A Intrusa

A Intrusa Júlia Lopes de Almeida




Resenhas -


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Layla.Ribeiro 13/02/2023

Desafio literário 2023- Nacional
Um romance levinho, digno de novela das 18h, conta a estória da Intrusa que foi contratada como governanta na casa de um homem viúvo para cuidar dos afazeres da casa e da filha única dele, porém o viúvo fez uma promessa a falecida esposa na qual não irá casar e, portanto, ele evita de ver ou ter contato com a Intrusa. Mais uma vez Júlia explora e traz a sociedade carioca do século XIX através de situações e diálogos riquíssimos, para quem fez a leitura do livro ?A Viúva Simões? da mesma autora vai notar muito fácil o tratamento em que a sociedade tratava os viúvos e as viúvas da época na questão de gênero. Achei interessante que nesse livro embora brevemente, Júlia nos mostra as pessoas portadora de deficiência e como elas viviam naquela época. As minhas críticas ao livro que foi responsável pela nota foram: a construção de um personagem criado e negro que vivia na residência, como Júlia era abolicionista eu fiquei sem entender o porquê de determinadas discrições e adjetivos empregados ao personagem e outra coisa que me incomodou foi o rápido desfecho da estória, parecia que ela estava correndo contra o tempo, porém achei o final, a última página, belíssimo.
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Marcelo217 12/06/2023

Nanny Mcphee/Mary Poppins tupiniquim
Esse livro me pegou pela sinopse misteriosa e após a leitura foi uma surpresa muito agradável. Julia Lopes de Almeida continua mantendo para mim o seu padrão de qualidade na escrita.

Assim como n'A Falência, primeiro livro que li dela, a autora continua trazendo peculiaridades da alta sociedade carioca oitocentista de forma leve e fluida. Incrível como ela consegue criar uma atmosfera tão agradável em torno de assuntos tabus para a época. Tanto que sinto como se estivesse lendo um livro infanto-juvenil!

O autoritarismo e os bons costumes do patriarcado no século XIX são delineados em uma história de amor e ciúmes; a realidade da aristocracia carioca. Na história, o ciúmes e o cultivo do luto de um amor póstumo trazem grandes impasses para Dr. Argemiro e Alice, a governanta de sua casa. A autora coloca críticas veladas e discretas dos costumes, principalmente envolvendo a hipocrisia religiosa e política. A figura deturpada do negro, típica da literatura oitocentista, é mostrada com a conduta perversa de Feliciano, empregado de Argemiro. O preconceito com as classes menos favorecidas também acontece com a aceitação da governanta em seu trabalho de administrar a casa e instruir Glória, filha do patrão.

Apesar da narrativa ser bastante linear e bem escrita, há alguns pequenos conflitos que não tomam força, fazendo com que grande parte da história tenha um final previsível. O que é admirável é a forma como a história é desenvolvida por Júlia: O livro gravita sobre o impacto que uma pessoa tem em um círculo de pessoas já estabelecido. Tendo em vista isto, é quase como se a autora escolhesse as informações precisas para revelar na sequência até então previsível. No decorrer do enredo são pontuadas algumas informações que irão complementar o plot final. De forma totalmente inesperada, a autora muda o foco do último acontecimento para revelar uma informação NA ÚLTIMA PÁGINA(!!!) e assim, consegue surpreender o leitor, o que é genial e funciona muito bem para um final aberto.

