Vergonha dos Pés

Vergonha dos Pés Fernanda Young




Resenhas - Vergonha dos Pés


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Gabryelle2 07/01/2024

Eu não tinha idade pra ler , mas li assim mesmo e me deparei com uma mulher aventureira.
Um livro inspirador e que me ensinou a ser destemida, super recomendo
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bia 28/02/2023

Jeitinho Young
O romance conta a história da estudante de letras Ana e como ela lida - de forma complexa e divertida - com seus relacionamentos e sentimentos. Faculdade, sexo, amizade, festas, aulas, namoro, mãe, tudo junto e misturado - como na vida. Temperado com acidez e sarcasmo da maravilhosa Fernanda Young.
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Ingrid 26/01/2023

É muito interessante e único a forma que a narrativa se desenvolve na problemática de ?não conseguir ser amada? e nas inconstâncias do relacionamento amoroso. O livro trata de forma totalmente desromantizada o nascimento de fim de um afeto e a inadequação da protagonista diante das interações afetivas e sociais.
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Max 18/01/2023

Não palavras para descrever como Fernanda young é esptacular
Sou uma pessoa solitária. Mesmo acompanhada, sinto-me só. E minha natureza, não sei que espirito ruim me possui, ou quais os males que estou pagando, só sei que não consigo viver feliz. E nem mais quero, pois sinto me totalmente despreparada e sem talento para a paz. O que tenho é tédio, tédio de tudo e tudo mais. Quero dormir, mas não consigo. Quero levantar me e andar léguas, mas um sono incontrolável se apodera de mim. Sou assim. Uma pessoa que, por algum motivo misterioso, aprendeu a sofrer e, gostando ou não, viverá sempre assim: sofrendo. Nenhum motivo mais será necessário, nenhuma dor, nenhuma perda. Apenas o dormir ou não dormir, o acordar e o nada a fazer, além ficar na cama pensando sobre os meus pés e os pés de toda a humanidade. Eu, que nenhum talento possuo, que passarei pela vida sem ter cometido uma grande obra. Sem ser herói ou assassino. Passarel pelo mundo como os milhões que já passaram, os bilhões, trilhões de desconhecidos que não tiveram nada para deixar pro futuro. Milhares de rostos na sombra, no limbo Cada qual dependendo de filhos, netos, bisnetos e tudo o mais, para serem relembrados. Porém a memória da vida de um homem médio não dura mais que très ou quatro gerações. Algumas pessoas são imediatamente esquecidas quando partem.

Partem para onde? Para onde eu irei quando mor- rer? Os que têm filhos vão para os porta-retratos. Viram mártires, porque os mortos são santos. Os mortos que têm familia tornam-se flores num jarro. Retratos pintados à mão. Tomam-se algumas histórias engraçadas ou como- ventes. Os mortos são dia de finados, dia de aniversário, Natal e nada mais. Mas já é alguma coisa. Mesmo que isso seja tudo o que uma pessoa ganha por ter vivido setenta anos ou mais, é alguma coisa. E para mim, o que sobrará de minha existência quando ela não mais existir? Isso! Não mais existirá. Nada. Nenhum filho ingrato a curar suas culpas, indo colocar flores no jarro sobre a minha lápide. Nenhum amor sofrendo, pela lembrança de minha juven- tude. Nem amigos contando histórias sobre porres inesquecíveis. Nada. Um dia encontrarão algumas fotos e cartões-postais numa caixa de madeira velha. Encontrarão restos de mim, em papel e anotações. Talvez um corretor imobiliário encontre minhas lembranças todas, dentro de uma caixa velha de papelão. Um dia, talvez uma jovem curiosa, mexendo em papéis velhos numa feira de antig dades, encontre fotos minhas. Eu, com minha prepotencia e alma de escritor. Que nunca escrevi uma só linha que prestasse. Ali, na caixa de madeira ou papelão. Fotos de uma mulher que nunca quis ter filhos e não os teve Fotos de uma mulher que não cultivou amigos, nem amantes etemos.

