Território Lovecraft

Território Lovecraft Matt Ruff




Resenhas - Território Lovecraft


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Silas Jr 12/03/2020

Resenha publicada no @silasresenha
??histórias são como pessoas , Atticus. Gostar delas não as fazem perfeitas. Você tenta exaltar suas virtudes e ignorar seus defeitos. Mas os defeitos continuam lá.?

Até a leitura desse livro eu desconhecia completamente qualquer assunto referente à ?Lovecraft?. Não é de se espantar que não sou um leitor do gênero de terror e embarquei nesse livro induzido pelo clube do livro Intrínsecos. Edição #016 e a primeira do ano de 2020, Território Lovecraft, é um livro que passeia por estereótipos e tenta ser uma grande obra explorando a tensão racial dos anos 50 nos EUA.

Ao se dispor a escrever essa história, Matt Ruff, homenageia constantemente grandes nomes do terror ao trazer referências que buscam tensão, apreensão e medo. No livro acompanhamos Atticus que embarca em uma jornada para encontrar seu pai e seu passado. Os mistérios que rondam o histórico de sua mãe movimentam a história entregando um roteiro que vez ou outra permeia aventuras cinematográficas como por exemplo, Tomb Raider. Por outro lado, Atticus, é uma personagem desagradável e que foi construído nos moldes de ex-militares que se acham importantes por terem ido á guerra e que o mundo lhe deve favores. 

Se o autor não tivesse trago como pano de fundo a segregação racial dos EUA, Território Lovecraft, seria mais um livro de aventura que tenta explorar o horror com personagens pouco cativantes e nada convincentes. A história utiliza-se de recursos estereotipados que massivamente deixa o ritmo lento e preguiçoso, explorando em determinados plot?s que tentam convencer o leitor de que a história ainda pode ter vida.

Território Lovecraft foi responsável por me tirar de uma ressaca literária muito intensa e também uma grande decepção. Com um universo pouco explorado, mal construído, com personagens que beiram o sensacionalismo; essa não é uma história ideal pra se sair de uma ressaca. Mesmo com tantos problemas, assuntos que refletem em nossa atual sociedade, traz importância ao livro e é o seu único valor.
Yasminy 26/03/2020minha estante
Comecei a ler ele, já li 100 páginas e estou achando a leitura bem cansativa. Você passou por isso? A leitura vai começar a fluir em algum momento? Ou você leu de boa?


Silas Jr 26/03/2020minha estante
Eu achei bem cansativo no início, a leitura melhora da metade pra frente. Vai na fé que consegue Kkkkk


Yasminy 26/03/2020minha estante
Fico aliviada em saber. Pensei que seria cansativo até o fim, ufa rs


Silas Jr 26/03/2020minha estante
Ainda bem kkkk eu quase desisti da leitura se ela mesmo não tivesse dado uma guinada


Yasminy 26/03/2020minha estante
Eu pensei seriamente nisso. Como você me garantiu que vai melhorar eu vou continuar até o fim rs


Silas Jr 26/03/2020minha estante
Arrasou


Camis 18/03/2021minha estante
O livro mais cansativo que já li na minha vida ... infelizmente n tive essa melhora depois. o livro que mais demorei a ler na vida kkkk


Carneiro 27/06/2021minha estante
O livro se chama território Lovecraft pq o Lovecraft era racista e escrevia livros de terror, então o título significa algo como "território do terror e racismo"




Ogaiht 29/04/2021

Uma Grande Homenagem a Lovecraft
Território Lovecraft presta homenagem ao grande mestre do horror cósmico H.P Locecraft . O autor Matt Ruff tinha intenção de transformar a estória em uma série de TV, talvez por isso a leitura seja tão leve e rápida. O livro é dividido em 8 estórias, cada uma com temas como casa assombrada, bruxaria, seitas secretas, etc. Lembra bastante o seriado Arquivo X, mas em vez de dois agentes brancos investigando casos sobrenaturais, a narrativa nos mostra uma família negra, instruída e devoradora de literatura pulp se envolvendo em inúmeras situações que envolvem os temas já citados. Sabe-se que Lovecraft era uma pessoa extremamente racista, e a grande sacada aqui é pegar elementos da suas estórias e colocarem no contexto da segregação racial nos Estados Unidos contrastando o medo do sobrenatural com o medo que aqueles personagens sentiam todos dias em seu dia a dia. Como no livro é questionado, um vulto branco é mais assustador se for um fantasma ou um membro da Ku Klux Klan?
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vanessa 03/04/2021

Confuso, mas extremamente necessário
o livro é super importante para entender como era a segregração racial nos Estados Unidos na década de 50, onde negros não podiam morar no mesmo bairro, frequentar as mesmas escolas, enfim, dividir o mesmo espaço e as situações que eles passaram por conta disso, me deixaram muito indignada. Além disso, gostei bastante de alguns personagens, principalmente da Letitia
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Lívia 13/11/2021

Achei interessante, mas não me prendeu
Acabei demorando para ler o livro.

