Sylder 09/03/2024
Encontrar esse livro em um biblioteca foi uma surpresa muito boa, primeiro porque vincula a psicologia organizacional com a análise de casos clínicos; segundo por ter dado embasamento para alguns insights e confirmações do que eu já acreditava fielmente.
O ponto é: somos o mesmo ser psíquico, sem separação, sem distinção entre o psíquico relacionado ao trabalho e ao indivíduo pessoalmente. Sendo assim, como saber qual está gerando uma dor, um sofrimento ou uma felicidade?! Como saber a etiologia, a origem das reações sem considerar o ser por completo?!
Somos vários, quando se fala de papéis sociais, mas somos um!
?O corte teórico entre espaço de trabalho e espaço extratrabalho é totalmente artificial. Ao deixar o canteiro de obras, o sujeito continua sendo quem é, não pode mudar de pele nem de economia psíquica, de modo que o sofrimento no trabalho, convocando estratégias defensivas peculiares, corrompe toda a organização mental do sujeito e estende seus tentáculos até as relações com os filhos e o cônjuge?.
Os casos clínicos do livro aconteceram na França, utiliza alguns termos sem tradução, além de ser escrito em grande parte por psicanalistas, o que deixa a leitura um pouco densa, principalmente para quem não é acostumado com essa vertente. No final já estava mais cansativo, mas gostei da obra.