Rasgarei todas as minhas fotos quando sentir a morte chegar. Peço a algum Deus, caso exista e esteja me escutando: avise-me quando a morte estiver em meu encalçol Não serei etema como aqueles que fizeram algo estrondoso. Não sou Proust, não sou Hitler, não sou nem mesmo o papagaio do Pirata da Perna de Pau. Sou Ana Delfina Amaral. Uma mulher que tem o nome nobre e talvez a alma também. Não tive pai para amar, tive me para odiar e algumas paixões. Sou Ana e pretendo rasgar as minhas fotos antes de morrer

Acho q o livro algumas horas tem muita enrolação mas ela crava o coração no peito e deixamos pq gostamos.
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Mih 16/12/2022

Amar, amei. Mas parece que o receptáculo do amor não gostou
..." Uma mulher que tem nome nobre e talvez a alma também. Não tive pai para amar, tive mãe para odiar e algumas paixões. Sou Ana e pretendo rasgar as minhas fotos antes de morrer ".
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Karen 25/07/2022

Leve e Divertido
Depois de algumas leituras que em muitos provocaram fortes emoções não muito positivas, ler Fernanda Young foi um alívio.
Que livro divertido, com o deboche e humor fino que sempre vi presente nos trabalhos da autora para TV, Cinema e Revistas.
Em alguns momentos era como se ouvisse a voz da Fernanda falando aquelas frases, ou mesmo a da Vani (Os Normais) com suas tiradas maravilhosas sobre pessoas e o cotidiano.
Uma pena as pessoas não conhecerem e não lerem mais das suas obras.
"O destino, esta máquina de de pequenas felicidades e grandes equívocos, ..."
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Fernanda Dutra 22/02/2022

O livro traz uma história leve, fácil de ler e se envolver.. e ao longo da trama muitos assuntos importantes são citados. Esses assuntos permeiam a mente de Ana, personagem principal da história, mas, na realidade, todos nós temos um pouco de Ana. Às vezes demasiadamente felizes, às vezes demasiadamente tristes, confusos, certeiros, amando, de saco-cheio. Um dia bebendo sem se importar com opiniões alheias, no outro, tomados pela ressaca moral. Ana mostra-se como um retrato de todos nós. Recomendo a leitura!
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Luiza 23/01/2022

O livro é muito bom como uma análise de personagem, mais do que como uma narrativa de acontecimentos, uma "história" propriamente dita. Somos colocados na mente de Ana, uma jovem depressiva cujo pai abandonou ainda pequena e a mãe nunca demonstrou muito carinho. Ela finge um problema na coluna para obter licença da faculdade, onde cursa Letras. Apesar de ter o sonho de ser escritora, Ana não gosta das matérias do curso e não suporta os colegas de turma. Com apenas uma amiga de infância, Ana tem atitudes destrutivas que afastam todos em sua volta, usando seu ódio e desdém por todos como um mecanismo de defesa para não se aproximar de alguém que irá deixá-la e fazê-la sofrer. Pode ser bem exaustivo estar na cabeça de uma personagem tão negativa e que julga todos de forma cruel, mas achei necessário para que o leitor possa compreender a Ana e sua personalidade de forma profunda. Muita gente pode achar o livro chato devido à narrativa lenta focada em uma personagem antipática, sendo que acho que eu apenas gostei da obra justamente por tê-la lido após passar pessoalmente por um período que me deixou com o emocional similar ao da protagonista. Inclusive, provavelmente não teria gostado do livro por não suportar a protagonista, caso tivesse lido 1 ano antes da época em que li. No entanto, gostei porque pude me identificar com Ana, me vi nela. Mesmo assim, a falta de eventos que movimentam uma narrativa linear e o foco no fluxo de consciência da personagem deprimida acabam tornando a leitura cansativa num dado momento. Apesar de achar essa característica importante para demonstrar como é realmente cansativa a cabeça de alguém em depressão, a autora teve uma boa sacada inserindo uma "história dentro da história", com a linha do livro imaginado por Ana e que, certo momento, tornou-se mais interessante que o próprio enredo principal. Esse artifício serviu pra mostrar que, às vezes, a única distração para a mente em depressão é a ficção,  por sua vez cheia de tensões e reviravoltas emocionantes e fundamentalmente fora da realidade de quem a cria. Na minha opinião, a autora conseguiu mostrar perfeitamente o ciclo vicioso de pensamentos negativos, a sensação de solidão, as ideias de autossabotagem, a desilusão com si próprio, a bizarrice e até o humor da mente em depressão, pois a depressão também chega a extremos engraçados pelo caráter por vezes irracional e excessivamente dramático. Para mim, vemos o humor de Fernanda Young (que conhecemos das séries de TV) principalmente na parte em que Ana e Jaime acham que estão com o vírus HIV e ri muito nessa parte do livro. O final também foi muito bem feito. Embora possa parecer que Ana terminou no mesmo lugar que começou, eu reconheci que houve sim desenvolvimento com a elaboração e verbalização sincera das emoções em sua carta para Jaime. Além disso, achei o final realista com a situação das pessoas que passam por processos depressivos, vez que os pensamentos negativos não desaparecem com uma simples "epifania" ou "virada de chave" e a recuperação não é linear.
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Kms 23/03/2021

