Resenhas -

William LGZ 15/08/2023

Tem seus bons momentos
Vindo embalado depois de ler Senhora, este também livro de José de Alencar passou longe de me encantar tanto quanto o outro mas ainda assim conseguiu ter momentos muito bons, em especial sua conclusão que gerou excelentes reflexões para minha inquieta mente.

O maior problema e principal motivo para eu não ter entrado tanto na história para mim foram seus personagens, pelos quais não consegui sentir conexão alguma, talvez por viver em um contexto muito diferente do deles. Entretanto, para a trama no todo até que eles cumpriram seus papéis de forma satisfatória.

Em grande parte da narrativa também fiquei meio perdido, não notando um fio condutor bem definido que a levasse para algum lugar, e só me senti por dentro dela mesmo em certa parte em que somos levados ao passado de um personagem para entendê-lo melhor. Porém logo que voltou ao presente, minha imersão se foi em pouco tempo.

De todo modo, para alguém com maior dedicação e paciência para saborear suas páginas no ritmo certo para isso acredito que esses problemas serão amenizados ou nem existirão. Por isso o sugiro para quem se interessou pela sua sinopse ou busca ler obras desse grande escritor da nossa literatura nacional.

Clarissa Barradas 19/03/2021

Uma história envolvente!
Esse é o terceiro livro que leio do Alencar, e dos três, até agora esse é o meu preferido.
Como li Iracema e não gostei, fiquei receosa de não gostar desse também, porém, esse me surpreendeu. É envolvente.
Super indico Til a vocês!

Joao.Otavio 22/04/2022

Eu gostei do livro, preferi outras obras do autor, mas ainda sim é legal. Recomendo a leitura acompanhada de áudiobook

Cazuz0 28/07/2022

"Eu sou Til!... Til só!..."
Autoria: José de Alencar
Movimento: Romantismo (1872)
Gênero: romance regionalista

Comentários gerais:
O que dizer sobre Til.. eu amei muito! É uma leitura que já vou logo avisando, tem uma linguagem um tanto complicada, mas que não impediu que eu ficasse muito imerso na história. A história é muito boa, a protagonista é uma pessoa que tem uma empatia, uma compaixão até pelas pessoas mais improváveis, loucos, assassino.. pessoas essas, que parecem girar em torno da protagonista, que serve de amparo para estes, que a adoram como um ser superior.
É uma história de amor, que acaba não com um dos melhores finais, mas com um baita dilema, uma situação que eu achei muito melancólica, mas ainda assim com grande enfoque na protagonista Berta, que fica "condenada" a viver com pessoas miseráveis a que tudo indica para o resto de sua vida.
Falando agora de outros aspectos como a ambientação, que é Campinas no interior de SP, numa paisagem bem caipira, a qual eu me identifiquei muito com os elementos tanto naturais quanto os rurais, o modo de falar, o jeito paulista de ser.

Enfim, e um romance que recomendo muito, mas que não é para qualquer um (pode ficar chato e maçante por conta da linguagem).

Finch 23/04/2020

Til
?? Berta é uma adolescente encantadora. Sua beleza e delicadeza apazigua qualquer situação conflituosa. Mesmo sendo orfã de pai e mãe, ela continua de bem com a vida. A garota nem imagina que teve um passado tão conturbado, tão pouco sonha com os perigos que está prestes a enfrentar.
?
?? Qualquer detalhe a mais seria spoiler. Acredito que você deva se envolver com a estória mesmo que a escrita seja um pouco difícil. Mas acredite, essa dificuldade na compreensão é apenas no começo. Como o texto e carregado de descrições, fica muito difícil ligarmos os adjetivos ao nosso vocabulário e assim construir o cenário que o autor propõe.
?
? É uma estória muito tensa, triste e de tirar o fôlego. Os personagens são bem construídos e a narrativa flui bem, deixando no fim de cada capítulo aquele gosto de querer mais.

Gabrielle 23/06/2021

Til
"Como as flores que nascem nos despenhadeiros e algares, onde não penetram os esplendores da natureza, a alma de Berta fora criada para perfumar os abismos da miséria, que se cavam nas almas, subvertidas pela desgraça."

