Em louvor da sombra

Em louvor da sombra Junichiro Tanizaki




Resenhas - Em louvor da sombra


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B.norte 26/12/2022

Ensaio da melhor qualidade!
Recomendado a todos que amam a cultura japonesa.

Neste ensaio, Tanizaki não nos decepciona ao falar das sombras que invadem os ambientes e o espírito dos japoneses. Faz algumas comparações entre o Japão e o ocidente, mostrando suas semelhanças e divergências. Discorre sobre a chegada da modernidade nas terras japonesas de 1933/34, visto que o ensaio foi produzido em dezembro de 1933 e janeiro do ano seguinte, segundo a tradutora.

Se pudesse fazia histórico de leitura de minuto a minuto, é muita coisa boa pra se guardar, mas preferi comprar o livro físico, assim posso ler a qualquer momento. A leitura é relativamente rápida, pois o livro tem poucas páginas e seu valor também foi bem acessível. É um livro que vale a pena ter, ler e reler.

Outro ponto: para quem deseja ler as obras de Tanizaki, acho que vale a pena ler esse livro antes.
mpettrus 23/01/2023minha estante
Nossa que resenha interessante. Atualmente, estou lendo ?As Irmãs Makioka? do mesmo autor e confesso que estou adorando a narrativa desse autor.

Vou procurar ler esse ensaio dele também. ???????


B.norte 24/01/2023minha estante
Ele é muito curtinho, dá pra fazer um leitura rápida dele. Mas ler devagar é mais gostoso ?
Vai absorvendo de pouquinho em pouquinho as informações. Fora que a gente consegue compreender um aspecto cultural dos japoneses que perdura até os dias atuais. ?




Isa 26/05/2021

Embora seja um livro curto, rápido e se pareça muito com um devaneio do escritor ou uma espécie de ?pensamentos da madrugada quando você está com insônia?, foi uma leitura enriquecedora.

Eu não fazia ideia de como era importante esse jogo de luz e sombra na cultura japonesa, e me vi refletindo sobre os questionamentos levantados pelo autor no decorrer na narrativa - e realmente, o peso das invenções ocidentais teve muito impacto em toda uma cultura baseada e estruturada em pilares totalmente diversos.

É um ensaio curto e direto escrito em 1933 que traz elementos interessantes da cultura japonesa para quem tem interesse nela ou é apenas curioso (ou ambos, como eu HAHAH).
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Gui tac 24/08/2021

É sem dúvida um dos livros mais diferentes que eu já li, passei a me interessar pela cultura japonesa e a pesquisar um pouco mais sobre. A obra de Junichiro Tanizaki é realmente sensacional, enquanto lia senti como se estivesse tendo um diálogo com o próprio escritor. Esse é um livro curto porém um ótimo ensaio literário.
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Angelica 01/11/2020

Queria saber mais sobre o Japão
Quando escolhi este livro para ler eu queria saber mais sobre o Japão. Penso que pude aprender um pouquinho sobre a modo de pensar japonês e como a modernidade chegou aquele país. Para entrarmos na modernidade tivemos de deixar diferentes práticas e isso não foi nada diferente no Japão.
Na natureza nem sempre a luz está presente ainda mais em um país com inverno rigoroso. A luz artificial mudou a vida das pessoas na época que fora escrito o livro assim como hoje a tecnologia da informação muda o modo como nos comunicamos. A tecnologia muda nossas vidas, se adaptar a ela sem perdem nossa essência, penso que essa é a grande questão que surgiu na minha mente durante a leitura do livro: um dilema atemporal.
Recomendo, boa leitura a todos!
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Igor.Banin 27/09/2022

Bom
Bom ensaio curto falando sobre como o escuro, a penumbra fazem parte da cultura japonesa, e sua expressão em vários campos.
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EduardoCDias 18/08/2020

Adorado Japão
Um estudo curto e comparativo da cultura e costumes japoneses da década de 30 do século XIX com os ocidentais. São descritos, arquitetura, decoração, escrita, arte, moda entre outras. Interessante notar a preferência dos japoneses pelos ambientes escuros e sua repulsa à objetos brilhantes.
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Fabiola Hessel 06/07/2021

A sombra e sua beleza
Este é um ensaio sobre a estética japonesa, sobre as diferenças culturais entre o Japão e o mundo ocidental, mas sobre tudo um relato nostálgico e bonito sobre um mundo que está mudando e Junichiro Tanizaki enxerga as melhorias, mas também percebe que isso acarreta perdas, principalmente na estética.

