A Intrusa

A Intrusa Júlia Lopes de Almeida




Resenhas -


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NazaSicil 09/04/2024

Quando a esposa de Argemiro está para morrer, pede que ele prometa que nunca se casará de novo, que para sempre, ela será a única mulher a habitar o seu coração. E ele, na dor daquele momento, promete.

Anos mais tarde, Argemiro viúvo, rico, com uma filha para educar e uma casa para organizar, resolve contratar uma governanta, colocando um anúncio no jornal, com uma única condição, não queria sequer conhecer a mulher.

Alice, uma jovem de finos hábitos, muito cordial e educada, que está passando por necessidade financeira, aceita o emprego e se dedica a tratar a menina Glória com muito amor. Em pouco tempo, conquista a afeição não só de Glória, mas também do próprio Argemiro, que mesmo sem conhece-la, fica encantado com a felicidade da filha e a organização do lar.

O que Alice não sabia é que a sogra de Argemiro estava como um cão de guarda, vigiando se Argemiro ia violar o juramento que fizera à sua filha morta.Tomada por ciúmes devido a afeição da neta pela intrusa e com medo que Argemiro quisesse casar-se novamente, passa a ter antipatia pela governanta.

A história é bem interessante, prendeu muito a minha atenção, no entanto achei o final bem abrupto, acho que faltou descrever melhor o término do livro, queria mais.
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Maria14000 08/04/2024

A Intrusa
Um viúvo atarefado e preso a uma promessa feita no leito de morte de sua esposa; uma filha incorrigível; uma sogra que vive presa em um drama psicológico pela perda de sua única filha; um padre amigo da família que guarda um segredo tão profundo quanto a cor de sua batina; um criado folgado que aproveita do seu patrão e vive inconformado com a cor e posição em que nasceu; uma finada que ainda paira sobre a vida dos seus; uma governanta, "intrusa", que começa a mudar e influenciar a vida de todos eles. É usando como pano de fundo o Rio de Janeiro do final do século XIX, com seus costumes, sociedade e politicagem que Júlia Lopes de Almeida desenvolve seu romance "A Intrusa". Lembrou-me muito o romance psicológico de Carolina Nabuco, "A Sucessora". Gostei bastante!

P.S.: Júlia Lopes quis retratar a sociedade carioca do início do Brasil República (República Velha); há um quadro de Floriano Peixoto na casa de dona Alexandrina, não se sabe se para retratar o presidente da época ou por admiração, mas parece um período de adaptação em que alguns ainda suspiram pelo Brasil Imperial, e o caráter e o jeitinho dos políticos brasileiros estão se moldando. Importante destacar isso porque a autora aborda muito sobre política neste livro, era uma mulher dos séculos XIX/XX falando sobre política, muito massa!
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cammealves 19/01/2024

Aquele para se deliciar com uma boa escrita
A escrita de Júlia Lopes de Almeida é envolvente e cativante. Terceiro livro que leio dela e é mais um que me transporta e me prende sem dificuldade.

A história em si é simples, carregada do clichê da época da escrita. Mas os diálogos que desenvolve, a forma como as tramas das história vão se fazendo, é carregada de uma característica só dela. Harmoniosa. Brilhante.

O que mais gosto na narrativa é que, de início, acredita-se que a intrusa é a nova governanta. Mas ao desenrolar da história e, para mim principalmente, ao fim de toda a narrativa, o papel da intrusa se desloca para as outras personagens, ora a sogra, ora a filha/esposa morta.

O fim da leitura traz esse gostinho de questionamento que busca na memória os trechos do livro que comprovam a posição que as personagens ocupam na trama.
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Monteiro 14/10/2023

Dava pra ser melhor
O livro é sobre um viúvo, de nome Argemiro, que contrata a Alice Galba para ser governanta de sua casa e cuidar da sua filha, sob a condição deles não se verem de forma alguma em respeito à sua falecida esposa.

Júlia Lopes de Almeida é uma pérola da literatura nacional. A autora tinha um enredo muito bom, novelão, porém, achei mal conduzido e o romance não me convenceu.

Julinha resgatou algo que eu só tinha visto em Drácula, que é o fato do personagem ser mais falado do que visto nos capítulos, e isso não me agrada muito, ainda mais porque o intuito final seria ter um romance entre a protagonista e o dono casa (que não é nenhum segredo, já que a sipnose do livro deixa bem óbvio). Os personagens são muito chatos, os únicos que não me irritaram foi a Alice e o padre, de resto, todos são igualmente irritantes. A história é bem parada, a premissa da história é sempre relembrada pelos personagens o que em alguns momentos virou um "lenga-lenga" total.

Todavia, gostei muito da transformação que a presença de Alice fez na casa do Argemiro, achei interessante como simples gestos podem mudar todo um ambiente e influenciar as pessoas ao redor. Gostei também da personalidade e sabedoria de Argemiro ao lidar com a sogra, visto que, o sogro praticamente não se metia e quase não opinava sobre nada. Não posso deixar de comentar também da mudança da menina Glória, a personagem que no início era de dar nos nervos, na metade do livro já tinha se tornado mais amável, isso é claro, graças à Alice.