Ele não tem muitas divisões em capítulos. São grandes capítulos que contam histórias relacionadas com o enredo principal, porém ficadas em personagens diferentes. A alquimia/filosofia é bem interessante, mas não é muito aprofundada no livro.
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Maína 31/05/2022

Eu amei esse livro demais. Ele é perfeito em todos os sentidos, aborda bem os personagens, a história é bem desenvolvida e você vai querer devorar ela.
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Danilo sm 01/04/2021

Resignificação das obras pulp e os monstros da vida real
Uma introdução: Livremente inspirado no universo fantasioso de H.P. Lovecraft e de outros autores de horror e ficção científica, Matt Ruff criou uma narrativa que mistura vários gêneros pulp, porém, com um pé na realidade ao debater principalmente sobre o racismo nos anos 1950 nos Estados Unidos inserindo como protagonistas uma família negra - sendo que, nesse período, praticamente não havia essa representatividade nesses tais gêneros pulp (ficção científica, horror e fantasia, referenciados no próprio livro) dessa época, sem falar no preconceito utilizado - em diversos acontecimentos que mesclam o sobrenatural com o horror do racismo.

Em minha experiência de leitura, percebi que o lado sobrenatural é o mais lugar comum com todos os plots clássicos da literatura fantástica e de terror. No entanto, pela minha interpretação, elas são apenas um pretexto para mostrar diferentes situações em que fica evidente o racismo velado, na verdade escancarado, dos EUA segregacionista que, com tristeza, foi real e é tão terrível (ou mais) quanto o horror fantasioso que existe nesse livro. Um alerta que faço é que se você estiver esperando um horror cósmico cheio de fantasia e bem viajado como são os contos de Lovecraft, o livro não é sobre isso, é uma resignificação dessas fantasias.
A estrutura da história é semelhante a um livro de contos, mas não é para encarar ele como uma coletânea de contos; fazem, sim, parte de um contexto maior e se entrelaçam no final. E sobre o final: essa é a parte mais fraca no livro, foi rápida demais. Tanto que tive que reler alguns trechos com bem atenção; além de que toda vez no livro que o sobrenatural é abordado é simples e direto, sendo que eu estou mais acostumado a um desenvolvimento estilo "Stephen king" (se você me entendeu), mas a rapidez só é muito evidente nesse final, com um leve gosto de "queria que fosse maior" nesse desfecho.

Por fim, mas não menos importante - pelo contrário, é a discussão central do livro - o racismo é de indignar, todas as passagens que mostram o cotidiano das pessoas negras em meio a esse absurdo me deram um grande desconforto, um enorme asco em certos momentos. Os relatos sobre ex escravos, sobre o ataque em Tulsa em 1921 e sobre as leis de Jim Crow parecem muito ficção, e tragicamente não são. Território Lovecraft usa dessa fantasia sombria para falar de questões importantes com "contos" de diferentes gêneros, e situações inusitadas, mas sempre com esse lado real, o monstro cósmico inominável á espreita. E, mesmo Matt Ruff sendo um autor branco, ele teve sensibilidade em falar sobre, sem ficar caindo em estereótipos, com destaque as ótimas personagens femininas e sobre os masculinos que, mesmo sendo mais "água com açúcar", têm seus papéis bem estabelecidos na trama.
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Eduarda.Silva 02/03/2022

Território Lovecraft
Um grupo de amigos e familiares combatem perigos e ameças terrenas e extraterrenas (é aqui que está a pegada Lovecraftiana).

Não são agentes brancos do FBI, mas sim negros na década de 50. Apesar da escravidão ser abolida há quase um século, os Estados Unidos ainda era extremamente racista.

O primeiro conto (de 8) já nos mostra que os negros levam consigo um "guia do negro precavido" que serve para mostrar os locais que os negros podem frequentar.

No livro, encontramos pequenas aventuras protagonizadas por personagens diferentes e, no final, acabam se unindo em uma coisa maior.