Júlia Lopes de Almeida tem uma facilidade de narrar sem trazer um fardo mental ao leitor. "A Intrusa" é um livro muito bem escrito e que surpreende com sua forma simples e despretensiosa. Penso que essa autora não recebe o reconhecimento que merece, pois pra mim, coloca muito desses escritores canonizados no chinelo. Literatura nacional de qualidade e para todas as idades!!!!
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Camila0831 12/09/2021

Damas no tabuleiro
É fascinante observar as personagens femininas de Júlia Lopes de Almeida. Não tanto por Alice, que mais se aproxima de Maria por ter uma presença diáfana que se faz conhecida mais por como os outros a veem do que por suas ações, as mulheres nesta obra nos revelam facetas do feminino. Temos a criança selvagem que se pretende "adestrar", a jovem que se deixa permite conduzir pelas vontades da mãe, uma mãe dominadora e maquiavélica que usa a todos, homens e mulheres, para cumprir seus desejos, e idosas que vivem uma vida de arrependimento ou de eterno luto. Se podemos ver essa narrativa como simples e previsível, as damas dispostas nesse tabuleiro conduzem de forma fascinante o jogo apesentado.
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Rihh :) 19/05/2022

Pior livro q já li
Achei a linguagem bem difícil, o livro n tem desenvolvimento. O casal principal só fica junto nas últimas 3 páginas
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Cris 13/08/2023

13.08.2023
Argelino, após alguns anos da morte de sua esposa resolve contratar uma espécie de governanta para cuidar de sua casa e de sua filha de 11 anos que mora com a sogra e o sogro. Ele quer ter um lar mais aconchegante e poder trazer sua filha para ficar com ele alguns dias da semana. No entanto, no leito de morte de sua esposa fez a promessa de que seu amor por ela seria eterno. Então, ao contratar a cogernanta Alice, colocou como cláusula contratual que eles nunca se vissem. Ela saberia quando ele estivesse em casa ou de saída por meio de um sino. Argelino estava conseguindo viver dessa forma até a intromissão de sua sogra, qdo começou a dar atenção à moça. Gostei da história simples, mas cheia de moral.
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Bianca 24/03/2021

Uma nova forma de presença e as consequências do ciúme
Argemiro jurou no leito de morte de sua falecida esposa que não se casaria novamente. Mas com esse triste acontecimento não perde apenas a mulher, mas se vê afastado de Glória, sua filha que vai morar na chácara dos avós. No entanto, Argemiro deseja se aproximar de sua filha, mas sendo um advogado ocupado resolve contratar uma governanta que não só cuidaria da cada (que estava em desordem após a morte da esposa), como também educaria Glória.
Por causa de sua promessa, ao contratar D. Alice, ele impõe como condição que eles não deveriam se encontrar. Todavia, a presença de Alice é nítida na casa e atiça a curiosidade de Argemiro que se vê encantado com os efeitos da presença da moça.
Enquanto todos respeitam e nutrem admiração por D. Alice, a sogra do advogado, ainda muito ressentida pela morte da filha, torna-se ainda mais triste por não ver mais sua neta todos os dias. Com isso, toda essa tristeza é transferida em um ciúme doentio contra D. Alice.
Assim, o livro nos mostra como o ciúme pode amargurar uma pessoa e afetar o seus atos, ao mesmo tempo a trama nos revela diversos problemas da época: a questão racial, abordada na figura de Feliciano; a importância de um status social, o que se revela pelas atitudes da Pedrosa e o papel destinado à mulher da época, o qual é representado tanto pelo motivo da contratação de Alice quanto no desejo dos personagens de tornarem Glória menos "bruta".
Toda essa trama se dá de forma leve e contagiante, demonstrando o potencial narrativo de Júlia Lopes de Almeida e a sua capacidade de construir personagens cativantes.
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Monteiro 14/10/2023

Dava pra ser melhor
O livro é sobre um viúvo, de nome Argemiro, que contrata a Alice Galba para ser governanta de sua casa e cuidar da sua filha, sob a condição deles não se verem de forma alguma em respeito à sua falecida esposa.

Júlia Lopes de Almeida é uma pérola da literatura nacional. A autora tinha um enredo muito bom, novelão, porém, achei mal conduzido e o romance não me convenceu.

