Minha Velha Estante 12/04/2020Resenha da DricaO Festival da Ostra é o grande momento de comemoração das ilhas Doggerland... mas não para a inspetora-detetive Karen Eiken Hornby que bebeu demais e, ao acordar, percebeu que passou anoite com o seu chefe Jounas Smeed, um machista ridículo, mas nem lembra direito como foi parar lá... então, né?
Mas como miséria pouca é bobagem, Karen é surpreendida com a notícia de que a ex-esposa de Jounas foi encontrada morta na cozinha de sua casa, e ela terá que assumir o caso e o lugar do seu chefe, já que ele não poderá investigar o caso.
Bom, acho que já temos munição suficiente para uma boa história!
Karen acredita na inocência de Jounas e fará tudo para prová-la sem que seja necessário revelar que os dois passaram a noite juntos. Mas, ao longo da sua investigação, ela vai desencavar fatos terríveis que tiveram o pontapé inicial a cerca de 40 anos quando uma comunidade alternativa foi criada pelos pais de Susanne.
A partir daí o livro trará duas histórias paralelas com capítulos intercalados ora contando a investigação de Karen ora contando fatos do passado para que o leitor possa tirar suas próprias conclusões ao longo da investigação.
Mas Karen não é apenas investigadora, ela também tem um passado que, vira e mexe, retorna para desestabilizar a mulher forte que ela precisou se tornar depois das tragédias que assolaram sua vida e que ela tenta esconder a todo custo. Infelizmente essa investigação vai envolvê-la de tal forma que ela terá que reabrir as feridas que ela acreditava estarem cicatrizadas.
Como primeiro livro da série Doggerland, a autora Maria Adolfsson nos trouxe uma super história de investigação, cheia de personagens bem caracterizados e com vários motivos para cometer esse assassinato, o que prende mais ainda o leitor. Apenas lamento o ritmo um mais lento das investigações que deixou a história monótona em alguns poucos momentos. Mas nada que desmereça o livro! Se prepare para uma descoberta, uma surpresa ou uma revelação quando você estiver mais distraído!
Não posso deixar de elogiar a edição impecável que a Faro fez, com alto relevo na capa, papel de primeira qualidade e tradição impecável.
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https://www.minhavelhaestante.com.br/2020/04/pistas-submersas-maria-adolfsson.html