Fragmentos

Fragmentos Caio Fernando Abreu




Resenhas - Fragmentos


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Aniram 10/09/2011

Meu dolorido-colorido, eu quero te dizer quê.
Caio expõe cada pedacinho da pele de suas personagens em “Fragmentos” e elas se apresentam para nós desavergonhadas, desnudas, sedentas, com nada além de instinto pra nos transmitir aquilo que era nada menos que o próprio Caio – também desavergonhado, desnudo, sedento, instintivo. Num deserto de almas, ele se distinguia pelas cores azuis, amarelas, verdes, porém nunca negras e pela falta de medos excessivos, por aquela coragem incrível em insistir mesmo sem fé. Seja ao fugir pro Sri Lanka ou pra muito próximo do Guaíba, em suas histórias e conto, Caio fragmenta-se sob o sol gema-de-ovo de janeiro e derrete-se ao som de Charles Azvanor, sem temor algum em prosseguir, sem pudor, sem não-me-toques, sem nada além do ato de entregar-se totalmente.

“Fragmentos” nada mais é que você sentindo a dor de outros. E esse vazio profundo que te faz pensar quê.
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Alexia 20/08/2022

O brilhantismo que transpassa gerações
Essa coletânea traz histórias que seriam facilmente vistas como a marca da depravação para muitos, mas para mim, eu li sobre algumas das muitas faces do amor - da vingança à loucura - submetidas ao preconceito daquela ou de outra época.
Até o ponto em que conheço a escrita do Caio F. posso dizer que o cara era de uma sensibilidade incrivelmente polêmica. Retratava, e muito bem, verdades inconcebíveis para aqueles que as concebiam. É como cavar sem cavar, e retirar de lá o inconfessável.

Abaixo, quotes dos contos que mais gostei:

"Não era mais Gilda, nem Adelina nem nada. Era um corpo sem nome, varado de prazer, coberto de marcas de dentes e unhas, lanhado dos tocos das barbas amanhecidas, lambuzada do leite sem dono dos machos das ruas. Completamente satisfeita. E vingada." (Os sapatinhos vermelhos)

"Cada coisa era cada coisa e inteira, na união de todas as suas infinitas partes. Mas e as sombras e os reflexos, esse que não se integravam em forma alguma, onde ficavam guardados? Para onde ia a parte das coisas que não cabiam na própria coisa? (...)" (Sargento Garcia)

"Para mim, piscar é uma espécie de vírgula que os olhos fazem quando querem mudar de assunto." (Uma história de borboletas)

"Num deserto de almas também desertas, uma alma especial reconhece de imediato a outra." (Aqueles dois)
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brunaentrelivros 10/04/2024

A genialidade de uma escrita origial
Caio Fernando Abreu sempre será um dos meis autores favoritos porque ele é um dos poucos que consegue trazer tanto realismo nos seus escritos. Tudo que eu já li dele é genial e original, acima de tudo.
"Fragmentos" reune uma seleção densa e com passagens fortes, duas das características mais presentes na obra dele.
Sou suspeita pra falar, mas é impossível não sentir cada palavra.
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lore 22/01/2024

No começo odiei todos os contos, depois eu amei meudeus achei que eram criativos e interessantissimosssss amo contos as vezesss
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Lacerda 02/09/2010

Não dá pra esperar muito de um livro de bolso que se chama fragmentos; de fato são fragmentos de Caio, são seus textos mais expressivos.

Além do ponto, os sobreviventes e aqueles dois são os que me chamam mais atenção, não só pela história, mas pelo estilo que é adotado; nunca cai na monotomia, os textos sempre são diferentes e tratam de nossas dores, preconceitos, cotidiano, da vida enfim.
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Rafael1906 11/04/2023

Seleção de excelentes textos.
Há muito tempo tenho vontade de ler os textos desse grande autor dos nossos tempos. Caio é maravilhoso, uma escrita fluida, orgânica, humana, visceral. Nessa edição de fragmentos são reunidos textos excelentes dele e um inédito chamado "porta-retrato." Uma leitura necessária. Destaco os textos "sargento Garcia", "esses dois" e "os sobreviventes."
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ana 08/12/2023