Essa coisa maior é uma organização branca que quer controlar o mundo (sim, esse livro é bem doido)

Não foi uma leitura rápida, achei alguns pontos maçantes, mas mesmo assim, eu recomendo!
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Fabio Shiva 29/12/2023

CONTRA O TERROR DO RACISMO, O DESTEMIDO PROTAGONISMO NEGRO!
Alguns livros nascem de ideias geniais. Esse é certamente o caso de “Território Lovecraft”, livro que devorei em um permanente estado de euforia e deleite. É maravilhoso quando a Literatura serve ao elevado propósito de mudar positivamente o mundo, ao mudar a consciência das pessoas. E quando isso é feito pela via lúdica, por meio de histórias atrativas e bem contadas, meu desejo é aplaudir de pé, até arrancar o couro das mãos!

H. P. Lovecraft foi um escritor estadunidense celebrado como um dos mestres do terror, ao lado de Edgar Allan Poe. Eu sempre achei as histórias dele meio pomposas e artificiais, mas é inegável a força imaginativa que legou ao mundo toda uma mitologia moderna, que vai do deus-monstro extradimensional Cthulhu ao livro demoníaco “Necronomicon”, que acabou ganhando existência “real” para além das histórias do autor. Quando tomei consciência do racismo explícito na prosa de Lovecraft, contudo, desisti de continuar tentando gostar de lê-lo.

Mas foi justamente esse racismo o estopim para a explosão de criatividade de Matt Ruff nesse livro. Criatividade significa encontrar novas conexões entre elementos até então não relacionados. Uma boa definição para o “Território Lovecraft”, concebido por Ruff como uma extensa área dos Estados Unidos na década de 1950 que abriga dois tipos bem distintos de terror: o sobrenatural e o racismo. Essa ambiguidade foi muito bem resumida na chamada publicitária da editora:

“Um vulto de branco é mais assustador se for um fantasma ou um membro da Ku Klux Klan?”

O livro é estruturado na forma de contos sequenciais, que compõem a narrativa mais extensa de um romance. Apesar do tema horrorífico e horroroso, as histórias seguem mais a linha da aventura, sendo bem acessíveis ao público jovem e adolescente. E ainda não falei do ingrediente principal: a família e os amigos de Atticus, que protagonizam as aventuras. Atticus é um jovem negro, mas já veterano da Guerra da Coreia, que descobre ser possuidor de um legado de família muito poderoso e, ao mesmo tempo, muito perigoso. Isso o leva em uma jornada de autodescoberta através do “Território Lovecraft”, encarando assombrações e enfrentando o ódio racista. Sua família e seus amigos o acompanham em sua jornada, cada qual contribuindo com sua parcela de coragem e personalidade para vencer os desafios do sobrenatural e da intolerância.

E aqui está uma das melhores sacadas do livro: acostumados a lidar diariamente com a monstruosidade do racismo, Atticus e cia. nem piscam ao lutar com monstros, fantasmas e outras criaturas, que afinal são bem menos apavorantes. Sensacional!

Algumas das cenas de racismo são tão grosseiras e agressivas que a princípio imaginei que fossem um recurso estilístico do autor, para realçar por meio da hipérbole a violência racista. Mas que tristeza foi constatar que não houve exagero, e sim pesquisa. Uma das cenas que achei rudes demais para serem verdadeiras foi a menção às “cidades do poente”, que existiram de fato:

“Entre 1890 e 1968, estabeleceram-se nos Estados Unidos milhares de cidades em que a livre circulação era permitida apenas a brancos. Os habitantes (brancos) eram autorizados a apedrejar ou mesmo atirar nos negros que andassem nas ruas após o pôr do sol.”

Outra surpresa (essa feliz) foi descobrir que o autor Matt Ruff é branco. Renovei minha esperança ao saber disso. Percebo algo como um movimento coletivo para reescrever e ressignificar a história humana por meio da ficção, de forma a lhe atribuir novas perspectivas e possibilidades. Isso vai desde a adoção de elencos multiétnicos em filmes e séries de cunho histórico à pura reinvenção da história pela ficção, que tem em Quentin Tarantino um de seus mais célebres experimentadores, com filmes como “Django Livre”, “Era uma vez em Hollywood” e, principalmente, “Bastardos Inglórios”. Outro magnífico exemplo dessa recriação ficcional é o livro “The Underground Railroad (Os Caminhos para a Liberdade)”, de Colson Whitehead, que virou uma ótima série do Prime Video (https://youtu.be/_Pq5Usc_JDA?si=x6OO_BRxEFHNRoOz).

Pensar nisso me fez lembrar da importante fala da filósofa Sueli Carneiro:

“Todos os brancos são beneficiários do racismo, mas nem todos são signatários.”