Enfim, o livro tem muitos defeitos e muitas qualidades também. Acho que vale a pena conhecer a história.
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Cris 13/08/2023

13.08.2023
Argelino, após alguns anos da morte de sua esposa resolve contratar uma espécie de governanta para cuidar de sua casa e de sua filha de 11 anos que mora com a sogra e o sogro. Ele quer ter um lar mais aconchegante e poder trazer sua filha para ficar com ele alguns dias da semana. No entanto, no leito de morte de sua esposa fez a promessa de que seu amor por ela seria eterno. Então, ao contratar a cogernanta Alice, colocou como cláusula contratual que eles nunca se vissem. Ela saberia quando ele estivesse em casa ou de saída por meio de um sino. Argelino estava conseguindo viver dessa forma até a intromissão de sua sogra, qdo começou a dar atenção à moça. Gostei da história simples, mas cheia de moral.
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Marcelo217 12/06/2023

Nanny Mcphee/Mary Poppins tupiniquim
Esse livro me pegou pela sinopse misteriosa e após a leitura foi uma surpresa muito agradável. Julia Lopes de Almeida continua mantendo para mim o seu padrão de qualidade na escrita.

Assim como n'A Falência, primeiro livro que li dela, a autora continua trazendo peculiaridades da alta sociedade carioca oitocentista de forma leve e fluida. Incrível como ela consegue criar uma atmosfera tão agradável em torno de assuntos tabus para a época. Tanto que sinto como se estivesse lendo um livro infanto-juvenil!

O autoritarismo e os bons costumes do patriarcado no século XIX são delineados em uma história de amor e ciúmes; a realidade da aristocracia carioca. Na história, o ciúmes e o cultivo do luto de um amor póstumo trazem grandes impasses para Dr. Argemiro e Alice, a governanta de sua casa. A autora coloca críticas veladas e discretas dos costumes, principalmente envolvendo a hipocrisia religiosa e política. A figura deturpada do negro, típica da literatura oitocentista, é mostrada com a conduta perversa de Feliciano, empregado de Argemiro. O preconceito com as classes menos favorecidas também acontece com a aceitação da governanta em seu trabalho de administrar a casa e instruir Glória, filha do patrão.

Apesar da narrativa ser bastante linear e bem escrita, há alguns pequenos conflitos que não tomam força, fazendo com que grande parte da história tenha um final previsível. O que é admirável é a forma como a história é desenvolvida por Júlia: O livro gravita sobre o impacto que uma pessoa tem em um círculo de pessoas já estabelecido. Tendo em vista isto, é quase como se a autora escolhesse as informações precisas para revelar na sequência até então previsível. No decorrer do enredo são pontuadas algumas informações que irão complementar o plot final. De forma totalmente inesperada, a autora muda o foco do último acontecimento para revelar uma informação NA ÚLTIMA PÁGINA(!!!) e assim, consegue surpreender o leitor, o que é genial e funciona muito bem para um final aberto.

Júlia Lopes de Almeida tem uma facilidade de narrar sem trazer um fardo mental ao leitor. "A Intrusa" é um livro muito bem escrito e que surpreende com sua forma simples e despretensiosa. Penso que essa autora não recebe o reconhecimento que merece, pois pra mim, coloca muito desses escritores canonizados no chinelo. Literatura nacional de qualidade e para todas as idades!!!!
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Márcia 15/05/2023

Que mulher mais Intrusa é essa?
Mais uma obra do realismo brasileiro que nos permite compreender melhor como viviam as pessoas no Rio de Janeiro do início do século XX.
Júlia Lopes de Almeida conta a estória de uma jovem que vai ser governanta na casa de um viúvo da época.
Fica muito claro a importância dos trabalhos ditos domésticos e , para a ocasião, femininos, na vida das pessoas. A total incapacidade masculina para cuidar de si e do próprio lar também chamou muito a minha atenção.
A narrativa é muito clara e cativante. Ganha corpo e , de repente, te prende até você terminar a leitura.
Vale muito a pena.
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Matheus.Lamec 11/05/2023

Livro fabuloso!!
A narrativa é muito envolvente. Em várias partes me fez lembrar o Drácula, pois sempre ouvimos falar da ?Intrusa?, porém quase nunca a vemos, e quando se fala dela é sempre pela visão de outra pessoa.
Eu amei a leitura, mas teve horas que o livro era repetitivo e enrolado.
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Mary360 14/03/2023

História legal, nada de novo nem de tão interessante assim, talvez para a época, ano de 1908.

Aqui encontramos um pouco de como a mulher era vista na sociedade, quais seriam os predicados, os adjetivos de uma boa mulher, uma boa esposa.

