A invenção da solidão

A invenção da solidão Paul Auster




Resenhas - A Invenção da Solidão


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Ayla Cedraz 25/02/2024

Releitura
Mais uma releitura desse de auster, provavelmente o escritor de quem li mais obras. acho que a primeira vez que leio a tradução assim, direto, em poucos dias. puramente obrigatória, para fazer nascer um texto. a ideia: caçar citações para discutir dois pontos em particular, os narradores em primeira e terceira pessoa, na primeira e segunda parte do livro, respectivamente, e o uso de elementos documentais para criar uma obra que se propõe a narrar duas vidas, de um pai e um filho, e, nesse caminho, se emaranha com o empreendimento de retratar qualquer vida que seja. "A futilidade de tentar dizer alguma coisa sobre alguém".

uma releitura amedrontada, sobretudo.
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Paulo1584 12/11/2023

A memória no livro
Ler este livro, do qual falo agora, mexeu comigo. foi uma leitura que evocou bastante a minha escrita. não que eu consiga elaborar tão bem ou algo do tipo, mas é que o Auster trata de temas familiares (no duplo sentido), e isso coloca o leitor no jogo.

me vi, enquanto leitor, pronunciando em voz alta aquilo que está no livro e lutando contra a vontade de pensar nas coisas de modo literal. Paul Auster usa os recursos como metáfora e metonímia, mas tão pouco que quase imperceptível, trazendo a jogo a coisa mesma, a nossa mente.

a primeira parte traz a figura do pai a partir da sua morte, do seu esquecimento eu diria. pois quem morre morre duas vezes, uma quando a vida acaba e outra quando é esquecido. e o pai de Austen vive nesse lugar. o autor tenta revivelo, trazê-lo de volta desse "entre", e todos os "fatos" e dúvidas buscam por esse pai que partiu.

na segunda parte Austen mergulha um pouco mais na metáfora e fala de si mesmo. escreve a si mesmo sendo ele mesmo dentro da barriga da baleia ou dentro de um tinteiro. esse eu de tinta e papel que vai escrito no livro da memória. um livro que faz questão de lembrar ao leitor a todo instante que, apesar de toda a construção e arquitetura de ficção, quer passar como algo da memória que, na minha humilde opinião de leitor é ficção.

a memória é ficção. não só porque somos levados a preencher as lacunas. mas porque a memória mesma é um elaborar. é dizer, e dizer pode quando muito reviver algo. e não é menos valiosa por isso. muito pelo contrário. reside aí, talvez, o grande trunfo da memória: criar realidades, criar ficção.
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Vitoria 18/07/2022

O livro é dividido em duas partes uma ele conta a história de seu pai e a outra sua própria.

Primeira parte: entendi a história mas não achei nada demais.
Segunda parte: não entendi nada, só as últimas dez páginas que são legaisinhas.
Demorei muito pra ler, não gostei da escrita e não entendi qual é a invenção da solidão talvez seja um problema meu e eu não tenha neurônios suficientes para o livro mas não recomendo.
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Magasoares 16/11/2021

A Solidão Reinventada
Gostei muita da parte em que ele (Paul Auster) fala da vida que levou com o pai, outra parte não gostei muito não. Mas assim mesmo, recomendo.
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Dudu Menezes 08/05/2021

Livro necessário
O livro das memórias de Paul Auster - A invenção da Solidão - é um convite para que revisitemos as nossas próprias memórias da infância. Ao ler sobre a relação dele com o pai e, depois, com o filho, é impossível não trazer à tona as nossas próprias experiências. O livro é sobre a vida do autor, mas as anotações que fiz são sobre a minha vida. Essa magia está presente em todos os bons livros, mas, aqui, ele te pega pela mão e explica esse poder que está presente na literatura.

Ele fala de algo que percebi, por exemplo, lendo Dom Quixote, que é a força que existe nas histórias contadas dentro de outras histórias. Isto é, a possibilidade de fazer com que vejamos o que está diante dos nossos olhos, mas mostrando "outra coisa". Eu tenho entendido que ler é, ao mesmo tempo, um ato de solidão e uma relação de comunhão com o autor e os personagens, que, muitas vezes, são os próprios autores ou uma espécie de alter ego deles.

Chama a atenção, na segunda parte, a opção do autor em mudar a voz narrativa da primeira para a terceira pessoa do singular, mas ele justifica de forma tão brilhante esse movimento que fechei o livro para aplaudir, da mesma forma que tive de parar a leitura, várias vezes, para deixar a emoção vir ou ficar com um sorriso no canto dos lábios.

Auster me fez compreender que, para contar a nossa própria história, é preciso falar de si mesmo como se fosse "outro".

