Ortodoxia

Ortodoxia G. K. Chesterton




Resenhas -


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Alex 16/10/2023

Provocativo, agudo e cheio de paradoxos
Ortodoxia é uma resposta, este livro é uma resposta bem humorada à crítica de G.S. Street, ao livro anterior de Chesterton. Então ele, como diz no primeiro capítulo, "ao invés de responder, escreve um livro", assim, como se fosse coisa pequena, troco de bala.

E mais, Ortodoxia não é qualquer resposta. Escrita na época em que Chesterton ainda era Anglicano, mas já era um cristão fervoroso. Claramente um grande erudito, uma mente afiada, uma pena rápida ao escrever, não é a toa que esse livro, é um dos 80 livros escritos por ele. Voltando, Ortodoxia é uma resposta às críticas, mas também é uma exposição de uma filosofia, do autor, mas, que Chesterton, descobre a cada proposição, que tal filosofia já existe, não é nova, e nada mais é que as bases do cristianismo.

Com clareza aguda, uma sucessão de paradoxos, e digressões metafóricas, a leitura é agradável, mas lenta. Requer atenção dobrada. Por isso, aos que estão acostumados a uma leitura leve e fluida, não irão gostar. É um livro curto, mas que requer um certo nível de reflexão.

Por fim, esse autor estava na minha prateleira há muito tempo. E foi um prazer enorme, trazê-lo para o topo da pilha, ainda mais nesse ano. E, eu finalmente encontrei um autor à altura de C.S.Lewis, mesmo sendo absolutamente diferente dele.
Hector Zanini 16/10/2023minha estante
Eita! Espero que seja um bom companheiro para as férias de fim de ano. Obrigado pela resenha!


Alex 16/10/2023minha estante
Hector, acredito que será ótimo companheiro para ti, como o foi para mim. Aproveite!


Aryana 16/10/2023minha estante
??




Heshi 21/09/2023

Daqui há uns 10 anos eu volto e faço uma resenha descente.
Esse livro me fez refletir muito sobre alguns assuntos e ao mesmo tempo deu um nó na minha cabeça.
Oscar.Valeriano 21/09/2023minha estante
Pretendo ler ainda esse ano esse livro




Filipe378 09/06/2021

Ortodoxia
Nesse livro Chesterton descreve como ele, tentando trilhar seu próprio caminho, acabou trilhando um caminho já consolidado pela tradição: o caminho da ortodoxia.
Esse livro mostra como Chesterton, em cada questão que fez, achou uma resposta única. O autor, ao longo do livro, vai nos mostrar o absurdo que é um mundo que não tem a ortodoxia cristã como parâmetro. Segundo ele a ortodoxia é a guardiã da racionalidade, da liberdade, da felicidade e etc. Sem ela a vida fica vazia de sentido, a razão vira loucura e as virtudes viram vícios.
É uma leitura que é extremamente prazerosa e que nos apresenta muitos conceitos e ideias geniais que me fizeram adimirar ainda mais o cristianismo.
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Judah Figueiredo 27/12/2020

Emocionante e surpreendente
Este livro é essencial, como tudo que Chesterton escreveu, ele traz visões da realidade e de outros assuntos, como a religião, que muitos não se atem. É um livro emocionante que contribuiu para a minha conversão ao catolicismo.
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Bruno 25/12/2022

A recuperação da discussão sobre o conservadorismo cristão e a guerra do imaginário trouxe à tona e a todo vapor o clássico de Chesterton para as rodas de debate.
Difícil consumir conteúdo em forma de cursos, documentários ou clube de literatura voltados à temática conservadora sem a indicação da leitura de Ortodoxia.
Obra que moldou o pensamento de autores de ficção e não ficção do início do século XX. Fácil linguagem mas de assimilação desafiadora para desatentos.
Uma leitura filosófica, idealmente lenta, ao melhor estilo Sertillanges, Olavo e Adler.
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Camila.Paulino 21/04/2021

Argumentação única
Chesterton me surpreendeu com uma argumentação simples, mas muitas vezes bem incisiva. Confesso que nem sempre os argumentos foram os mais claros e abrangentes, mas recebi vários insights interessantes.
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Bill 13/07/2021

Fé cristã
Perfeito para defender a fé cristã não como algo abstrato, mas concreto em nossas vidas; com pitadas de sarcasmo do bem.
Jess 13/07/2021minha estante
Estou lendo ele e também estou gostando do sarcasmo do Chesterton.




