Natty Ambrósio 11/12/2011
Carrie before The City
O livro
Se mais alguém além de mim esperava um livro “sexo, drogas e Rock n´Roll” no estilo da série, pode ir esquecendo. Candace mostra nesse livro a vida de Carrie antes de ir para NYC. Carrie está no ultimo ano de higth school, então a história é todo aquele contexto de vida teen americana que a gente já conhece. Mas para minha surpresa nada é tão óbvio e repetitivo quanto eu pensei que fosse ser. Mesmo em Castlebury, a pequena cidade no interior dos EUA, a vida de Carrie não é nada monótona. Na fase da vida em que a incerteza sobre tudo faz com que cada acontecimento tome enormes proporções, Carrie tem que lidar com amigos e família que estão sempre se metendo em problemas.
O romance
No cenário dos anos 80, Carrie e seu grupo de amigos, que não são nada popular no colégio, levam a vida na pequena cidadezinha de Caslebury, onde quase nada de interessante acontece. A vida de Carrie fica mais “agitada” a partir do momento em que começa a sair com Sebastian Kydd, que antes de se interessar por Carrie saia com Dona LaDona, a garota mais popular do colégio, a qual todos tinham medo de se meter com ela, e foi exatamente o que Carrie fez quando aceitou se envolver com Sebastian. O galã da história faz bem o estilo de garoto meio desleixado, que não se preocupa muito com notas e adora sair e fazer programas diferentes. Depois de ser expulso de um colégio particular decide viajar pelo mundo, quando Sebastian volta cheio de experiências, entra no mesmo colégio que Carrie estuda, e como além de carne nova no pedaço o cara ainda é lindo, interessante e divertido, logo virou alvo de todos os olhares femininos, é o namorado dos sonhos. Mas ao contrário de muitas resenhas que tenho visto por ai, não vejo ele como um Bad Boy, ele é apenas um cara interessante e charmoso e sabe muito bem usar isso a seu favor. Outra coisa que Sebastian sabe fazer também é atrair confusão para a vida das garotas com quem ele fica, e a vítima da vez foi Carrie Bradshaw que teve sua vida infernizada por Dona LaDona.
A família
Carrie perdeu a mãe muito cedo, e como irmã mais velha, ajudava seu pai a cuidar das duas irmãs mais novas Missy e Dorrit. A caçula, Dorrit, não se intimida em ousar nas rebeldias para chamar a atenção de todos, e dá muito trabalho para Carrie e seu pai. Sr. Bradshaw, o pai da Carrie, é um cientista formado na universidade de Brwon, onde quer que Carrie estude também. O que acho mais fofo no pai da Carrie é a falta de jeito dele para dar sermão nas filhas. Ele é sempre muito calmo a acrescentas dados científicos e estatísticos aos seus sermões, que são sempre precedidos por alguma história dele na infância seguido suposições antropológicas da vida. É compreensível essa falta de jeito, afinal não é fácil um pai viúvo cuidar de 3 filhas adolescentes, ainda mais se tratando da excêntrica família Bradshaw.
Os amigos
Lali sempre foi a melhor amiga de Carrie desde o primário. Mas quando Sebastian passa a fazer parte da vida de Carrie, ela começa a se incomodar com a presença constante de Lali nos programas que eram para ser a sós com seu namorado. Essa situação não deixa gera um ciúmes, e Carrie se sente culpada por ter esse sentimento em relação à amiga. Mas é inevitável! Maggi, Mouse e Wallt são os amigos mais próximos de Carrie, a quem ela ajuda a sair das confusões constantemente e tem essa ajuda retribuída quando está em apuros. Em meio a tantos amigos de infância, Carrie conhece George, um universitário de Brwon, conhecido de seu pai, Sr. Bradshaw. George sempre teve segundas intenções em sua amizade com Carrie e também sempre deixou isso muito claro, mas Carrie só tinha olhos para Sebastian. Ela até se sentia culpada de não conseguir gostar de um cara tão bacana quanto George e que já tinha a aprovação de seu pai para o relacionamento, contrário de Sebastian. Gorge sempre foi o maior incentivador que Carrie teve quanto à querer se tornar uma escritora, contrário de todas as outras pessoas que estavam a sua volta e não levavam esse sonho dela muito a sério.
A Carrie
O carisma de Carrie é notado a cada página do livro. Ela se revela uma garota esperta, desafiadora e divertida em tudo que faz na vida. Carrie sempre tem um plano pra qualquer situação e nunca deixa de fazer as pessoas rirem com seu senso de humor peculiar. Em uma época em que as mulheres estão começando, pela primeira vez na história, a serem encorajadas a ser independentes, ir para as universidades e se realizar como profissionais. Carrie simboliza muito bem o período de transição em que ela vive na juventude, atravessa o feminismo e se consolida no pós-feminismo.
Para nós acostumados a ver Carrie Bradshaw falando de sexo, é bem surpreendente saber que ela era a única virgem dentre suas amigas. Bom, parece que depois que fez, isso a deixou tão encantada que ela resolveu nunca mais parar de falar de sexo. No livro a Carrie que bebe Singapore Sling (drink tipicamente adolescente, docinho com frutas e mini-guarda-chuvas) começa a descobrir a Carrie que não dispensa um Cosmopolitan.
Por que ler?
Se está atrás de uma fórmula secreta de como ser tornar uma escritora famosa em NYC, desencana. Mas se quer mergulhar numa história com a narrativa perfeita, com pitadas de drama, rebeldia e romance, vale muito a pena. Ta a fim de conhecer o lado B da sua personagem predileta? Saber que Carrie não era a mais popular, nem a mais bonita, nem a mais legal mas chegou onde chegou. Uma história de muita determinação que não deixa de ser inspiradora. Haaa e o final... é simplismente fantástico, e a gente não vê a hora de pegar logo o próximo livro da série.
Trilha sonora
Não sei se todo mundo pensa isso também, mas sempre que leio um livro (que ainda não foi transformado em filme ou série) fico imaginando a trilha sonora. Por se passar nos anos 80´e ter um lado rebelde na vida de Carrie, também baseado no número de baseados, cigarros e bebidas consumidos durante a trama, pensei no rock anos 80. Três bandas que adoro: The Police, Queen e Dire Stars
Por: Natália Ambrósio