Julinha resgatou algo que eu só tinha visto em Drácula, que é o fato do personagem ser mais falado do que visto nos capítulos, e isso não me agrada muito, ainda mais porque o intuito final seria ter um romance entre a protagonista e o dono casa (que não é nenhum segredo, já que a sipnose do livro deixa bem óbvio). Os personagens são muito chatos, os únicos que não me irritaram foi a Alice e o padre, de resto, todos são igualmente irritantes. A história é bem parada, a premissa da história é sempre relembrada pelos personagens o que em alguns momentos virou um "lenga-lenga" total.

Todavia, gostei muito da transformação que a presença de Alice fez na casa do Argemiro, achei interessante como simples gestos podem mudar todo um ambiente e influenciar as pessoas ao redor. Gostei também da personalidade e sabedoria de Argemiro ao lidar com a sogra, visto que, o sogro praticamente não se metia e quase não opinava sobre nada. Não posso deixar de comentar também da mudança da menina Glória, a personagem que no início era de dar nos nervos, na metade do livro já tinha se tornado mais amável, isso é claro, graças à Alice.

Enfim, o livro tem muitos defeitos e muitas qualidades também. Acho que vale a pena conhecer a história.
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Maria14000 08/04/2024

A Intrusa
Um viúvo atarefado e preso a uma promessa feita no leito de morte de sua esposa; uma filha incorrigível; uma sogra que vive presa em um drama psicológico pela perda de sua única filha; um padre amigo da família que guarda um segredo tão profundo quanto a cor de sua batina; um criado folgado que aproveita do seu patrão e vive inconformado com a cor e posição em que nasceu; uma finada que ainda paira sobre a vida dos seus; uma governanta, "intrusa", que começa a mudar e influenciar a vida de todos eles. É usando como pano de fundo o Rio de Janeiro do final do século XIX, com seus costumes, sociedade e politicagem que Júlia Lopes de Almeida desenvolve seu romance "A Intrusa". Lembrou-me muito o romance psicológico de Carolina Nabuco, "A Sucessora". Gostei bastante!

P.S.: Júlia Lopes quis retratar a sociedade carioca do início do Brasil República (República Velha); há um quadro de Floriano Peixoto na casa de dona Alexandrina, não se sabe se para retratar o presidente da época ou por admiração, mas parece um período de adaptação em que alguns ainda suspiram pelo Brasil Imperial, e o caráter e o jeitinho dos políticos brasileiros estão se moldando. Importante destacar isso porque a autora aborda muito sobre política neste livro, era uma mulher dos séculos XIX/XX falando sobre política, muito massa!
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Márcia 15/05/2023

Que mulher mais Intrusa é essa?
Mais uma obra do realismo brasileiro que nos permite compreender melhor como viviam as pessoas no Rio de Janeiro do início do século XX.
Júlia Lopes de Almeida conta a estória de uma jovem que vai ser governanta na casa de um viúvo da época.
Fica muito claro a importância dos trabalhos ditos domésticos e , para a ocasião, femininos, na vida das pessoas. A total incapacidade masculina para cuidar de si e do próprio lar também chamou muito a minha atenção.
A narrativa é muito clara e cativante. Ganha corpo e , de repente, te prende até você terminar a leitura.
Vale muito a pena.
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Adriana Naves 13/01/2023

Tem um povo meio desequilibrado aqui
Bem, antes de tudo posso dizer q se vc espera uma história de romance entre os protagonistas, pode esquecer pois não teremos. O que temos aqui é uma narrativa onde uma mãe, para manter intactas a presença e a soberania da filha morta na vida de seu genro, cria picuinha com a govenanta (ela também é meio preceptora menina Glória) recém contratada. Sério, o bem que uma terapia faria a baronesa não tá escrito, ela praticente vive em função da filha, sabe, não é saudável como ela leva isso.
Achei os caras do romance meio trocholas, mas as mulheres são muuuito bem construídas. Por ser um livro do século XIX, podemos dizer q algumas visões de classe e raça trazidas pela obra são bem problemáticas, mas quanto ao papel das mulheres há coisas interessantes, a Júlia parece ter refletido sobre o tema. Não é nada muito a frente do tempo, mas é interessante. Também dá pra sentir bem como era a sociedade no período retratado.
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crislane.cavalcante 31/12/2020

