Ana Júlia Coelho 09/05/2022Marina retorna para Brasília após 7 anos vivendo com a avó. Ao estar de volta em sua cidade, reencontra seus amigos de infância. Apesar de já ser dona do próprio nariz, Marina continua fazendo o que Virgínia sempre pede. E dessa vez vai acompanhá-la ao aniversário de Téo, outro amigo riquinho e mimado. Lá acaba se embebedando e se deparando com uma cena chocante: debaixo de chuva, encontra uma desconhecida prestes a morrer. Mas até conseguir buscar ajuda, a mulher some.
Marina fica cismada com a mulher e conta com a ajuda de Rafael para tentar encontrá-la, seja buscando em hospitais, delegacias ou IML. E aí a autora esquece que esse enredo é muito interessante e decide gastar horas descrevendo como a Marina quer ficar com o Rafael, mas aí não quer mais ficar, e decide voltar atrás, mas só pode um beijo, e depois manda ele ir embora de novo. E que guri insistente, criei ranço só por isso. Mesmo a criatura não mantendo as convicções, ele tem que entender que NÃO É NÃO! Só depois de muito tempo a autora decide retornar ao caso da menina da chuva, e aí os plot twists são bem previsíveis.
Achei a narrativa um pouquinho rasa só para deixar o livro um pouquinho mais extenso. Comecei a ler e achei a sacada da menina morrendo genial, porque a Marina acaba ficando na dúvida se aconteceu ou se é coisa da cabeça dela por conta da bebedeira... e essa parte é esquecida completamente! E aí quando retorna para essa linha de narrativa, o livro muda completamente. Não deu de mesclar a parte FORÇADÍSSIMA de romance com a investigação sobre o paradeiro da mulher, tem um corte bem nítido na narrativa entre esses dois períodos. Mas a parte após a descoberta de quem era a desconhecida foi bem interessante, por mais previsível que seja, e acabou me prendendo muito mais do que a descrição do romance.
O livro mescla o ponto de vista de Marina e o de Rafael e conta com capítulos extensos, com mais de 20 minutos, o que também me desagradou.
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