A Guerra Pela Uber

A Guerra Pela Uber Mike Isaac




Resenhas -


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Gramatura Alta 26/02/2020

http://gramaturaalta.com.br/2020/02/26/resenha-a-guerra-pela-uber-mike-isaac/
Hoje em dia pedir um carro pelo celular é uma das coisas fáceis e práticas que podemos fazer com um smartphone. Dá para ir a qualquer lugar, não importa o horário, e os preços são bem atraentes. Acabou aquela época em que pegar um carro, um táxi, era complicado e na maioria das vezes os valores eram imprevisíveis. Quem mudou tudo isso foi a Uber, e no livro A GUERRA PELA UBER, teremos um pequeno vislumbre dessa empresa que mudou o mundo e que, por muito tempo, foi uma das empresas mais sujas e odiadas da indústria.


O principal nome por trás desse aplicativo que mudou o mundo é Travis Kalanick, inventor, criador e CEO da Uber. Jovem, descolado, ambicioso e imprevisível, Travis comandou a empresa no seu início turbulento, desafiando a ira da indústria dos táxis, que detinham o poder no jogo das corridas de carros com clientes. O CEO da Uber, que é basicamente quem manda e decide os rumos da empresa, foi uma pessoa que queria se cercar de gente parecida com ele. Seus funcionários eram jovens e ambiciosos, juntos eles espalharam a Uber para todo o mundo. Mas esse avanço veio à base de muitos absurdos como espionagem industrial, assédios moral e sexual, longas jornadas de trabalho, práticas sujas e imorais e, acima de tudo, muito dinheiro, sexo, drogas e tudo mais que essas coisas trazem.

O livro nos apresenta seus vários fundadores e todo o caminho que eles percorreram até chegar na Uber. Todos eram inteligentes e criativos, já tinham bastante experiência com serviços para a Internet e acima de tudo, queriam revolucionar o mundo. O foco da narrativa fica em Travis, o grande chefe, que queria ser tão grande ou maior que a própria Amazon, o grande império varejista que hoje em dia está em praticamente todos os setores. Assim como a Amazon mudou a forma em que as pessoas compram e consomem diversos produtos, a Uber também mudou a indústria do transporte. Todo mundo já pediu um Uber, viu um Uber ou já ouviu falar desse serviço, que no começo, por incrível que pareça, era voltado para pessoas ricas e carros de luxo. Mas quando o UberX chegou, trazendo com ele a possibilidade de que qualquer pessoa com qualquer carro também possa usar os serviços para pegar clientes em qualquer lugar, desencadeou uma série de acontecimentos que, por um tempo, foi uma autêntica guerra.

Não é segredo para ninguém que a Uber teve que lutar bastante com o governo para conseguir sobreviver, pois o jogo de interesse não queria que esse sistema de empregos autônomos tivesse êxito. Qualquer pessoa com tempo livre poderia ser um motorista da Uber, qualquer pessoa poderia lucrar com esse sistema. No começo o esquema era simples, um carro de luxo, com motoristas profissionais, um aplicativo onde os clientes pediam um carro e outro aplicativo em que os motoristas aceitavam as corridas. Lá mesmo o cliente já botava o endereço de embarque e destino, os dados de um cartão de crédito e só. Um transporte rápido e prático para quem quer ir de um lugar para o outro com agilidade. Hoje em dia isso é muito comum, mas em 2009 era uma das maiores revoluções do mundo digital e que mudaria a indústria do transporte para sempre.

A GUERRA PELA UBER caminha pelo gênesis da empresa e reserva o maior tempo para a criação desse mito. E como eles apresentavam esse serviço para o público? Como atrair clientes e motoristas? E a resposta para isso é apenas o simples e cobiçado dinheiro. Quem chegasse primeiro iria dominar o mundo e a Uber sabia disso, logo ela oferecia diversos incentivos para os motoristas, smartphones grátis e milhares de corridas grátis ou com descontos absurdos para fazer a Uber cair no gosto e na rotina das pessoas. A estratégia deu certo, mas a odisseia para atrair esse tanto de investimentos que a Uber precisava para se manter em pé reserva muita ganância e risco. O leitor a todo momento se choca ao ler sobre tanto dinheiro em movimento, tanta tramoia e interesse que a gente fica até tonto.