Alexandre Nabhan 12/04/2022

Essa leitura foi p. mim um acolhimento, e o caminho revelado
Não foi fácil todas as frases todos os capítulos me fascinaram, muitas parte eu precisei revisitar. Mas não quis perder nada.

Ortodoxia foi para mim a confirmação de muitas coisas que eu já acreditava, e a explicação de muitas outras que eu desconhecia. Esse é apenas o segundo livro de chesterton do qual eu tenho acesso. E saio deste ainda mais impactado que o anterior.

É incrível a capacidade que Gilbert tem de nos prender. Ele escreve muito bem, e de forma simples ele passeia por temas muito complexos. É muito fácil ser levado por ele em muitas aulas sobre os diversos desses temas aqui abordados.

Ele coloca aqui sua resposta a uma questão que foi levada a ele, você vai encontrar ela na introdução do livro. E ele vai durante todo o livro tratar de responder essa questão. São diversos capítulos incríveis.

Sem dúvidas os mais importantes para mim foram "A ética da elfolandia" e "A autoridade e o aventureiro".

Enfim termino este livro com vontade de ir atrás do próximo livro de Chesterton, e como mais amor e vontade de conhecer ainda mais a linda e maravilhosa fé cristã.
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Kamilli 12/05/2022

Essencial
Senhoras e senhores, que livro bom! Esse é um livro que todo mundo deveria ler, por aquele conselho já ouvido: ?Conhece-te?. Para quem é cristão, essencial para embasar sua fé. Para os agnósticos ou ateus, ouça o ponto de vista do autor, por favor. Aos que vivem na modernidade (todos nós), sair dessa bolha de pensamentos materialistas, céticos, ateístas, é imprescindível para decidir permanecer nela, ou ir para a luz, buscando o Caminho, a Verdade e a Vida. Só uma coisinha que Chesterton fala, para te instigar a lê-lo: a Igreja foi a única que sobreviveu à Idade das Trevas e trouxe luz para a sociedade, ela ressurgiu e a civilização se desenvolveu. Contrariando a normalidade de as terras serem tomadas por outros povos, a Europa, que levava o nome de Deus, sobreviveu, e o cristianismo se espalhou pelo Ocidente.
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daniel_ 07/10/2021

Paradoxos e mais paradoxos
Em seu Magnum opus, Ortodoxia, Chesterton explica, não sobre se é possível crer na fé cristã, mas sobre como ele veio a crer nela. O livro é uma resposta aos críticos de “Hereges”, outro livro do escritor, por ele detonar os pensamentos modernos daquela época sem apresentar “nenhuma filosofia alternativa”. É sobre esse pano de fundo que Chesterton explica porque a teologia cristã é a melhor raiz de energia e da ética sadia.

É importante explicar que o termo “ortodoxia” dá o nome do livro não por se basear na Igreja Católica Ortodoxa, comum no oriente, mas porque o autor tenta mostrar que nos últimos dois milênios, a Igreja Católica não se permitiu ser influenciar por crenças modais que poderiam desvirtuar a fé cristã, sendo então ortodoxa.

