Resenhas - Filosofia do Zen-Budismo

AndrA65 03/03/2024

Caminho de desinteriozação
A obra fornece uma investigação substancial de como a filosofia zen-budista enfrenta a questão do Ser, e como ele se distingue da concepção ocidental. Sua filosofia concede o Ser como um vazio ou 'ninguém', como um espelho que espelha o mundo inteiro, que dispensa diferenciação pois não permite identificação e produção do que nós, desse lado do mundo, costumamos chamar de Eu. Ausente de desejo, ambiente doméstico ou recompensa transcendental egoística, o sábio zen-budista rompe com o vexame intencional a partir do seu riso: desinteriorizando-se, assumindo e esbarrando seu nome no nome do outro, sem oprimí-lo ou ser oprimido. O zen-budismo busca a salvação de todos os Entes.

Fabio Di Pietro 17/10/2023

Dificil
O livro é um estudo de diversos institutos do zen budismo de forma comparada com a filosofia ocidental.
Espero um livro de filosofia mesmo, com suas tecnicidades.
Confesso que devo ter entendido uns 70% do livro, mesmo tendo formação em humanas e ser um leitor assíduo, também de livros complexos.

Amanda 28/09/2023

Filosofia comparada, muito interessante
É o segundo livro que leio desse filósofo coreano, e foi um livro que ganhei de aniversário de dois amigos muito especiais. Mais uma vez, senti que me falta um pouco de conhecimento prévio de filosofia, porque não conheço a obra de todos os filósofos citados. Mas esse livro é muito interessante por comparar a filosofia do zen-budismo com o pensamento de diversos filósofos. Apesar de ser budista, não conhecia muito do zen budismo e foi muito interessante conhecer um pouco mais sobre essa filosofia. Acho importante ter esse conhecimento mais profundo até mesmo para diferenciar da filosofia budista que eu sigo (Budismo Nichiren).

Igor.Banin 21/06/2022

Ótimo
Ótimo. Adorei a comparação entre filosofia zen-budista e a filosofia ocidental. Texto fluido e cheio de haikais.

bardo 19/03/2022

Byung-Chul Han se propõe nesse livro uma empreitada bastante interessante, apresentar aspectos do Zen Budismo relacionando-se com a filosofia ocidental. Dito isso entretanto, é preciso ter em mente que não é um livro introdutório ou para quem nunca ouviu falar do Zen. Ainda que a linguagem utilizada em si não seja complexa, Byung-Chul Han, escreve de forma razoavelmente acessível, o tema tratado para nós ocidentais é bastante "desafiador". Somos apresentados (ou reapresentados) a alguns conceitos do Zen que mesmo encontrando termos similares no Ocidente, são vistos de forma completamente diferente, muitas vezes até difíceis de serem assimilados tal a estranheza. A despeito disso é um livro bastante interessante, que mesmo não tendo um caráter introdutório permite ao leitor ter uma ideia do que é o Zen e de sua peculiar forma de entender o mundo. Vale acrescentar que se o leitor tiver uma boa base filosófica, principalmente Heidegger, Hegel, Nietzsche e Platão, terá muito mais facilidade para entender os conceitos propostos pelo autor.

Mariah 13/03/2022

Sendo sincera, não gostei da organização do livro. Também, não é um dos melhores do autor. Mesmo assim, o livro acaba por ter uma proposta importante, uma comparação de dois polos e muitas referências. As últimas, que me agradaram ainda sim.

Enfim, não é um livro ideal e provavelmente, se dedicando em uma pesquisa melhor, se ache essa proposta bem executada. Li pessoas dizendo que essa consideração foi consequência do livro ter sido escrito em uma certa fase do autor. Contudo, um autor deveria ser bom em todas as suas fases.

(+) Provavelmente, os artigos sobre o assunto devem ser mais interessantes do que livros propriamente ditos.

Caio380 14/07/2021

Vazio
Byung-Chul Han é um filosofo sensível. Ler seus livros é uma forma de cura metafísica da consciência. Em, Filosofia do zen-budismo, somos presenteados com uma profunda, complexa e sensível discussão sobre a morte, a vida, o vazio e a ausência de lugar. É uma discussão que nos convida, a pensar de forma profunda nossa condição humana. Com a ajuda da filosofia alemã e dos ensinamentos zen, Han, desafia a lógica da racionalização ocidental com uma potente crítica budista. Fica o convite, a todos e todas, que acreditam que a experiência humana é um fenômeno complexo. E que a filosofia é uma amiga que pode nos ajudar a caminhar melhor sobre os terrenos desconhecidos da vida. Segundo, o mestre zen Dõgen: "Ter compaixão pelos seres humanos e não distinguir nisso entre conhecidos e estranhos; sempre se esforçar para salvar a todos sem distinção, e nisso nunca pensar no próprio ganho, nem no sentido de vantagens mundanas nem supramundanas; também quando os outros, como seu coração comanda, e nunca trazer ao conhecimento do outro o que o seu bem alimenta no coração." (Filosofia do zen-budismo, Byung-Chul Han, 2020, p. 173).

site: https://socioabsurdo.medium.com/vazio-36edb9cba813

Daniel263 18/12/2020

O budismo segundo a filosofia (e segundo Byung-Chul Han)
Publicado em: @curadorliterario

83º livro lido em 2020!
(E meu 10° livro do Byung-Chul Han na vida!)

Não é um dos melhores livros dele... e ele foi escrito quando o autor ainda estava em sua fase de prolixidade e arrogância!

Byung faz um raio X nas conceituações que alguns dos principais filósofos ocidentais fizeram sobre o zen-budismo, e mostra o quanto erraram e o pouco que acertaram.

Assim, o filósofo germânio-coreano gasta seu latim e mandarim, comparando textos de doutrinadores ocidentais e de pensadores orientais.

O resultado final é muito bom! O cara escreve como quem tem pleno domínio do assunto, e ainda dá um show em em explicações sobre budismo, haiku e ikebana.

A tradução e a organização do livro estão ótimas, mas prefiro o formato dos livros mais recentes - bem como o humor e a postura atual do autor.

Resumindo: o livro pode ser duro de ler, mas vale a pena! Principalmente se você já curte filosofia e/ou o Byung! 😝

site: https://www.instagram.com/p/CHNct37j-0n/

Fernanda.Kaschuk 22/06/2020

Um altar para o finito vazio.
Nesse texto Han se debruça sobre os escritos budistas e com seu método comparativo, lapida uma possível filosofia do zen budismo nos moldes da filosofia existencial ocidental de autores clássicos como Hegel e Nietzsche. À luz da meditação surge uma aproximação entre oriente e ocidente, ceticismo e espiritualidade, esperança e vazio, vida e morte, criando um perfeito habitat de lugar nenhum para a mente.