Maria 11/01/2022
Ótimo para quem está iniciando, porém precisa de cuidado na leitura
Eu li esse livro duas vezes, em fases diferentes da minha vida.
Na primeira eu não entendia nada de umbanda nem de espiritismo, então deu pra aprender bastante sobre ambas as religiões.
Na segunda, eu já trabalhava como médium num terreiro de umbanda e, por isso mesmo, quis reler, já tendo uma base prática, e a experiência foi interessante também.
Nas duas vezes eu fiquei um pouco irritada com falas que me pareceram racistas.
Na segunda, em especial, fiquei bem chateada com certas falas sobre o candomblé e fiquei bem mexida.
Mas, depois de longas reflexões, relembrei que o autor também não tinha conhecimento sobre essas religiões antes e o livro é apenas o relato de seus próprios aprendizados. E, como eu também aprendi bastante com ele na época, resolvi ficar com as partes boas e agradecer.
Acho bom para quem está inciando na umbanda. E também é bom para espíritas conhecerem um pouco melhor os trabalhos. Porém precisa ser lido com consciência e olhar crítico. É preciso passar tudo pelo crivo da razão como o próprio Kardec disse.
Qualquer espírito, encarnado ou desencarnado, fala a partir de sua cultura, experiências e vivências. Cada um fala de um lugar, do que conhece. E o que conhece, independente de quem seja o espírito, nunca é tudo.
Como disse certa vez o Caboclo Coral, chefe da casa que eu trabalho hoje,
"Espírito não sabe tudo, só quem sabe tudo é Deus. Nós estamos aqui no trabalho da caridade fazendo nossa caminhada no processo evolutivo também. Estamos todos crescendo, aprendendo e nos melhorando, nos dois lados da vida."