Know My Name

Know My Name Chanel Miller




Resenhas - Know my name


16 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2


bendtherules 15/09/2021

esse é definitivamente um dos melhores livros que li na vida. a história da chanel, apesar de tão dolorosa, nos mostra o quão desacreditadas nós, mulheres, somos. infelizmente, a sociedade está constantemente contra nós, e é necessário que a gente sempre lute contra isso, em busca de uma mínima dignidade.
enfim, indico esse livro pra todos, pois essa história é extremamente necessária!

ps: chequem os gatilhos antes de ler
Paula.Zeferino 15/09/2021minha estante
So em ingles?


bendtherules 20/09/2021minha estante
não! tem em português e se chama "eu tenho um nome"




rxvenants 25/01/2022

"I want to stay and fight, while you go."
Aviso de conteúdo: Agressão sexual, trauma, pensamentos suicidas e tiroteio em escolas. Se você é sensível a um ou mais temas, não leia o livro ou leia-o com cuidado.

"Know My Name" é a história de Chanel Miller e sua maneira, por meio da escrita, de retomar seu nome após o ato de agressão sexual que sofreu no campus da universidade de Stanford em Janeiro de 2015, enquanto estava em uma festa com suas amigas e irmã. Ela foi encontrada inconsciente com Brock Turner por cima dela atrás de duas lixeiras por dois estudantes suecos que gritaram para que Turner parasse e o derrubaram no chão quando ele tentou fugir.

O livro é extremamente difícil de ser lido e os temas contidos neles não são bonitos, mas é definitivamente um dos melhores livros de não ficção que já li.

Chanel não só narra com detalhes excruciantes como foi se tornar uma vitima e como tudo aconteceu, mas fala também sobre sua história, sua descendência chinesa, o nascimento do trauma, o caminho muitas vezes sem fim para a recuperação ou melhora de vida, as mudanças pelas quais vítimas passam, as crueldades do sistema judiciário (e como ele desumaniza e constante pede às vítimas que elas revivam seus traumas, bem como destrói os familiares), de ter seu caso sob a vista do público e privilégio, além de também trazer diferentes observações sobre a taxa alta de agressão sexual nas universidades americanas, como é difícil ver pessoas no poder serem predadores sexuais, uma sociedade que desacredita e cria diversas perguntas para minimizar sobreviventes e como a própria sociedade foi fundada para a normalização do abuso de - majoritariamente - mulheres.

È uma narrativa extremamente doída, mas é lindamente escrita.
Dá claramente pra perceber como a sua experiência na corte mudou sua forma de pensar.
Existem detalhes em absolutamente tudo que ela se propõe a contar, de roupas e cheiros a sentimentos, localização de objetos e palavras exatas.
É claro pro leitor como o exame minucioso pela qual ela passou nas mãos do advogado de Turner e em todo o processo legal fizeram dela alguém que é extremamente detalhista em tudo que vê.

Eu sinceramente não entendo como alguém consegue abandonar ou não gostar desse livro. Eu chorei ou fiquei com lágrimas nos olhos em TODOS os capítulos (principalmente quando ela ia contar para alguém sobre o caso), ainda mais lendo e ouvindo o audiobook, narrado por ela própria.
Eu consegui identificar a voz dela mudando em duas partes diferentes na narração do livro e tenho quase certeza que ela chorou nesses momentos. Foi bem, BEM difícil.

Eu tenho certeza que pode ser difícil de ler várias das coisas que ela conta, mas como a própria Chanel escreve no livro, é extremamente importante que as pessoas saibam que a recuperação não é bonita e não é fácil. Não é uma linha reta, mas um ciclo constante de altos e baixos.

Miller é incrível por pegar essa experiência que mudou a vida dela e passá-la por um microscópio para falar sobre o tratamento que as vítimas recebem, bem como tentar entender como o sofrimento dela poderia ajudar outros no mesmo caminho. Se você não entende pelo que essas pessoas passam, a Chanel te mostra. É bem fácil entender o motivo pelas quais diversas pessoas nunca vão atrás de justiça ou até mesmo falam sobre seus casos. O processo judiciário é moldado para encarar e exigir muito do tempo, da vida, da memória, da sanidade e da alma de vítimas esquecendo que elas não são somente evidências de um ato fora da lei, mas sim pessoas que foram marcadas pro resto da vida.