E toda essa revolução vem também com polêmicas com a empresa basicamente não ligando para os motoristas que não tem direitos trabalhistas. Fora o fato dos mesmo se matarem em cargas horárias surreais para conseguir o seu sustento, já que não existe limite de tempo em que uma pessoa pode trabalhar. Claro que é válido dar total autonomia ao motorista, mas será que ele está recebendo bem? Quem está lucrando mais, a empresa ou a pessoa que fez todo o trabalho pesado? E é nessas e outras que o leitor fica completamente colado nas palavras tentando achar uma resposta.

De longe parece um livro bem específico para quem gosta do tema, mas a narrativa empregada faz essa história ser acessível para qualquer um. A leitura não tem uma linguagem técnica incompreensível, seus capítulos são pequenos, ágeis e muito bem divididos. Os melhores trechos são aqueles em que a intriga entre os poderosos se choca com o avanço da empresa, porque é incrível notar que por dentro tudo parecia estar explodindo, mas por fora tudo avançava e dava certo. O livro acaba perdendo força no ato final, que se reserva a trabalhar a grande mudança que era necessária dentro da empresa. Tirar o antigo CEO tóxico e festeiro, para dar lugar a outro mais centrado e focado. Essa mudança acaba se estendendo demais, porém não prejudica em nada o trabalho num conjunto.

No final nós temos uma autêntica saga de avanços e absurdos, até o Brasil está presente na narrativa. É um livro extremamente completo e assim como o serviço da Uber, bastante prático. A edição nacional está impecável e até a textura da capa do livro físico é interessante, pois ao toque lembra um veludo, algo chique e confortável. Uma história de início, meio e fim, sujeira, guerra e revolução, bastante viciante, vale uma conferida.

site: http://gramaturaalta.com.br/2020/02/26/resenha-a-guerra-pela-uber-mike-isaac/
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@gustavoplatini 03/04/2020

Muito bem escrito
É um baita livro de não-ficção. O autor (que é jornalista) escreveu com maestria uma enxurrada de fatos sobre criação e desenvolvimento de uma das principais startups da década, uma trajetória controversa de muito sucesso e alguns fracassos, devido principalmente ao seu CEO Travis Kalanick e sua agressividade nos negócios. A leitura é muito agradável, os capítulos são bem amarrados e não são longos.
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Bruno Garcia 19/06/2020

Thriller de Intrigas
"A Guerra pela Uber" é um roteiro de intrigas e um conto de arrogância sobre a trajetória da startup que revolucionou a maneira como nos deslocamos nos centros urbanos ao mesmo tempo que precarizou as relações trabalhistas explorando motoristas.

Um livro reportagem em formato de thriller que narra a disputa pelo controle da empresa entre acionistas e Travis Kalanick, o presidente que fez da Uber símbolo das empresas "unicórnios" e da cultura pedante capitalista do Vale do Silício.

Mike Isaac, repórter de tecnologia no The New York Times, revela desde os bastidores do surgimento da empresa até o desfecho de Kalanick no poder.

Passando pelos truques tecnológicos ilegais para driblar as cidades que tentaram regular o aplicativo até os algoritmos utilizados para determinar o menor salário que um funcionário aceitaria. Incluindo a concorrência com a Lyft através de espionagem digital até a cultura predatória exportada para embates com taxistas ao redor do mundo.