Obrigado, Paul Auster, por essa "presença/ausência", que me proporcionou essa conversa tão franca - e necessária - sobre a exigência da vida, que só pertence a cada um de nós, e sobre a permanência daquilo que nunca mais será, antes mesmo da chegada da morte!

Leiam!
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olivia_livros 13/01/2021

Lindo
Livro lindo e que eu super recomendo!
Ver uma relação de filho e pai e de suas lembranças me fez querer que o livro não acabasse!
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Biblioteca Álvaro Guerra 11/12/2018

A Invenção da Solidão
"O valor do livro reside no fato de Paul Auster fazer uma narrativa emocionada, despojada de amarras, de construir retratos de vidas e relacionamentos através do delicado olhar da percepção. Some-se a isso o fato de que o leitor tem o prazer de se deliciar com as comparações que o autor faz, utilizando-se de Pinóquio, do pintor Vermeer e de tantas outras expressões e obras artísticas."

Link da resenha completa: http://www.literaturabr.com/2013/12/10/a-invencao-da-solidao-de-paul-auster/


Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. De graça!


site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/978-85-7164-927-9
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Prof. Angélica Zanin 08/10/2014

Apenas só!
Um livro difícil, muito reflexivo e extremamente envolvente. O autor vê-se sem o pai e sem o filho em momentos diferentes da narrativa. A solidão provocada por estas ausências o leva a refletir sobre sua vida, suas memórias, seus amores, traçando sempre um paralelo com obras e autores que conheceu. A solidão é inerente ao ser humano afinal, para Auster o quarto, a morte, o útero são os espaços onde sua solidão se manifesta. "Só uma coisa é certa: Não pode estar bem em lugar nenhum, até que esteja bem aqui."
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Aninha 05/09/2012

Escrita como remédio
"...e acontecia com frequência, que sua vida não parecia mais habitar o presente." (página 152)

A perda do pai provoca no autor uma avalanche de sentimentos, que ele precisa por pra fora. E com palavras.

É assim que Auster conta sobre o relacionamento com seu pai, a personalidade fechada dele e o isolamento dos últimos tempos:

"Destituído de paixão por uma coisa, por uma pessoa ou por uma ideia (...) ele conseguiu se manter longe da vida, evitar a imersão no âmago das coisas."

Em suas palavras, o pai foi distante, não fazia força pra se envolver e mal se emocionava (nem quando seu único neto nasceu).

"O mundo ricocheteava nele, se espatifava de encontro a ele, às vezes aderia a ele - mas nunca entrava."

O autor desnuda seu coração ao comentar situações vividas com o pai e escava sua memória nessa árdua tarefa.

Mas ele também mostra o outro lado, como pai do pequeno Daniel e seu distanciamento deste por causa da separação da mulher.

O livro traz percepções maravilhosas sobre relacionamentos, solidão, destino, vida, memória, pensamentos. Não apenas na visão do autor, mas à luz de grandes nomes como Proust, Pascal, Freud, Flaubert, entre outros.


Trata-se de uma leitura envolvente, dolorosa e necessária.

http://cantinhodaleitura-paulinha.blogspot.com.br/2012/08/a-invencao-da-solidao.html
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Marc 28/10/2011

Solidão das palavras
Para muitos aparece como um livro de memórias sobre o relacionamento do autor com seu pai. Mas é muito mais que isso. Auster estava buscando sua voz ao escrever esse livro. As inúmeras referências a outros livros são, na verdade, uma maneira de colocar o real problema do livro, que é a "imposibilidade de se dizer algo sobre alguém". Quer dizer, à medida que a leitura avança e teoricamente mais sabemos sobre seu pai, mais o autor afirma estar perdendo o fio que o orienta. Na segunda parte prefere iniciar de modo mais distante, na terceira pessoa, mas logo retoma as considerações sobre o que é de fato escrever e como se deve lidar com essa impossibilidade. A invenção da solidão surge quase como um momento de epifania, durante um parágrafo espetacular. Solidão que é mais do que tendemos a imaginar à princípio, solidão de todas as formas possíveis, inclusive das palavras.
Rafael Flores 09/04/2018minha estante
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Gláucia 16/09/2010

Mezo biográfico, mezo ficção
Paul Auster sempre deixa em seus livros traços biográficos, especialmente neste. Em vários trechos tive dificuldade em distinguir o que era criação ou vivência.
O ponto de partida aqui é a morte de seu pai. Ele, Paul Auster, recebe a incumbência de encaixotar seus pertences em sua casa e com isso vão surgindo à tona lembranças familiares, pequenas desavenças, a infância, etc. Então ele passa a refletir sobre seu próprio papel como pai, a se analisar como tal.
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