retiramos e tentamos reinventar a nossa própria realidade.

Além de ser um estudo de narrativa gráfica esplendorosa, é também um olhar de redenção aos nossos próprios erros e em como lidamos com isso.

Se tornou, sem dúvidas, uma das melhores HQs que já li na vida. E com certeza irei reler diversas vezes, pois tem muito a que absorver em cada uma das páginas.
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Andreia Santana 30/10/2011

Romance em linhas e curvas
Econômico nos traços e nas palavras, David Mazzucchelli consegue dizer muito da condição humana com a sua novela gráfica de estreia, Asterios Polyp, lançada no Brasil pela Quadrinhos na Cia (divisão da Companhia das Letras). Trata-se de uma história de amor e autodescoberta sem arestas aparadas, em linhas retas e firmes, deslizando em curvas ocasionais que se insinuam nas entrelinhas. Profundo, sem ser arrogante, simples, sem conceder espaço às simplificações banais, Asterios conquista pela beleza plástica e por uma narrativa concisa e criativa.

Diria que é ao mesmo tempo ácido e delicado, realista e também romântico. A arquitetura usada como metáfora para a vida e para discutir desde o casamento até a amizade e a sociedade contemporânea parece um lugar comum, mas a vida em seus lugares comuns pode surpreender.

O texto e as imagens se complementam em simbiose perfeita, um dando sentido ao outro e às vezes, um dispensando o outro. Mas a entrelinha está ali, cheia de significados.

A história - Asterios Polyp conta a história de um renomado professor universitário – homônimo ao livro - e autor de projetos arquitetônicos visionários, mas que nunca saíram do papel. De temperamento irascível, tirado a Don Juan, preconceituoso, arrogante, ranzinza, racional e pragmático ao excesso, Asterios tem sua vida narrada pelo gêmeo Ignazio, natimorto, e que funciona como um duplo fantasma, em um fascinante jogo de espelhos.

O ponto de partida é um incêndio que consome toda a vida já decadente de Asterios, e do qual ele salva apenas a roupa do corpo e alguns poucos pertences, aparentemente insignificantes, mas que ao longo da trama vão se revelando vitais em determinadas fases da vida do personagem. Após a tragédia, ele parte em uma jornada em busca de si mesmo e de um sentido novo para a própria vida. O ex-acadêmico passa a morar com uma família típica média do interior dos Estados Unidos e vê a própria existência em perspectiva, repensando desde a infância até o casamento que parecia perfeito, mas fracassa.

É uma obra de arte que celebra a vida e o amor, embora traga aquele travo de ironia e desencanto dos tempos modernos, cheia de referências filosóficas e existencialistas, mas que não deixa de transbordar aquela humanidade encontrada ao dobrar de uma esquina. Trabalho de mestre, sem dúvida, para deleite dos amantes de quadrinhos. Mas é ainda uma saborosa descoberta para quem se aventura nesses mares pela primeira vez.

O autor – David Mazzucchelli é mais conhecido por seus trabalhos em Demolidor – o homem sem medo e Batman: ano 1. Contemporâneo de Frank Miller, Alan Moore e Neil Gaiman, ele nasceu nos EUA, em 1960. Asterios Polyp é sua primeira graphic novel e uma estreia altamente promissora na seara dos trabalhos autorais. Antes, além de trabalhar com Moore na série Demolidor, ele havia adaptado Cidade de vidro, de Paul Auster (Leviatã, Noite do Oráculo), para os quadrinhos.
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Carina143 11/04/2022

Eu já havia ouvido muitos elogios, mas ninguém nunca me explicou do que se tratava a obra. Depois de muito tempo, finalmente dei uma chance. E conclui que gostaria muito de tê-lo lido antes.
A escolha de cores e formas, fontes e até formatos de balões, que ocorrem através da história foi uma das coisas que mais me chamou a atenção. A história é muito boa e eu ainda não sei dizer o que senti no final, mas tá ecoando aqui dentro.
Uma história sobre planos, falta de controle, imprevisibilidade, e muito mais.
Muitos tratam essa GN como uma obra prima. Acho digno.
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Tauana Mariana 31/01/2014

Amor, fontes e formas <3
Uma HQ linda e sensível.