Um bom romance para quem quer conhecer a escrita da autora, esta que foi uma das idealizadoras de nossa Academia brasileira de letras.
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Layla.Ribeiro 13/02/2023

Desafio literário 2023- Nacional
Um romance levinho, digno de novela das 18h, conta a estória da Intrusa que foi contratada como governanta na casa de um homem viúvo para cuidar dos afazeres da casa e da filha única dele, porém o viúvo fez uma promessa a falecida esposa na qual não irá casar e, portanto, ele evita de ver ou ter contato com a Intrusa. Mais uma vez Júlia explora e traz a sociedade carioca do século XIX através de situações e diálogos riquíssimos, para quem fez a leitura do livro ?A Viúva Simões? da mesma autora vai notar muito fácil o tratamento em que a sociedade tratava os viúvos e as viúvas da época na questão de gênero. Achei interessante que nesse livro embora brevemente, Júlia nos mostra as pessoas portadora de deficiência e como elas viviam naquela época. As minhas críticas ao livro que foi responsável pela nota foram: a construção de um personagem criado e negro que vivia na residência, como Júlia era abolicionista eu fiquei sem entender o porquê de determinadas discrições e adjetivos empregados ao personagem e outra coisa que me incomodou foi o rápido desfecho da estória, parecia que ela estava correndo contra o tempo, porém achei o final, a última página, belíssimo.
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Adriana Naves 13/01/2023

Tem um povo meio desequilibrado aqui
Bem, antes de tudo posso dizer q se vc espera uma história de romance entre os protagonistas, pode esquecer pois não teremos. O que temos aqui é uma narrativa onde uma mãe, para manter intactas a presença e a soberania da filha morta na vida de seu genro, cria picuinha com a govenanta (ela também é meio preceptora menina Glória) recém contratada. Sério, o bem que uma terapia faria a baronesa não tá escrito, ela praticente vive em função da filha, sabe, não é saudável como ela leva isso.
Achei os caras do romance meio trocholas, mas as mulheres são muuuito bem construídas. Por ser um livro do século XIX, podemos dizer q algumas visões de classe e raça trazidas pela obra são bem problemáticas, mas quanto ao papel das mulheres há coisas interessantes, a Júlia parece ter refletido sobre o tema. Não é nada muito a frente do tempo, mas é interessante. Também dá pra sentir bem como era a sociedade no período retratado.
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Mika.Chan 05/09/2022

Uma leitura difícil, mas a história é boa
Esse livro conta sobre
uma mulher que só quer trabalhar,
Uma mulher ciumenta,
Uma mulher ambiciosa,
Uma esposa morta,
Uma mulher que segue os desejos da mãe e que aprender a decidir sua vida sozinha,
Uma criança esperta e livre,
Um homem que precisava dar um UP na vida,
Um padre com um segredo,
Um empregado ganancioso e
Um sogro que só quer ficar de boa.

Muitos personagens bons que tem as vidas entrelaçadas .
A leitura do livro é bem difícil, por conta da época em que foi escrito, mas com o passar dos capítulos vai ficando interessante.
É divertido ver a evolução dos personagens, e até o ranço que a gente sente da sogra ciumenta.
Recomendo, mas só pra quem tem paciência.
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And 03/08/2022

Então
O livro é legalzinho mas tem algumas partes do livro que são chatas e quem movimenta ele é a baronesa sem ela o livro seria um tédio,e o plot do final é bom porém poderia ter mais flash sobre esse plot
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Jooy 17/07/2022

Bem legal!
Então, eu gostei muito da ideia do romance, da relação da menina com a Alice e da história no geral. Me irritei em vários momentos com a sogra, que convenhamos que é a única intrusa ali, mesmo entendendo ela em alguns momentos e adorando quando o barão falava umas verdades pra ela. Tenho algumas ressalvas, como o fato de ser romance não ser muito como eu esperava, afinal eles ficam juntos nas últimas 3 páginas do livro e foi de uma demissão para um casamento do nada, acabei sentindo falta de mais, enquanto teve algumas cenas que achei desnecessárias. Outra coisa foi a falta de um desfecho da história da mãe maluca e da filha apaixonada depois da cena do casaco. E fiquei bem confusa no final com o diálogo do padre com a baronesa, entendi foi nada.
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Lizzie.Alice 14/07/2022

Apaixonada de ódio
Estou absolutamente apaixonada pela história.
Passei tanto ódio, tanta raiva, tanto nervoso, que foi uma experiência quase catártica!
Bastante previsível hoje em dia, especialmente conhecendo a escrita dos autores da época, a história ainda cativa nos "comos", "porquês" e "para quês".
Outro ponto importante é que a autora escrevia para jornais sobre abolicionismo, direitos civis e feminismo.
Apesar da descrição do Feliciano ser bem difícil de engolir, especialmente pelos esteriótipos do "negro", na esfera do feminismo, se vê bem o detalhamento da autora com as personagens femininas. Todas as personagens principais são complexas e cheias de nuances.
Não dá pra se esperar muito do pensamento do século XIX, mas ainda assim, surpreende e muito.
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