Chesterton critica as filosofias modernas por defenderem algo e que, ao mesmo tempo, estão sempre vazias daquilo que elas mesmas defendem (defendem a compaixão, mas estão vazias de compaixão, a verdade da verdade, etc.). Uma delas é a filosofia da Vontade, em que homens movidos apenas pela “vontade”, procurando liberdade, estão vazios justamente de vontade. “Vontade” não tem nada a ver com liberdade, pois ter vontade é escolher um caminho, caminho esse que rejeita outros caminhos. Essa filosofia, na verdade, exalta um ato de seleção, de exclusão. Acaba sendo, portanto, um ato de autolimitação. Em outro ponto, critica a relativização de alguns termos, como o doente e o criminoso. O mal é uma questão de escolha ativa, enquanto a doença, não. Um homem pode ficar deitado e quieto para ser curado de uma enfermidade. Mas se um pecador quiser ser curado de um pecado, deve se levantar e se mover violentamente. “Paciente” está no modo passivo. “Pecador” no modo ativo.

Para isso, Chesterton descarta o evolucionismo e o progresso, dando preferência às reformas. Toda reforma moral deve começar com uma vontade ativa, e não passiva. A reforma é uma metáfora para homens razoáveis e determinados. Significa que vemos determinada coisa fora de forma e queremos colocá-la em forma. E sabemos qual forma. O progressismo tem esse problema de não saber aonde exatamente quer ir. Contrapondo o pensamento revolucionário, o mundo ideal do que nós queremos deve ser fixo, ou seja, os parâmetros e as visões daquilo que seria ideal não pode ser mudado o tempo todo, com novas visões diferentes a cada século, alternando o ideal o tempo todo. É assim que o progresso deve ser direcionado. O ideal deve ser permanente, e o cristianismo possui esse ideal fixo e sabe aonde quer chegar, pois é sua visão do Céu, e não da Terra, a permanente. O ideal fixo serve tanto para o progressista quanto para o conservador, tanto para mudar quanto para conservar. Um ideal fixo também deve ter leis irrevogáveis, que gerem obrigações. Chesterton usa o matrimônio como um exemplo no cristianismo. Além disso, toda utopia necessita vigilância, e isso serve tanto para progressista quanto para conservadores, pois, de acordo com o autor, as coisas tendem a piorar naturalmente, e não melhoram ou ficarem como estão, se entregues a si mesmas. O cristianismo tem suas formas de vigilância, como a disciplina e a fidelidade como forma de manter a vida adia (Lucas 21:36).

Ao longo do livro, Chesterton deixa claro que o cristianismo é a “filosofia alternativa” que os críticos estavam esperando do escritor, e ela já existe há cerca de dois milênios. Chesterton apresenta diversos paradoxos estranhos, mas verdadeiros, que o cristianismo possui como o do mártir e suicida, e rebate diversas acusações que fazem da Igreja a partir desses paradoxos. As energias que precisamos para renovar o Ocidente se encontram na velha teologia, não em novas teologias da moda que invadiram esta parte do mundo.
Mesmo que as religiões tenham similaridade em alguns pontos, elas não ensinam a mesma coisa de formas diferentes. Na verdade, é o contrário. O cristianismo e o budismo são muito parecidos em alguns pontos, mas se analisados profundamente, possuem filosofias distintas, o cristianismo focando na humanidade como ponto principal da ideia divina, e o budismo tratando a personalidade como a queda do homem.

No final, Chesterton diz que que foi graças à ortodoxia que conheceu a emancipação mental. O cristianismo é algo que nunca conhecemos em nenhum sentido pleno e não apenas é melhor do que nós, mas até nos é mais natural do que nós mesmos.

O livro também é recheado de frases impactantes. Algumas delas são:

“É impossível, sem humildade, desfrutar qualquer coisa que seja — mesmo do orgulho.” (Pg. 36)

“Um homem deveria duvidar de si mesmo, mas manter-se sem duvida quanto à verdade (exatamente isso foi invertido). Hoje em dia, a parte do homem que o homem defende é exatamente a parte que ele não deveria defender: ele mesmo” (Pg. 36)

“Tradição pode ser definida como uma extensão da cidadania. Tradição significa dar voto à mais obscura de todas as classes: nossos ancestrais. É a democracia dos mortos” (Pg. 57)

