Cartas Portuguesas

Cartas Portuguesas Sóror Mariana Alcoforado




Resenhas - Cartas Portuguesas


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Ana Sá 17/08/2022

Quem nunca...
Uma freira portuguesa do século XVII escreve cartas de amor (ou melhor, de sofrimento amoroso) para um soldado francês. Traduzindo pro século XXI, podemos dizer que a narradora (suposta autora) já tinha o "não" do boy lixo, mas decidiu ir atrás da humilhação.

É verdade que, apesar de bonitas e interessantes, as cartas podem cansar um pouco pela repetição e dramaticidade (justificáveis pelo contexto da obra), entretanto, a quinta e última correspondência coloca, a meu ver, a cereja no topo de um livro que, pela premissa, já merecia a leitura. Se temos em mente o século em que foram escritas, passa a ser preciso reconhecer a complexidade, sobretudo psicológica, com que é apresentada uma mulher que, a princípio, poderia ser mais uma apaixonada sem causa. Eu ri em alguns momentos do quanto uma pessoa rejeitada pode cair no ridículo. Já em outras passagens, senti pulsar forte a minha empatia por essa mulher abandonada. No final, fica a reflexão:

Num passado distante ou num passado recente, quem nunca passou uma vergonha dessas no débito ou no crédito, não é?
Carolina.Gomes 18/08/2022minha estante
Fiquei curiosa!!


Ana Sá 18/08/2022minha estante
É curtinho! Não é super marcante, mas foi interessante!


Marina 07/11/2022minha estante
Melhor avaliação de longeeee!


Ana Sá 07/11/2022minha estante
Obrigada, Marina! ?




Sarah587 13/06/2023

Devoção
Mais um que li na escola, tinha esquecido no fundo do baú (tanto que nunca lembrei de marcar como lido) e quis reler antes de doar.
Um livro de bolso rápido de ler, com a escrita mais rebuscada/antiga e em português de PT sendo a única dificuldade, porque todos são capazes de entender todas essa entrega da Mariana. Afinal, quem nunca sofreu uma desilusão amorosa (kkkkkkalguém me diz que é comum por favor)

Alguns trechos que doeram:

?E como é possível que, com tamanho amor, eu não tenha conseguido tornar-te feliz??

?Parece-me que falo demais no estado deplorável em que me encontro. No entanto, do fundo do coração te agradeço o desespero que me causas, e detesto a tranquilidade em que vivi antes de te conhecer.?

?É verdade que tive prazeres bastante surpreendentes amando-te: mas custam-me agora terríveis dores! São sempre extremas as emoções que de ti me vêm!?

?Tenho mais dificuldade em terminar a cara do que tu tiveste em me deixar, talvez para sempre.?

?Não me tire desta minha incerteza. Com o tempo, espero transformá-la numa certa tranquilidade. Prometo-lhe não o odiar; por demais desconfio dos sentimentos violentos para me atrever a fazê-lo.?

?Nunca refletiu um pouco sobre o modo como me tratou? [?] Amei-o como louca! [?] Deixei-me seduzir por qualidades medíocres! Que fez, afinal, que me pudesse agradar? O ué é que me sacrificou? [?] Ah! Fui eu a culpada de todas as minhas desgraças: primeiro habituei-o a uma grande paixão, onde havia demasiada simplicidade ? e é preciso artifícios para se fazer amar, é preciso procurar, com uma certa habilidade, os meios de inflamar, POIS O AMOR, POR SI SÓ, NÃO GERA O AMOR.?



PS.: recomendo, nessa edição, ler o livro antes da apresentação escrita pelos editores, pra ter o choque no final.
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Kelly Oliveira Barbosa 13/12/2021

Que incrível a experiência de ler essas cartas. Para a alma feminina é como se dar conta a que nível pode chegar a sensibilidade do nosso gênero, a que grau de loucura pode chegar uma mulher apaixonada. (Eu só pensava: faz isso não minha filha kkkkkk)

Eu terminei de ler agora, na verdade não consegui processar bem ainda, será preciso reler com certeza. Mas corri aqui para registrar as primeiras impressões.

Essas cartas, cuja a autoria são atribuídas com alguma controvérsia a Mariana Alcoforado, foram publicadas na França em 1669. O contexto conhecido delas é um seguinte: Mariana, uma freira de um convento de Beja/Portugal, fora seduzida e depois descartada por um oficial do exército francês chamado De Chamilly.

As cartas em conjunto formam uma narrativa sofrida de uma mulher abandonada. O relato desesperado da dor de uma paixão não correspondida. Em minha interpretação pessoal: o testemunho visceral das consequências de uma defraudação emocional.