A estética tradicional japonesa é baseada no jogo de luz e sombra, valorizando objetos que foram trabalhados de forma a serem vistos na penumbra. Achei interessante ver como eles valorizam objetos que trazem marcas de uso e com elas a história de quem o usa.

Eles criam rituais em torno dessa sombra, a decoração da casa gira em torno disso e ela valoriza o ambiente. O vestuário, a maquiagem e até o gesticular dos teatros tradicionais No e Kabuki são pensados para se destacarem na penumbra, trazendo uma magia e tornando o espetáculo único.

Ele traz reflexões sobre a modernidade e a ocidentalização modificaram não só a estética, mas também rituais, a decoração e o modo de viver, alterando o desenvolvimento tecnológico e cultural das gerações futuras.

Fiquei curiosa para ler a ficção do Tanizaki e gostei do tom nostálgico e poético desse ensaio.
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Candido Neto 08/01/2022

É bem escrito
É bem escrito, se fosse uma crônica de dez páginas e não um ensaio de mais de cinquenta teria sido muitíssimo melhor.
Tem espaço para segregação étnica, sim. Nada de achar superioridade nisso, mas uma pessoa de outra cor em um grupo de pessoas é desagradável de olhar.
Racista? Ah, mas foi escrito em 1933, 34. Já havia toda uma política antiracista.
Imbecil? Evidente. Contudo, um imbecil que escreve bem, com bons argumentos.
Vamos separar o autor da obra.
Wanessa_Gabriela 08/01/2022minha estante
Nossa??


Candido Neto 09/01/2022minha estante
Wan, estou sendo benevolente, mulheres para ornamentar o quarto das sombras devem escurecer os dentes, ao sorrir o interior da boca deve ser esteticamente compatível com as sombras da alcova de onde ela pode ocasionalmente sair.




Heider 30/12/2022

Boa leitura
Um livro de ensaio em que o autor usa a sombra para mostrar as diferenças da cultura ocidental com a oriental, diferenças que passam pela arquitetura tradicional japonêsa, vestimentas, estética, artes e até simples objetos do cotidiano. Os ocidentais por fugirem das sombras não compreendem a beleza, por exemplo, da decoração de uma casa japonesa que tradicionalmente foi pensada para ser vista sem a forte iluminação das lâmpadas elétricas.

O autor critica a supervalorização da modernidade, o ensaio foi escrito em uma época de rápidas mudanças no Japão, com a chegada da eletricidade e outras invenções que invadiam o país e transformavam o modo de viver tradicional japonês. Junichiro Tanizaki reflete sobre o seu envelhecimento e questiona o próprio jeito reclamão mas, particularmente, acho bastante pertinente refletir sobre o que deixamos para trás, sobre termos um olhar crítico dos efeitos colaterais das "maravilhas" das novas tecnologias.

Comecei a ler Em louvor da sombra imaginando uma defesa do conservadorismo e acabei surpreendido pela escrita e pela lucidez do autor.
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Toni 02/05/2018

Neste livrinho-ensaio, Tanizaki lança luz (no pun intended) sobre aspectos da cultura japonesa que foram drasticamente alterados com a chegada da energia elétrica (além de outras comodidades) ao Japão. Nele, o autor deixa evidente a paixão dos orientais pela penumbra, por materiais foscos e (aparentemente) sujos que estimulam a apreciação estética, seja no vestiário, na arquitetura, na culinária, no teatro ou, até mesmo, em uma ida ao banheiro. Há, contudo, durante toda a argumentação, uma fina camada de ironia que atravessa de dúvida essa aparente valorização incondicional da tradição japonesa. Aqui, vale lembrar do Tanizaki que certa vez escreveu “só as mentiras interessam aos escritores”, ele mesmo um vanguardista adepto da ocidentalização. Resta a pergunta para quem por aí leu, o que achou das considerações do escritor? Há ou não ironia e, se houver, em que medida?
caio.lobo. 24/05/2021minha estante
Para mim é quase todo ironia, quando elogia na verdade está criticando e enaltecendo o oposto e ele elogia e critica ambos, Ocidente e Oriente, mas como um grande fingidor, pode no fim das contas estar elogiando os dois.




Ster 16/01/2022

"A beleza inexiste na própria matéria, ela é apenas um jogo de sombras e de claro-escuro surgido entre matérias".

