nathy 12/10/2015
Não é o melhor livro da autora, no entanto, eu gostei bastante
Doce Triunfo é obra de uma das autoras mais reconhecidas (e uma das minhas favoritas) em se tratando de livros de romance novel, estou falando da Judith McNaught, quem já leu alguns de seus livro sabe bem o quanto ela arrasa nas suas criações. Entretanto, devo apontar que este livro está longe de ser um dos seus melhores trabalhos, não que ele seja ruim, não é isso. Acredito que ele poderia ser melhorado. Enfim, vamos ao que interessa.
O livro conta a história de uma mulher de 23 anos chamada Katie. Ela tem tudo o que poderia se imaginar, era bonita, muito rica e realizada profissionalmente (com apenas essa idade...jura?). Vivia uma vida de festas e encontros sociais que com o tempo passou a deixá-la entediada. Numa dessas festas ela acaba conhecendo Ramon, um cara porto-riquenho que a salva de um cara que ela tinha saído e não queria saber mais dele. Katie depois de ser "salva" por Ramon permite ser acompanhada por ele até sua casa, mesmo confundindo ele como "apenas" um motorista.
Em menos de uma semana os dois começam um envolvimento e Ramon logo percebe que Katie era a mulher da sua vida. E faz de tudo para que ela aceite se casar com ele e vá morar em Porto Rico. O que ele não conta a ela é que ele não é um motorista, na verdade, o mesmo era um empresário (prestes a falir, é verdade. Mais não deixa de ser empresário...kkk). Enfim, depois dele super insistir ela acaba aceitando ir com ele (mesmo que ela fique com um pé atrás, já que fora casada uma vez e tinha sofrido bastante com esse casamento). Então, acho que já dá para vocês se ambientarem um pouco com relação à trama. Agora, devo explicar o porque da minha afirmação no primeiro parágrafo.
O que mais me incomodou foi o fato de que achei que as coisas aconteceram rápido demais. Afinal, quem em sã consciência, com menos de uma semana, já afirma que uma pessoa é o seu amor para toda vida e que vai casar com ela e ponto??? Aliás, qual é a mulher que financeiramente estável vai largar tudo para viver num país totalmente diferente (Porto Rico), que não sabe nem como se diz obrigado em espanhol?
Bom, só isso já me deixou com um pé atrás, e para piorar, não gostei muito da protagonista, ela é cheia de preconceitos, mimada e até imatura. Este último até entendo, afinal, ela tem apenas 23 anos e tal. O Ramon também não ajudou muito, não precisava ele ficar mentindo para ela. Claro que essas imperfeições dos personagens são interessantes para fazer com que o leitor perceba que nem só de "perfeito" vive os personagens na literatura. Confesso até que apesar dessas coisas cheguei a entender a Katie. Ela tinha tudo (não digo que seja certo os seus preconceitos, mais é justificável ao meu ver), sem falar que ela já tinha tido um casamento traumático que a deixou desconfiada. Assim, como também entendi o Ramon, que gostou logo dela e mesmo errando ao não contar a verdade, estava passando por um período bem complicado na vida. No entanto, não estaria sendo sincera com você que me ler se não dissesse que essas coisas não me incomodaram.
Acho que o que pesou para que eu tivesse essas sensações ambíguas- ao ponto de entender o porque dos personagens agirem ou serem como tal, mas mesmo assim não conseguindo relevar isso- foi o fato de que sei do potencial da Judith McNaught. Quem já leu outras obras da autora, como: Alguém para Amar, Em Busca do Paraíso e Whitney, meu amor, sabe que ela sabe escrever histórias que são completamente cativantes e maravilhosaaaas. Por isso, ainda afirmo que essa não é uma das suas melhores obras, mais apesar de tudo, se me perguntarem se indico a leitura? Sim, eu o faço. Pois a narrativa da Judith é muito boa e bem superior a muitas que encontrei nos livros do gênero. Então, se você puder ler este livro, leia. Use ela como um passo para conhecer as outras obras da autora, que são totalmente apaixonantes.
" ... olhando para ela, Ramon sentiu que poderia explodir de tanta felicidade. Seu rosto corado de alegria era uma imagem que, ele sabia, nunca mais iria esquecer; as palavras ditas com tanta suavidade era uma benção que guardaria para sempre no coração".
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