"This habit born in court has never died; now when I’m thinking hard or in a stressful situation, my hands involuntarily curl tightly and I begin pinching. At night, I ache in my hands and forearms, fantasize peeling them open, scooping out the hot, thick, pain buried there, until my arms and fingers are limp and empty."

Apesar de ser um livro de temas angustiantes - eu inclusive quase tive um ataque de ansiedade no capítulo que o juiz decide dar apenas seis meses de cadeia para Turner (que acabaram sendo só três por cada dia de boa conduta) -, Chanel também trás esperança na luta. A mudança não é rápida e Miller mesmo fala como às vezes leva uma vida inteira para pequenas mudanças, mas tenho certeza que vítimas se sentirão ouvidas e vistas nas palavras de Miller, muitas outras se sentirão mais fortes para seguirem e melhores aliados existirão para todos que passarem por situações parecidas.

Eu gostaria de colocar diversas partes do livro, pois a escrita da Chanel é realmente linda e tocante, mas vou só colocar duas delas. Se você tem a chance de ler o livro, leia. O livro saiu em português pela Intrínseca como "Eu Tenho Um Nome" e ele vale MUITO à pena. Ela descreve muito melhor que eu sobre os e as críticas que merecem ser ouvidas. Ela é extremamente forte e merece que todos saibam o nome DELA, Chanel Miller, ao invés de conhecerem-na por "garota inconsciente" ou "vítima de Brock Turner".

Em uma passagem sobre a Stanford fazer um jardim no lugar do ataque (e depois da universidade negar constantemente suas frases para colocação de uma placa no local), Chanel escreve:

“I encourage you to sit in that garden, but when you do, close your eyes, and I’ll tell you about the real garden, the sacred place. Ninety feet away from where you sit there is a spot, where Brock’s knees hit the dirt, where the Swedes tackled him to the ground, yelling, ‘What the [*****] are you doing? Do you think this is okay?’ Put their words on a plaque. Mark that spot, because in my mind I’ve erected a monument. The place to be remembered is not where I was assaulted, but where he fell, where I was saved, where two men declared stop, no more, not here, not now, not ever.”

Algumas linhas abaixo, ela continua:

“I often get scared of speaking out, of confronting lawyers and institutions bigger and better equipped than me, but when I’m afraid, all I have to do is think of the two of them. I think of how I want to return the favor; to pull the heaviness off you, to be the one yelling it is not okay, pinning your demons down in the dirt, so you suddenly find yourself free, given the chance to begin your journey, growing on your own, uncovering your voice, finding your way back. I want to stay and fight, while you go.”
comentários(0)comente



Gabi Paiva Corrêa 08/04/2021

Necessário!!
Chanel foi abusada sexualmente na Universidade de Stanford. Um livro intrigante, que te deixa desconfortável, mas faz você querer se mover e lutar por outras vítimas que muitas vezes não tem voz! Nenhuma mulher deve passar por isso!!
comentários(0)comente



ella 07/06/2022

extremamente necessário
o título diz tudo. falta umas 50 páginas para eu terminar, mas sinto confiança na minha avaliação de 5 estrelas. um dos melhores e mais difíceis livros que já li.
comentários(0)comente



nat 07/05/2021

Inesquecível
Eu não conhecia a história da Chanel antes de pegar o livro, mas depois de lê-lo tenho certeza que nunca vou esquecer o nome dela. É um livro difícil, alguns capítulos me impactando tanto que me faziam tirar longas pausas ? dias, semanas ? para digerir antes de voltar a ler, mas que vale cada segundo.
comentários(0)comente



Gaby 09/06/2021

Uma história sobre abuso
Eu achei a leitura um pouco arrastada, até demorei para terminar, no entanto, a história me tocou e mudou a forma de encarar o abuso sexual e as vítimas desse crime. Um livro muito importante sobre um assunto que ainda é pouco debatido, infelizmente. O impacto que o abuso sexual deixa nas vítimas, nas famílias das vítimas e na sociedade é retratado muito bem.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



jessiarchive 24/01/2023

Um relato de um dos piores ou até pior trauma que uma mulher pode passar, não apenas a luta para superar o trauma que carrega, mas a luta pela busca de justiça em uma sociedade que sempre presume o homem como inocente e a mulher como culpada, que para obter um mínimo de justiça precisa reviver seu evento mais traumático várias e várias vezes, ser violada incontáveis vezes. Uma leitura que deveria ser obrigatória
comentários(0)comente



