Lili Machado 13/04/2012O tema deste thriller é real: uma organização clandestina e um segredo de mais de 60 anos: o último grande mistério da Segunda Guerra Mundial.O escritor Jonathan Freedland, cujo pseudônimo é Sam Bourne, envereda pelos caminhos de um thriller baseado em nosso passado recente.
Tom Byrne há muito tempo que abandonou seus dias de advogado idealista. Agora ele trabalha para qualquer um – desde que lhe paguem bem, incluindo a máfia.
Então, quando seu antigo chefe, Henning Munchau, um agente das Nações Unidas o pede para fazer um trabalho duvidoso, ele aceita – não tem nada a perder.
Um suspeito de ser um homem-bomba terrorista, é morto pela segurança das Nações Unidas – só que ao que parece, ele era apenas um senhor idoso e inofensivo, Gerald Merton, de 77 anos, em visita turística... O trabalho de Tom é acalmar os ânimos da família do homem.
Mas...
Como nem tudo é o que parecer ser...
Com a chegada do novo Secretário Geral da ONU, é necessária uma solução rápida para o caso. Terá sido um terrível engano? Se não foi engano, quem ele estaria perseguindo?
Junto com Rebecca, a filha do tal homem suspeito, e que não quer aceitar desculpas da ONU; somente só próprio novo Secretário Geral, Tom começa a descobrir uma organização mundial clandestina, de sigla DIN, que possui um missão que causou centenas de mortes inexplicadas, de criminosos nazistas, que não tinham sido penalizados de forma concreta, após o julgamento de Nuremberg, ou que haviam fugido para outros países, em busca do esquecimento.
DIN significa: “O sangue de Israel terá sua vingança.” E centenas de nazistas são eliminados – e milhares de alemães podem ser aniquilados em breve.
Tom Byrne leva para o hotel, por engano, um caderno parecido com o dele. Descobre o engano, mas é tentado a ler o que está escrito antes de devolver a Rebecca.
O caderno pertencia a Gerald Merton, antes conhecido como Gershon Matzin, um judeu lituano; e contém detalhes sobre a morte de seus pais, durante a Segunda Guerra, e o aprisionamento dele e de suas 3 irmãs, pelos nazistas, na Polônia.
Gerald Merton era um sobrevivente do Holocausto, que, quando jovem, lutou contra o nazismo, junto à resistência judia. Sua aparência ariana o ajudara a sobreviver e escapar de um campo de concentração.
Perseguido por alguns que o tentam impedir de continuar a investigação, Tom tem de desvendar um segredo escondido há mas de 60 anos – o último grande segredo da Segunda Guerra Mundial.
Byrne e Rebecca percorrem a Europa, tentando juntar as peças desse quebra-cabeças de vingança e descobrir o papel real de Gerald Merton na trama.
Enquanto isso, alguém está tentando atrapalhar os planos deles – e os fatos estão esquentando.
À medida que a solução vai se delineando e o ato final de vingança de Gerald/Gershon é descoberto, Byrne fica sabendo que está no meio de uma batalha internacional muito maior do que pensava.
Logo no início do livro, ficamos sabendo dos horrores que virão, através das palavras do próprio autor: “Perdão se o que lerem aqui é terrível, se as informações os deixarão incomodados como eu fico. Mas não há aqui nenhum exagero ou mentira. Posso não contar tudo, mas o que eu contar será a verdade.”
Esta é uma estória difícil de ler, em certos momentos; mas é algo que nunca será esquecido.
Não é difícil visualizar os leitores pesquisando em livros de história ou na internet, para achar mais informações sobre os fatos reais que fizeram parte da vida de Gerald Merton. Eu consultei o Oráculo do Google, digitando as manchetes dos jornais da época de alguns dos atos de vingança, como no caso dos pães envenenados com arsênico – e encontrei, inclusive, a imagem da página do New York Times com uma das notícias em detalhes. - os milagres da tecnologia – estou sempre me surpreendendo.
Site da página mencionada – não deixem de ver: http://news.google.com/newspapers?nid=1955&dat=19460419&id=sxorAAAAIBAJ&sjid=pZ0FAAAAIBAJ&pg=1857,3794807
O autor Sam Bourne usa seus conhecimentos históricos e sua experiência como correspondente de guerra para fundamentar sua inspiração ficcional. E recomenda o livro “Forged in fury”, de 1971, escrito por Michael Elkins, um jornalista da BBC em Jerusalem, para que nos aprofundemos nas atividades da DIN, no pós-guerra.
Baseado na história verdadeira de um grupo de sobreviventes do Holocausto que tomaram para si a missão de vingar crimes nazistas, O acerto final é um thriller emocionalmente empolgante e compulsivo, que nos faz virar as páginas em ritmo frenético. - eu mesma não aguentei e no meio da leitura fui até o final do livro, mas consegui me controlar e não li as últimas páginas... ainda...