Apesar da sofrência toda, as cartas são muito bonitas, são como um imenso poema sem versos e sem rima.

site: https://cafeebonslivros.com/2021/12/13/breve-comentario-cartas-portuguesas-de-mariana-alcoforado/
Pri de Luz 14/12/2021minha estante
Deu vontade de ler só por causa da sua resenha


Kelly Oliveira Barbosa 14/12/2021minha estante
Leia Pri, é uma experiência incrível.




delicategio 09/09/2021

Comecei a ler pra entender um pouco mais da prosa barroca. Fiquei encantada desde o início por todo o contexto da obra e depois espantada com todo amor/obsessão e dor que as cartas transmitem.

Terminei com a vontade de reler as cinco cartas. E a terceira carta acabou comigo, o que é aquilo?!

trechos:
"Adeus. Era melhor nunca te ter visto. Ah, sinto até ao fundo a mentira deste pensamento e reconheço, no momento em que escrevo, que prefiro ser desgraçada
amando-te do que nunca te haver conhecido."

"Se sabias que não ficavas em Portugal, porque me escolheste a mim para tornares tão desgraçada?"
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@nattan2l_ 22/01/2024

Uma coleção íntima e apaixonada de cartas escritas por uma freira portuguesa emocionada do século XVII (que diga-se de passagem não tinha uma amiga pra avisar né?). As cartas revelam suas emoções intensas e desilusões amorosas, narrando um amor proibido com um oficial redflag francês. A obra é considerada um clássico epistolar, destacando-se pela expressividade emocional e pela complexidade dos sentimentos de Mariana, proporcionando aos leitores uma visão profunda da experiência amorosa e das lutas interiores da autora.
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Bia 16/12/2020

Pobre Mariana...
São 5 cartas de amor no total, todas enviadas de Mariana para Noel.

Ao longo das cartas dá para ver que na 1a e na 2a Mariana ainda tem esperança de que Noel volte para ela, na 3a tem um tom de autopiedade, na 4a negação e finalmente na 5a é ela falando que ele não presta.

Nas primeiras cartas me irritei com ela, logo que acabei tinha certo na minha cabeça que ela era ingênua e mentalmente instável (eu ainda acho ela um pouco bipolar). Porém depois que parei para pensar melhor, cheguei a conclusão que não posso ficar com raiva dela!

Para nós é óbvio que o Noel não vai voltar, mas para Mariana que viveu a vida toda em um convento quando um homem chega e diz que a ama e depois simplesmente vai embora? É normal ela ficar tão abalada com toda a situação.
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Angie - @livros_libras 19/12/2021

Li este livro para uma disciplina da faculdade e achei a história bem interessante, principalmente pela personagem principal e época em que foi escrito.

"Considera, meu amor, a que ponto chegou a tua imprevidência. Desgraçado!"

Obra que reúne as cartas de amor (presumivelmente verdadeiras, pois a história é verídica) de uma jovem freira portuguesa do século XVII, dirigidas ao seu amante francês que a abandonou no convento.

PS.: não concluí a disciplina. :(
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Marina 07/11/2022

Um retrato barroquissimo do amor
Mariana está perdidamente apaixonada, claramente viveu um amor proibido, expõe todo seu sentimento e sua vulnerabilidade em suas cartas, que acabam sem respostas. Parece recuperar sua consciência em alguns momentos, mas sempre acaba se enrolando. É difícil não se identificar.

Uma vez usei um trecho desse livro para apresentar um trabalho sobre o Barroco na faculdade. O feedback que tive do professor foi que as palavras de Mariana retratam não somente como ela se sentia, mas como as pessoas viam o mundo naquela época.

O Barroco é dramático, sinuoso, é sombra, é caos. E por isso é um importante contributo literário para a compreensão desse universo.
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Julia 08/11/2022

Pobre Mariana
Maravilhoso e sem compromisso com "adequações" literárias da época. Acho que eu também sofreria dessa maneira se me colocasse em um convento contra a minha vontade
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Márcia Regina 05/03/2010

"Cartas portuguesas", de Mariana Alcoforado.

Cinco cartas de amor, desespero, desilusão e ódio. E tristeza, profunda tristeza.
Ainda que atualmente soe melodramática demais, a leitura é interessante e me impressiona o fato de os anos passarem, os séculos passarem, e o amor, ah, o amor... Agimos tão diferente (será?), mas sentimos tão parecido...