Til / Berta atrai todos ao seu redor com sua doçura, coragem e firmeza.

Levei muito tempo para terminar este livro, abandonei e voltei a lê-lo. O início do livro não é atrativo,mas logo as situações vão se encaixando na narrativa.

Ana 25/07/2021

Nesse livro, José de Alencar nos apresenta um romance regionalista cheio de mistério como só ele sabe escrever. Gostei muito do livro, pois o autor nos apresenta um final diferente de outras obras dele.

Cassia Carina 06/11/2021

Tinha curiosidade de ler os livros de José de Alencar, porém este é de difícil leitura, texto bastante rebuscado, detalhes excessivos dos personagens e paisagem . A escrita na terceira pessoa deixando distante o leitor. Muita dificuldade na interpretação, pois os adjetivos eram de um português antigo.
Vamos a história, contada de um amor bruto e sem pedir nada em troca.
Coronéis , escravos e jagunços.
Desentendimentos que prejudicaram a jovem Til.

arthurzito 20/01/2022

Uma novela
Alguns livros do José de Alencar me faz sentir que estou lendo os capítulos de uma novela, acho que Til foi o livro que mais me fez sentir isso. Gostei da personagem principal, a Til, achei ela muito inteligente, determinada e muito abnegada (com certeza).
O enredo foi bem cativante, mas acho que depois de ler outros livros desse autor eu já consegui prever o final então não fiquei surpreso com ele. Há pontos que me incomodaram na história, eu sei que é por causa do contexto histórico da obra, mas senti muito incômodo com o que rolou com a Besita e a atitude dos outros personagens em relação a isso.
Não foi o melhor livro do José de Alencar, mas foi uma boa leitura.

Gabriela709 18/06/2023

Precisando enriquecer seu conhecimento em literatura brasil?
O livro Til, escrito por José de Alencar, é uma obra clássica da literatura brasileira que conta a história da jovem Berta, filha de um fazendeiro, que se apaixona pelo caçador e vaqueiro Cristóvão. A trama se desenrola em meio à luta dos canavieiros pela terra e o confronto com os coronéis que querem expulsá-los do local.

Ler Til é fundamental para quem deseja conseguir uma boa nota em vestibulares e outros processos seletivos, principalmente os que exigem conhecimentos em literatura brasileira. Isso ocorre porque a obra apresenta uma linguagem rica e complexa, além de abordar temas históricos e sociais importantes para entender o contexto brasileiro no século XIX.

A história de Berta e Cristóvão é um exemplo de luta contra a opressão e injustiça, elementos que muitas vezes aparecem em outras obras literárias. Além disso, o livro apresenta uma série de personagens que representam diferentes camadas sociais da época, mostrando o conflito entre elas.

Ao ler Til, o estudante desenvolve habilidades importantes para a escrita de uma boa redação, como a capacidade de interpretar textos complexos e relacioná-los ao contexto histórico e social. Além disso, a obra pode ser usada como base para a discussão de temas como a liberdade, a igualdade e a justiça social.

Em resumo, Til é um livro fundamental para quem deseja enriquecer seus conhecimentos em literatura brasileira e se preparar para provas e vestibulares. Além disso, a leitura da obra permite uma reflexão sobre temas importantes para a sociedade brasileira e ajuda no desenvolvimento de habilidades importantes para o sucesso acadêmico.

DihMoraes 14/04/2021

Abnegação.
Como pode uma pessoa abnegar-se desse jeito como a Berta faz? Como bem disse José de Alencar ela é o ser e o não ser, a antítese entre anjo-demônio. Romance regionalista ou romance fazendeiro (com afirma Antônio Candido) o livro retrata vários temas como: a protagonização do feminino rural como aquela que seduz e comanda, a loucura (Zana), a esquizofrenia (Brás), o abuso sexual (de Luís a Bisita mãe de Berta), diferenças sociais que se interpunham ao casamento (entre Miguel e Linda) dentre outras coisas.