Um ensaio cheio de curiosidades e saudosismo do autor sobre a importância da penumbra e do jogo de sombras para a estética japonesa, tanto na arquitetura, quanto no "padrão de beleza", seja feminino/masculino e artístico, e até mesmo dos utensílios domésticos e da aparência dos alimentos.
Também uma crítica à modernidade que se instalava no Japão de sua época, sem negar que as "conveniências ocidentais" eram sim de importância. Foi uma ótima leitura, muito rápida.
gabriel 21/01/2022minha estante
Parece muito interessante! Adicionei à minha lista de leituras.




Marcos606 27/12/2023

Tratado que realça a importância das sombras na estética japonesa, desde os domínios da arquitetura e do teatro até os objetos do cotidiano. Está em destaque a beleza das formas tradicionais da cultura japonesa, que têm uma relação produtiva com as sombras, face ao domínio ocidental e ao seu foco no progresso, que exige luz e procura evacuar as trevas.

Tanizaki começa pensando no dilema de um arquiteto tradicional que pode tentar construir uma casa em puro estilo japonês, o que pode entrar em conflito profundo com os fios, canos e outros elementos utilitários até mesmo dos recursos modernos mais simples, como um telefone e aquecimento. A partir deste ponto, ele conduz seus leitores em uma viagem sinuosa através de exemplos contemporâneos e históricos que demonstram um senso de gosto particularmente japonês. Embora estas preferências estejam presentes há muito tempo no país, ele argumenta que correm o risco de desaparecer, dados os efeitos de uma modernização liderada pelo Ocidente e o desejo relacionado do Japão de imitar a América.

Um de seus primeiros argumentos diz respeito aos banheiros, que historicamente são espaços mal iluminados e imaculadamente limpos na arquitetura japonesa, que ele vê como uma fonte de repouso espiritual. Ele acredita que a poesia da experiência do banheiro é arruinada pelas preferências ocidentais por azulejos brancos e iluminação excessiva. Isto leva a uma discussão sobre como a civilização teria sido diferente no Japão sem a intervenção ocidental. Em particular, está interessado em sustentar práticas e ferramentas adequadas a cada cultura nacional. Por exemplo, uma caneta-tinteiro distintamente japonesa pode ser adaptada às qualidades específicas do papel japonês, que absorve a luz, em vez de desviá-la, como faz o papel ocidental.

Isto leva a uma discussão mais ampla sobre o amor do Ocidente pela claridade e brilho, que é caracterizado pela prata polida e diamantes transparentes e brilhantes. Em contraste, o Japão prefere cristais “impuros” que possuem veios opacos e objetos de estanho com uma beleza que se revela através do escurecimento ao longo do tempo. Da mesma forma, ele contrasta a arquitetura da catedral gótica ocidental, em que o telhado aponta para o ponto mais alto possível no céu, com os templos japoneses que apresentam um telhado baixo e maciço de telhas pesadas, produzindo sombras extremas e obscurecendo as portas dos edifícios e paredes.

Em vez de simplesmente marcar diferentes preferências estéticas, o autor está a defender uma compreensão historicamente enraizada da beleza que se relaciona com as realidades cotidianas. Ele postula que os seus antepassados ​​japoneses, que não tiveram escolha senão viver em quartos escuros, passaram a compreender a beleza das sombras e a brincar com estas propriedades nos seus produtos culturais. Na verdade, Tanizaki vê a tranquilidade das sombras como algo particularmente japonês; para ele, esse descanso da luz cria momentos em que ele sente uma pura sensação de paz e o tempo para.

Ele então continua a construir seu argumento através da discussão de outras formas culturais para, em última análise, argumentar que as diferenças de gosto entre o Japão e o Ocidente são produtos de atitudes culturais em relação à mudança.

É uma perspectiva desconcertante pois nos conta sobre um Japão que já desapareceu. Sua ode as trevas funciona como catalisador para uma modernidade que esquece de onde vem. A busca visceral pelo progresso que nos faz esquecer a menor escuridão dentro de nós.
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_bbrcam 13/09/2023

Confesso que gostei da reflexão de que esse livro seria uma sátira
Caso seja mesmo, o autor deve ter dados boas risadas. algumas partes também me fariam rir se eu soubesse que é mesmo uma sátira. caso não seja, existe essa possibilidade, ainda é um livro muito interessante sobre a cultura japonesa. tive que pesquisar alguns termos, mas nada que atrapalhou a leitura.
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