Taí uma frase que deveria ser estudada em todas as salas de aula do Brasil. Na medida em que as verdades profundas e necessárias que ela sintetiza forem se firmando na consciência dos brasileiros, teremos certamente lindas manifestações nacionais com o mesmo brilho e relevância que o “Território Lovecraft” de Matt Ruff.

https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2023/12/contra-o-terror-do-racismo-o-destemido.html



site: https://www.instagram.com/fabioshivaprosaepoesia/
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Matheus649 06/02/2023

Ótima história
Finalmente consegui arrumar tempo pra terminar! Um livro que, no meu ver, poderia ter sido um pouco melhor em alguns aspectos, mas que com certeza é brilhante na maioria deles. Se vc curte ficção científica, Lovecraft e soft horror, vale a pena total!
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rach 23/11/2021

Horror cósmico do mundo real
Sinceramente não sei como descrever esa obra além de: por favor leiam esse livro! E venho dizendo desde as primeiras páginas (4% no Kindle).
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Amanda.Ripoll 09/06/2023

Bom
Esperava mais de Lovecraft.

A história, apesar do título, não tem muito a ver com Lovecraft. Apesar disso, tem um enredo interessante até.

Uma leitura um tanto arrastada, o que não me cativou muito.

Contém gatilhos como racismo extremo e agressão.
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Lucas1429 11/10/2021

Em que o vilão é a principal referência
Veja bem, um autor branco escreveu um livro em que pensava fazer justiça à população negra, colocando-os como protagonistas em aventuras oriundas das pulp fiction, das sci-fi e do terror cósmico precursores de H.P. Lovecraft, que leva o nome da obra. Matt Ruff desafiou meu semblante quando li sua etnia e soube quem o era. Mas aí, até o desfecho, simpatizei com alguém que entra na estatística do: consciência de classe e raça não é luxo, muito menos um bicho, é dever.

Ao longo das 8 histórias aventurescas que se interligam ao final, divertidíssimas, aliás, a conformação ao principal vilão é clara, para os mais atentos já vem estampada na capa com seu título e conto homônimos - H.P. Lovecraft, um racista, machista, e demais adjetivos degradantes e denunciantes de tudo a que uma sociedade hoje manifesta não ser (e Atticus e sua turma sabem bem o que fazer com), é a metáfora chave!

Sem entregar muito, mesmo explícito, são personagens bem delineados, cientes de sua condição enquanto coletivo via mundo embranquecido, que encaram "monstros" análogos à identidade do homenageado cumprindo uma missão contra uma sociedade herdeira de uma KKK massônica nos EUA dos anos 50 - extremamente racista. Lovecraft moldou esse universo fantástico tão elogiado através de seu preconceito simbólico e com ele obteve o karma, não em vida, mas décadas depois, com alguém que se não pôde mudar o mundo por completo, acrescenta uma pontinha de dignidade e justiça aos marginalizados na literatura, a janela da alma.
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Letícia 30/09/2020

Uma boa premissa mas uma péssima execução!
Um livro de contos independentes entre si.
Os dois primeiros contos foram bons, mas depois desandou.
A premissa era boa, mas a execução foi péssima e se perdeu.
A série da HBO começou com o primeiro e segundo contos e até agora no penúltimo episódio, tomou outro destino (ainda bem).
Dessa forma, a série é bem melhor!
Se for ler, vá sem grandes expectativas.
Jaqueline.Schmitt 02/10/2020minha estante
Bom saber...




Carla Maria 14/09/2020

Pra quem curte H. P. Lovecraft
Nessa obra de Matt Ruff, ele vai nos apresentar uma história ricamente construída, onde o foco principal será o terror vivido pelos negros na época de segregação racial nos Estados Unidos. Tudo isso será muito bem representado num universo fantasioso de H.P. Lovecraft, prato cheio para os aficionados pelo gênero.

Bruxos, livros mágicos, casa assombrada, feitiços e muito mais, fazem parte de uma jornada incrível , onde cada personagem despertará um sentimento único.
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Emy 05/07/2020

Fim!
Finalmente terminei esse livro! Demorei muito nessa leitura, porém não digo que é uma história ruim. Na verdade eu gostei.
No começo fiquei desgostosa com a mistura de assuntos sérios da nossa realidade com magia, mas quando peguei o livro decidida a terminar no mesmo dia, percebi algo que devia ser desde o começo... Tem tudo a ver! Os monstros da realidade e os monstros da fantasia, não são muito diferentes.
Gostei que os personagens principais tiveram seus momentos de destaque e que acabaram se conectando mais ainda.
Não sei se ou quando faria uma releitura, mas fica aí pra uma possibilidade hehe.
Peço que não vá com muita expectativa nessa leitura pois tem risco de decepção. Eu escolhi apenas ler uma história diferente e foi o que ganhei.
Sobre essa história eu me questiono: será que tem algo mais assustador que a nossa própria realidade?
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