Alguns trechos:

"Lembra-te, ao menos, de mim! Já me contento com a tua lembrança, mas não me atrevo a verificar se a conservas.
(...)
E como é possível que, com tamanho amor, eu não tenha conseguido tornar-te feliz?
(...)
Quanto custa resolver-nos a suspeitar por muito tempo da boa-fé daqueles que amamos!
(...)
Teria suportado o seu ódio e todo o ciúme que poderia nascer em mim de uma ligação sua com outra mulher qualquer, mas, pelo menos, teria uma paixão para combater. É a sua indiferença que não posso suportar. Os seus impertinentes protestos de amizade e as delicadezas ridículas da sua última carta mostraram-me que recebera todas as que lhe escrevi e que elas não provocaram no seu coração nenhuma emoção.
(...)
Deixei-me seduzir por qualidades bem medíocres.
(...)
Ah, Fui eu a culpada de todas as minhas desgraças: primeiro habituei-o a uma grande paixão, onde havia demasiada simplicidade – e é preciso artifícios para se fazer amar; é preciso procurar, com uma certa habilidade, os meios de inflamar, pois o amor, só por si, não gera o amor.
(...)
Agora só desejo ser sensível às minhas dores"
_____________________________


Uma curiosidade é a polêmica existente em torno da autoria do livro. Duas são as versões mais difundidas:

- existiu, de fato, uma freira de nome Mariana Alcoforado, nascida em 1640, que teria vivido intensa paixão por um oficial francês, o qual a abandonara em Portugal quando do regresso do exército para a França;
- tudo seria um golpe publicitário e o texto teria sido escrito por um tal de Guilleragues, supostamente o tradutor das cartas para o francês.

Essa questão do anonimato ou autoria dúbia em literatura pode soar estranha hoje, mas era comum na época (o texto foi publicado pela primeira vez em 1669), visto como um atrativo a mais.
Afinal, como dizem os editores:

"Naqueles longínquos anos, tudo se passava numa atmosfera de cortes românticas, anônimos geniais, punhos de renda e punhais dourados, e o recato das damas, contrastando com o arrebatamento dos cavalheiros, culminava com amores sísmicos".
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thaisraiz 20/05/2022

Que obrigação tenho de lhe dar conta dos meus sentimentos?
Eu consigo perceber porque esse livro é tão revolucionário para a época que foi escrito. Não dá pra dizer que é uma leitura que me diverte muito, porque já está bem distante do estilo de hoje em dia e possui técnicas que já não funcionam na sociedade de hoje.
Mas é interessante como essa uma das primeiras vezes que temos uma narrativa portuguesa falando de amor, impostando as cantigas de amigo. Esse é o precursor dos romances portugueses e numa sociedade extremamente católica, podemos ver como esse livro constrói de uma maneira muito refinada seu tom sarcástico, já que uma freira, mulher que se devota à missão divina, não tem o mínimo carinho pir Deus ou interesse de aceitar essa missão, só o faz forçada e mesmo assim chega a ser Soror da sua abadia.
É um livro extremamente importante que, mesmo já não sendo tão cativante tem uma contexto e uma história por trás extremamente vasta que facilmente é esquecida e apagada.
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LaraF 15/09/2013

chaga a ser indiscreto ler cartas tao intimas e desesperadas..mas o amor, sobretudo, o nao correspondido leva o ser humano a tomar contato com os sentimentos mais contraditorios e extremos. as cartas sao puro sentimento, desprovidos de racionalidade e me fizeram pensar em como estamos cada vez mais distantes de nos entregarmos tanto assim, nos dias atuais. uma pena nao ter acesso as respostas, mas sem duvida, Mariana conseguiu uma coisa que poucos de nos consegue: desnudar-se humildemente diante do sentimento.
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Lucas.Sampaio 23/10/2021

Freira apaixonada
Cartas portuguesas, ou ?cartas de amor de uma religiosa portuguesa escritas ao cavaleiro de C.?, é um livro epistolar, originalmente publicado nos anos de 1669 em língua francesa com o titulo Lettres Portugaises traduites en français (tradução nossa: Cartas portuguesas, traduzido em francês), geralmente enquadrado no barroco português, a principio de autoria anônima, apenas em 1810 sua composição seria atribuída a Mariana Alcoforado.
Segundo Celestino e Lopes (2015, p.2), Mariana Alcoforado seria:

Filha de uma renomada família portuguesa, Alcoforado foi destinada à vida religiosa desde muito cedo, aos 12 anos, por decisão paterna. Entre os anos de 1667 e 1668, aos 20 anos, enquanto assistia a passagem do exército francês em sua cidade, iniciou os amores com Marquês de Chamilly. Por ser de família portuguesa poderosa e tradicional, o escândalo tomou conta da cidade e Chamilly, receoso das consequências, partiu de Portugal. Antes de sua partida, prometera retornar para desposar Alcoforado. Foi, então, na ansiedade do retorno de Chamilly, que Alcoforado produziu Cartas Portuguesas.

