O Arquiteto do Esquecimento

O Arquiteto do Esquecimento Marcos Bulzara




Resenhas - O Arquiteto do Esquecimento


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Regiane 30/11/2010

Que parte da sua vida você gostaria de apagar?

Esse livro tem como protagonista Doran Visich, um polonês judeu que até então, levava uma vida tranqüila - apesar de simples – acompanhado de dias felizes e de brincadeiras em seu vilarejo, ao lado de sua família. Mas como sabemos, a vida nem sempre é justa, ela prega peças. Infelizmente, Doran foi alvo de uma dessas peças. Um acontecimento inesperado e triste o marcou e o marcaria por muito tempo, acrescentado de remorso e pesadelos.

Apesar da culpa que carregava, Doran tentava seguir em frente, estudando, ajudando seus pais e cuidando de sua querida irmã Constantine, mas realmente parecia que as coisas não estavam a seu favor. Se já não bastasse as lembranças daquele ocorrido que assombravam a sua mente, os dias de sossego naquele lugar agradável, a sua terra natal - a Polônia - estavam contados, devido à terrível guerra que estava por vir.

Doran foi separado dos seus familiares e amigos, teve que enfrentar as torturas e atrocidades no campo de concentração. Foi humilhado, passou fome e sede, e ainda teve que testemunhar várias mortes injustas e cruéis. Felizmente ou não – já quase no final da guerra - ele conseguiu milagrosamente escapar dos campos nazistas.

O holocausto é apenas o pano de fundo dessa comovente história. Doran jamais esqueceria de tudo que passou nas mãos daqueles assassinos nazistas, mas outras tristezas e desgraças chegariam até ele. Ao se refugiar na Áustria imaginou que finalmente a vida lhe traria algo bom, mas infelizmente aquele ainda não era o momento. Por ser o único homem capaz de decifrar um código químico para a criação de uma nova droga capaz de revolucionar o mundo científico, ele sofre uma terrível perseguição, tendo como única opção, fugir para os Estados Unidos.

Já no novo país, os tormentos e aflições fazem Doran ansiar em reencontrar o seu passado. E quando a vida parecia finalmente querer recompensá-lo, uma nova situação terrível acontece. Cansado e desesperado, ele enxerga apenas uma alternativa, uma decisão arriscada. Seria válido tamanho sacrifício? Conseguiria finalmente encontrar as respostas do seu passado? Conseguiria se perdoar da culpa carregada por anos?

Eu nem sei mais o que dizer. Terminei o livro quarta-feira e confesso que foi impossível conter as lágrimas. Ainda estou muito emocionada. Apesar de tratar de personagens fictícios, existe a realidade por trás de tudo isso. E como o autor disse na sua nota final, as guerras continuam, as mortes, as atrocidades causadas pelo homem. E de uma forma ou de outra, tentamos sempre esquecê-las.

O desencontro de pessoas queridas em conseqüência da guerra. O amor pela família, as lutas, os sofrimentos... Nossa! Como isso me tocou! Na verdade, sempre me toca. Li alguns livros esse ano que retratassem o holocausto, mas confesso que nenhum me emocionou como o “Arquiteto do Esquecimento” – mesmo este, tendo o assunto apenas como pano de fundo. Sem contar a narrativa impecável do autor, rica em detalhes, que leva o leitor a imaginar cada cena, cada situação, com muita precisão, mesmo nunca estando em nenhum dos locais citados.

Marcos eu tentei de todas as formas me expressar o melhor possível para que as pessoas dêem chance a elas mesmas para apreciar sua maravilhosa obra. E como eu disse pelo e-mail, se dependesse de mim, você seria reconhecido mundialmente, pois além da história incrível que você criou, percebe-se de longe o tempo que você se dedicou em pesquisas, na escrita, revisão, no material do livro, etc. Resumindo um livro feito com muita paixão.

Escrever histórias, livros, muitos podem fazer isso, mas emocionar e fazer os leitores vivenciarem cada cena, e cada um dos seus personagens a ponto de mexer com os sentimentos, isso é uma façanha para poucos. E você pode se incluir nessa segunda opção.

