Oceanïc

Oceanïc Waldson Souza




Resenhas - Oceanïc


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fev 13/01/2021

Pelo amor da deusa, cadê a continuação???!!!

O Waldson Souza constrói um mundo que me parece um tanto distópico pós-apocalíptico. Mas não tenho tanta certeza. No entanto, sei que é uma construção interessantíssima. As pessoas não vivem em continentes vivem em cidades-criaturas que se parecem com tartarugas que se movem ao longo do oceano. É surreal.

Oceanïc é uma dessas principais cidades-criaturas que vive sob uma redoma. Ao longo dos capítulos vamos entendendo um pouco de cada personagem e o que aconteceu com eles para estarem envolvidos no plano secreto do governo de Oceanïc. Há menções sobre algumas outras cidades e preciso enaltecer os nomes dela. Eu curti bastante.

Achei no começo que seria um caso de amor com um fundo de ficção científica, mas a história cresce demais. Fiquei envolvido tentando entender o que estava acontecendo e como eles se tornaram aquelas pessoas. Eu não sei se terá uma continuação. Ficarei triste porque o livro deixou perguntas sem respostas. É um mundo tão bem construído que, com certeza, dá para explorar tantas outras camadas. Espero que tenha uma continuação.

Eu pensei que não ia gostar, mas acabei surpreendido. Isso tornou a leitura ainda mais prazerosa. Fica a dica para quem procura ficção científica nacional.
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Murilo 31/12/2020

Uma ficção introdutória a um universo fantástico
Oceanïc é uma ficção especulativa escrita por Waldson Souza, autor
brasiliense, mestre em literatura, e pesquisador sobre a temática afrofuturista.
A história se passa em um mundo onde as cidades, como Oceanïc, não são
fixas ao solo e se locomovem em ciclos infinitos. É por meio de diferentes
pontos de vista que conhecemos melhor esta realidade e suas personagens.
O livro é estruturado em histórias curtas com personagens cujos caminhos se
enlaçam ao final. A leitura é fluida por não apresentar conceitos complexos
ou detalhados sobre as regras deste mundo imaginado.
O foco da narrativa está na relação das pessoas dentro deste universo
fantástico, porém a história se beneficiaria com um melhor desenvolvimento
das personagens.
?Se distanciar da realidade, mesmo que por alguns momentos, às vezes, é a
única forma de continuar sobrevivendo.?
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Thai 20/12/2020

Um dos melhores livros que já li esse ano
Eu tava sentindo muita saudades de ler um livro que me deixasse tão curiosa, que tivesse uma leitura tão natural e fluída

A forma que o Waldson escreve é tão única... Eu não consigo explicar como esse livro foi incrível pra mim, foi a primeira ficção científica que li de um autor nacional, eu amei tantooooooo. Amei a forma que as histórias que conectam, não fica nenhuma ponta solta!!!

PRECISO DE UMA CONTINUAÇÃO (porque o waldson escreve muito bem e eu quero saber mais sobre esse mundo de criaturas aaaaaaa)
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Adeola 26/11/2020

Um dos melhores nacionais que li esse ano
Eu fiquei bem imersa no universo fantástico criado pelo autor, adorei a ideia das tartarugas que são continentes e do que fica nas entrelinhas em relação a superfície terrestre. Também existem personagens interessantes e representatividade LGBT, gostei das críticas em relação a exploração de trabalho etc mas fiquei meio decepcionada com o desfecho e final da história. Fora isso, pretendo procurar ainda mais livros nacionais de fantasia escritos por pessoas pretas.

site: riotbooks.blogspot.com
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Denys 15/11/2020

Oceanïc é uma leitura que te prende logo nas primeiras páginas, com um enredo desenvolvido de forma cuidadosa e conduzido por personagens aos quais você se apega rapidamente.

O mundo criado pelo Waldson é apresentado aos poucos, embora nunca por completo, o que para mim funcionou muito bem. Aquilo que sabemos sobre Oceanïc e as outras cidades flutuantes é somente o necessário para que a narrativa se desenvolva e os personagens evoluam, de forma que cenário e personagens estão intrinsecamente relacionados.

É divertido acompanhar diferentes protagonistas e ver como suas histórias se entrecruzam. A experiência de leitura fica ainda mais incrível porque carrega uma urgência que se refere não necessariamente à cenas de tensão, mas à intensidade com que os sentimentos dos protagonistas são trabalhados.

