SHE

SHE Robert A. Johnson




Resenhas - She


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sofia_pds 19/04/2024

O livro fala sobre a psiquê feminina. É muito bom e interessante. Fica um pouco repetitivo e quase entediante no final. No geral, gostei.
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Lou Black 20/01/2024

Nem esperava mas gostei mt ?
Achei esse livro mt sábio e traz grandes ensinamentos. Ele usa o mito de Eros e Psique como uma forma de esclarecer a vida da mulher (em algumas partes a vida do homem também),o seu comportamento e a sua maneira de agir de uma forma mt didática e esclarecedora
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Ester 08/07/2020

Incrível
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Márcio 21/06/2012

A totalidade de um mito
She é um livro curto, simples e, de certa forma, grande auxiliador de descobertas.
O autor, Robert Johnson, usa o mito grego Eros e Psiquê para caracterizar a mulher - ou o feminino. Em cada ponto, uma parte do processo de maturação e individuação da mulher. Johnson faz uma abordagem segura do mito, desde a previsão da morte de Psiquê pelo oráculo até a real morte dela, no caso apenas o sono da morte.
Assim, de oráculo à paixão por Eros, de ira de Afrodite à enganação de suas irmãs, de erro fatal a erro fatal e, principalmente, de tarefas árduas e complexas, Psiquê se torna mulher, completa e plena, e R. Johnson a coloca na palma de nossas mãos, decifrando, um por um, todos os enigmas e ensinamentos desse tão valioso mito.
Digo com toda segurança que, para um homem entender sua própria anima (conceito junguiano que diz respeito às características essencialmente femininas em um homem) e as mulheres que estão à sua volta, e para a mulher se conhecer melhor, ver-se de uma forma tão palpável e compreensível, que leiam She.

"A alegria é uma dádiva que brota do coração da mulher." Robert Johnson
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Vanessa Lima 03/04/2021

She - A chave do entendimento da Psicologia Feminina
O segundo livro da trilogia - He, She e We (ou Ele, Ela, Nós)

Johnson aborda neste livro os conceitos e ideias presente nos estudos do psiquiatra e psicanalista analítico Jung.

O autor vai usar a lenda de Eros e Psiquê, para tratar da Psicologia Feminina em seu processo de desenvolvimento, amadurecimento e a relação com a sua parte masculina interna (animus). Vale ressaltar que essa história é uma das mais importantes que explica a Psicologia Feminina, um clássico grego pré-cristão.

Assim você é apresentado e levado a jornada da individualização feminina - ao conhecimento do mundo real e inconsciente na busca para o equilíbrio do ego e animus, a pureza e o prazer.

Por utilizar de mitos, é possível acessar a imagens coletivas ao público para descrever os conceitos primordiais da Psicologia Analítica, o autor consegue explicar com praticidade e de acessibilidade para o leitor, mesmo que este não atue na área de Psicologia/Psiquiatria.
Rafaela Marina 30/11/2021minha estante
Muito boa sua resenha!?


Vanessa Lima 02/12/2021minha estante
Obrigada ?




@APassional 04/04/2013

She * Resenha por: Rosem Ferr * Arquivo Passional
A jornada de Psiquê

“Muitos dos conflitos de uma mulher moderna resumem-se na colisão entre suas duas naturezas intrínsecas – Afrodite e Psiquê... se ela for capaz de vislumbrar o que lhe está ocorrendo, estará a caminho de uma nova consciência.”

Em She, será através do mito de Psiquê, que observaremos a transição entre os arquétipos da Donzela e da Mulher numa belíssima história de amor, promessas traídas, arrependimento, perdão e redenção. Nos encontraremos com os dilemas de toda mulher quando diante do amor, seus confrontos com a dúvida, interferência de terceiros, obstáculos e aceitação da própria dissociação face ao mais poderoso de todos os sentimentos.

“... debruça-se sobre o marido e olha-o pela primeira vez. Para sua surpresa e deslumbramento, descobre o Deus, o Deus do amor, a mais bela criatura de todo Olimpo! Vê-se presa do terror, tremendo dos pés à cabeça, e chega a pensar em matar-se pelo erro cometido...”

