Fifty Words for Rain

Fifty Words for Rain Asha Lemmie




Resenhas - Fifty Words for Rain


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Danielle 07/01/2023

Um livro exageradamente emocionante
Esse livro começou me DESTRUINDO. Eu andei evitando livros tristes e mais pesados, mas tomei coragem com a premissa que me chamou a atenção.
O início do livro é emocionante e lindo, a escrita da autora é envolvente e me presa a história. Eu conseguia sentir as tristezas da vida da protagonista, as alegrias, os anseios pequenos. O relacionamento dela com Akira é bem o relacionamento que irmãos teriam, e foi uma parte que me conquistou de vez. O amor entre irmãos, entre amigos.
No entanto não foi tudo flores e acabei não gostando tanto quanto esperava no início. 3 pontos principais me irritaram:
1. Algumas coisas sobre o Japão histórico da década de 1950 onde boa parte da história se passa, foram forçados ou modificados. Em vários momentos eu esquecia que estávamos no Japão, poderia facilmente ser algum canto da Europa no mesmo período. Isso pode ser desculpado, na maior parte da história. Era por meio que palavras e frases soltas em japonês tentando nos lembrar que não era Europa. Era Japão. A família tradicionalista da protagonista ser cristã também me soou forçado, ainda mais por não ter menção a budismo ou Shintoismo durante o livro todo, mesmo quando seguindo momentos mais tradicionalistas como enterros e casamento?
2. O exagero. Alguns traumas e dramas colocados no caminho da nossa protagonista soaram forçados. Um em particular, o relacionamento dela com um certo personagem, não era necessário. A protagonista já tinha um nível de drama IMENSO na vida dela, esses extras faziam soar caricato e por um minuto eu me perguntava: Porque chocar tanto o leitor ao invés de desenvolver com a beleza e tranquilidade esse trauma da protagonista? A autora em vez de trabalhar certos traumas, jogava a protagonista em um drama maior e deixava o outro semi resolvido. Mais tarde na história ela pula alguns anos e deixa implícito que os traumas foram trabalhados nesses anos que não vimos.
3. O final. O FINAL. Eu acho que pelo modo como a história estava andando até os 85%? Eu achei que teria um final satisfatório. O final me soava belo e que a autora ia enfim resolver algumas tramas em aberto. Tudo caminhava tão belo e delicado. E então, em menos de 30 páginas a autora da um twist e um final que não se justifica. Se visto do ponto de vista da honra japonesa, eu poderia quase desculpar, mas a protagonista não tem apego NENHUM a nada daquilo, a decisão dela não tem respaldo nenhum e na verdade contradiz parte da sua trajetória.
No fim temos um livro lindo, com uma escrita boa, uma história que em boa parte é muito bonita e envolvente, mas que peca ao se preocupar mais em chocar o leitor do que desenvolver os dramas da protagonista.
me.thami 20/04/2024minha estante
agora to com medo de ler




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@estantedamarcia 11/05/2024

Um belo livro, com uma história encantadora , mas nada fácil de ler.

É uma história de amor, mas não uma história de amor conhecida e muito escrita , é uma história de amor entre irmão. E a força dessa relação.

É assustador pensar em tudo o que Nori teve de passar por ser uma filha bastarda em 1948 no Japão. Ela era uma vergonha para sua família por ser uma filha bastarda, principalmente para uma família como a de Nori, que era vinda da aristocracia.

Nori foi deixada pela mãe, na casa dos seus avos onde foi mantida em cativeiro, para que ninguém soubesse da sua existência. Nori só conhecia o seu quanto, era o seu único mundo até conhecer o seu meio-irmão que era o filho legitimo e que mais tarde iria representar a família.

A história de o amor entre os irmãos é maravilhosa, a luta do seu irmão para tentar que ela tenha uma vida normal e digna, o amor que ela ter por ele por lhe mostrar que pode ser alguém, é uma história comovente e muitas vezes inquietante.
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Ren Alc. 26/06/2022

"Why?” He shrugs a shoulder. “You are my sister."
Existem livros que desde a primeira linha até a última conseguem emocionar o leitor e esse foi o caso de Fifty Words for Rain da autora Asha Lemmie.

O livro conta a história de Nori – Noriko – Kamiza, uma bastarda com raízes Afro-Americana e também da Realeza Japonesa. E como o imaginado, sua vida acaba se tornando um emaranhado de sofrimento por conta disso, uma vez que sua mãe – a princesa que teve um caso com um americano – a abandona em frente a casa de seus avós, pessoas cruéis que farão de tudo para esconder a vergonha que caiu sob sua casa: Noriko.

“I feel this life is
Sorrowful and unbearable
Though I cannot flee away
Since I am not a bird.”

São anos de sofrimento, torturas e privações, até que certo dia, Noriko acorda com a notícia de que tem um irmão e não somente isso: Ele vai ir morar na casa dos avós. Finalmente Nori tem uma pausa nos sofrimentos e encontra em Akira, seu irmão mais velho (e filho legítimo), seu paraíso na terra.

“They’re going to kill me.”
Akira pressed his forehead against hers, and she could feel the determination radiating off of him.
“They’re going to try.”

É muito bonita e emocionante de ler a história dos dois, a ligação que se cria já no primeiro encontro. Mesmo que Akira seja um adolescente sério, e acostumado a ter o mundo aos seus pés – afinal, ele é o futuro de uma dinastia -, ele consegue tratar Nori com o respeito e carinho que ela sempre mereceu e precisou. A história de ambos é bastante comovente, ainda mais quando percebemos até onde cada um iria para fazer o outro feliz e seguro.

“I am still coming to understand, every day, what it is that makes her feel like mine.”

Não houve um momento sequer de leitura onde eu não tenha me emocionado e torcido para que eles fossem felizes, mas infelizmente a história é tão assombrosamente emocionante e crua, que você sabe que a história de Akira e Nori é uma tragédia anunciada. É inevitável. Eles estão cercados de pessoas ruins prontas para arruiná-los desde o primeiro instante.

“He was good, which is better than nice, and he was honest, which is better than kind.”

Emocionante, comovente e de cortar o coração, Fifty Words for Rain foi tudo e muito mais do que imaginei. E embora eu não tenha concordado com a última escolha de Nori, eu vou sempre guardar esse livro no meu coração e nos meus favoritos. Recomendo muitíssimo, porém se preparem para chorarem uma cachoeira.

“You are my sun.”
And you are mine.
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