Talita 11/08/2020

O livro conta a história de Til (Berta), uma menina que abre mão da própria felicidade para trazer alegria a vida de outros, sendo um assassino, um esquizofrênico e uma pobre escrava que sofreu um grande trauma. Além disso, não aceita o amor da pessoa que ela gosta porque ele é o amor de sua amiga.
Sendo assim, a personagem se mostra como uma verdadeira santa, fugindo da realidade de qualquer pessoa humana, que comete erros.
Assim a história acaba sendo um pouco chata, já que exalta excessivamente as boas qualidades de Berta, sendo ela, a própria imagem da mulher idealiza por autores românticos.
No mais, o livro é bem característico de José de Alencar, apresentando a vida cotidiana do interior, mais especificamente de uma fazenda. A linguagem é um pouco difícil, mas mesmo sem entender algumas palavras o texto é totalmente compreensível.

Ize 11/11/2020

Eu como mulher negra fiquei incomodada com a forma que os personagens negros eram tratados, mas tentei relativizar e entender que era outros tempos. Foi isso que me deu forças para terminar a história.
Ainda assim, a história não foi para mim. Berta é uma personagem quase santa. E nesse caso, o santo não bateu. Jão Fera, na minha opinião, é o melhor personagem. Ele é mais complexo e interessante.

Eloise.Siqueira 14/01/2023

Spoilers de Til e O Guarani
Tá mais pra uma análise do que uma resenha kk.

Eu amo a escrita desse cara, super poética (apesar de ter notado certa diferença no estilo, que eu não sei explicar).
Esta obra me lembrou muuito de O Guarani, o primeiro livro que eu li do autor. A protagonista, Berta (Til), é um amor de pessoa, me lembrando da personagem Cecília, que era amada e querida por todos também. Jão Fera se parece demais com o Peri, tanto pela agilidade nas lutas, quanto pela devoção demonstrada em relação à mocinha, que seria ?o ponto fraco? de ambos; valentes guerreiros, porém rendidos à sensibilidade da moça, a quem adoram como se fossem santinhas. Agora, uma coisa que chega a ser engraçada, é que ninguém consegue pegar eles kkkk; Só conseguiram pegar Jão Fera quando este se entregou (e ele o fez porque temia ter caído demais no conceito de Berta), tanto que ele conseguiu arrebentar as grades da prisão quando sua esperança de ser perdoado reacendeu.

Quanto aos jovens da narrativa, a interação entre eles remete muito à dos jovens de O Guarani, onde a menina Cecília, com um plano mirabolante, consegue unir Isabel e Álvaro (que antes era apaixonado por Ceci), me entregando assim um dos casaizinhos mais lindos da minha vida; eles são preciosos demais. Aqui, Miguel é apaixonado por Berta, uma moça inocente, cheia de caridade (sério, muito linda a forma como ela se compadece dos outros), mas outra pessoa gosta dele, a Linda, e Berta faz de tudo para que Miguel se interesse por Linda, mas aqui não funcionou tão bem. Não posso deixar de ter a impressão de que a Linda só estava cedendo a um capricho, pois ela era uma menina rica, tinha o amor dos pais e do irmão gêmeo, aí foi se apaixonar pelo moço pobre (que ela já sabia que sua mãe não iria gostar); ainda assim, os modos mais ?rudes? do Miguel eram demais para a educação esmerada que a jovem recebeu, e Berta se esforçou pra fazer ele chegar mais no nível que ela queria (ou seja, isso me deu a impressão de que a Linda, acostumada a ter tudo, foi gostar do Miguel porque não poderia tê-lo, e todos acabaram agindo de acordo com a sua vontade; Berta se revestindo de uma abnegação tremenda pra poder ver a mimadinha feliz).