As trágicas escolhas da protagonista e suas consequências, nos remetem a nossas próprias escolhas, impossível não fazê-lo, vejam, estamos diante de um conteúdo mítico, arcaico e tanto mais reativo conforme Robert vai nos pontuando o significado simbólico da trama, e a cada parágrafo “ficamos mais Psiquê” e sentimos o efeito que nossas incertezas e inseguranças podem ocasionar à nossa vida enquanto não buscarmos a devida assertividade e maturidade em nossas relações interpessoais, e isso vemos por meio das atitudes de Psiquê.

Eros , o paraíso perdido!

Como é encontrar e perder o amor da sua vida? E se houvesse uma mínima possibilidade de reconquistá-lo você o faria? Se não o faria, como sobreviveria a isso ?

Dissociação, dor, sacrifício, transformação...
Uff! Ainda bem que Robert caminha conosco, revendo cada passo.

Afrodite está zangada com Psiquê, afinal Eros é seu filho querido e ela já não gostava da jovem desde o início, então lhe impõe algumas tarefas que Psiquê terá que realizar para reconquistar o amor de Eros, metáfora para a descida da protagonista rumo a escuridão de seu mundo interior, onde estabelecerá contato com os padrões de comportamento a serem modificados em seu inconsciente, a fim de promover seu amadurecimento, equilíbrio, aceitação e reinserção ao Universo feminino.

Em toda a literatura, nenhuma heroína teve de enfrentar tarefas tão árduas quanto Psiquê, portanto ao que tange a noite escura da alma na busca do amor verdadeiro, o único mito que fala do tema é o de Eros e Psiquê, é nele que os mais célebres autores e proeminentes pesquisadores se fundam quando o tema é amor verdadeiro.

Se as tarefas parecem banais, é porque a vida contemporânea nos distanciou demais do conteúdo mítico e as observamos como fantasiosas, mas quando Robert as equipara com nosso cotidiano e através de Psiquê nos imbrica no mundo real, podemos sentir o peso das façanhas a serem realizadas, e nos questionar: E eu? E a Psiquê que existe em mim, como reagiria?

Psiquê é a protagonista humana que apaixona-se por um Deus, tema muito recorrente na atual literatura focada em relacionamentos entre humanos e seres sobrenaturais, entretanto She tem um inestimável diferencial: acrescenta valor prático porque aprendemos com ela, que em sua jornada nos guia à transformação necessária para a redescoberta da Deusa que existe em toda mulher.

Agrega prazer, conteúdo e aprimoramento pessoal.
Recomendado para mulheres inteligentes.
Seja Divina. Leia!

Confira a resenha completa no Blog com esclarecimento sobre a série!

Resenha publicada no Blog Arquivo Passional em 30/03/2013:

http://www.arquivopassional.com/2013/03/resenha-trilogia-he-she-we-robert.html
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JoSsS 04/06/2022

Mulher
Sinto que o livro faz mas sentido para uma mulher, já que né, mas na minha leitura eu consegui absorver bastante autoconhecimento, e fiquei mais ansioso pra ler HE do mesmo autor que fala da psicologia masculina
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Meiry11 24/11/2023

Um livro sensacional
Esse livro é incrível e tem o poder de mudar a sua mente para que você mude a sua vida?

Ele te trás para o que é real e te conecta com você mesma? te mostrando suas sombras para que você consiga levá-las a consciência.

Psiquê, Eros e Afrodite?

Sobre o amor, o feminino e o masculino e sua importância na sociedade e em nossos relacionamentos!
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Clarissa.Azevedo 26/10/2021

SHE
Livro sobre psicologia feminina através do mito de psique. Recomendo conhecer o mito antes de iniciar a leitura.
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Jorge Gabriel 24/10/2020

Sou muito leigo quanto à abordagem junguiana, mas aprecio muito como essa vertente explora as narrativas do mundo para nos ajudar a compreender a nós mesmos e à humanidade. Se em cada dificuldade da vida conversassemos com a nossa alma para saber dela a necessidade, viveríamos uma vida mais feliz e inspirada, plena de arte, de beleza e de coragem. Para isso é preciso se iluminar, saber que os arquétipos estão à nossa vista.

Nesse sentido, o livro é um impulso inspirado, acessível e não perde a profundidade da análise. Fechei o livro como quem atravessa um museu vivo, porque fala da nossa alma. O livro trata da psicologia feminina, mas o leitor homem vai encontrar exemplos de como se configura sua parcela anima no mito de Psiquê. Enquanto homem, achei muito rico
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Raskeiokunamata 26/10/2023

She, A menina que confiou nas amigas
Um livro é uma viagem ao mundo dos mitos trazendo a explicação sobre momentos em que a mulher terá que passar na vida e como esse processo é internamente. A segunda vez que leio este livro e foi a primeira vez que eu o compreendi (achei mais fácil do que HE e olha que sou homem), de formigas que ajudam humanos e não estão pegando açúcar até Afrodite sentindo inveja como sempre (medusa que me diga) o livro me fez comprender coisas que no meu momento de vida só seria visível se eu tivesse peitos e unhas postiças.