Oceanïc foi uma das surpresas do ano, provando o quanto Waldson Souza (cuja escrita até então eu só conhecia através de alguns contos) é um escritor talentoso.
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Paulo 22/10/2020

Sabe aquelas histórias geniais que você gostaria de ter escrito? Essa é a impressão que eu tive ao ler Oceanic. Waldson é um autor criativo e eu sinceramente fiquei impressionado com o que fui capaz de ler. Ideias e mais ideias colocadas no papel. Em um primeiro momento a gente imagina uma história normal entre duas pessoas que se amam em um relacionamento nocivo, mas logo Waldson começa a colocar algumas camadas. O segundo ato é de explodir a sua cabeça. Vem a ideia das cidades em cima de tartarugas. Pronto. Que raios esse cara estava pensando? Mas, cuidado, não se deixem deslumbrar pelo cenário e observem as nuances e as críticas sociais presentes na narrativa.

Oceanic é composta por quatro atos, cada uma delas contada por um ponto de vista sendo um deles repetido. Todos contados em primeira pessoa e esta foi uma decisão acertada do autor. Isso porque esse tipo de narrativa permite ao leitor se envolver com os personagens. Conhecê-los a fundo e entender suas dúvidas e angústias. Algo que Waldson faz muito bem ao fazer de seus personagens falhos. Não temos heróis aqui. Temos pessoas de carne e osso capazes de fazer coisas tolas por amor ou por sobrevivência. Não é complicado entender os altos conceitos trabalhados pelo autor. Só que ele vai te entregando as informações bem aos poucos, sem pressa. Vamos montando as peças do quebra-cabeças até chegarmos ao final quando dispomos de tudo. Não tive qualquer dificuldade para compreender a história. Nesse sentido colabora também o fato de os capítulos serem curtinhos e a história passar voando.

A ambientação é criativa. Imaginar cidades construídas em cima de tartarugas gigantes me remete imediatamente a Terry Pratchett e seu Discworld. Mas, claro, Waldson avançou um pouco mais e a intenção não era criar algo humorístico. Temos várias cidades cada uma delas com um ambiente distinto. Algumas são mais aprofundadas com outras. Polen é uma cidade agrária que sobrevive da agricultura do milho enquanto Oceanic parece ser uma metrópole tecnológica (apesar de o autor não entrar tanto nos meandros da cidade). Temos uma terceira cidade que é mostrada muito por alto onde vemos que esta sobrevive da extração de minérios. O autor entrega informações que precisamos para a narrativa. Nem mais, nem menos. O livro foi bem editado, ou seja, ele não tem barrigas. As informações nos são passadas sem que a gente se dê conta disso. Não há aqueles capítulos onde alguém vai e nos conta tudo o que está acontecendo.

A ligação entre Jonas e Rafael é bem trabalhada pelo autor. Aliás, palmas para o autor em apresentar um romance LGBT que é tão natural. Se eu não estivesse aqui comentando, talvez o leitor nem percebesse que teria um. Não há apelação, não há um exagero nem nada. É tratado como um romance comum entre dois personagens. Existem os dramas e dúvidas da relação que precisam ser resolvidos ao longo da trama. Logo no primeiro ato vemos o quanto Rafael sente que Jonas não lhe dá o devido valor. Ficamos com a impressão de que a relação é tóxica para o protagonista daquele ato ao vermos o personagem desaparecendo por dias a fio e nos dando conta de o quanto isso machuca emocionalmente Rafael. Claro que depois o autor vai apresentar o lado de Jonas e nos mostrar a complexidade da relação entre eles.

Já Felix, protagonista do segundo ato, é um personagem preso a uma vida comum em uma cidade comum que vive da agricultura. A perspectiva de ter que seguir os passos de seus pais e ir para o milharal, única perspectiva de Polen, não é das mais acolhedoras. Laura, seu amor de infância, também deseja sair dali e para isso ela tem um plano ousado: saltar do topo da tartaruga quando outra tartaruga se aproximar da cidade e tentar a sorte em outra cidade. Nosso personagem vai demonstrar seu receio sobre o que fazer a seguir: ir atrás de seu amor e deixar tudo o que ele conhece para trás ou permanecer e se arrepender de nunca ter tentado. É uma narrativa de amadurecimento clara onde as escolhas são necessárias para um futuro. Qualquer escolha vai acarretar um arrependimento e uma liberdade.