Finalizando eu quero dizer que jamais esquecerei a história de Constantine e Doran Visich. E também não posso deixar de falar que esse foi um dos melhores livros que eu já li na minha vida. Recomendo!!!
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Cris 14/05/2010

Mais do que eu esperava
Li e reli o livro. Descobri muitos detalhes que da primeira vez passaram despercebidos. É uma história que me emocionou muito e fez com que a leitura fosse um prazer. Recomendo a todos que gostam de um bom livro.
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magicjebb 09/08/2011

Passado, presente e futuro vistos em grande estilo
Sinceridade? Este livro é um SACO!

Nota CINCO aqui no Skoob (se tivesse SEIS eu dava uma estrelinha a mais) e eu digo que O Arquiteto do Esquecimento é um saco? Não parece fazer muito sentido.

É um saco quando se leva mais de 400 páginas pra saber, ou pra achar que se sabe... não, pior ainda, pra achar que TALVEZ SE SAIBA o que irá acontecer a seguir na trama. E no final das contas, após mais de 400 páginas, descobrimos o óbvio, que nossas tantas deduções estavam novamente erradas... Sério, isso é um saco!

Sinceridade? De novo, sinceridade? AMEI! Assim, de paixão! Ô livro danado de bom, seu!

Eu poderia escrever que O Arquiteto do Esquecimento revela o inquietante relato da vida de seu personagem principal, Doran Visich, e colocar uma porção de spoilers sobre sua infância na Polônia, a adolescência nos campos de concentração nazista, sua vida como jovem cientista perseguido pela contra-espionagem durante a Guerra Fria EUA-URSS, e citar outras tantas situações que aconteceram durante a leitura deste romance excepcional. Seria bem simples.

Em lugar disso, prefiro dizer que O Arquiteto do Esquecimento é um saco! É uma viagem de navio por mares revoltos, um passeio de montanha-russa, um porre seguido de uma ressaca, algo que nos diverte e encanta, mas também nos deixa tontos e nos faz passar mal, deixa-nos felizes e nos enche de dor de cabeça, tantas são as reviravoltas que a estória apresenta no seu decorrer. Verdadeiro sobe-e-desce histórico de possibilidades e palpites que muitas vezes não se confirmam. Surpresas e mais surpresas... Chega a ser irritante, intoxicante. E quando se acha que finalmente se sabe o que vai acontecer em seguida... Ledo engano! Errados de novo! Marcos Bulzara usa de sua criatividade para nos ludibriar novamente com um texto correto e cortes desconcertantes, inesperados.

Um livro sensacional. Uma estória criativa, trágica, verossímil. Mesmo sendo um saco, e deixando a gente enjoado no meio de tanta reviravolta, O Arquiteto do Esquecimento é espetacular e merece nota máxima!
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Hermano 01/12/2010

O Arquiteto do Esquecimento - Marcos Bulzara
Imaginem se pudéssemos apagar de nossas mentes todas as lembranças recentes, sejam elas agradáveis ou não? Como isso seria possível? Com a droga chamada D-45 Amnol, invenção da mente brilhante de Doran Visich, o protagonista criado por Marcos Bulzara.

“Que parte da sua vida você gostaria de apagar?”

Foi com essa questão impressa na capa do livro que me pus a pensar em tudo o que vivi. O que eu gostaria de esquecer? Bem, ainda não me decidi ao certo, mas se a pergunta fosse... Qual parte da sua vida você não apagaria? Certamente diria a trama de “O Arquiteto do Esquecimento” porque ela é incrível!