O livro é ótimo para quem gosta de uma ideia cuada de uma história sem ser a "Cegonha e a formiga", (sim aprece formiga na história). Bom esté faz parte de uma trilogia e índico lê os três We, He e She (We explica perfeitamente o que diz na capa, parei de acreditar nos Doramas por conta dele ?). E sim depois que lê acho que sei onde fica o clitóris (na unha anelar)
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Rodolfo67 03/04/2024

Uma ode ao feminino
Esse livro é uma obra muito bonita, tocante e que todos nós deveríamos ler.
Falar sobre o feminino é falar sobre tantos sentimentos que não caberiam por aqui.

Foi uma leitura incrível onde o mito de Psiquê e Eros foi explorado.
É ainda mais bonito ler e poder ver isso dentro da minha relação, em como o feminino que existe dentro de mim, é provocado e pode observar o feminino de fora, me ensinar a ver a vida de uma outra forma, a sentir e experimentar uma infinidade de sensações que o masculino jamais conseguiria sem o auxílio da Anima.

Aprendi muito e acredito que todos tem motivos de sobra para lerem essa obra que tocou tão profundamente o meu ser.
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Carla.Parreira 11/10/2023

She
?
O autor relata o mito de Eros e Psiquê. O livro diz que toda mulher tem em si uma Afrodite (Oxum), facilmente reconhecível, sendo suas principais características a vaidade, a luxúria permissiva, a fertilidade e a tirania, quando contrariada. Ela está sempre promovendo casamentos e nunca se satisfaz até que todos estejam servindo sua fertilidade. Mulheres casamenteiras, que não descansam enquanto restar à sua volta um solteiro, são Afrodites. É muito embaraçoso para uma mulher da atualidade, razoavelmente inteligente, descobrir sua natureza Afrodite, cheia de truques primitivos e instintivos. Naturalmente, quando uma nova forma de feminilidade aparece num certo grau evolutivo, essa deusa da velha feminilidade fica irada. Ela está além de qualquer moralidade, usa todas as armas para subjugar oponentes e é, de fato, uma fêmea.
Ela é uma personalidade importante, é o instinto materno básico, necessário à reprodução das espécies. Com o passar do tempo, veremos que ela não tenta destruir sua irmã Psiquê, mas ao contrário, faz todo o possível para vê-la crescer. Mas como ela age de modo tão desagradável não sentimos vontade de fazer-lhe qualquer concessão. Muitos dos conflitos da mulher moderna se resumem na colisão de suas duas naturezas intrínsecas: Afrodite e Psiquê.
Pode ser útil à mulher dispor de um padrão para conhecer este processo porque, se ela tiver uma ideia clara do que se passa, estará a meio caminho andado para uma nova lucidez. A natureza de Psiquê é tão magnificante, tão fora deste mundo, tão virginal e pura, que é adorada, mas não é cortejada. Isto é uma experiência absolutamente solitária, pois a Psiquê não encontra marido. Neste sentido, há uma Psiquê em toda mulher e identifico-a facilmente em mim. De certo modo, toda mulher é filha de rei: muito amável, perfeita, com muita riqueza interior para um mundo tão comum. Toda vez que uma mulher se vê solitária e incompreendida, quando percebe despertar simpatia nas pessoas, mas acompanhada, a seu ver, de um ligeiro distanciamento, aí é que ela acaba descobrindo o seu lado Psiquê. Este lado permanecerá, durante a vida de cada mulher, intocado, desligado e solteiro. Se a mulher for muito bonita, o problema será mais complexo.
A mulher será idolatrada e mesmo assim poderá nunca ter sucesso em manter um relacionamento que seja duradouro. Com a compreensão disso, uma mulher talvez possa promover o movimento que leva à evolução exigida de Psiquê, mas não é fácil. Psiquê é a preocupação de seus pais porque, enquanto as irmãs mais velhas estão felizes e casadas com reis de reinos vizinhos, ninguém aparece para pedir a sua mão. É só idolatrada. O rei vai então consultar um oráculo que é dominado por Afrodite; irada e com muita inveja de Psiquê, a deusa faz com que a resposta seja uma terrível profecia.