Que delicia de leitura! Achei que o romance dentro do romance me deixaria confusa, porém me envolveu ainda mais na história. Por um longo período não senti simpatia pela complexidade de Ana, entretanto, quando me dei conta estava querendo abraça-la.
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null 16/02/2021

do desconforto ao conforto
"Não serei eterna como aqueles que fizeram algo estrondoso. Não sou Proust, não sou hitler, não sou nem mesmo o papagaio do pirata da perna de pau. Sou Ana Delfina Amaral. uma mulher que tem o nome nobre e talvez a alma também. Não tive pai para amar, tive mãe para odiar e algumas paixões. Sou Ana e pretendo rasgar as minhas fotos antes de morrer"
eu moraria nessa citação
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Fer . 11/01/2021

Dentro e fora
A sensação ao ler o que se passa com Ana é de que existe uma narração dupla: uma de dentro e outra de fora. De dentro da própria Ana, nos permitindo compreender seus pensamentos e devaneios; e de fora da própria história, como se houvesse um expectador dos fatos vividos por Ana.
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Guilherme 02/08/2020

É inútil resistir à Fernanda Young.
Vergonha dos Pés foi o livro de estréia de uma jovem Fernanda. Nele, Ana é uma jovem universitária que falseia um problema na coluna para conseguir 20 dias de dispensa das aulas e ter um tempo, só seu, para dedicar à escrita de seu primeiro livro.
Quando se lê ficção há uma regra básica: entre de cabeça, deixe o livro te invadir completamente, não resista ao livro. A princípio tive essa dificuldade, de confiar na história de acreditar nela, estar nela.

Mas resistir à Fernanda Young é inútil.

Principalmente porque há muito de Fernanda Young na protagonista. É muito evidente que personagem e autora se misturam, algo comum em romances de estréia, compartilhando fatos, traços, capítulos da vida e outros pontos da personalidade. Portanto, ao acompanhar Ana, de certa maneira, senti que também acompanhava Fernanda, mas sem jamais confundi-las, porque Ana tem personalidade muito própria e parece muito viva e cativante em seus devaneios, neuras e oscilações de humor. Gente como a gente.

E como quem ganha intimidade e vai sendo cativado, aos poucos, deixei a desconfiança de lado e dei as mãos ao livro, completamente apaixonado pela personagem, por seu humor ácido e sua inteligência, por toda a sua profundidade, pelos demais personagens em suas minúcias e até pelo livro dentro do próprio livro. Gosto de respirar os anos 90.

Embora a linha do tempo seja desconstruída, é bem delimitada, um passeio entre o passado próximo e presente da personagem, é fácil de saber onde estamos. Ainda, Ana não tem uma idade especificada e talvez esse seja o maior estranhamento que o livro possa causar, porque esperamos que personagens universitários sejam incrivelmente jovens e a diferença de idade entre Ana e Elisa é de cinco anos. Portanto podemos supor que Ana e Jaime tem algo por volta de 25 anos. Acho que essa era a mesma idade de Fernanda na época.

Por causa da premissa eu esperava outro livro, mas fiquei extremamente satisfeito com o que encontrei. A leitura embalou e fui sequestrado pelos personagens da trama.
Eu recomendaria a leitura.
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Dany Siviero 05/04/2020

A Ana de Fernanda
Li esse livro pela primeira vez logo após o falecimento de Fernanda Young (confesso que ainda me soa um pouco estanho dizer isso). Me lembro que chorei muito ao término dele.

Impossível não notar as semelhanças entre Ana e Fernanda. O texto é irregular pq mistura passado com presente, mas isso não deixa de ser interessante pq nos leva a querer saber o que aconteceu antes para que os personagens chegassem até onde estão.

Inteligente e fascinante como muito do que ela fazia.
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Rodrigo de Lorenzi 11/10/2019

Vergonha dos pés
Menos impactante do que "Tudo que você não soube" (meu primeiro contato com livros da autora), o romance de estreia de Fernanda Young peca um pouco pelo ritmo, mas a escrita de Young tem algo de inexplicável. Ela consegue transmitir pensamentos e sensações humanas como ninguém. Todas as personagens são incomodamente reais. Impossível não pensar que Young colocava muito dela mesma nessas pessoas descritas no livro. Aqui, Ana é uma mulher solitária em busca de descanso para a alma. Recomendo.
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