Asterios Polyp é um renomado professor de arquitetura, conhecido como "arquiteto de papel" já que, apesar de ganhar diversos prêmios e publicar livros sobre o assunto, nenhum desenho seu saiu do papel. Tem uma visão de mundo bem definida, que aplica tanto em seu trabalho quanto em sua vida. Ele acredita nas dualidades.

Asterios se vê sozinho, na chuva, vendo o seu apartamento pagar fogo no dia em que completava 50 anos. Pegou o dinheiro que tinha na carteira e resolveu comprar uma passagem de ônibus até onde aquele dinheiro o levasse. Acabou chegando em um oficina que precisava de um mecânico. Ganhou o emprego e alugou o quarto vago na casa do proprietário da oficina.

A história é um eterno vai e vem entre o presente de Asterios e o seu passado. Um passado glorioso, onde ele era reconhecido no mundo acadêmico. Um passado em que ele era casado com Hanna (que ele chamava de Margarida). Os dois eram completamente diferentes, mas juntaram suas vidas com nenhum atrito.

Hanna é meiga, tímida, gosta de gatos e de sempre ver o lado bom das pessoas. Asterios é soberbo, reto, acha-se o dono da verdade. E esse jeito de ser (de ambos) acabou quebrando o casamento dos dois. Aliás, a forma tão dura e reta de encarar o mundo acaba levando Asterios à solidão e ao fracasso. Mas após passar um tempo vivendo como mecânico, ele decido procurar Hanna, e os dois acabam a história um ao lado do outro, em silêncio.

Incrível como a HQ conseguiu reproduzir a complexidade e a beleza de um relacionamento a dois. Somos diferentes mas nos amamos, e é isso o que nos une. Mas quando confiança, amor e respeito não se fazem mais presentes, o casamento quebra. A rotina não é o que destrói uma relação, a lembrança de cada fragmento diário ao lado do outro é que constrói a nossa memória, a melhor forma de parar o tempo e voltarmos a viver o momento que desejamos (ao menos em parte). Através dos desenhos, compreendemos que podemos nos tornar semelhantes e também tão diferentes. Aproximamo-nos e distanciamo-nos conforme nossas formas e fontes vão mudando.

Os desenhos e formas são simplesmente sensacionais. O contraste entre o azul e o rosa, o reto e o curvilíneo torna a HQ de uma beleza incrível. Também achei sensacional como cada personagem tem uma fonte para as suas falas, como se a escolha destas também entregasse como é a personalidade de cada um deles.

site: http://tauanaecoisasafins.blogspot.com.br/2014/01/asterios-polyp.html
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Marc 23/12/2011

Mais que uma banal história de amor
Asterios é um arquiteto de grande sucesso acadêmico, dá aulas na universidade da cidade de Ithaca. Embora nunca tenha tido um projeto seu realizado, sua reputação é incontestável. Está seguro de seu papel e da maneira como entende o mundo. Visão de mundo que não apenas transmite a seus alunos, mas que serve de método de abordagem das pessoas em todas as relações que trava. E sua história começa a ser contada quando esse método o levou ao extremo da solidão e fracasso.

Ítaca é a terra natal de Odisseu, aquele mesmo que pensou que sua grande batalha era a Guerra de Tróia, mas descobriu que seu destino tinha muito mais reservado para ele. A verdadeira batalha de Odisseu é sua viagem de volta para casa e sua esposa. Não é uma história de amor, mesmo que no final (do qual francamente não me lembro e não tenho nenhum exemplar em casa para conferir) ele volte para sua esposa, que o aguardou resistindo às investidas de todos os pretendentes.