A jovem deveria desposar a Morte, a mais horrenda e mais repulsiva criatura existente. A moça é então acorrentada a uma pedra no alto de uma montanha e lá deixada para ser a presa dessa terrível criatura. Os oráculos na sociedade grega eram ouvidos, tidos e aceitos como inexoráveis e finais; portanto, os pais de Psiquê não questionaram a profecia. Promovem a procissão desse casamento como um cortejo fúnebre e levam a moça, de acordo com o que lhes fora instruído, deixando-a acorrentada no alto da montanha. Psiquê foi abandonada à sua sorte na escuridão. Somente ao homenagear o elemento sacrifício do casamento, a alegria da união será possível. Afrodite não gosta que as donzelas submetam-se ao homem.
Portanto a Afrodite, na mulher que se casa, ou está chorando ou está encolerizada, ou então as duas coisas ao mesmo tempo. É Afrodite que condena Psiquê à morte, mas é ela também a casamenteira que aventa a ideia do matrimônio. É ela ainda que chora e range os dentes durante a cerimônia pela possível perda da liberdade, individualidade e virgindade da noiva. O empurrão para a evolução através do matrimônio é acompanhado de um puxão regressivo, causado pela nostalgia da liberdade e independência que a noiva tinha antes.
A hora do casamento é um instante poderoso onde todos os tipos de impulsos básicos estão à solta. Para que possa destruir Psiquê como queria, Afrodite pede ajuda de seu filho Eros, o deus do amor. Eros carrega a aljava com suas flechas e leva à perdição todos do Olimpo. Nem mesmo Zeus escapa do seu poder. Mas, apesar disso, Eros é dominado por sua mãe. Afrodite manda que ele faça Psiquê apaixonar-se ardentemente pelo repugnante monstro que virá buscá-la, neutralizando o desafio que a jovem representa para ela. Uma das características de Afrodite é ser constantemente regressiva, querer as coisas de volta tal como eram antes. Ela quer que a evolução caminhe para trás; ela é a própria voz da tradição, e ironicamente torna-se uma voz atraente quando usada com inteligência. A Psiquê interior de cada mulher renuncia à própria ingenuidade em diferentes épocas de sua vida. Não é só quando se casa.
O casamento para uma mulher não significa a mesma coisa que para um homem. Ele acrescenta algo à sua estatura, seu mundo torna-se mais forte, ele sobe um degrau. A grande maioria dos homens nem percebe que está matando Psiquê em sua esposa, e no entanto precisa fazê-lo. Se ela se comporta estranhamente, desmorona-se em crises, ou coisa ainda pior, os homens não compreendem, pois o casamento é uma experiência diferente para eles. Por alguma razão, a Piquê em toda mulher deverá passar por um estágio, ainda que breve, no qual ela é totalmente subjugada pelo marido. É um estágio arquétipo que não pode ser evitado, e a mulher não precisará demorar-se nele. Isso pode ser um eco de alguma experiência patriarcal primitiva, na qual ela tenha precisado sujeitar-se ao homem.
Todo Eros imaturo é um fabricante de paraísos. É típico do adolescente tomar uma jovem e prometer-lhe felicidade para todo o sempre. Este é Eros, a nível secreto; quer ter seu paraíso sem as responsabilidades que isso implica e sem um relacionamento consciente. Todo homem tem dentro de si um pouco deste aspecto. Há algo no inconsciente de um homem que deseja fazer um acordo com sua esposa para que ela não lhe faça nenhuma pergunta. O casamento é um compromisso total para a esposa, ao passo que para o marido não passa de um simples detalhe.
Há mulheres que ficam acorrentadas à montanha da morte por toda a vida. Seu relacionamento com os homens é distorcido pela imagem que deles faz como temíveis emissários da morte.
Os maridos são a morte para as esposas, pois destroem-nas enquanto donzelas, forçando sua metamorfose em mulheres adultas. É um paradoxo, pois uma mulher fica grata e ao mesmo tempo chateada com alguém que a obriga a caminhar para a evolução. O casamento não tem a conotação de sacrifício para o homem, mas apresenta essa característica para a mulher. Ela olha um dia com horror para o marido porque subitamente dá-se conta de ter sido acorrentada na armadilha e que está à mercê dele.
Se tiverem filhos, fica amarrada.