Carol @solemgemeos15 12/02/2021

“Tenho Um Nome”: reivindicando sua voz
Tenho um nome é a autobiografia de Chanel Miller lançada inicialmente em 2019 e posteriormente publicada pela Intríseca em 2021. Tenho um nome se trata de Chanel Miller, enfim, saindo do anonimato de seu julgamento após ser vitimada sexualmente por Brock Turner.
Possui 368 páginas de uma voz firme e bem articulada de Chanel Miller.
Particularmente eu soube desse livro por um vídeo de Wrap up da booktuber Read with Cindy, em que ela fala como sua escrita é poderosa e Miller conseguiu contextualizar com os movimentos atuais, tais como o Movimento MeToo e o Black Lives Matter, assim conseguiu falar sobre as repercussões de ser uma vítima e lidar com esse trauma — logo, minhas expectativas estavam altas, mas foram completamente atingidas.
Miller inicia o livro falando de si, o que ela gosta de comer, aonde ela estudou, que tem uma irmã mais nova e como sempre se sentiu em casa com sua família e amigos. O primeiro capítulo Miller é randômica, pois deseja que o estupro que cometeram contra ela não seja a primeira coisa que conheçamos dela. Ela é clara ao nos mostrar que ela não foi reduzida a sua dor e nem deveria ser.
Como diria Pabllo Vittar em AmarElo [feat. Emicida e Majur]:
“Por fim, permita que eu fale, não as minhas cicatrizes
Achar que essas mazelas me definem é o pior dos crimes
É dar o troféu pro nosso algoz e fazer nóis sumir”
Logo depois ela relata sobre a festa na universidade e como ela foi com sua irmã mais nova e a amiga dela… — e depois acorda confusa num quarto estranho em um hospital em frente a dois homens e sendo questionada por um delegado sobre o que houve na noite passada.
As coisas aos poucos vão surgindo a sua frente, pequenas dicas do que pode ter acontecido. Cadê sua calcinha? Por que há gravetos e terra em meu cabelo? Por que me vestiram diferente? Cadê meu celular? Cadê minha irmã? Enquanto ela faz exames, a tratam com respeito e tom baixo, e quando dizem que “há razões para acreditar que você tenha sido estuprada”, ela acena em confirmação, mas a ficha ainda não caiu. Ela assina os papeis que pedem para ela assinar e tenta seguir com seu dia, mesmo confusa.
No dia seguinte, no trabalho, ela se depara com a notícia que uma mulher intoxicada foi estuprada — a mulher que estavam mencionado era ela. E nesse dia ela conheceu Emily Doe, o nome pelo qual foi conhecida e chamada durante todo o processo.
Infelizmente, é raro existir tantas provas que faça sentido para que uma vítima de violência sexual se submeta a um julgamento longo para que seu estuprador seja responsabilizado por seus atos. Miller conta que ela foi um dos raros casos — e isso resultou em cerca de 14 meses indo a tribunais, colocando sua vida em suspenso, gastando suas economias, saindo do trabalho e se isolando à espera da sentença que iria lhe dar uma sensação de justiça.
A sentença veio — o júri sentenciou Brock Turner culpado de todos os crimes. No entanto, o juiz ao estabelecer por quanto tempo sua sentença seria, sentenciou-o a seis meses; que, com bom comportamento, significaria três meses preso.
Chanel teve que lidar com as repercussões psicológicas de um trauma durante meses enquanto sua pessoa era questionada sobre sua vida sexual, sobre suas vestimentas, sobre sua índole, sobre se bebia e quanto bebia e em que copo bebia.
Enquanto Brock Turner, o estuprador, era constantemente lembrado sobre suas habilidades enquanto nadador [e que isso levaria a ruína das Olímpiadas!] e como ele desejava ser um médico ou qualquer outra profissão pois desejava cuidar de pessoas[!]. O potencial dele parecia ser mais relevante que a dor dela.
Tenho Um Nome foi o primeiro livro de 2021 que me impactou num nível pessoal. A história de Chanel é única, pois Chanel em si é uma pessoa diferente das demais; mas sua história de violência sexual é similar a de muitas pessoas, sua história enquanto vítima é similar a outras vítimas.
Em sua escrita Chanel Miller sai do anonimato propiciado pelo nome de Emily Doe e toma controle de sua narrativa. Sua voz, seu nome e sua pessoa que foram constantemente postas à sombra do potencial de seu estuprador agora estão sob a luz; ela conta sua história, sua visão e sobre tentar seguir em frente.
A capa do livro diz muito sobre sua mensagem. É inspirado em Kintsugi que, basicamente, é uma arte japonesa que conserta vasos quebrados com ouro, enfatizando as rachaduras ao invés de escondê-las.
Não quero me alongar, mais do que já me alonguei nessa resenha. No entanto, suas palavras finais sobre todos [Brock, o advogado do réu, o juiz, e etc] sucumbirem e Miller se deparar com a força de si mesma me lembrou o stand-up comedy de Hannah Gadsby:
“Ficar impotente não destrói sua humanidade. Sua resiliência é sua humanidade. As únicas pessoas que perdem sua humanidade são aquelas que acreditam ter o direito de tornar outro ser humano impotente. Eles são os fracos. Dar-se por vencida e não quebrar, essa é uma força incrível.”
Esse texto pretendia ser uma resenha, mas certamente relembrar e reler certas passagens do livro para escrevê-lo não permitiram que eu fosse técnica o suficiente — eu apenas sei o quão potente essa leitura foi. As palavras de Chanel são firmes e é perceptível sobre o que ela te poupa, ela expõe sua vulnerabilidade sem perder sua força. Ela se mostra consciente do momento em que vivemos e questiona o que entendemos por justiça e o sistema judicial que te assegura que irá te resguardar [embora não o faça].
Tenho Um Nome é uma leitura que talvez nem todo mundo consiga ler, pois o sofrimento implícito e a dor dita é palpável, lembra-te das estatísticas que nos assolam, tanto as de brutalidade policial contra a juventude negra, quanto as vítimas de violência sexual, por exemplo. Mas é uma leitura que eu recomendo, especialmente para quem nunca passou por tal violência [para talvez, consiga compreender a dor dos que já foram feridos].

