Bruno Garcia 14/06/2020Manipulados: Dados e DemocraciaSe estamos vivendo a era das narrativas digitais e do colonialismo de dados, o caso Cambridge Analytica e Facebook é um marco por convergir empresas de tecnologia coletando dados de maneira ilegal de seus usuários para venderem ao marketing imoral de campanhas eleitorais.
No documentário Privacidade Hackeada (Netflix), Brittany Kaiser já é a guia pelas denúncias mas é no livro “Manipulados” (Harper Collins) que conta em detalhes sua trajetória trabalhando na Cambridge Analytica.
Uma testemunha e cúmplice do marketing político digital do mal baseado em exploração da privacidade na Internet (isso existe ou utopia minha?), ciência de dados, psicologia cognitiva, disseminação de fake news e difamação de adversários políticos com anuência do Facebook.
Acompanhar a história de Brittany é seguir uma linha do tempo pela evolução da política nas redes sociais e polarização de ideologias, pois ela desde jovem participou em campanhas progressistas pelos direitos humanos. Inclusive na equipe de mídias sociais do senador Barack Obama, cuidando da fanpage dele no Facebook, apagando comentários racistas, etc.
Após alguns anos como voluntária em ONGs na Africa do Sul e Libia, recebeu proposta tentadora: ser consultora em uma empresa inglesa ascendente que vendia “pesquisas comportamentais” baseada em dados.
A profissão da moda que pagaria bem, ajudaria sua família e forneceria a pesquisa para seu doutorado. Então, se antes era voluntária democrata usando planilhas para catalogar e responder milhares de apoiadores.
Depois de conhecer Alexander Nix, o CEO do SCL Group, ela passou a vender “comunicação estratégica” baseada em algoritmos preditivos para candidatos na Nigéria; no México; os “leavers” do referendo Brexit no Reino Unido e o candidato republicano nas eleições americanas: Donald Trump.
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