Jung descreveu os elementos-sombra de uma personalidade como sendo aqueles lados reprimidos, ou facetas não vivenciadas na potencialidade global de uma pessoa. Por falta de cuidados, por não desenvolvê-los, esses elementos não vividos e reprimidos atrofiam-se ou então tornam-se escuros e ameaçadores. Tais potencialidades, que tanto contêm o bom quanto o ruim, mesmo reprimidas, permanecem no inconsciente, onde armazenam energia até irromperem algum dia, arbitrariamente, em nossa vida consciente.
Jung disse que a ânsia pelo aumento da própria conscientização vem, muitas vezes, da faceta-sombra. Os gregos referiam-se aos arquétipos como se fossem deuses, uma terminologia mais adequada e mais poética do que a usada hoje em dia. Muitas vezes uma mulher vive parte de sua vida sob o domínio do homem que tem sempre dentro de si, o deus interior, o animus. Seu Eros interno a mantém no paraíso, praticamente sem que ela tome consciência disso. Ela não deve perguntar nada; não pode ter um relacionamento verdadeiro com ele. Está totalmente sujeita a essa dominação interior.
Muito poucas mulheres compreendem a grande necessidade que os homens sentem de ficar perto da feminilidade. Tal necessidade não pode ser vista como sendo um peso para elas, pois não precisam viver a vida toda feminilizando. Isto porque, uma vez que o homem descubra sua feminilidade interior e se dê bem com ela, não vai depender tanto da mulher exterior para obtê-la. Mas se ela quiser dar-lhe o mais precioso dos presentes, se realmente quiser preencher as necessidades masculinas (que ele raramente vai demonstrar, mas que não deixam de estar presentes), ela terá de ser muito feminina quando ele tornar-se presa de humores. O livro também diferencia amor de paixão.
Amar é ver a pessoa como ela realmente é: apreciá-la com suas falhas, banalidades e com sua magnificência. Se pudermos desfazer-nos da cortina de nevoeiro das tantas projeções que fazemos na vida e conseguirmos olhar verdadeiramente para o outro, veremos que ele, na sua individualidade terra-a-terra, é uma criatura maravilhosa. O problema é que, por serem muitas as pessoas e ficarmos cegos por nossas projeções (paixões), raramente podemos ver o outro claramente, em toda sua profundidade e nobreza. Amar nada tem de ilusório; é ver o indivíduo, vê-lo, mas não através de um determinado papel ou imagem que tenhamos planejado para ele.
Amar é dar valor à individualidade daquela pessoa, dentro do contexto do mundo comum. É algo durável, permanente, real. Já os apaixonados não olham para o outro, mas através do outro.
Cada um está apaixonado por uma ideia ou um ideal, ou ainda por uma emoção. A pior coisa nisso é que a duração é rápida. Um dia a paixão torna-se banal e enfadonha.
A virtude transpessoal e divina se apaga, e o ser simples e comum é revelado. É um dos sentimentos mais tristes e mais dolorosos da vida. Os orientais não se apaixonam; vão para seus relacionamentos calmamente, sem dramaticidade, intocados pelas flechas de Eros. Os casamentos são arranjados e tradicionalmente o homem só vê sua noiva no final da cerimônia, quando os véus de seu rosto são levantados. Leva-a para casa e segue os padrões recomendados para os recém-casados. Nós, se ficarmos tão ofuscados a ponto de perdermos o pé em alguma situação, ou se nos surpreendermos fora de órbita, o melhor a fazer é dar uma parada.
Tragédia significa ver o ideal e não conseguir atingi-lo. Filósofos e poetas nos demonstram que estar apaixonado é uma situação trágica. Pode-se transformar a paixão em amor, e é o que os casamentos bem sucedidos conseguem.
Para a mulher evoluir faz-se necessário libertar-se do domínio que seu componente masculino exerce sobre ela. Esse elemento que, para a maioria das mulheres é inconsciente, é que vai regular seu relacionamento, muitas vezes negativamente, com o mundo exterior. Para ela evoluir, o animus, conscientemente reconhecido como tal, precisa assumir uma posição de mediador entre o ego consciente e o mundo interior inconsciente. Ao nos darmos conta de que dentro de nós existe um elemento divino, o resultado será uma reação de grande alegria, uma sensação muito semelhante àquela do estar apaixonado.