A história gira em torno de Doran, um judeu polonês que sobreviveu ao holocausto da Segunda Guerra Mundial. Como se isso já não fosse desventura suficiente, ele ainda é atormentado pela culpa de um acidente ocorrido com a sua irmã, que desapareceu no meio da invasão alemã. Em meio à culpa, ele busca pela irmã perdida e se envolve involuntariamente com a CIA, ficando entre o fogo cruzado da Guerra Fria. EUA e União Soviética disputam quem ficará com o controle da grande descoberta de Doran... a droga do esquecimento pode custar a vida de outra pessoa a quem ama, Constantine, sua única filha.
O livro viaja durante toda a vida do protagonista que se resume em apenas 113 anos!!! Calma gente, o número assusta, mas é tudo bem explicado na trama: Desde a sua infância humilde, passando por todo o sofrimento do campo de concentração até a sua tentativa de superação e reparação. Marcos Bulzara narra a história de forma detalhista sem ser enfadonha, ele pensou em todos os detalhes e com sua descrição minuciosa, que fica impossível não imaginar os locais por onde ela se passa.
A infância de Doran é um capítulo a parte, sua relação com a família e seu afeto pela irmã Constantine (sua filha recebeu o nome em homenagem a tia) é extremamente comovente. Não tem como não se apaixonar por eles, foi a parte que mais gostei e que me fez seguir em frente! Precisava saber o paradeiro de Gorda (apelido carinhoso que Doran deu a irmã) ou não teria paz. Sem spoiller, digo apenas que o final surpreende.

Só posso acrescentar que Marcos Bulzara conseguiu dosar vários gêneros, drama, mistério e ação com maestria, em uma única obra, talvez apenas um pouco ficciosa em excesso... Confesso que esse livro foi uma adorável surpresa! Inicialmente me assustei com seu tamanho, do alto de 470 páginas, mas todas se mostraram indispensáveis. Detalhe para a qualidade do acabamento do livro, da parte gráfica e do material utilizado.

Ass: Hermano Henrique Martins Silva
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Lorran 16/10/2010

O Arquiteto do Esquecimento
É incrível como livros que tenham a Segunda Guerra Mundial como pano de fundo de sua trama conseguem me prender de uma forma inexplicável. Se eu acreditasse em reencarnação diria que fui, de alguma forma, partícipe dessa parte negra - mais uma - da história. Apesar desse pano de fundo, atrevo-me a dizer que este não é o principal elemento do livro que resenho hoje. Mesmo tendo uma importante participação, a Segunda Guerra Mundial é apenas mais um elemento da trama de O Arquiteto do Esquecimento - na minha opinião, claro!

O Arquiteto do Esquecimento é daqueles livros de causar taquicardia. É claro que tem seus momentos mais parados, como quando o autor precisa recuperar um pouco a história do personagem, mas nada que diminua de forma abrupta o envolvimento da trama. É um verdadeiro vira páginas que me rendeu mais algumas olheiras.

O livro conta a história - dramática, muito dramática - de Doran Visich, um judeu polonês que, além de sofrer nas mãos dos nazistas - carrega uma culpa indescritível (daquelas que normalmente não temos culpa, mas que tornamos maior do que se realmente fôssemos culpados) desde a sua infância.

Apesar de todos os dramas de Doran - que como eu disse não são poucos - é essa culpa que norteará todo o destino do personagem. É engraçado como certos detalhes nos levam a algumas analogias curiosas. Há alguns dias estava tomando um chopp com alguns amigos e veio à tona a questão: você se arrepende de alguma coisa na sua vida? Acho que a pergunta encaixa bem com o questionamento da capa do livro: "que parte da sua vida você gostaria de apagar?"

Confesso que viajei lendo esse livro. Lembrei do encapetado que eu era quando criança e das coisas das quais me "arrependo". Me arrependo entre aspas, pois não me arrependo ao ponto de preferir esquecer tais experiências. A minha resposta à pergunta dos meus amigos foi não; não me arrependo de nada. É claro que me arrependo pelo mal que eu possa ter causado - e definitivamente causei em alguns momentos - a algumas pessoas, mas não no sentido de "seu eu pudesse, teria feito diferente". Não, não teria. Pois sem essa vivência, eu não teria crescido e aprendido que aquilo não foi legal.

Enfim, não vou entrar muito nessa, pra vocês não acharem que eu fugi ao assunto. Mas é justamente aí que eu acho que mora o grande trunfo de Doran Visich: essa dor e culpa são o que o movem a se tornar uma pessoa melhor. Ele não quer esquecer o passado, mas percebe que este não pode ser reescrito, o que o leva a tomar a decisão mais acertada de sua vida.

"Que parte da sua vida você gostaria de apagar?"
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ana paula 28/11/2010

Excelente!
Há momentos em que precisamos tomar decisões. Nem sempre elas são as mais corretas. Deveríamos nos punir, para sempre, pelas consequências de nossos atos?
Doran era um menino atento, num lar feliz, onde seus pais e seus dois irmãos formavam-lhe uma família. Cresceu num pequeno sítio, próximo a uma vila na Polônia. Filho de judeus, vivia numa comunidade que lhe servia de amparo e cujo mundo refletia paz.
Um acidente mudou a vida de Doran, ligando-o de forma definitiva e entranhável à sua irmã mais nova: Constantine. A menina se transformou no centro de suas preocupações.
A guerra avassalou a Polônia. Os poloneses foram perseguidos, mortos ou enviados para os campos de concentração. Doran sobreviveu de forma surpreendente. Profundas feridas foram marcadas pelos nazistas em seu corpo e na sua alma.
Após a guerra, o jovem prisioneiro se transformou num famoso químico. A sua incomparável inteligência lhe trouxe um grande projeto nas mãos: a droga do esquecimento.
Mas Doran não queria a notoriedade, o dinheiro ou os prêmios. Ele queria paz. Mudar o passado de forma a apagar a mancha dos acontecimentos de sua vida. Perdoar. Não o outro, mas a si mesmo.
A busca de Doran Visich pelo autoperdão e redenção é uma das mais belas histórias que já li, pois nos remete a refletir sobre nossas próprias vidas e nossas escolhas.
A solução arquitetada pelo autor é fantástica.
Não há lágrimas que se recusem a brotar na narrativa e principalmente ao final.
Todos nós deveríamos nos dar uma chance. E ler este livro seria uma forma de encontrarmos esta saída.
Por isto, sem dúvida alguma, recomendo-a e digo que mais do que um grande costureiro de palavras, Marcos Bulzara é um notável estilista.

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Carol Trinta 15/05/2010

livro excelente
Uma excelente historia, emocionante, marcante! Este livro proporciona um aprendizado magnifico no que diz respeito a familia. O autor conseguiu mostrar quao importante sao os laços familiares, quao dolorosa é uma vida na ausencia da estrutura familiar, e principalmente, nas condicoes da segunda guerra mundial em que se passa a historia.
Dani Rodrigues 14/08/2010minha estante
Oi Carol!
Esse livro parece ser bem interessante. Pretendo lê-lo em breve!
Um abraço,
Dani Rodrigues
www.notamosque.blogspot.com




Luciane 22/09/2012

Fico impressionada com a qualidade da literatura brasileira. Este livro tem tudo para ser um grande bestseller: momentos da Segunda Guerra Mundial, suspense e ação (tipo Dan Brown), questões familiares, romance, futurismo e redenção. As 470 páginas passaram voando nessa leitura. Adorei. É o primeiro livro de Marcos Bulzara, autor gaúcho, de qualidade excepcional. Super recomendado!
Este livro é do Grupo Livro Viajante: http://www.skoob.com.br/topico/grupo/1284
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Danika 28/04/2011

"Chorar é tornar menor a profundidade do sofrimento..."
Lindo. Maravilhosamente lindo.

A leitura de O Arquiteto do Esquecimento foi uma das melhores que já fiz. Altamente enriquecedora e detalhista, impossivel não se emocionar a cada página.

Com 470 páginas e publicado pela Life Editora, o livro foi muito bem editado sendo dividido em 5 partes. Bulzara conta a estória de Doran Visich começando pela sua infância humilde e bucólica na província de Posnan, na Polônia. E é lá também que conhecemos Gorda, ou Constantine, sua irmã e melhor amiga, a personagem fundamental nesta trama e na vida de Doran.