Posto isso, Cartas Portuguesas retrata o amor proibido entre uma freira enclausurada e um oficial francês, que a partir de então passariam a trocar epistolas. Sendo Cartas Portuguesas a reunião de cinco dessas correspondências de autoria de Mariana Alcoforado, em resposta as missivas recebidas de Chamilly.
Segundo Silva (2017, apud AGUIAR e SILVA, 1979), o narrador é autodiegético (ou seja, o personagem principal é o narrador), portanto, apresenta foco interno e restritivo, e acompanham-se tudo que passa no interior da personagem.  Portanto, acompanha-se a solidão, ansiedade, amor intenso, e entrega da protagonista das cartas, Mariana.
Logo na primeira carta, é possível perceber que se trata da resposta de uma missiva previamente enviada por Chamilly, quando Alcoforado (2016, p. 19) declara que ?A tua ultima carta deixou-o num lamentoso estado!?, quando em sua prosa apaixonada, falava sobre seu coração. Ou em outro momento da primeira carta, em que Mariana (2016, p. 21) declara: ?Deixa de encher tuas cartas com coisas inúteis...?, onde se percebe que a primeira carta que lemos, é uma resposta a cartas anteriores.
Na segunda carta, porém, ela demonstra que já não recebe cartas: ?[...] há seis meses que não recebo de ti uma carta!? ALCOFORADO (2016, p. 26), porém, a sociedade a vê com maus olhos, por se tratar de um freira apaixonada por um oficial, como ela mostra: ?Enfureço-me contra mim própria quando penso em tudo quanto te sacrifiquei: perdi minha reputação, expus-me ao furor dos meus parentes, à severidade das leis deste país contra as religiosas e à tua ingratidão, que me parece à maior de todas as desgraças? ALCOFORADO (2016, p. 38), porém previamente, na primeira carta, é possível perceber que parte da sua família colabora para que a troca de correspondências seja mantida: ?Confesso, no entanto, que a oportunidade que o meu irmão me proporcionou de te escrever...? (grifo nosso) ALCOFORADO (2016, p. 21).
Nessas cinco cartas, podemos ver a entrega total de Mariana Alcoforado, mesmo com o amado tão distante de si. E a decadência desse amor (nas duas ultimas cartas, as mais longas), em que ela se despede do amante, e mostra que o amor que ela mostra por ele não é correspondido na mesma medida.
Segundo Cardoso (2014, p. 157):

Podemos considerar essa obra como representante das inquietações típicas do Barroco, conforme apontáramos. Nela, percebemos claramente os jogos de oposição que dicotomizam o ser nesse período: corpo / alma; amor carnal / amor espiritual; mundanismo / espiritualismo; amor erótico / amor divinal.

Ou seja, essas cartas representam o barroco português com maestria, mostrando esse amor desesperado, visceral, onde a narradora levaria até as ultimas conseqüências se não fosse à indiferença do seu amante.
 Desde sua primeira carta, que representa o amor incondicional de Mariana, misturado a desconfiança que Chamilly possuía outras amantes na França, passando por sua segunda carta, onde Mariana se lamenta do seu amor, e demonstra êxtase em estar apaixonada. Sua terceira carta, em que a Sóror mostra estar dilacerada, a ponto da violência, com a intensidade de amar. Nas ultimas cartas, Mariana mostra revolta com ao enamorado, chegando a acusá-lo de ser um homem sem honestidade: ? [...] O seu procedimento não é de um homem honesto. É preciso que experimentasse por mim uma autêntica aversão natural para não me ter amado perdidamente? (ALCOFORADO, 2016, p. 68).
A obra de Mariana demonstra uma beleza incomum, uma leitura intensa, renovadora, demonstra todos os paradigmas do amor, desde a paixão intensa, até a decepção e o momento da separação e a necessidade do esquecimento. Essa obra se destaca por sua linguagem poética, cheia de momentos sublimes, uma escrita que perpassa o tempo e consegue tocar os atuais leitores.
 
Referências
 
CELESTINO, Ricardo; LOPES, André da Costa. O AMOR DE MARIANA ALCOFORADO: A NOÇÃO DE CONCEPTO E A CATEGORIA DE GÊNEROS DE DISCURSO EM CARTAS PORTUGUESAS. Disponível em: . Acesso em: 20 nov. 2017.
 
 
SILVA, Marcelo Medeiros da. O EXERCÍCIO DA DOR DE AMAR EM CARTAS PORTUGUESAS DE MARIANA ALCOFORADO. Disponível em: < http://books.scielo.org/id/8n8gb/pdf/medeiros-9788578792794-09.pdf> Acesso em: 25/11/2017.
 
CARDOSO, Cícero Emerson do Nascimento. RESENHA CRITICA DA OBRA ?CARTAS PORTUGUESAS?, DE SOROR MARIANA ALCOFORADO. Disponível em: . Acesso em: 28 nov. 2017.
 
ALCOFORADO, Mariana. CARTAS PORTUGUESAS. Porto Alegre: L&PM, 2016.
 
 
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