Resenhas - Depois Daquela Viagem

Lu 13/12/2009

Faz alguns anos que li este livro, mas sempre que lembro-me da história recordo de um trecho em especial: quando a menina que contraiu o virus da AIDS se vê perdida no tempo e nas suas escolhas e utiliza uma metáfora para que o leitor compreenda. Ela diz que é muito rápido e fácil fazer um bolo: você joga os ingredientes, prepara a massa, tudo normal. Mas quando você tem um determinado tempo para fazê-lo e há um relógio fazendo "tic tac", os ovos caem no chão, você olha para o relógio de 5 em 5 minutos e suja a cozinha de farinha... Enfim, fazer um simples bolo vira uma bagunça demorada, assim como a sua vida quando descobriu a doença: o "tic tac" não pára em sua cabeça. O limite de tempo a faz pensar demais, em vez de agir e deixar o rumo natural da vida a guiar, e isso, relatado em primeira pessoa, toca o leitor de uma maneira muito especial.

Wise girl 16/01/2023

que livro bom, sério.
adorei e me identifiquei muito com alguns pensamentos e opiniões da autora, e foi lindo ver a trajetória dela, a evolução, como ela apredeu a lidar com a doença e tudo mais.

lusandra 06/11/2022

Esse livro é muito bom pois retrata a vida de uma pessoa com AIDS, mas sem aquela coisa de "teu destino é a morte, e fim".
Ele mostra que sim, é uma doença séria, que precisa de tratamento, mas que há esperança de vida. Não é porque alguém tem AIDS que a morte é algo que a todo instante deve ser considerada. A pessoa pode sim viver a vida e aproveitar muitos momentos por ANOS. O livro não romatiza a doença, mas conscientiza e achei isso incrível!
Sem contar que a história é muito bem contada, ler o livro é muito gostosinho. Super recomendo

Gabrielle 18/01/2023

Depois daquela viagem a vida de Valéria nunca mais foi a mesma.
Ela não apenas contraiu o vírus da AIDS e passou a conviver com percalços em sua saúde. Além de tudo, Val ainda sofreu com o preconceito, a desinformação, a falta de tato de muitos médicos e a sensação de vazio com o amanhã.
Por outro lado, ela foi muito acolhida por sua família e amigos e sua boa condição financeira a levou aos EUA, onde havia mais informações sobre o assunto na época.

A escrita é leve, apesar do tema difícil. Parece que ela está na sua frente contando a história.

Um livro que veio parar na minha estante por acaso, mas me surpreendeu muito positivamente.

Rafael 05/06/2009

5 VEZES!!! Foi o número de vezes que devorei este livro. Como professor de redação, adotei-o, dois anos seguidos, com minhas turmas do 1º ano do ensino médio, numa escola particular de minha cidade.
Lembro muito bem da expressão que vi nos rostos dos alunos ao saberem que teriam que ler um livro para a prova, e a expressão com a qual eles vinham falar comigo, depois que já tinham lido o livro. Alunos problemáticos, incapazes de ler até mesmo a bula dos remédios que tomam, "engoliram" o livro em dois, três dias e fizeram a prova (discursiva) sem maiores problemas.
Valéria quebrou um grande tabu. Falou e escreveu sobre AIDS para jovens de muitas idades. Eu mesmo tinha 14 anos quando li este livro pela primeira vez. Foi AMOR à primeira vista. A linguagem, a história, os personagens, a lição de vida, a torcida pela melhora dela, ah... tudo isso me deixa nostalgico. Meu primeiro exemplar está velhinho, todo remendado, mas já comprei outro que guardei com muito carinho para que minha filha tb leia, quando crescer.
Valéria deu o seu recado. E o fez magistralmente bem.

alex_fsi 03/05/2023

Legal ela ter exposto sobre o tema
Imagino que na época que a autora viveu isso tenha sido um baita de um desafio, devido ao preconceito.

Não me conectei tanto com a forma de escrita dela. Me recomendaram com muita ênfase este livro, mas acho que a memória emocional de quem me indicou influenciou demais a opinião dela sobre o livro.

alinenotalien 30/07/2021

Continua sendo um livro necessário
Revirando algumas caixas aqui em casa, me deparei com algumas apostilas e livros didáticos velhos e, surpresa, surpresa, um exemplar de Depois Daquela Viagem, recebido da escola em que estudei. Lembro-me que comecei a ler e abandonei no meio do caminho e o livro ficou esquecido. E cá estou eu hoje, resenhando essa autobiografia tão necessária, principalmente para os jovens.

Valéria Piassa Polizzi conta como contraiu o vírus HIV aos 16 anos, os desafios e preconceitos que ela teve que enfrentar ao longo do caminho, a falta de humanidade dos especialistas da época, que fizeram com que Val associasse a AIDS com uma palavra: morte. A autora ainda conta todo o caminho para a aceitação e superação.