O único livro com a Segunda Guerra Mundial como contexto histórico que eu já havia lido era o A menina que roubava livros, e por sinal é um de meus livros favoritos. Então foi com bastante prazer que me entreguei a leitura. O autor trabalhou em cima de detalhes; conhecimento geográfico sobre cidades e países europeus, contexto histórico sobre o Nazismo e judeus, além de relacionar a trama com fatos históricos como por exemplo, o motivo pelo qual Kennedy fora assassinado e a motivação por trás da corrida espacial durante a Guerra Fria.

Durante o drama vivido por Doran, eu praticamente solucei de tanto chorar. Chorei mais pelo fato de reconhecer que mesmo que não tenha havido um Doran na vida real, ainda assim pode ter havido vários Dorans. Deixa eu tentar me explicar… Quantos judeus morreram e a história não faz a menor ideia de quem aquelas pessoas eram, quem realmente eram, mães, pais, avós, filhos e filhas, maridos e esposas, trabalhadores, camponeses, empresários, operários, estudantes, artistas, escritores, quantos poderiam ser tão geniosos quanto o próprio Doran Visich ou até mais e tiveram suas carreiras e vidas interrompidas? Sonhos destruídos?

O relacionamento de Doran com a irmã é tão terno e o valor que é dado a familia é uma coisa linda de ver. A gente acaba tirando várias lições do livro, coisas simples mas que nós esquecemos no dia a dia, nos deixando levar pelos valores da vida moderna onde não temos tempo para os outros, nem para nós mesmos.

Fica bastante dificil para eu falar do livro, da estória em si sem entrar em detalhes que se tornem spoiler, então só o que vou fazer é elogiar, contar o tanto que amei e tentar instigar vocês a lerem o livro. Afinal, essa é a melhor maneira de vocês descobrirem o valor desse livro.

E em relação a pergunta-slogan do livro de “Que parte da sua vida você gostaria de apagar?” eu mudei completamente o meu modo de pensar. Levando em consideração tudo o que aconteceu com Doran e outras personagens da trama, não há nada que eu queira apagar da minha vida. Cada coisa, boa ou ruim que acontece com você influi no seu comportamento e moldou a pessoa que você se tornou, então, por mais dolorosa que algumas lembranças sejam, só o que resta é trabalhar em cima disso e superar.

Eu não pensei que um dia diria isso mas; Bulzara, obrigada por me fazer chorar.
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Rose 25/09/2013

Marcos nos conta a estória de Doran Visich, um polonês que assim como milhares de pessoas, viu sua família, sua terra, sua vida, seus sonhos serem arrasados pelo ódio infundado de um louco chamado Hitler.
Doran vivia em um pequeno vilarejo com seus pais e um casal de irmãos. Filho do meio, era muito apegado à irmã caçula Constantine, a quem carinhosamente chamava de "gorda".
Naquele pedaço de chão polonês, Doran nasceu e cresceu. Passou momentos tristes e felizes. Fez amigos, conheceu o poder do "saber". Inteligente e curioso, lia tudo o que podia, e tinha uma mente privilegiada. Uma pena que esta mente não conseguiu escapar das atrocidades da Guerra Mundial.
De uma hora para outra, ele que não tinha muito, perdeu o pouco que tinha. Perdeu os pais, viu seu irmão ser assassinado bem ao seu lado, e o pior de todos os seus tormentos, foi obrigado a deixar para trás sua irmã, para que ela, que sabe, com um milagre conseguisse escapar.
Doran Visich não era mais Doran, agora ele era 312565. Apenas mais um entre os milhares de judeus presos em campos de concentração.
Doran conheceu o que de pior a vida poderia mostrar. Passou fome, frio, sede. Foi torturado e surrado. Foi reduzido a nada...
Seu destino mudou quando foi transferido para trabalhar em uma fábrica sob as ordens de Gunther. Doran enfim começou a recuperar um pouco de sua dignidade até então roubada. Eles tornaram-se amigos, e Gunther tinha muitos planos para Doran.
Mas, outra vez a ganância e o ódio entram na vida de Doran, e ele se vê novamente sozinho. Mesmo com a guerra chegando ao fim, ele ainda vai ter que lutar por sua vida, e desta vez, sua mente privilegiada será um aliado.
Hora de mudanças, mesmo com as profundas marcas que a vida lhe impôs, Doran se reergueu. Estudou, casou e teve uma filha, Constantine... Ele se tornou uma pessoa rica, respeitada e muito conhecida. Mesmo com tudo isso, ele não conseguia apagar sua infinita tristeza em relação à sua irmã.
Mesmo com todo o prestígio e dinheiro que conseguiu, Doran não conseguiu mais uma vez evitar outro duro golpe que a vida lhe impôs. Entre a cruz e a espada, Doran tinha uma dura decisão a tomar. As duas pessoas que ele mais amava na vida estavam tão perto, mas ao mesmo tempo tão longe...
Ele usou então o que tinha de melhor: sua inteligência. Em um golpe arriscado, deu sua cartada final para não perder para sempre suas Constantines.
Um livro incrível, com reviravoltas constantes. Um livro que te prende, te faz sentir...
Doran é um personagem fictício de uma estória imaginária, de um período que infelizmente existiu. Um período onde muitos se perderam e que a humanidade ficou mais fria. Um período que não foi e não será esquecido, mas que muitas vezes parece não ter sido "aprendido".
Um período que marcou e mudou para sempre a vida de milhares de pessoas. Um livro que com certeza você deveria ler.
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thirtywishes 15/04/2012

Quando você ganha um livro de presente, qual a primeira coisa que passa na sua cabeça? Sou sincero: “Espero que eu realmente goste disso.” Não há nada mais constrangedor do que gastar seu tempo com uma bomba embrulhada com carinho e amor, dessas que nem para a tarefa de matar o tédio consegue fazer o requisito. O problema se agrava ainda mais no momento em que você não consegue desistir. Por mais que abandonar aquele trambolho pareça compreensível devido às circunstâncias, a etiqueta das boas maneiras logo sussurra no seu ouvido um - Continue! Ele foi comprado especialmente para você. – tão arrogante que o prazer da leitura se transforma numa obrigação ditatorial. Vou até botar a boca no trombone e chocar a sociedade com essa minha conclusão: Não sei se gosto de ganhar livros. Acho que a experiência de escolher o que você vai ler faz parte do processo de apreciar o produto final. Claro que não é impossível receber grandes surpresas... Mas sempre terá um “E Se” nada convidativo. Um E Se que, infelizmente, vou exemplificar com a promessa sem resposta feita por O Arquiteto do Esquecimento.

O resto da resenha, você confere em:
http://www.escolhendolivros.blogspot.com.br/2012/04/o-arquiteto-do-esquecimento-marcos.html
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F. G. CARD 27/04/2011

Surpreendente!
O começo descrevendo a infância de Doran Visich em meio ao desabrochar da 2ª grande guerra e depois sua adolescência durante, na verdade, fornecem apenas um grande e muito bem elaborado, pano de fundo para a real trama que se desenrola.

Desde a passagem de Doran pela Áustria até o fim o leitor se pega em uma narrativa vertiginosa e qualquer possibilidade de largar o livro se desfaz.

Lembrou-me muito a narrativa de Dan Brown, aquela coisa que te segura e não te deixa nem sequer desviar o olhar do livro. No entanto, Marcos Bulzara foi além, pois sua capacidade descritiva é algo primoroso!

Senti-me dentro da história, ao lado de Doran e até o comevente fim tive vontade, por diversas vezes, de interagir com ele.

É, para mim, mais uma evidência de que a literatura nacional dá um banho nas modinhas YA caça níqueis de hoje em dia. Vai para os meus preferidos com todos os méritos.
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Ginni 14/05/2010

Sensacional!
O livro é uma mistura de suspense, ação, aventura, drama e algumas coisa mais. Você consegue viajar junto com o personagem principal num labirinto de emoções que envolvem o leitor de maneira surpreendente. No princípio pensei que fosse apenas mais uma história sobre um sobrevivente da segunda guerra, mas logo percebi que era muito mais. O livro traz tantas informações e consegue misturar ficção e realidade tão bem e tem tantas reviravoltas impressionantes que é impossível largar. Realmente uma ótima opção. E traz uma lição de vida formidável.
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Dan 25/07/2012

Resenha: O arquiteto do esquecimento
Apreciei bem devagar o livro, não queria chegar tão cedo ao fim.
A história e a narração são tão envolventes que nos levam a épocas que diferem, em muito, da nossa atualidade.
Adorei O arquiteto do esquecimento, um livro que nos faz viver dramas e questionar diversas situações, afinal “O que você faria se pudesse apagar uma parte de sua vida?”.

O livro começa no ano de 1991 e Doran Visich (que ainda não sabemos quem é direito) aplica uma droga, a D45 – Amnol – Nível 3, nele mesmo. Ligou para a emergência e teve um ataque cardíaco.

No início não entendemos direito o porquê daquilo, mas com o desenrolar da leitura a ficha cai.

47 anos depois... Constantine recebe a notícia que seu pai estava acordando do coma. Doran Visich estava agora com 113 anos (graças a tecnologia médica) e seu estado perdurou por 50 anos em coma.

O livro é dividido em partes e vamos descobrindo quem é Doran Visich.
Relatos de sua infância, com sua família humilde. Viviam próximos a cidade de Gniezno, província de Poznan, no centro oeste da Polônia. Seus pais eram judeus, como a maioria que morava na região. Doran tinha uma irmã mais nova, Constantine (eram muito ligados), e um irmão mais velho. Conhecemos detalhes de sua vida, mais tarde sabemos como ele foi parar num campo de concentração nazista, o que passou, o que sofreu...
Depois acompanhamos uma história surreal de perseguição, conspiração e amor. O livro é totalmente surpreendente e você não tem ideia do que encontrará nele, mas garanto que irá adorar essa história que irá lhe prender desde o início.
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RUDY 16/11/2012

RESUMO SINÓPTICO:
CITAÇÃO: "- Chorar é tornar menor a profundidade do sofrimento - ela sussurrou para si mesma." (pág. 223)


RESUMO SINÓPTICO: Doran Visich era judeu polonês que viveu uma infância tranquila ao lado dos pais, irmão mais velho e da querida irmã Constantine com quem tinha uma ligação muito forte e elo de amizade profundo. Viviam em uma pequena comunidade afastada da cidade com deveres e cuidados na fazenda e onde íam apenas aos 10 anos para uma escola; porém Doran tinha uma curiosidade a cima da média e já sabia ler e escrever quando teve de ir participar das aulas. A professora sempre o estimulava e sabia que era diferente dos outros, tinha uma lógica única para as coisas.
Foi capturado pelos nazistas e levado aos campos de concentração, onde inesperadamente conseguiu sobreviver a todas atrocidades imputadas aos prisioneiros.
Tornou-se o gênio por trás da droga D-45 que fazia as pessoas esquecerem parte de suas vidas. Ganhou uma fortuna, casou-se, teve uma filha a quem deu o nome de Constantine em homenagem a irmã, a quem admirava e carregava uma culpa em relação a um acidente na infância que o fez infeliz durante toda a vida.

Para ler a análise do autor/livro, visite os blogs:

BLOG ALEGRIA DE VIVER E AMAR O QUE É BOM: http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/2012/11/resenha-63-o-arquiteto-do-esquecimento.html


BLOG CRL: http://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com.br/2012/11/resenha-o-arquiteto-do-esquecimento.html

Michelle 11/04/2023minha estante
Uma leitura que trás muitas reflexões




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