Resenhas - Quo Vadis?

Jeca 03/01/2015

Para onde estamos indo?
Para onde vais e para onde estamos indo é a pergunta que temos sempre que fazer independente da época em que vivemos. A pergunta que supostamente Pedro fez ao filho de Deus enquanto fugia do julgo romano reforça a tese que somos fracos, que muitas vezes não lutamos por causas perdidas entre outras coisas.
Já o livro em termos de final é uma fatalidade, inocente e pretensioso, atribuir a salvação da linda princesa, prisioneira de guerra, mantida como refém em poder de cristãos a Deus e não ao gigante, seu protetor, é uma falacia categorizada, muito infantil e sem nexo, mas fazer oque.
Este é um dos problemas do cristianismo entre muitos, um deles é exatamente este, atribuir as glórias a Deus e ignorar as pessoas, o nosso poder de decisão como humanos, como se fossemos apenas instrumentos da sua obra neste mundo vassalador, como se fossemos um avatar de um espirito superior que a todo momento clama por existência, poder e glória.
Atribuir a queda do império ao cristianismo é questionável, como um movimento pode crescer se seus lideres foram mortos? perseguidos? senão, outrora, teria sido obra de uma série de atos, barbáries, correntes contrárias emergentes dentro de uma diversidade que um centro urbano é capaz de criar e como consequência teria levado o império a cabo, talvez este tenha sido o grande problema, a complacência do cristianismo fez com que o império romano ainda viva dentro da mente da aristocracia burguesa tanto do lado direito como do esquerdo.

É o mesmo que ignorar o poder de ascensão das massas, do proveito de grupos inescrupulosos que gravitam na periferia dos regimes falidos, estes sim, poderiam ter se auto elegidos, terem-se validos e usurpado a fé crista cristã como forma de dignidade frente a vassaladora vida pagã, escrava que viviam as pessoas para tornar o cristianismo como forma de regime e de governo, não reclamem, não era isso que vocês queriam, poderiam dizer os donos dos feudos mantidos pela igreja na idade média, antes vocês tinham Nero, agora nos tem, então todos os hereges a fogueira...com Nero não tava bom, então chupem esta manga...para isto ao meu ver serviu o cristão...ser sempre vitimado para manter a fé reavivada, dai várias igrejas surgiram, sempre em cima da teoria cristão, se funcionasse a pena de morte pela cópia da ideia todos os grandes lideres de movimento de reforma teriam ido a prisão perpétua, bom para eles que o tribunal internacional não julga este tipo de crime contra a humanidade, qualquer um pode se auto determinar filho de Deus e criar sua crença.

O livro, como toda e qualquer obra pode ser lido sobre quaisquer ótica: politica, social, econômica e religiosos, cada qual tirará o proveito e suas conclusões, como o dividendo de uma ação, onde nem sempre a retribuição seria o lucro, mas um feito cruel se ambas as áreas não ferem contempladas e colocadas frente a frente para as analises conclusivas.
A versão que li tem apenas 127 páginas, parece mais um roteiro para cinema que um livro propriamente dito, onde o prefácio 16 páginas fora lido e relido muitas vezes ( pelo prof. Alfredo Gomes, São Paulo datado de 7 de abril de 1956) pela preciosa análise real da história comparada ao romance lido ( edições melhoramentos - sétima edição - coleção obras célebres)

Kika 06/05/2009

É um bom livro clássico. Na época em que li, me incomodou, talvez por retratar o cristianismo. Hoje, sei que era o Espírito Santo de Deus me incomodando, me mostrando que da mesma maneira que Lídia e outros cristãos estavam convertidos ao Senhor, o mesmo deveria fazer eu.

Inlectus 18/04/2009

Bom.
A diferença entre o pagãnismo romano, velho e maldoso, e o jovem cristianismo cheio de fé, as primeiras comunidades cristãs, plantando suas sementes regadas com sangue. Bela estória.