site: https://solemgemeos.medium.com/tenho-um-nome-reivindicando-sua-voz-b03f48ae74b5
comentários(0)comente



Isa 29/04/2021

Know my name: Caralho, que livro! Sinto que independente do que eu fale aq nd q eu disser vai fazer jus a esse livro! Só leia, juro que vc n vai se arrepender!
comentários(0)comente



eduardaalvesz 01/06/2021

Resenha: Know My Name
Uma biografia belamente escrita e impactante. É um livro difícil de se ler como uma mulher, mesmo uma que não tenha sofrido abuso sexual, afinal nossas vidas são modeladas ao redor do medo desse acontecimento, nossa liberalidade e segurança roubadas desde o momento em que nascemos, pela necessidade de um estado de alerta constante. Poderia passar horas falando sobre a beleza da escrita, ela é maravilhosa, houveram diversas passagens que eu li e fique ?uau?. Um livro maravilhoso.
comentários(0)comente



jAlia372 26/08/2021

da vontade de absorver cada capítulo, parágrafo, frase, cada palavra, vírgula e ponto. é de virar o estômago, mas a escrita da Chanel te faz querer continuar a ler pra sempre.
não tenho o que falar além de recomendar um milhão de vezes.
comentários(0)comente



izabelgbeltrao 14/06/2022

MUITO MUITO MUITO necessário. o livro é muito impactante e deveria ser lido por todo mundo. LEIAM ESSE LIVRO!!
comentários(0)comente



Helô 25/06/2022

Que livro maravilhoso. É muito bem escrito, tanto que às vezes eu tinha que lembrar a mim mesma que o que eu tava lendo não era ficção, e sim uma história real, sobre uma pessoa real.
O tipo de livro que todo mundo deveria ler.
comentários(0)comente



Diana 03/09/2022

Um bálsamo pra sobreviventes
Eu disse a mim mesma que leria aos poucos, com cuidado, pra evitar gatilhos. Mas a escrita é tão poderosa (não tenho outra palavra pra explicar) que eu simplesmente não conseguia parar de ler.

Como sobrevivente de abuso sexual, esse livro me ajudou a processar sentimentos que eu tinha dificuldade de aceitar. Senti minha dor e minha raiva validada. Minha posição como sobrevivente validada. Assim que acabei de ler, olhei pro meu namorado e comecei a chorar. De alívio, de me sentir compreendida. Recomendo muito pra outras pessoas sobreviventes, mas é importante que tenha uma rede de apoio e dê pausas quando necessário.

No geral, recomendo esse livro pra todas as pessoas, pra entender melhor o processo que passamos após o trauma e exercitar a empatia com vítimas de abuso sexual, além de repensar como nós vemos abusadores, aceitando que eles são pessoas comuns e não monstros imaginários.
comentários(0)comente



16 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR