Cidades Mortas

Cidades Mortas Monteiro Lobato




Resenhas - Cidades mortas


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Mônica 03/06/2012

Por ser um livro escrito originalmente no inicio de 1900, e a edição que comprei ser do ano de 1946, a leitura as vezes (e principalmente nas primeiras páginas) é um pouco difícil, mas conseguindo um ritmo de boa compreensão o livro é muito bom e tem três contos bem engraçados ao meu ver, que é "O fígado indiscreto", "De como quebrei a cabeça á mulher do Melo", e "Um homem honesto".
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Daniel.Ribeiro 09/10/2023

Uma terra quase esquecida
No início do século, havia uma mudança de pensamento surgindo no Brasil. Os moldes da sociedade moderna apareciam em alguns contextos, mas, no meio do país, o seu interior era esquecido. Alguns autores tentaram permanecer sobre os fatos e as denuncias que ocorriam no Brasil 'caipira'. Monteiro Lobato que nasceu no interior paulista, com seu propósito de dar vista ao homem do campo, e mostrar a funcionalidade do país em sua essência, ousa mostrar que as cidades que ali foram fundadas nas expedições estavam esquecidas.
Daí o título deste livro de contos, Cidades Mortas. Traz relatos sobre as habitações construídas para o povo trabalhador que buscava sustento no interior do país, mas , teve que sobreviver as custas do seu sustento, com a chegada da modernidade.
Uma leitura interessante e curiosa.
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Pedróviz 05/01/2023

Cidades Mortas
Cidades Mortas é um livro de crônicas e contos que abordam predominantemente a decadência e abandono do meio rural no início do século XX após a passagem arrasadora do que o autor denominou de "Átila Café". Isso é bem descrito na primeira crônica, que dá título ao livro.
A vida em Oblivion é uma crônica sobre uma cidadezinha esquecida, de onde se afastaram as redes telegráfica e ferroviária, elos de contato com a civilização. A população compartilha os três únicos livros da cidade. A elite tem acesso a jornais e a esses mesmos livros.
Os perturbadores do silêncio é uma crônica a respeito de uma cena bastante comezinha, mas um grande evento na cidadezinha esquecida: um funcionário da prefeitura providenciando a eliminação de um formigueiro de saúvas.
Vidinha ociosa é uma sequência de pequenos textos que retratam costumes e cultura da época e dos quais o maior e melhor, para mim, intitula-se O Jesuíno.
Cavalinhos é um conto sobre desencanto: as coisas não mudam, somos nós que mudamos.
Noite de São João é um conto divertido. Vejam o que o Júlio disse para a inocente Candoca, que adorou o versejo: "? O amor, dona Candoca, é como o balão: quanto mais rápido sobe, mais rápido desaparece."
O pito do reverendo é impagável. Bem coisa que poderia acontecer pelo interiorzão daquela época.
Pedro Pichorra conta a história de como os Pichorras ganharam esse nome. Já deu para perceber que este livro não dá para parar de ler...
Cabelos compridos é a história da Das Dores. Tadinha da Das Dores ahahah.
O "Resto de Onça" é um conto dentro de um conto. Magnífico.
Por que Lopes se casou foge ao tema rural, e é daquelas piadas batidas sobre casamento. Coisas do gênero não constroem.
Júri na roça descreve a festejada quebra da modorrenta rotina na cidadezinha em função do julgamento de Pedro Intanha por desacato ao Major Vaz. O discurso do promotor descrito por Lobato é de rachar. Ótimo.
Gens ennuyeux é uma sátira impiedosa à Ciência empertigada e orgulhosa e aos seus devotos.
O fígado indiscreto relata o que pode fazer a um noivado a combinação de timidez excessiva, aversão a bife de fígado e uma sogra generosa no servir.
O plágio é a história de um homem que comete o pecado do plágio.
O romance do chupim descreve a relação de um homem delicado e uma mulher alfa.
O luzeiro agrícola é uma crítica mordaz à ineficiência do serviço público.
A "Cruz de Ouro" é uma crítica à hipocrisia reinante na sociedade masculina daquela época, que em público condenava aquilo em que se refestelava na calada da noite.
De como quebrei a cabeça à mulher do Melo é a descrição de um caso extremo de generosidade e insistência no servir o prato de um convidado e da reação a essa generosidade.
Em O espião alemão,  conta-se o que aconteceu em Itaoca quando um espião alemão foi descoberto, preso e encaminhado às autoridades.
Café! Café! é um conto que enfatiza o mal da obstinação.
Toque outra é um pequeno momento de salão mostrando o papel eminentemente "de fundo" da música.
Um homem de consciência trata de João Teodoro, um sujeito que se achava o cúmulo da insignificância.
Anta que berra é um conto sobre um homem que não mentia, mas que tinha a memória falha.
O avô do Crispim é conto com a seguinte moral: não emprestar para conservar os amigos e as patacas.

Este é um livro que vale o tempo gasto na sua leitura. Ótimo livro.
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Ana Ponce 25/09/2014

Um Livro Maravilhoso
Cidades Mortas faz parte daquela lista Fui obrigada a ler para a escola e AMEI. O livro é composto por 30 contos, que mostram a decadência do Vale do Paraíba com a queda do ciclo do café. O livro foi publicado originalmente com o subtítulo "Contos e Impressões" em 1919, e reunia trabalhos bastante antigos, alguns do tempo de estudante de Lobato. Em edições subsequentes, novos textos acrescentaram-se à obra.

Nessa obra Monteiro Lobato apresenta toda sua irreverência e seu grande senso crítico. Lobato faz críticas, de forma cômica e bem-humorada, ao governo e seus ministérios, e mostra que apesar do tempo que se passou, a situação do Brasil continua a mesma. Usando como pano de fundo o decadente Vale do Paraíba, Monteiro retrata a desolação provocada pela crise do café. Livro maravilhoso, que me rendeu boas risadas e reflexões; recomendo muitíssimo.


O velho Torquato dá relevo ao que conta à força de imagens engraçadas ou apólogos. Ontem explicava o mal da nossa raça: preguiça de pensar. E restringindo o asserto à classe agrícola... Ou você pensam meia hora naquele papel ou botam abaixo aquela mata, daí cinco minutos cento e um machados pipocavam nas perobas! (LOBATO, 2004, pág. 33).

site: http://viajandocompapeletinta.blogspot.com/
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Prof. Edivaldo 12/09/2020

Outros contos
Bem, esse livro de contos não é tão bom quanto foi o "Negrinha e outros contos". Alguns contos são muito longos e é preciso estar bastante atento para entendê-los, dado em parte pelo vocabulário rebuscado de Monteiro Lobato.
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Gláucia 09/04/2016

Cidades Mortas - Monteiro Lobato
Publicado em 1919, essa coletânea de contos tem um tema central: trazendo como cenário em muitos deles as cidades fictícias de Itaoca e Oblivion, retrata a estagnação econômica dessas pequenas comunidades interioranas, na maioria das vezes tendo como causa a mentalidade tacanha de seus habitantes, temerosos das mudanças trazidas pelo progresso.
O sarcasmo e a pena afiada de Lobato dá o tom irônico e tragicômico dos relatos nem tão fictícios.
Contém 25 contos.
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keilo 13/11/2022

Cidades mortas
não consegui nem começar esse livro, leitura bem complexa, pra mim as duas primeiras páginas foram o mais puro tédio, talvez só não fosse um bom dia pra ler esse livro
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Betânia 13/11/2022

Cidades mortas
É um livro com vários contos sobre especificidades do interior do Brasil, com narrativas sobre o marasmo e a decadência das cidades apresentadas. De fácil leitura, alguns contos mais legais que outros, mas em geral um livro agradável. Primeira obra que leio de Monteiro Lobato e acho que ele podia ter deixado algumas críticas só em pensamento.
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Nat 16/02/2016

O marasmo
Esse é o segundo livro do Monteiro Lobato, e reúne contos escritos entre 1900 e 1923. Os contos se passam em Itaoca, apelidada de Oblivion; esse lugar representa uma cidade qualquer entre outras do interior paulista, os mesmos problemas de ruas mal iluminadas, políticos corruptos, miséria, etc. O “mortas” do título não diz respeito a nada mórbido e sim a calmaria, ao marasmo dessas cidades, onde normalmente acontecem sempre as mesmas coisas. Os contos giram em torno da decadência econômica (por causa da queda do café) e atacam a situação política e também literária dessas cidades. Monteiro Lobato se utiliza de expressões regionais nos contos e também de certa ironia para fazer sua crítica social. O livro é bom mas não me prendeu em nenhum momento, por isso acabei demorando para terminar um livro assim tão curto.
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Léo 18/08/2021

Conexão com o interior
Ler cidades mortas me fez sentir um orgulho imenso de morar em um desses locais onde o tropeirismo foi forte, a paz, o ciclo do café, toda a riqueza arquitetônica são belíssimas. Apesar da ironia ao modo de vida dos habitantes dessa região retratada no livro, existe muito afeto pelo local.
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Ana Ponce 29/01/2015

Viajei com: Cidades Mortas - Monteiro Lobato.
Cidades Mortas faz parte daquela lista “Fui obrigada a ler para a escola e AMEI”. O livro é composto por 30 contos, que mostram a decadência do Vale do Paraíba com a queda do ciclo do café. O livro foi publicado originalmente com o subtítulo "Contos e Impressões" em 1919, e reunia trabalhos bastante antigos, alguns do tempo de estudante de Lobato. Em edições subsequentes, novos textos acrescentaram-se à obra. Os contos do livro são:

"Cidades mortas"
"A vida em Oblivion"
"Os perturbadores do silêncio"
"Vidinha ociosa"
"Cavalinhos"
"Noite de São João"
"O pito do reverendo"
"Pedro Pichorra"
"Cabelos compridos"
"O resto de onça"
"Por que Lopes se casou"
"Júri na roça"
"Gens Ennyyeux"
"O fígado indiscreto"
"O plágio”
"O romance do Chopin"
"O luzeiro agrícola"
"A cruz de ouro"
"De como quebrei a cabeça à mulher do Melo"
"O espião alemão"
"Café café"
"Toque outra"
"Um homem de consciência"
"Anta que berra"
"O avô de Crispim"
"Era no paraíso"
"Um homem honesto"
"O rapto"
"A nuvem de gafanhotos"
"Tragédia de um capão de pintos".


Nessa obra Monteiro Lobato apresenta toda sua “irreverência” e seu grande senso crítico. Lobato faz críticas, de forma cômica e bem-humorada, ao governo e seus ministérios, e mostra que apesar do tempo que se passou, a situação do Brasil continua a mesma. Usando como pano de fundo o decadente Vale do Paraíba, Monteiro retrata a desolação provocada pela crise do café. Livro maravilhoso, que me rendeu boas risadas e reflexões; recomendo muitíssimo.


“O velho Torquato dá relevo ao que conta à força de imagens engraçadas ou apólogos. Ontem explicava o mal da nossa raça: preguiça de pensar. E restringindo o asserto à classe agrícola... ‘Ou você pensam meia hora naquele papel ou botam abaixo aquela mata’, daí cinco minutos cento e um machados pipocavam nas perobas!” (LOBATO, 2004, pág. 33).

site: http://viajandocompapeletinta.blogspot.com/
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Leandro 09/07/2017

Incrívelmente viciante, mas difícil!
Apesar de quase ter abandonado, reiniciei do zero a leitura com mais calma e pude perceber o quão divertida é a obra. As histórias aqui contadas retratam a pacatez das cidades de interior de uma maneira única e cada "causo" é mais divertido e intrigante que o anterior. Aos desavisados, a linguagem da obra pode ser considerada difícil, realmente tem umas palavras que são bem complicadas, mas deixando isso de lado, os regionalismos são impagáveis!