A onipresença de Alice
Alice é apresentada ao leitor majoritariamente em vislumbres. Vislumbres estes pelos olhos de terceiros, primeiro pelo seu empregador Argemiro e depois pela visão do padre, da filha Maria da Glória e da avó da menina. Interessante nessa obra é que somos apresentados à condição de ser mulher pelo o que dita a sociedade (na visão do pai da menina, da avó e inclusive na visão de Pedrosa) porém até mais da metade do livro o leitor não vê o que é ser mulher na visão de Alice, alcunhada de Intrusa pela mãe da falecida esposa de Argemiro, não sabemos o que pensa e ou sente, apenas alguns pouquíssimos vislumbres. A governanta Alice ao longo de todo o romance é idealizada, é representada como uma mulher cheia de virtudes, sem pecados, é quase uma mártir que está envolta em meio á tantas especulações sejam de acusações falsas até duvidarem da sua honradez e de suas intenções. A personagem é a verdadeira representação do onipresente na vida do seu empregador: o apraze mas não tem contato direto com ele e tampouco está no mesmo espaço.
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Polliana 14/01/2021

A Intrusa Júlia Lopes de Almeida
Leitura concluída:
A intrusa (1905)
@livrosprincipis

Argemiro é um advogado bem-sucedido, pai de uma menina e que ficou viúvo ainda jovem. Quando sua esposa estava no leito de morte, ele prometeu que jamais se casaria novamente. Durante um longo período, permaneceu feliz em sua condição de viúvo, até que, certo dia, percebendo a necessidade de uma presença feminina em sua casa, sobretudo para que pudesse receber a filha que vivia com seus sogros, resolveu contratar uma governanta, o viúvo resolve colocar um anúncio num jornal, após uma breve entrevista contrata a prendada Alice Galba, aos poucos Argemiro percebe as mudanças em sua casa assim como nos modos da filha, em contrapartida a sua sogra trava uma batalha com medo que a figura de sua filha morta seja apagada.

Quem me conhece sabe como adoro os livros da Julia Lopes de Almeida, recomendo para todos, autora nacional que descreve de forma formidável a sociedade de sua época.

No livro A intrusa acompanhamos o final do século XIX, a cidade do Rio de Janeiro está passando por diversas mudanças, e a sociedade respira essa aura, em vez das típicas reuniões e bailes de salão, acompanhamos competições de barcos, e a praia é um cenário para os flertes e encontros, o poder político é disputado enquanto as mulheres lutam silenciosamente para se firmar numa sociedade patriarcal.
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#mulheresnaliteratura
#teindicoliteratura
#vamosler

site: https://www.instagram.com/p/CDJYHvUjqTf/?utm_source=ig_web_copy_link
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And 03/08/2022

Então
O livro é legalzinho mas tem algumas partes do livro que são chatas e quem movimenta ele é a baronesa sem ela o livro seria um tédio,e o plot do final é bom porém poderia ter mais flash sobre esse plot
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Aludra 18/07/2021

Extraordinário! Os personagens são interessantes, e a leitura é fluida, leve.
Confesso que fiquei com algumas dúvidas em relação ao final, mas de qualquer forma, gostei do fim que a história levou.
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Ana 07/11/2021

Um advogado viúvo contrata uma governanta para cuidar da sua filha e administrar sua casa.
Mas com uma condição: eles nunca poderiam se ver, pois ele havia prometido à sua esposa que jamais amaria ou casaria com outra pessoa.
Aos poucos, essa intrusa vai se fazendo notar e mesmo não há vendo, ele começa sentir sua presença pela casa.
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