As críticas sociais estão presentes por toda a narrativa. Vou destacar apenas uma. Tem um momento na narrativa que mostra o quanto Oceanic pode ser um sonho para muitas pessoas. Me lembrou a época em que as migrações do nordeste para o eixo Rio-São Paulo estavam em alta. As pessoas abandonavam o interior em busca de um sonho que nem sempre se realizava. O que acontecia era que o migrante chegava na cidade e normalmente ficava à margem, precisando sobreviver do que fosse possível. Waldson faz uma associação direta à situação dos imigrantes ilegais nos EUA. Pessoas que chegam em um novo lugar e precisam se tornar invisíveis caso não queiram ser descobertas pelo serviço de imigração. Cujo passado precisa ser apagado para viver uma nova vida e torcer para que este não seja investigado a fundo.

Oceanic é um livro bem acima da média. Waldson conseguiu criar uma história criativa e inteligente. Que prende a atenção do leitor por suas mais de cem páginas e ao mesmo tempo em que usa um cenário fora do comum, consegue ser atual, criando personagens que vão ficar em nossos corações.

site: www.ficcoeshumanas.com.br
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danprestes 02/10/2020

Oceanïc
Oceanïc, escrito por Waldson Souza e publicado pela Dame Blanche em 2019, narra por meio de diversos pontos de vista a experiência que algumas pessoas têm dentro da cidade homônima à obra, o que possibilita apresentar outras perspectivas do lugar.

Oceanïc é uma cidade protegida por uma redoma de vidro em cima de uma tartaruga gigante que se desloca pelo oceano, após a superfície ter se tornado um lugar inóspito para a humanidade.
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Aninha de Tróia 27/09/2020

Gostei muito. A escrita do autor é muito boa, principalmente da segunda parte pra frente. O final promete e eu quero mais histórias nesse universo.
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Webe Santos 10/08/2020

"Mas liberdade com restrições não é liberdade."
Confesso que em 45% da história eu achei que a introdução de uma nova personagem em nada acrescentava, e talvez, ela seja apenas um instrumento para um determinado fim (unilateral), mas no todo, me emocionei.

No fundo (!!!) Oceanïc é sobre liberdade. É irônico pq no universo criado não há liberdade quando se está preso a amores passados, Rafael aprendeu isso da pior maneira.
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Pedro Magus 05/04/2020

Resenha no Instagram Magus Books!
Quer saber mais sobre a história?
Acesse: www.instagram.com/magus_books ou digite na busca do seu app @magus_books.

Aproveita e já segue e venha fazer parte da família!
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Lucas 07/02/2020

Oceanïc
Vestido com uma roupa sci-fi ?Oceanïc? se mostra algo bem mais real quando despido da parafernália tecnológica.

Questões importantes como responsabilidade emocional e afetiva, questões sociais, amadurecimento, sexualidade e sede de poder são algumas das que o autor aborda muito bem enquanto nos apresenta um universo rico e intrigante.

Eu não sei você, mas eu vou ficar de olho em tudo que o autor lançar daqui pra frente!
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Jonas 06/02/2020


Prometi que iria ler mais livros nacionais esse ano. Comecei com Enfim, Capivaras, passei para Auto da Maga Josefa e caí em Oceanïc. A sinopse me chamou atenção, por dar a entender que existia um romance entre os personagens masculinos. Não me recordo de nenhum nacional de ficção cientifica com romance gay, então despertou meu interesse.

Preciso confessar que achei a primeira parte muito chata. As divagações do protagonista foram para caminhos que não me envolveram tanto, apesar do que o Rafael viveu me lembrar muito minha vida romântica de anos atrás - talvez por isso não tenha gostado. Se fosse uma história mais longa, teria abandonado, mas resolvi continuar.

Nas partes seguintes, o ritmo da história muda, ficando mais dinâmica, mas sem deixar passar detalhe nenhum e apresentando outros personagens e outros cenários. Recompensando quem não desistiu da primeira parte.

O livro me remeteu muito a adolescência no interior do país. Esse desejo de fuga dos jovens que querem experimentar mais o que a vida têm a oferecer. Gostei muito como a sexualidade de um dos personagens foi usada para dar mais impacto na virada do enredo. Outro ponto que gostei é medida que não existe excesso de informação, o tal do infodump. As tecnologias e cidades são explicadas de forma sucintas.

No geral, acho que valeu muito a leitura. Não somente pelo personagem que é meu xará, mas essa história foi a qual me identifiquei mais entre tudo que já li de autores nacionais.
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