Recomendadíssima a obra. Inclusive ela cumpre o requisito do mês de Abril (como estou atrasado!) do desafio que participo de ler 12 livros nacionais ainda este ano.

site: dica
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j.myaki 15/02/2024

Boa surpresa
"Cidades Mortas" é outro dos títulos que estavam parados há tempos na estante. Comprei antes de saber das controvérsias que envolviam o autor e não posso negar que muitas vezes as páginas revelam um certo conservadorismo, mas no geral são contos "inofensivos" - isso no bom sentido.

Pelo título temos a impressão de que será um livro pesado, lamentando pelas condições em que as cidades se encontram no período da publicação. Fui positivamente surpreendida, no entanto, com contos cheios de vida e de identidade - muitas vezes nos sentimos como que visitando os lugares retratados e ouvindo ao fundo as conversas narradas.

Em alguns momentos, até dá para pensar que as histórias são sobre pessoas que conhecemos, e se passam em lugares que já visitamos. E percebemos que mesmo as passagens mais irônicas foram escritas por alguém que realmente gostava do contexto que retratou. Fiquei feliz de sentir isso durante a leitura, e por essa sensação ignorei algumas coisas que me incomodaram, como a dificuldade com a linguagem e a repetição de algumas situações.

Apesar de cansativo algumas vezes, recomendo ler pelo menos alguns dos contos. Acho que o melhor é ir lendo aos pouquinhos (tenho que aprender essa arte)... mas, mesmo não tendo feito isso, foi uma experiência bastante divertida. Gostei, acima de tudo, de finalmente conhecer o trabalho de Monteiro Lobato - e entender porque estudei ele no ensino médio.
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Leila de Carvalho e Gonçalves 02/08/2018

Bom Entretenimento!
Monteiro Lobato é o nosso nome de maior destaque no panorama literário infantil. Entretanto, seu inquestionável e multifacetado talento vai muito além e esse livro é uma boa oportunidade para comprovar o fato.

Publicado em 1919, "Cidades mortas" reúne vinte e cinco trabalhos, alguns bem antigos, onde ele critica com seu humor ferino a apatia política, econômica e até mesmo, literária da época.

O conto que intitula o livro, aborda a decadência econômica do Vale do Paraíba, após a queda da produção cafeeira, que acabou se derigindo para oeste do estado. É nessa região que o autor recolheu o farto material de suas histórias, retratando com seu jeito direto, o cotidiano das pequenas cidades, saudosas com a prosperidade de outroral

Dessa seleção, os mais populares são "Pedro Pichorra", "Cabelos Compridos" e "O Espião Alemão", porém, meu preferido é "Um Homem de Consciência" que narra a vida de Pedro Teodoro, o homem mais pacato e modesto que já existiu.

Afora as obras citadas, também pertencem a série: "A vida em Oblivion", "Os Perturbadores do Silêncio", "Vidinha Ociosa", "Cavalinhos", "Noite de São João", "O Pito do Reverendo", "O Resto de Onça", "Por Que Lopes se Casou", "Juri na Roça", "Gens Ennyyeux", "O Fígado Indiscreto", "O Plágio", "O Romance do Chopim", "O Luzeiro Agrícola", "A Cruz de Ouro", "De Como Quebrei a Cabeça da Mulher do Melo", "Café! Café!", "Toque Outra", "Anta que Berra" e "O Avô de Crispim".

Possuo uma antiga edição, herança de avó, onde aparecem mais cinco contos: "Eva no Paraíso", "Um Homem Honesto", "O Rapto", "A Nuvem de Gafanhotos" e "Tragédia de um Capão de Pintos". Desconheço os motivos da supressão e por esse motivo, atribuo unicamente três estrelas à obra, ressaltando que o autor merece cinco e das mais luzidias. Por outro lado, merece destaque sua qualidade: comentada, adaptada à nova Reforma Ortográfica e com índice ativo.

Bom entretenimento!
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Wagner 04/11/2018

A BELEZA DAS COISAS...

(...) O encanto de tudo aquilo, porém, estava morto, tanto é certo que a beleza das coisas não reside nelas senão na gente. (...)

LOBATO, Monteiro. Cidades Mortas. São Paulo: Brasiliense, 1961. pg 20.
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