Acredito que mais do referências externas aos mitos gregos, essa história em particular é uma chave para leitura da HQ. Até porque o longo período de isolamento de sua esposa serve para que se compreenda, exatamente como um Odisseu moderno — e não posso deixar de lembrar que um sujeito irlandês ganhou notoriedade mundial quando fez o mesmo em literatura, mesmo que a história tenha sido reduzida a uma banalidade absurda. Mazzucchelli não estava preocupado em renovar a literatura, mas os quadrinhos — e também inova bastante na forma, trazendo referências de outros meios (arquitetura, por exemplo, mesmo que essas referências pareçam banais ao observador desatento, elas não estão lá para revolucionar a teoria, mas tentam inovar a linguagem que o autor afinal está trabalhando: os quadrinhos).

Creio que esse motivo pode fazer com que se tenha mais boa vontade com o álbum...

Mas eu gostaria de citar mais outros que fazem essa leitura ser uma das melhores nos últimos tempos em relação aos quadrinhos. Há a verdadeira obsessão de Asterios pela dualidade, afinal ele foi o gêmeo que sobreviveu e vive assombrado por isso — o irmão morto no nascimento é integrado à sua personalidade se tornando uma segunda natureza. Por alguma razão foi ele que sobreviveu, o mais forte. Isso é traço fundamental na maneira que vê o mundo, que entende a realidade e se expressa em sua produção intelectual. As dualidades como a própria realidade (e mais especificamente o factual e o fictício), aquilo que expressa o que é e aquilo que tenta se mascarar de alguma forma. Asterios jamais escondeu sua preferência pela funcionalidade — a verdade incontestável de acordo com ele. Apolo e não Dionísio, para lembrar que mesmo tão distantes ainda estamos próximos aos gregos.

E o mundo acadêmico adora a dualidade. Mesmo sendo um personagem fictício, acho que Asterios não teria muita dificuldade em conseguir destaque com essa maneira de pensar, porque a própria criação da academia de Platão (para falar de gregos novamente) trabalhava com uma dualidade: filósofos contra os sofistas — ou, saber real, amor ao saber contrário à aparência de saber, técnicas de debate que levavam a criar nos ouvintes paradoxos insolúveis. E Asterios, em sua longa viagem de aprendizado, vai justamente encontrar uma sofista, uma pessoa cujo modo de proceder não lhe impõem respeito. É essa descoberta do paradoxo essencial à vida que vai provocar a grande mudança. A descoberta de que o caos não significa bagunça (bagunça é sua vida antes que o raio caia em no apartamento e provoque sua viagem), mas antes, traz novas formas de organização que rompem com o padrão estabelecido.

As ilustrações de Mazzucchelli estão incríveis, e não custa lembrar que HQs são um meio que mistura texto e ilustração, não devemos apenas nos fixar em um deles. As cores são o elemento mais bonito de todos, sem dúvida, ajudando a contar a história. Ora predomina o monocromático de Asterios, ora o vermelho de Hana, o amarelo de Ignazio. Até que as cores se misturam e cada uma toma seu lugar, sem predomínio de nenhuma delas.

Acredito que a primeira leitura do livro seja um pouco decepcionante. Quando estava lá pelo meio cheguei a pensar que não passava de uma história banal contada com refinamentos visuais que nem chegavam a ser tão inovadores assim fora dos quadrinhos. Mas uma leitura mais cuidadosa revelou que é preciso sim ter em mente essas referências aos gregos; que o detalhamento visual não significa uma tentativa de revolução para a arquitetura nem para o design de modo geral, mas apenas (se assim podemos dizer) para os quadrinhos.

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Carlos.Bonin 16/12/2021

Uma obra-prima dos quadrinhos
David Mazzuchelli mostra, na prática, como os quadrinhos podem ser usados como uma forma única de expressão artística nesta obra-prima que é Asterios Polyp.
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Zelenski 10/09/2012

Surpreendente e envolvente
De cara, o que chama a atenção em Asterios Polyp são os traços. No plural, pois são vários. Cada personagem tem o seu, assim como tem uma tipografia própria nas falas também, e que, muitas vezes acaba intereferindo no ambiente que se passa a cena. Os traços também são dinâmicos nas mudanças de tempo e espaços, presente e passado, sonho e realidade.

Tudo isso com uma trama envolvente, com personagens ótimos e únicos, que só fazem querer largar a HQ quando chegar ao fim (que, diga-se de passagem, é de arrepiar).
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