Quando Psiquê acendeu a lâmpada, esperava ver um monstro; ao invés, viu um deus. Para as mulheres, o homem é geralmente um monstro ou um deus. Toda vez que alguém iluminar outra pessoa encontrará um deus ou uma deusa. O mesmo acontecerá quando a mulher for capaz de ver conscientemente seu animus, seu Eros interno. Vai descobrir que ele se assemelha a um deus. Psiquê pacienta-se à espera de uma solução.
O homem, ao contrário, empunha uma faca, monta seu cavalo e parte para conquistar aquilo que acha que deve. A maneira feminina da anima ou da mulher é esperar até que algo dentro dela lhe dê os meios, o caminho e a coragem. Não de deve tirar ninguém de seu sofrimento prematuramente. Se estivermos no caminho do sofrimento ou numa época estéril, por vezes é porque deveríamos mesmo passar por isso, por algum tempo.
O animus e a anima pertencem principalmente aos céus e aos infernos do mundo interior. Curiosamente fazem, a um tempo, parte do humano e do divino, do pessoal e do transpessoal.
Por isso é que são intermediários excelentes entre a personalidade e o inconsciente coletivo. Ficam com um pé em cada mundo; agem como eficientes guias espirituais internos para o ego consciente, nas relações deste com o mundo exterior. Diz o livro que é normal uma mulher muito feminina e jovem (como eu) sentir medo de ser esmagada pela sociedade impessoal, competitiva e patriarcal do mundo atual. Quando falamos a respeito da mulher obter a masculinidade, precisamos entender que não estamos lutando por igual quantidade de masculinidade e feminilidade dentro de nós.
Muitas mulheres dizem querer a mesma porção de atenção concentrada num ponto, tanto quanto um homem. Isso não é razoável nem prudente. É necessário que ela tenha o apoio da masculinidade, assim como é necessário ao homem o apoio da feminilidade.
A masculinidade na mulher constituiu-se numa pequena parte. Todos temos tais restrições, impostas pelos limites biológicos e pelos limites próprios das funções especificas de cada sexo. A mulher que entende isso poderá lançar-se no mundo dos negócios e usar sua objetividade masculina. Ela traz, junto com a sua forma direta de ver as coisas, a sua quietude. Vale lembrar que um pouco de algo bom, desde que sentido com real consciência, nos será suficiente. Como afirma o poeta, é possível ver o mundo num grão de areia.
Poderemos concentrar-nos em um aspecto da vida ou em uma experiencia, absorvê-la e esgotá-la. Só aí é que poderemos partir, com ordenação, em direção a qualquer outra experiência que possa aparecer. Se assim não for, estaremos sempre insatisfeitos a procura de algo maior ou melhor. No começo, Psiquê era uma criatura adorável, feminina e ingênua.
Para conseguir um novo degrau em seu desenvolvimento e
uma nova vida, fora-lhe estipulado, pelo oráculo e pela evolução, morrer para a preocupação pueril (talvez narcisista) relacionada a sua beleza, inocência e pureza. Ela precisou aprender a lidar com as dificuldades da vida, incluindo seus lados escuros e feios, e a lidar com suas próprias potencialidades adultas. Quando, finalmente, a mulher alcança seu desenvolvimento pleno e descobre que é uma deusa, dá luz a um elemento de prazer, alegria ou êxtase.
O coroamento da realização feminina, segundo o autor, está na capacidade de possuir essas qualidades. O homem valoriza tanto a mulher justamente por causa dessa sua capacidade ou poder. Ele não consegue encontrar o êxtase sozinho, sem a ajuda do elemento feminino, que pode ser encontrado tanto na mulher interior, quanto na exterior. A alegria é uma dádiva que brota do coração da mulher. Ser aquela que traz a alegria é o supremo privilégio da mulher, o ponto alto de sua evolução. De resto outra dica: totalidade é diferente de perfeição. Totalidade compreende as falhas.
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Eloi 23/09/2020

O livro que todo homem deve ler
Este livro mostra como que funciona a cabeça das mulheres usando como metáfora os deuses gregos.

Curto muito livros que usam metáfora assim pois fica mais tranquilo a compreensão.

O único ponto negativo é que a linguagem dele é um pouco rebuscada e na hora de realizar a leitura dinâmica tive que ir um pouco mais devagar.

Se você que é homem e quer melhorar sua comunicação com as mulheres, leia ele.

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