Uma obra reveladora para aqueles que acompanham a tecnologia "disruptiva" ou quem é curioso para saber o que está por trás da tela ao pedir uma corrida.


site: https://www.instagram.com/p/CBjUqKzjBQP/
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Carol T.S. 19/10/2020

Por dentro da Uber
Livro interessante que conta a história da Uber, focando em seu fundador, Travis Kalanick, no crescimento veloz da empresa, desafios, problemas, até a atualidade. Muito interessante!
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Júlio Quadros 20/01/2021

Ótima História
O livro traz uma visão muito real e pouco romantizada da Big Tech que se tornou a Uber. Mostrando seus altos e baixos, e como a cultura de um Fundador pode influenciar uma empresa, de forma positiva e negativa.
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Guilherme_Messias 07/09/2022

Exposed a toda cultura do Vale do Silício.
Vai ser um pouco difícil separar o livro e a série, tanto por ter consumido os dois ao mesmo tempo, quanto por ambos estarem no meu top de melhores do ano. Principalmente a série não é vista com tanta maestria pelo público geral, porém, emocionalmente me marcaram bastante.

Confesso que comecei a conhecer superficialmente a história do Uber com o livro Upstars, porém, o foco do livro é muito mais o modelo de negócios e a briga com os taxistas, diferentemente deste que retrata toda a trajetória da empresa e principalmente a gerência de Travis Kalanick.

Sem dúvidas um dos ambientes mais tóxicos para se trabalhar, na minha visão não só retrata os bastidores do Uber, mas é um exposed geral a toda cultura do Vale do Silício. Destaco principalmente a misoginia (retratada expledidamente na série) com a experiência de assédio e desigualdade sofrida por uma ex-engenheira de seu superior, é muito pessado. Porém, temas como direitos trabalhistas e política, que estão fervendo após o lockdown, são bem expostos no livro.

Ambas as obras são bem similares, principalmente por ser baseado em fatos reais, a série não foge do livro, mas, vale muito a pena ter a experiência de ambas.
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Lu 20/10/2022

Colocando a ética a prova
Essa talvez seja a resenha mais difícil que já escrevi, isso porque, A Guerra pela Uber, obriga você a cavar mais fundo e questionar o quanto você realmente é leal a seus valores e crenças.

É muito claro no livro a importância de manter a humildade, o equilíbrio entre o profissional e o pessoal, não negligenciar departamentos que muitas vezes não são estão ligados a receita direta, mas podem evitar muitos erros e problemas, como por exemplo o RH e respeitar o ser humano acima de tudo, não deixando impune casos de abuso sexual e moral.

De um lado temos, um CEO que claramente perdeu o controle a medida que a empresa foi crescendo, não dando a devida importância as consequências de suas próprias ações e perdendo completamente a noção do significado das palavras: Limite e Ética.

De outro temos, uma indústria totalmente monopolizada e corrupta de taxistas, que não ofereciam opções aos seus usuários, cobravam valores exorbitantes e em troca prestavam um serviço deplorável.

Então a pergunta que fica é:

Existe outra forma de quebrar mercados corruptos, sem ficar igual ou pior do que eles?

Honestamente, ainda não sei responder essa pergunta, mas gostei do formato do livro, escrito de forma tão intensa, que em alguns momentos até parece ficção.

A maior lição que tirei dele foi: Queremos mudar o mundo, mas precisamos aprender que, para fazer isso, devemos lidar com o mundo como ele é, e não como gostaríamos que ele fosse.
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mans 22/02/2023

Para mergulhar nos bastidores da Uber
Você está saindo de casa. Saca o celular, dá alguns toques e aguarda. Daqui a pouco encontra um carro na porta de casa.

Geralmente é essa a relação que temos com a Uber, empresa que mudou a forma que nos relacionamos com transporte nas grandes cidades. Irritou taxistas, criou uma nova categoria de emprego. Mudou nossas vidas, de alguma forma.

Por isso, é interessante ir além desses toques na tela do celular e saber melhor como esse aplicativo, que movimenta milhares de carros ao redor mundo, nasceu, cresceu e se firmou.