Não tem como não se emocionar com a história de Valéria. Os perrengues que ela passou, os preconceitos, a desumanidade dos médicos, a certeza de que ela iria morrer em decorrência do HIV... Engana-se quem acha que pelo livro ter uma linguagem coloquial não torna a leitura mais emotiva.

Depois Daquela Viagem ainda é um livro extremamente necessário, deveria ser lido por todos os jovens. Deveria ser entregue em todas as escolas, na verdade. O livro é essencial para a quebra do preconceito contra as pessoas soropositivo (porque ainda existe preconceito contra elas, pasmem), além de transmitir a importante mensagem de que se deve usar camisinha ao manter relações sexuais.

É um livro que me marcou muito, e recomendo a leitura à todos, principalmente aos mais jovens.

Gabriela2787 17/12/2021

Achei o livro excelente e ele ampliou minha visão sobre a AIDS, mas acho que as vezes a personagem é impulsiva e isso me incomodou bastante. E eu comcerteza recomendo essa leitura.

Edja 21/05/2020

Livro relata a história de uma jovem que contraiu aids e mostra como aprendeu que é possível viver com a síndrome.

BrunoTS 02/04/2023

Somos todos passageiros do mesmo navio...
"Fico pensando, então, como seria o mundo se todas as pessoas começassem a gastar cinco minutos de seu tempo umas com as outras"...

Um livro que consegue fazer a gnt rir e se emocionar ao msm tempo. E consegue fazer a gnt refletir sobre o quanto o preconceito pode ser mortal.
"Mas quem sabe um dia todos nós aprenderemos e a cada vez que conhecermos alguém, seja a pessoa quem for ou como for, antes de tudo, é apenas uma pessoa."

Luz 18/09/2020

Um livro incrível
A história de como Valéria adquiriu AIDS e teve de suportar tanto preconceito é triste.
A decisão da autora de expor sua vida em um livro contando como tudo aconteceu nós leva a refletir sobre os inúmeros erros que a sociedade vem cometendo desde os anos 90 até a atualidade.
É um livro necessário para adolescentes e adultos também.
Amo esse livro e indico bastante para quem curte uma biografia.

bruna 28/12/2021

Li mais pela vontade de conhecer as viagens aos olhos de uma jovem nos anos 90. Achei divertido, não é nem de perto um livro pesado. Não seria uma obra que recomendaria para entender a realidade total de alguém que sofre de AIDS ou informações técnicas, este livro é similar a um diário de bordo, mesmo. Onde a menina tem dinheiro para largar as coisas quando e onde quiser, pagar todo o medicamento necessário sem se preocupar, papai banca... Sabemos que as coisas não funcionam assim para a grande maioria das pessoas (muitas não têm um tostão sequer para pagar um dos milhares de medicamentos ou tratamentos), por isso acho que esse relato nos deixa de olhos vendados para certos (diversos!) assuntos.
Enfim, foi bom ouvir os relatos e como conseguimos mudar a visão no fim, graças a Deus ela teve o seu gênio domado para entender o outro lado da história. Ê garota chata, essa daí ganhou prêmio de "falo com propriedade".
Enfim, é um livro legal para jovens que gostariam de ver o mundo com outros olhos, mas pode se tornar extremamente cansativo para aqueles que já se depararam com as mesmas ideias da autora, sendo expressas de forma superior (mesmo ela enrolando e viajando na maionese o tempo todo... zzzzzz)

Italo 06/01/2021

Real. Amei.
"...Mas quem sabe um dia todos nós aprenderemos e a cada vez que conhecermos alguém, seja ela ou ele, branco, preto, amarelo, vermelho, gordo, magro, feio, bonito, judeu, muçulmano, homossexual, alto, careca, gago, adotado, anão, com AIDS, sem AIDS, rico, pobre, cabeludo, fanho, cego, corcunda, excepcional, vesgo, inteligente, olhos puxados, olhos azuis, palestino, árabe, comunista, capitalista, superdotado, hemofílico, bicho-grilo, , inumerável, graduado, travesti, místico, sem-terra, mexicano, americano, empregado, patrão, prostituta, enfermeira, médico, padre, novo, velho, ateu, tatuado, com tuberculose, com hanseníase, com mãos de tesouras, sem braços, surdo, paraplégico, mudo, ignorante... nos lembraremos de que, antes de tudo isso, é apenas uma pessoa. E melhor ainda será se, depois de tudo isso, ainda pudermos ser amigos."

Leti 15/07/2020

Um livro que trata de assuntos de extrema importância. Achei a personagem meio criança demais pra 22 anos em certas circunstâncias, mas tudo bem.