Fragmentos
Primeira obra lida por mim de Caio Fernando Abreu e por incrível que pareça foi um livro que eu levei mt para o lado sentimental, escrito sem vírgulas nem pontos finais, escrito de maneira fluída e sem poupar palavras. Houve fragmentos que sei q vão me fazer pelo resto da vida remetendo emoções que por mim msm já senti, junto com seu belo gosto musical e sua apreciação pelo piano de Erik Satie, um pouco de Billie Holiday, mas sem esquecer de Noturno em mi bemol de Chopin. Caio Fernando Abreu possui parágrafos mt vorazes, os q mais gostei em destaque foram "Os sapatinhos vermelhos" "Uma história de Borboletas" "Para uma avenca se partindo" e "Os sobreviventes" com certeza será um livro q lerei mais para frente novamente pq há camadas de profundidade q mudam toda vez q o leio.
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Luan539 28/02/2022

Melhores poemas
De vivências intensas e histórias de outras pessoas nascem os melhores poemas, que tocam qualquer pessoa de alguma maneira.
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Julya 25/01/2012

Para sempre seu Caio F.
Caio sempre irá conseguir nos transmitir essa sinceridade através do seu lirismo. Seja em contos que ainda não foram descobertos, seja nos contos que re-li.
Ele não precisa medir as palavras para se expressar, como mostra mais uma vez em "Fragmentos". Fala de amor, a falta dele. Fala de coisas que ignoramos, deixamos passar, fala do preconceito.

Preferidos: Paris não é uma festa, Para uma avenca partindo, aqueles dois e O inimigo secreto.
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Paixão 27/07/2012

extremamente forte e tocante.
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Lucas1429 11/07/2023

Prazer, Caio Fernando Abreu!
Fragmentos é um ótimo portal para se conhecer a obra de Caio F. Abreu. Agrega textos que trazem marcas expressivas do autor - o fluxo de pensamento costurando a narrativa, a intimidade escrachada e o teor existencial dos textos são alguns dos pontos explorados pelo autor e muito bem selecionados na obra.

A maioria dos contos eu já conhecia de Morangos Mofados, e foi muito bom reencontrá-los com o olhar de hoje. Uma grata surpresa. No entanto, gostaria de ter me surpreendido mais com textos de outras obras do autor.

A forma como Caio Fernando Abreu escreve é cativante e instigante, nos faz querer mais como a um início de relacionamento, repleto de tesão e desejo, também de insegurança e confusão. Há, sobretudo, uma melancolia antecipatória do que ainda virá a ser.
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Giovana.rAdua 26/02/2022

bocas amargas, fragmentos azedos sobre as línguas
Caio mais uma vez devorando possíveis chances de amores e certezas de quase amores. Um livro só pra quem, de alguma forma, já tocou o amor. E há tantas e tantas formas de toca-lo?


?Olha, falta muito pouco tempo, e se eu não te disser agora talvez não diga nunca mais, porque tanto eu como você sentiremos uma falta enorme dessas coisas, e se elas não chegarem a ser ditas nem eu nem você nos sentiremos satisfeitos com tudo que existimos, porque elas não foram existidas completamente, entende, porque as vivemos apenas naquela dimensão em que é permitido viver, não, não é isso que eu quero dizer, não existe uma dimensão permitida e uma outra proibida, indevassável, não me entenda mal, mas é que a gente tem tanto medo de penetrar naquilo que não sabe se terá coragem de viver, no mais fundo, eu quero dizer, é isso mesmo, você está acompanhando meu raciocínio??
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Fabio.Carvalho 28/01/2017

Um dos melhores presentes que já ganhei
Essa coletânea com textos relativamente curtos do Caio foi a minha porta de entrada para conhecer a obra deste mestre das palavras e do sentimento humano. A forma de escrever dele é única e maravilhosamente perturbadora. Todos os contos desse pequeno livreto nos fazem mergulhar na mente desse homem e submergir em nossas almas, até então apáticas. Ler os contos na ordem do livro ou escolher os títulos e ler ao acaso fica por escolha do leitor. Mas duvido que quem ler não procurará saber mais da obra desse cara, querer saber quem foi ele é ler e reler inúmeras vezes as histórias com que a alma mais se identificar. Meus contos preferidos dessa coletânea são "Sapatinhos Vermelhos", "Uma história de borboletas" e "Aquelese dois".
Boa leitura.
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Sandra.Pogalski 22/04/2021

Apenas um conto inédito
Se você já leu alguns livros do Caio como Ovelhas, O ovo e Triângulo irá apenas reler alguns contos, neste livro temos apenas um conto inédito: Porta Retrato.

Para quem ainda não conhece sua obra será uma bela coletânea de vários dos melhores contos do Caio, uma leitura bela, dolorida e real.
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