?A Guerra pela Uber? é um belo livro. Ainda que tenha uma narrativa cansativa de vai e volta, onde cada capítulo termina com um gancho, mas o seguinte não necessariamente parte desse ponto, o livro é recheado de informações de bastidores da empresa que só um jornalista como Mike Isaac pode ter.

É uma biografia completa, ainda que sobre uma empresa incipiente, que traz o pior e o melhor do mercado da inovação. É chocante, é caótico, é bizarro, é inacreditável. E é, acima de tudo, uma aula de como não comandar uma empresa.
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Marina de Paula 11/05/2023

Livro extremamente interessante não só para entender a trajetória da Uber mas também para entender o cenário na época da criação. Favoritado.
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Jess 23/09/2023

A construção de um império....
Um trabalho brilhante sobre a ascensão e queda de um CEO de um império que revolucionou o modo de vida das pessoas.
Da combinação por avanços tecnológicos até aos problemas de governança e gestão, o trabalho investigativo de Isaac é brilhamente escrito como se estivesse vivenciando aquilo.
A leitura é sensacional e muitos questionamentos e insights surgem de uma leitura brilhante.
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ricardinho 23/10/2023

Tudo pelo poder
Escrito pelo jornalista da The New York Times Mike Isaac, é uma obra que conta a história da Uber, expondo as desavenças entre os seus líderes, festas regadas a drogas, sexo e bebedeiras, além de fraudes e espionagens contra concorrentes. A escrita é rica em detalhes e baseadas em fontes internas, sem esconder opiniões políticas do autor, inclusive, sobre o Kalanick.
Travis Kalanick é um empreendedor que antes de fundar a Uber, teve suas frustações com investidores, tornando-se mais cuidadoso ao lidar com eles. No entanto, essa preocupação tornou a sua administração um desastre ao não respeitar pares e funcionários. Para ele, tudo valia em busca do domínio do mercado antes controlado por taxistas e políticos corruptos, inclusive, utilizar-se de subornos e invasão de privacidade através de aplicativos espiões, inclusive fraudando a Apple. O ponto positivo de alguns desses apps, mesmo não sendo admitido publicamente, foi o auxílio na prisão de falsários e traficantes em Nova York. Assim, em curto espaço de tempo, levou a Uber ao sucesso na maioria dos mercados onde entrou, mesmo custando suicídios de alguns taxistas desesperados e estupros praticados por alguns motoristas.
Na busca da liderança, copiava ideias de concorrentes e tentava a todo custo destruí-los, assim como contratava lobistas para impulsionar mudanças nas leis, tornando-as mais receptivas. No entanto, na Ásia não obteve sucesso, seja pela proteção de governos locais seja por sabotagem dos concorrentes. Na vida particular, gabava-se pela acessibilidade a mulheres bonitas e ostentava o poder em grandes prédios. Torceu pela vitória de Hillary, mas mudou de ideia com a proximidade da vitória de Trump, causando revolta nos funcionários e desistindo de participar do Conselho do presidente
Finalmente, após denúncias ao Rh de funcionárias agredidas moralmente por pessoas do alto escalão e morte de sua mãe, Kalanick foi afastado da bilionária empresa e as esperadas mudanças pretendidas pelo Conselho aconteceram.
Leitura interessante para se conhecer os bastidores do Vale do Silício e boa parte da história da Uber. Não merece cinco estrelas, apenas, pela constante tentativa do autor em influenciar os leitores com suas opiniões.


site: @photobrincando
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Jana 29/10/2023

Impecável
Excelente escrita do Autor.
Muito Fluido, para muitos leigos como eu no mundo corporativo,foi de fácil entendimento.
No que diz respeito ao CEO da uber o homem foi falho como chefe e pessoa, e como empreendedor foi gigante (feito para poucos).
Muito interessante a leitura!!
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