É claro, eu não desgostei completamente da Linda, mas fico pensando no futuro desse casal. A Berta conseguiu uni-los, da mesma forma que Cecília, mas Berta descobriu tarde demais, enquanto observava os dois na festa de São João, que ela correspondia ao sentimento de Miguel. Mas reparando bem, não ficaria legal nenhum casal vindo dessa história, porque:
Berta era a filha mais velha do fazendeiro rico, que foi criada pela mãe de Miguel (assim como em O Guarani, onde a Isabel não sabia que era filha do fidalgo Dom Antônio de Mariz, e irmã da Cecília, e morreu sem saber disso, o que me deixou indignada, na época com 15 anos). O fazendeiro Luís Galvão tinha ainda seus filhos gêmeos, Afonso e Linda (o mesmo nome da mãe), de seu casamento com dona Ermelinda (correspondendo ao dom Diogo e Cecília).
O Afonso gostava da Berta, até tentou arrancar um beijo (e eu bem assim ?????). Agora, devo dar o braço a torcer para a dona Ermelinda. Ao afastar Linda de Miguel, ela permitiu que eles se despedissem; eu achei que fez bem assim, pois poderia gerar alguma revolta.
Todos foram pra uma festa e a Linda deu as costas pra Berta ao vê-la perto do Miguel. Eu fiquei tipo: eles foram criados juntos, mimadinha!
Voltando para casa, o segredo enfim foi revelado, e depois de uma noite que deve ter sido extenuante pra dona Ermelinda, ela disse ao marido na manhã seguinte:
? É preciso reconhecer a sua... a nossa filha. (Tiro o chapéu pra essa senhora ????).
Inventaram uma história pra Berta, mas ela foi atrás da verdade, na tapera onde ela havia nascido e onde ainda vivia uma escrava, que havia enlouquecido (por causa do passado trágico, onde ela assistiu à morte da mãe de Berta). Jão Fera estava lá e revelou tudo, e Berta o reconheceu como sendo seu pai, pela devoção prestada à mãe dela (ele a amava e protegia, foi ele quem levou Berta para batizar e vinte anos mais tarde, vingou a morte dela). Não importava que Luís Galvão fosse o verdadeiro pai, Berta reconheceu a Jão Fera:

?Assim em compensação de tantas míseras crianças abandonadas por aqueles que lhes deram o ser, houve então um pai enjeitado.? (Amei isso kkkk)
Eu achei que ela fez muito bem em recusar ser reconhecida por ele, pois imagina o climão estranho que ia ficar na casa?? O Afonso, que gostava dela antes, passando a vê-la como sua irmã; a Linda dividindo o espaço com ela, que gostava do mesmo rapaz; talvez se tornasse mais uma recontagem de Cinderela.
Berta cedeu seu lugar ao Miguel, para que eles pudessem pagar seus estudos, facilitando a união dele com Linda mais tarde. Só que... Miguel não deixou de amar a Berta, e foi embora dizendo: eu sempre sonhei com uma vida simples, em que eu viveria com você e minha mãe, Inhá, mas você está me mandando pra longe.
E ela seguiu firme nisso até o fim, dizendo que seu lugar era ali, onde as pessoas sofriam (se bem que seria estranho, já que eles foram criados juntos). Enfim, me preocupa o futuro de Linda e Miguel, sabendo que ele não superou seu primeiro amor, que embora não soubesse, era correspondido, e que Linda um dia desperte sabendo que foi por capricho dela, que poderia ter conhecido outra pessoa, afinal era jovem, que arrancou Miguel do interior e o mudou, tornando-os infelizes para sempre.

Se tiver interesse em ler, saiba que contém escravidão e termos um tanto ofensivos ao se referir aos problemas mentais.

No mais, eu gostei da narrativa (estou amando dramas familiares), que conseguiu me fazer rir em algumas ocasiões, e gostei demaaais da forma como a Berta cuida das pessoas, terminando com a seguinte descrição a seu respeito, que me deixou emotiva:

?Como as flores que nascem nos despenhadeiros e algares, onde não penetram os esplendores da natureza, a alma de Berta fora criada para perfumar os abismos da miséria, que se cavam nas almas, subvertidas pela desgraça.
Era a flor da caridade, alma sóror.?

Isis 29/10/2023

Eu estudei um pouco de José de Alencar no curso, então pude compreender o padrão de suas histórias.

E sendo bem sincera, gostei bastante, achei divertido e gostei da construção e o ponto em que a história se interliga. Sabia que haveria morte, pois essa é uma característica dele, mas não esperava que fosse essa. Enfim, como meu professor disse, o cara sabia mesmo escrever.

Sobre o casal Linda e Miguel, eu gostei pq gosto deles individualmente e acabei gostando deles juntos, mas pode ser meio triste...