Renata 18/09/2011
Bati cabeça durante 1/3 do livro, onde metade das referências eu não conhecia e a outra metade só conhecia pelos filmes que já assisti.
Mas isso por que tabém não sou nenhuma entusiasta da cultura americana, e o livro é da década de 1930.
Provavelmente um livro que tome como cenário a América do onze de setembro ou da crises mais recentes não me causariam tanto problema, por que as referências culturais de hoje em dia me seriam plenamente familiares.
Mas a história toma como cenário a transição entre as décadas de 1920/1930 contemplando a depressão como cenário social.
Apesar da leitura truncada no início, foi uma boa leitura de domingo, e não é por que não há nada melhor pra fazer neste dia, mas por que a história é construida de um modo interessante, não há agitação ou correria, as descrições de temas e personalidades são muito bem feitas e ao mesmo tempo a narativa entrecortada, pulando de cenários ou cenas dá uma agilidade ao texto.
Não consigo definir um protagonista, se fosse um filme seria com certeza a Glória, até por que como é vendido na capa do livro "ela era a mulher mais cobiçada de NY, bastava ligar Butterfield 8 para encontrá-la". Mas no livro não me parece bem assim, apesar de ser uma personagem marcante, a personagem principal parece mesmo ser o lugar, Nova York, as relações de classe, bem como a fragilidade daquele sistema frente à crise.
É um livro bacaninha, uma história onde não existem heróis, só pessoas.