“Lembre-se, no entanto, de que ser frágil não é o mesmo que ser perecível. Bata em um copo, e ele não durará um instante; simplesmente não bata nele, e ele durará mil anos” (Pg. 68)

“O progresso deveria significar que estamos sempre caminhando em direção à Nova Jerusalém, mas significa que de fato que a Nova Jerusalém está sempre se afastando de nós. Não estamos alterando o real para se adequar ao ideal. Estamos alterando o ideal: é mais fácil” (Pg. 133)

“Todo conservadorismo é baseado na ideia de que, se você deixar as coisas entregues a si mesmas, você as deixa como estão. Mas você não faz isso. Se deixa uma coisa entregue a si mesma, você a deixa sujeita a uma torrente de mudanças” (Pg. 144)

“As pessoas têm o costume de se queixar da agitação e da energia de nossa época. Mas, na verdade, a principal marca de nossa época são preguiça e fadiga profundas, e o fato é que a verdadeira preguiça é a causa da aparente agitação” (Pg. 157)
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jg4br1el 14/10/2022

Informações insuficientes para uma resenha completa
Esse é o típico livro que você só vai entender depois de ler várias vezes ao longo dos anos. Portanto, como essa foi minha primeira vez, e levando em conta que sou jovem e inexperiente, não consigo fazer uma resenha, apenas um comentário.
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beatriz.libanio 06/05/2020

Surpreendente
O cristianismo é um equilíbrio de aparentes contradições. p. 32
A razão é, em si mesma, uma questão de fé. É um ato de fé afirmar que nossos pensamentos têm alguma relação com a realidade. p. 38
O sol nasce regularmente porque ele nunca cansa de nascer. Sua rotina pode se dever não a uma falta de vida, mas a um ímpeto de vida.p 72

Ortodoxia foi o primeiro livro sobre religião que li este ano, o assunto sempre me pareceu repetitivo e a busca pelo sentido da vida me parecia monótona pelo olhar do cristianismo. O livro foi indicado pelo Augusto Ollivieri (que indica ótimos livros sempre) e o encontrei em promoção e pensei "Porque não tentar algo novo?"
Foi uma decisão esperta eu percebo hoje, o livro é incrível de uma profundidade de ideias e argumentação que é raro de se ler hoje em dia, mudou muito do que eu acreditava e possui alguns trechos que me marcaram muito. Ele é denso de significado então demorei mais de um mês para terminá-lo.
Não é perfeito, em alguns pontos eu não concordo com o autor, pois considero sua opinião em alguns tópicos conflitantes com o penso, mas mesmo assim vale a pena ler só pela ampliação de sentidos que você adquire sobre o que é ser cristão.
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Robson.Vilar 22/11/2021

Ordodoxia
Muito interessante o paradoxo:
"Um soldado cercado por inimigos, se quiser escapar, precisa combinar um forte desejo de viver com uma estranha despreocupação com a morte. Ele não deve simplesmente se apegar a vida, pois assim será um covarde e não escapará. Ele não deve simplesmente esperar pela morte, pois assim será um suicida e não escapará. Ele deve buscar a vida em espírito de furioso indiferença em relação a ela; ele deve deseja a vida como a água e ainda beber a morte como vinho".
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Linhares 17/02/2023

Nesse livro Chesterton nos conta que ao tentar encontrar sua própria filosofia, a mesma já existia por séculos na forma do Cristianismo, doutrina essa tão atacada nos dias de Chesterton e mais ainda nos nossos dias. O livro também combate várias falácias e falsos argumentos contra a doutrina da qual nossa moral é derivada.
Em certos momentos achei a leitura meio arrastada e o livro não me prendeu muito, mas isso foi uma percepção muito pessoal, pois não li o livro em um bom momento, recomendo que você tire suas próprias conclusões.

Sobre a edição da Principis: o livro é bem baratinho e de capa flexível, o que não é nenhum demérito pois deixa a leitura acessível a todos. Além disso a edição contém várias notas de rodapé que ajudam bastante na leitura.
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